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segunda-feira, novembro 23, 2009

Itapuã sofre com degradação, sujeira e muita violência

Hieros Vasconcelos A TARDE
Recheado de belezas naturais, o trecho situado entre a Pedra da Sereia e o Farol de Itapuã mostra uma realidade de abandono e de decadência. São calçadas esburacadas e sujas, ruas com sarjetas imundas, muito lixo, flagrantes de consumo de drogas e estabelecimentos que despejam esgoto na areia da praia. Com 250 mil habitantes, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bairro de Itapuã sente o gosto amargo do descaso. A violência, o tráfico de drogas e a falta de infraestrutura se tornaram nos últimos anos as principais características da região. Num passeio pelo circuito turístico, é possível observar sem grande dificuldade jovens dormindo nas calçadas ou debaixo de barcos. À noite, o clima se torna mais pesado: crianças e jovens tentam vender amendoins a clientes nas mesas instaladas nas calçadas, numa perigosa promiscuidade com adultos. “Passar uma manhã, uma tarde ou uma noite em Itapuã não é mais como na época do poeta Vinícius de Moraes. Quem vem conhecer o nosso bairro se decepciona”, lamenta a moradora Amélia Vieira Santana, 47 anos. Muito lixo também pode ser visto nas ruas de Itapuã: copos, pratos e talheres de plástico, garrafas pets, restos de comida e sacos plásticos, entre outros produtos, descartados sem o menor cuidado. A sujeira é evidente em toda a extensão da orla do bairro. Para piorar o quadro, nas calçadas e nos pontos de ônibus não se avistam lixeiras. Reclamações - Líder comunitário do bairro, Zelito Guimarães se diz “profundamente indignado” com a situação em que Itapuã se encontra já há algum tempo. Sempre participando das reuniões e na luta por melhorias, Guimarães conta que esteve reunido com o prefeito João Henrique Carneiro em 2004, para discutir a Lei Orçamentária. Segundo ele, na ocasião foram apresentadas as prioridades para o orçamento de 2005. Ainda de acordo com o líder comunitário de Itapuã, a Prefeitura de Salvador prometeu uma escola do ensino fundamental, a construção de um hospital distrital no bairro, a revitalização da orla, além da recuperação e da ampliação do Cemitério Municipal de Itapuã, que, segundo Guimarães, está com a capacidade comprometida. “Nada foi cumprido. A cidade de Alagoinhas, que é três vezes menor que Itapuã, tem três hospitais públicos”, compara. O aposentado Antônio Neves da Silva, 79, precisou enterrar o irmão Damásio Neves da Silva no Cemitério de Paripe há um mês e seis dias. “Foi o único lugar que encontrei com o preço em conta, pois o cemitério daqui já está lotado”, conta. Segundo sublinha Zelito Guimarães, “até a quadra de esportes, única opção de lazer para os moradores, foi retirada da Praça Dorival Caymmi”. Para o presidente da Colônia de Pesca Z-6, Roberto Bastos, a situação tem piorado nos últimos anos: “Itapuã é um bairro que anda para trás e a passos largos. Não há visão política para esse lado”.
Fonte: A Tarde

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