Luis Kawaguti e Rivaldo Gomes, enviados especiais
do Agora
FOZ DO IGUAÇU -- Na divisa entre as cidades de Foz do Iguaçu (PR), no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai, o rio Paraná vive um cenário de guerra não declarada há pelo menos dois meses. Postados em margens opostas do rio e equipados com arsenal pesado, militares da Marinha do Paraguai e agentes da Polícia Federal brasileira trocam tiros quase que toda semana.
- Criminosos atravessam o rio até durante o dia
- Militares do Paraguai não comentam
- Pescador brasileiro leva tiro no pescoço à noite
Em um território sem lei, os choques são consequência de ações do crime organizado no tráfico de drogas e contrabando para o Brasil.
Sob a condição de anonimato, dois delegados do alto escalão da PF, no Paraná e em Brasília, além de um delegado da Polícia Civil, confirmam que quadrilhas de traficantes e contrabandistas pagam propina a um grupo de militares da Marinha paraguaia para que façam vistas grossas às suas atividades ilícitas e atuem como braço armado --dando proteção ao crime e combatendo a polícia brasileira. O Paraguai não tem saída para o mar. Sua Marinha é responsável pela patrulha de rios e divisas aquáticas.
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