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quinta-feira, maio 07, 2009

João Henrique e ACM Neto

Evandro Matros
A alegada demora do governador Jaques Wagner (PT) em atender ao pedido de estado emergência solicitado pela prefeitura de Salvador pelo prefeito João Henrique (PMDB) representou mais uma etapa da guerra de nervos que os dois vêm travando desde a disputa pelo segundo turno da eleição de Salvador, quando o peemedebista derrotou o candidato do PT, o então deputado federal Walter Pinheiro. De lá para cá, sempre que podem, o governador e o prefeito se beliscam, demonstrando que entre os dois não há mais clima para uma convivência politica.
Aliás, durante a própria campanha pela sua reeleição, o prefeito João Henrique fez uma forte declaração contra o PT, num encontro que marcou a sua reaproximação com o PDT, no Hotel da Bahia. "Aliança com o PT, nunca mais. Deus me livre!", declarou. E é isso que o peemedebis-ta vem cumprindo. Ao fazer a aliança com o Democratas, no segundo turno, João mostrou que não estava para brincadeira. E nos embates da vida que se seguiu, já levou um pito público do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa do atraso nas obras do Metrô de Salvador. Mas isso o prefeito traz engasgado, por que avalia que o presidente não falou por livre e espontânea vontade.
Mesmo se não quisesse o prefeito João Henrique praticamente não teria outro caminho a seguir, a não ser o enfrentamento, já que a bancada do PT optou em lhe fazer oposição na Câmara desde o início do seu segundo mandato. Assim, ainda parceiros na esfera estadual, PT e PMDB não se entendem na seara municipal. E isso amplia a zona de atrito entre os dois partidos, dando margem à solidariedade de novos aliados, como tem feito o deputado federal ACM Neto (DEM). Desde que João Henrique fez o pedido de emergência à Coordenação Civil do Estado (Cordec), quando caíram as primeiras chuvas na cidade, que o democrata passou a cobrar uma decisão do governo estadual.
Anteontem, no plenário da Câmara Federal, Neto fez a defesa do prefeito e voltou a criticar o governador Jaques Wagner. "Já tem duas semanas que a Prefeitura pediu a emergência e só depois que a situação piorou, que a cidade se transformou no caos, é que o governador Jaques Wagner decide pegar o seu luxuoso helicóptero para sobrevoar a nossa capital", discursou ACM Neto, com críticas a Wagner. O democrata já havia feito o mesmo uma semana antes, ao incitar o PMDB a deixar o governo por conta da crise na segurança pública, que afeta os municípios no interior baiano.
Apesar da crise econômica e das incertezas políticas, nos últimos dias o prefeito João Henrique tem mantido um foco constante nas eleições de 2010.
Além de se movimentar com mais intensidade, as suas declarações são de quem vai estar envolvido diretamente nesse processo eleitoral.
Recentemente, durante a manifestação dos prefeitos baianos na União dos Municipios da Bahia (UPB), ao comentar a sua posição sobre as eleições do próximo ano, ele reagiu bem humorado:
"Continuo como a segunda opção do PMDB", declarou.
"Estou na fila, e a fila está andando", completou, sorrindo, sem explicar o porquê de a fila estar andando.
Fonte: Tribuna da Bahia

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