Cleide CarvalhoO Globo
A força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba suspendeu os procedimentos para criar um fundo privado destinado a aplicar uma verba de R$ 2,5 bilhões em ações anticorrupção. O valor havia sido negociado com a Petrobras e seria gerido por uma fundação privada, o que provocou críticas. O pedido de suspensão foi encaminhado à 13ª Vara Federal de Curitiba e precisa ser aceito pelo juiz, já que o acordo de criação havia sido homologado pela Justiça.
Nesta manhã, o secretário geral da Câmara dos Deputados, Leonardo Augusto Barbosa, afirmou que a Casa entraria com medidas no Supremo Tribunal Federal (STF) e no TCU (Tribunal de Contas da União) para questionar a criação do fundo. No TCU, pelo menos três ministros haviam manifestado, reservadamente, que o modelo adotado pelos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná era equivovado.
CONSULTA – No início da tarde desta terça-feira, a força-tarefa de Curitiba afirmou que vai consultar a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, além de voltar a tratar sobre o tema com a Advocacia-Geral da União e a Petrobras. O dinheiro segue depositado em conta judicial vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, com rendimento pela Selic.
O valor faz parte da multa que a Petrobras pagaria à Justiça norte-americana e, em negociação, as autoridades daquele país aceitaram devolver 80% para o Brasil desde que o dinheiro não retornasse para a estatal.
Pelo modelo 11 entidades da sociedade civil indicariam nomes para compor um comitê, que ficaria responsável por fazer o estatuto da Fundação e definir sua forma de funcionamento.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Foi (e ainda é…) uma ideia do tipo “Palpite Infeliz”, parece homenagem a Noel Rosa. Numa época de penúria como a atual, esses recursos são necessários para aplicar em questões sociais mais urgentes. Mesmo com falta de verbas (houve boicote nos governos Dilma e Temer), a força-tarefa da Lava Jato (Polícia Federal, Ministério Público e Receita) está trabalhando esplendidamente, mas essa ideia de criar a fundação merece a “sexta página”, denominação que os jornalistas davam à cesta de lixo. Antigamente, quando uma notícia não interessava, a gente dizia: “Bota na sexta página”. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Foi (e ainda é…) uma ideia do tipo “Palpite Infeliz”, parece homenagem a Noel Rosa. Numa época de penúria como a atual, esses recursos são necessários para aplicar em questões sociais mais urgentes. Mesmo com falta de verbas (houve boicote nos governos Dilma e Temer), a força-tarefa da Lava Jato (Polícia Federal, Ministério Público e Receita) está trabalhando esplendidamente, mas essa ideia de criar a fundação merece a “sexta página”, denominação que os jornalistas davam à cesta de lixo. Antigamente, quando uma notícia não interessava, a gente dizia: “Bota na sexta página”. (C.N.)