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terça-feira, dezembro 18, 2007

Genoinio e João Paulo negam envolvimento com o mensalão

BRASÍLIA - Em depoimento de quase duas horas na 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, o deputado federal José Genoino (SP), ex-presidente do PT, negou ontem qualquer participação no núcleo central da "quadrilha", denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF), acusada de pagar o mensalão a parlamentares e partidos em troca de apoio a projetos do governo federal. Ele responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa e formação de quadrilha.
Pela manhã, a juíza já havia tomado o depoimento do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que presidia a Câmara à época do mensalão. Ele também negou envolvimento no esquema. "Considero um absurdo essas denúncias, visto que a prova mais cabal da correção da condução da Câmara foi a minha absolvição no plenário e posteriormente o deputado mais bem votado do PT de São Paulo", disse ele.
Figuras centrais do inquérito do mensalão, os dois foram interrogados três meses e meio depois de recebida a denúncia pelo STF. Cunha, conforme denunciou o Ministério Público, teria sido responsável por fazer a aproximação entre o empresário Marcos Valério, de quem seria amigo íntimo, e o PT.
O deputado recebeu R$ 50 mil do empresário, dinheiro sacado no Banco Rural por sua mulher, Márcia Regina. Por isso, responde a processo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. Genoino, que é acusado de ser um dos cabeças do esquema, também negou ter feito indicações para cargos no governo, atribuição que disse ser do secretário de organização do partido, Sílvio Pereira.
Negou ainda ter combinado com Marcos Valério empréstimos bancários para esquentar a origem de recursos ilegais obtidos pelo partido. "Acho que fui denunciado pelo que eu era, e não pelo que eu fiz", declarou, alegando que é vítima de denúncia política.
Interrogado pela juíza Maria de Fátima Costa, Genoino atribuiu a outros dirigentes do PT as atividades irregulares mencionadas na denúncia. O deputado afirmou que não tinha a atribuição de lidar com dinheiro ou administração financeira no partido, e que essa tarefa era do secretário de Finanças, Delúbio Soares, que por outro lado não tinha delegação para fazer acordos políticos em nome do partido.
"Minhas atribuições eram essencialmente políticas e de representação. Não cuidava das finanças, não cuidava da administração da sede (do partido), nem fazia indicações para cargos no governo", disse. Ele garantiu que, apesar de presidente da legenda, jamais influenciou na escolha de nomes para ocuparem cargos no governo federal.
"Essa tarefa, estatutariamente, era exercida pelo secretário de Organização do partido, mas ele não fazia as indicações por conta própria, apenas encaminhava ao governo os nomes vindos dos Diretórios Regionais", explicou.
Ao final, em entrevista, Genoino disse ter convicção de que será absolvido. "Confio na Justiça e na verdade. Não fiz pagamentos, nem acordo financeiro com ninguém. Não recebi dinheiro de ninguém. Levo uma vida modesta. Moro na mesma casa há muitos anos. Em Brasília não consigo sequer comprar um carro para meu uso. Em 21 anos de mandato, meu patrimônio não cresceu. Desde que fui presidente do partido, até hoje, meu patrimônio até caiu. Tenho a consciência tranqüila e vou provar minha inocência", enfatizou.
Hoje, serão ouvidos mais três acusados de envolvimento com o esquema: o deputados Pedro Henry (PP-MT) e os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Paulo Rocha (PT-PA).
Fonte: Tribuna da Imprensa

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