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segunda-feira, março 18, 2019

Guedes usa a mídia para assustar os deputados e aprovar reforma da Previdência


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Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Carlos Newton
Diante da desfaçatez que a equipe econômica demonstrou nesta sexta-feira, dia 15, ao fornecer à mídia a falsa informação de que é o déficit da Previdência Social que causa o descontrole da dívida pública bruta, assumimos o atrevimento de garantir que isso é mentira, trata-se da maior “fake news de caráter oficial” de todos os tempos. A informação omite que a Previdência está sufocada por gastos de assistência social, ao sustentar brasileiros carentes que jamais contribuíram para o INSS, como os trabalhadores rurais, os inválidos e os carentes. Este é o primeiro ponto, porque contabilmente estes gastos não podem ser considerados previdenciários.
O segundo ponto também não comporta contestações, porque todos sabem que a dívida pública bruta (governos federal, estaduais, municipais e INSS) vai explodir de todo jeito, mesmo que a reforma consiga superar imediatamente o déficit previdenciário.
SÃO DOIS FATOS – Não se trata de teorias ou suposições, porque são dois fatos concretos: 1) sem os gastos de assistência social, o déficit real da Previdência é bem menor do que se apregoa; 2) a dívida pública não será controlada pela reforma da Previdência.
Diante de fatos, não cabe haver discussões. Por isso, no caso da dívida bruta, é revoltante, chocante e repugnante saber que a
Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia encaminhou à TV Globo projeções de que, sem a reforma da Previdência, já em 2023, a dívida bruta do país vai atingir 102,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que a dívida vai superar o conjunto de todos os bens produzidos pelo país no ano.
É a falência anunciada do país, que não pode se manter devendo mais do que produz. E desta vez a Secretaria não mentiu, a proximidade da falência também é um fato, não apenas uma teoria ou suposição, porém a bancarrota não pode ser atribuída à Previdência.
APOCALYPSE NOW – A Secretaria de Política Econômica (SPE) é comandada por Adolfo Sachsida, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Para usar a TV Globo com objetivo de ameaçar os deputados e obrigá-los a aprovar a reforma sem modificações, foram exibidas afirmações verdadeiramente apocalípticas, sem base na realidade.
Segundo o documento da SPE, sem a reforma da Previdência, o Brasil corre o risco de não ter dinheiro para pagar, por exemplo, salários de funcionários públicos. O documento alertou para a situação que já está em curso em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, que já estão atrasando ou parcelando o pagamento de servidores ativos e inativos”, relataram, aflitas, as repórteres Cláudia Bomtempo e Juliana Lima, da TV Globo, que receberam o tal estudo do governo.
A informação de que não haverá dinheiro está até correta, mas ocorre flagrante manipulação quando atribui o fato ao déficit da Previdência. A frase correta seria a seguinte: “Sem equacionar a dívida pública, o Brasil corre o risco de não ter dinheiro para pagar, por exemplo, salários de funcionários públicos”.
MAIS AMEAÇAS – “Vários estados já estão atrasando pagamento de funcionários e aposentados. Hoje, a realidade das contas públicas estaduais já está botando em risco esses pagamentos de servidores. No caso da União, a rolagem de dívida permite que o pagamento esteja em dia. Mas, na ausência da nova Previdência, os dados sugerem esse grande aumento da dívida pública. O que dificulta a sua rolagem colocando em risco o pagamento dos servidores federais, já a partir de 2020 – servidores ativos e inativos“, diz o assustador documento da Secretaria.
Tudo isso é verdadeiro, mas com enfoque errado. O fator principal da dívida não é a Previdência, mas a gastança nos três Poderes com servidores, penduricalhos, mordomias, obras suntuosas e, obviamente, corrupção nos níveis federal, estadual e municipal, além do desprezo à acumulação da dívida, que continua sendo regra praticado.
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P.S 1
 – A manipulação de dados pela equipe econômica confirma que a bomba-relógio da dívida pública explodirá o país, se não for feita uma auditoria demonstrando que os débitos já foram pagos muitas vezes, caso a dívida seja recalculada com juros praticados no exterior e não com os juros vigentes no Brasil, os maiores do mundo. Ou seja, se a dívida fosse externa, ao invés de interna, seria hoje muito menor e não haveria “apocalypse now”.
P.S. 2 – É por esse motivo que a grande imprensa está calada, mas insistimos em publicar na TI os artigos de Maria Lucia Fattorelli, uma brasileira de verdade, que se dedica a lutar pelo interesse nacional, ao invés de defender os banqueiros, como  vêm fazendo as equipes econômicas desde o final do governo de Itamar Franco, que foi exemplar em todos os sentidos, mas infelizmente não teve seguidores. (C.N.)

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