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Mateus RodriguesTV Globo — Brasília
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou nesta terça-feira (12) a demissão do secretário-executivo da pasta, Luís Antônio Tozi. A exoneração é o mais recente capítulo das mudanças ocorridas dentro do Ministério da Educação (MEC), as quais analistas têm relacionado a uma disputa de poder entre dois grupos de funcionários.
Conforme publicou o colunista do G1 Valdo Cruz, há uma “guerra” interna no MEC provocada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Essa disputa ficou mais evidente depois de uma sequência de polêmicas envolvendo atos do ministro da Educação, que acabaram sendo creditadas a um dos grupos e levaram à reorganização de funções na pasta.
CRÍTICAS – O desempenho do ministro Vélez foi criticado por falta de resultados e por polêmicas como a do hino, na qual voltou atrás Ainda no carnaval, o ministro começou planejar mudanças alterando funções de funcionários ligados a Olavo
O grupo de alunos de Olavo reagiu, criticando a influência do coronel-aviador Ricardo Roquetti junto ao ministro. Bolsonaro então determinou que Vélez demitisse não só os assessores ligados a Olavo de Carvalho, mas também os que estavam gerando insatisfação no escritor
Diante dos rumores de mudanças de cargo e da exoneração de seus alunos, Olavo postou em uma rede social que eles deveriam deixar o governo; ele chegou a afirmar que as trocas tinham como objetivo frear a “Lava Jato da Educação”. Na sequência, MEC exonerou funcionários e reafirmou que o compromisso de “apurar irregularidades” estava mantido
EXONERAÇÕES – Com a demissão de Tozi, o MEC soma sete exonerações desde a tarde de segunda-feira (11). Em edição extra do Diário Oficial da União publicada na segunda, seis pessoas já tinham sido exoneradas: o chefe de gabinete, o secretário adjunto, um assessor especial e três diretores do MEC.
Quem assumirá a vaga de Luis Antônio Tozi é Rubens Barreto da Silva, que na própria segunda-feira tinha sido nomeado para o cargo de secretário-adjunto no ministério. A demissão de Tozi e a nomeação de Silva ainda não foram oficializadas, mas anunciadas no perfil do ministro no Twitter, horas depois de o presidente Jair Bolsonaro reafirmar apoio ao ministro Vélez Rodrigues.
‘GUERRA INTERNA’ – O colunista Valdo Cruz informou em seu blog que o próprio ministro Vélez Rodríguez tem sido alvo de pressões para deixar o posto porque, na avaliação de integrantes do Palácio do Planalto, o ministro gerou mais polêmica do que ações efetivas desde que assumiu o posto.
Questionado sobre o assunto nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que Ricardo Vélez Rodríguez prossegue no cargo. “Continua. Ele teve um problema com o primeiro homem dele. Mas está resolvido”, declarou Bolsonaro.
Uma das críticas à gestão Vélez era sobre a ação do coronel-aviador Ricardo Roquetti, que está entre os exonerados. Como publicou a Época, a rápida ascensão de Roquetti, que é um aluno de Olavo de Carvalho, teria distanciado o ministro da influência de outros militares que são integrantes do núcleo duro do governo desde a equipe de transição.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O ministro da Educação parece um personagem de programa humorístico, tipo “Balança, mas não cai”. O ministro do Turismo está no mesmo barco, fazendo água, como se dizia antigamente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O ministro da Educação parece um personagem de programa humorístico, tipo “Balança, mas não cai”. O ministro do Turismo está no mesmo barco, fazendo água, como se dizia antigamente. (C.N.)