Foto Divulgação - INFONET
O Blog escolheu algumas das principais notícias mais visitadas e lidas no ano de 2021 com ocorrências que marcaram o dia dia do povo jeremoabense, que tiveram mais repercussão.
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O Blog escolheu algumas das principais notícias mais visitadas e lidas no ano de 2021 com ocorrências que marcaram o dia dia do povo jeremoabense, que tiveram mais repercussão.
Publicado em 31 de dezembro de 2021 por Tribuna da Internet
Paulo Peres
Poemas & Canções
O jornalista, tradutor e poeta gaúcho Mário de Miranda Quintana (1906-1994) constrói o poema no 12º andar do prédio, numeral que significa o mês de dezembro, no local onde uma mulher/criança espera o Ano Novo, simbolizado por seus olhos verdes, de um verde que significa esperança, a esperança de uma vida melhor.
ESPERANÇA
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
– Ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
– Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
Publicado em 31 de dezembro de 2021 por Tribuna da Internet
João Cardoso Palma Filho
Estadão
É de todo sabido que Dilma entrou tardiamente para o PT, quase que às vésperas da vitória de Lula na eleição de 2002. No seu DNA político encontra-se a marca, muito mais do PDT Brizolista do que a do PT de Lula. Por outro lado, se não fosse o PT e Lula, jamais teria sido eleita em 2010 e muito menos teria alçado ao Planalto para um segundo mandato em 2014. De fato, Lula apostou em uma candidata sem nenhuma experiência política e, pior que isso, sem a capacidade de dialogar com os setores oposicionistas.
Ela não pode responsabilizar o PT e muito menos ainda Lula pelo desastre da política econômica que sustentou durante os quatro anos do seu segundo mandato.
POLÍTICA PERVERSA – Como consequência dessa mesma política, resolve, no segundo mandato, enveredar pelo caminho de um reajuste fiscal, que joga nas costas dos trabalhadores e da população em geral o preço a ser pago pelos erros do primeiro mandato.
Evidente que a base social que sustenta o Partido dos Trabalhadores jamais concordaria com tal política que, além de não resgatar a credibilidade do País no meio das finanças internacionais, provoca arrocho salarial, inflação e desemprego.
No campo político, perdeu toda a base de sustentação que tinha no Congresso Nacional, por ocasião do primeiro mandato.
JUROS ELEVADÍSSIMOS – Se esperava que com os juros na estratosfera fosse angariar o apoio dos setores que se beneficiam com essa política de juros altos, se enganou. O apoio não veio, e, em contrapartida a dívida interna explodiu ao ponto de várias instituições retiraram do Brasil o título de bom pagador. Há receio generalizado de que a situação do País possa se deteriorar mais ainda. A crise combina falta de apoio na área política com a perda de credibilidade por parte daqueles que poderiam alavancar os investimentos, tão necessários para o emprego volte.
Na crise, quem perde mais são os trabalhadores que não têm como proteger os seus recursos em aplicações financeiras, e nesses setores que o PT e Lula ainda detêm apoio.
PIOR PARA ELA – Se Dilma romper com o PT/Lula, como vem sendo anunciado pelos meios de comunicação, estará liquidada e, com certeza enfrentará o processo que pretende cassar o seu mandato, conquistado legitimamente no pleito de 2014, apesar da oposição não se conformar, sem quem a defenda nas ruas e no parlamento.
Em resumo, Dilma tem muito a perder se afastando do PT e de Lula, mas se não mudar a sua política econômica, eles é que se afastarão dela, uma vez que o PT e Lula não podem abandonar suas bases de sustentação, ou seja, os movimentos sociais.
(João Cardoso Palma Filho é professor da Unesp)
Publicado em 31 de dezembro de 2021 por Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
O tema que está no título foi muito bem colocado por Merval Pereira em seu artigo publicado na edição de ontem de O Globo. São tais os erros, equívocos, atitudes e pronunciamentos de Jair Bolsonaro que refletem contra a sua própria candidatura, que conduzem à percepção de que ele é, talvez, o maior apoiador do líder do PT em sua etapa para retornar à Presidência da República.
Aliás, vale frisar que a eleição de 2022 será a nona em que Lula da Silva participa ou influi diretamente nas campanhas. Noves vezes envolvendo-se em sucessões presidenciais, o antigo metalúrgico do ABC paulista, a meu ver, torna-se um personagem singular no mundo político.
TRAJETÓRIA – Ele perdeu em 89 para Fernando Collor, perdeu em 94 para Fernando Henrique Cardoso, perdeu novamente para FHC em 98, derrotou Serra em 2002, venceu Alckmin em 2006, elegeu Dilma Rousseff contra José Serra em 2010, reelegeu Dilma em 2014 sobre Aécio Neves, nesse caso por pequena diferença, perdeu em 2018 apoiando Fernando Haddad contra Bolsonaro. Agora, pela nona vez, estará diretamente nas urnas enfrentando o atual presidente da República.
