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terça-feira, maio 24, 2011

Justiça condena casal por extorsão ao padre Júlio Lancellotti

A Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira Anderson Marcos Batista e Conceição Eletério a sete anos e três meses de prisão por extorquirem dinheiro do padre Júlio Lancellotti.

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Conceição, no entanto, irá recorrer da sentença em liberdade por ter comparecido espontaneamente quando foi intimada, de acordo com o juiz Eduardo Crescenti Abdalla, da 5ª Vara Criminal da Barra Funda.

Batista --que é ex-interno da Fundação Casa, instituição que recebia visitas do padre-- já estava detido e permanecerá no Centro de Detenção Provisória do Belenzinho (zona leste).

De acordo com a acusação do promotor Eder Segura, Batista e Conceição ameaçaram 'dar um tiro na cabeça' do padre Lancelotti caso ele não pagasse dinheiro para os dois. A ameaça foi no dia 11 de janeiro. Uma câmera de segurança de uma rua no bairro do Belenzinho filmou a abordagem do casal ao padre.

Ainda de acordo com a denúncia, Conceição também ligou várias vezes para o padre de um telefone celular rastreado pela Polícia Civil para pedir dinheiro.

Os acusados negaram o crime, Conceição também negou ter telefonado a Lancellotti para pedir "ajuda". De acordo com a versão deles apresentada ao juiz, a acusação seria uma represália por parte do padre, que teria oferecido R$ 200 mil a Anderson para dar uma entrevista desmentindo um caso entre eles.

O padre alegou que, logo após a última extorsão, comunicou a polícia. O delegado responsável pela investigação afirmou em juízo que confirmou as informações do padre e que, ao final de suas investigações, "ficou claro que a vítima teria sofrido a extorsão e toda a depressão psicológica decorrente dos fatos".

"A absolvição anterior dos acusados envolvendo a mesma vítima não guarda relação com os fatos desses autos, praticados em período diverso. Respondem, assim, por um delito de extorsão, em sua forma continuada, iniciado com o telefonema de Conceição, seguido pela abordagem direta do marido Anderson", afirmou o juiz em sua sentença, que também afirmou que não há razão para duvidar do padre em razão de seu trabalho social e por ser sacerdote.

Fonte: Folha.com

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