Mas essa é outra questão. O fato agora que se impõe, bem observado por Merval Pereira, está no distanciamento de Bolsonaro da calamidade que atingiu a Bahia envolvendo mais de 600 mil pessoas em várias cidades. O seu distanciamento provavelmente decorre pelo fato do governador Rui Costa ser do PT, mas com isso Bolsonaro não percebeu ter perdido uma grande oportunidade de demonstrar sua isenção política em benefício de sua própria administração e, em consequência, à própria candidatura à reeleição. Ele preferiu ficar nas praias de Santa Catarina andando de jet ski e mergulhando em águas claras e salgadas ao sol do verão.
OMISSÃO – Não levou em conta também as enchentes em Minas Gerais e em São Paulo, além dos estragos que causaram em menor escala que as da Bahia, mas também importantes para um presidente da República atuar. Omitiu-se e perdeu votos para as eleições do próximo ano. Faltam 10 meses para as urnas e ele continua contra a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade. Não se consegue compreender qual o motivo o leva a combater a vacinação.
Mas o impulso deve ser interior e fortíssimo, uma vez que a vacinação é reivindicada direta e intensamente por mais de 80% da população brasileira, nas qual se inclui um eleitorado de 160 milhões de brasileiros e brasileiras. Há algo de apreensivo e até auto destrutivo no comportamento. Pois, afinal de contas, Jair Bolsonaro está atuando contra si próprio e sobretudo contra o próprio país.
Reportagem de Daniel Gullino, Camila Zarur e Ingrid Ribeiro, O Globo desta quinta-feira, destaca que até aliados de Bolsonaro em declarações reservadas estão criticando o seu distanciamento das calamidades e sua frieza em relação aos problemas sociais. Os repórteres referem-se até a uma opinião de um ministro do governo que disse sobre a falta de empatia de Bolsonaro, trocando as águas que inundaram a Bahia pelas águas de Santa Catarina.
AJUDA ARGENTINA – Nathália Bosco, Adriana Mendes e Mariana Rosário, O Globo, destacam o fato de que o governo Bolsonaro recusou ajuda humanitária oferecida pela Argentina para socorrer a Bahia através de contato que a Casa Rosada manteve com o governador Rui Costa e com a Casa Civil do Palácio do Planalto. Por outro lado, os ministérios da Cidadania, da Infraestrutura, dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Regional não souberam ainda informar a respeito de suas ações para atender as consequências do dilúvio que desabou sobre a Bahia.
A Casa Civil disse que não possui os dados específicos sobre os recursos enviados. O Ministério da Saúde não alterou as informações que havia divulgado na terça-feira, mas assinalou que formalizou a entrega de 4,2 toneladas de medicamentos, além de 100 mil doses de vacinas contra a gripe e 40 mil doses de imunizantes contra a hepatite A. Em dinheiro foram R$ 7 milhões em montante para o socorro. O governo baiano considerou a ajuda insuficiente e segundo Patrick Camponez, de O Globo, se disse decepcionado.
O panorama, portanto, não pode deixar de significar um desgaste para o governo e principalmente para o presidente em matéria de votos nas urnas. Na Folha de S. Paulo, a reportagem sobre a presença de Bolsonaro no jet ski e nas águas verdes do litoral catarinense, com foto registrando o passeio, é de Washington Luís e Matheus Vargas.
AUMENTO – Embora não tenha espaço específico no orçamento de 2022 para reajustes salariais do funcionalismo, de acordo com o modelo do ministro Paulo Guedes, o governo que destinou um reajuste que não se sabe a percentagem para policiais federais e rodoviários agora está disposto a examinar a concessão de bônus para os auditores da Receita Federal que ameaçam colocar o trabalho em ritmo lento e até mesmo entrar em greve.
O governo cogita também editar Medida Provisória nesse sentido. A atuação lenta dos auditores da Receita Federal atinge tanto as importações quanto as exportações brasileiras e podem resultar num prejuízo diário de R$ 125 milhões na arrecadação de impostos.
COLISÃO – A confusão já está se generalizando e a concessão de aumento restrito às categorias, além de colidir com o artigo 37 da Constituição Federal, como era esperado, desencadeou uma movimentação geral do funcionalismo. Temendo a concessão de aumento, os investidores se retraíram e a Bovespa recuou 0,7% na quarta-feira.
O dólar subiu 0,96%, atingindo R$ 5,7 por unidade. O panorama é inquietante. O IGP-M que mede os custos econômicos entre empresas, compra e venda de materiais para fabricação e comercialização atingiu praticamente 18%. O IGP-M rege os aluguéis residenciais, comerciais e industriais. Em 2020, o IGP-M subiu 20%, portanto, nos últimos dois anos ele avançou praticamente 44%. Os salários do funcionalismo subiram 0% e os salários das empresas estatais e particulares foram reajustados numa escala de 4%, perdendo para a inflação.
SALÁRIOS CONGELADOS – A Petrobras empenha-se na justiça para manter o reajuste de 50% no gás de cozinha e no gás de aplicação industrial. Não é possível que a sociedade absorva os impactos de aumentos desta ordem em série enquanto seus salários congelam na omissão e no caminho para uma cada vez maior concentração de renda. Vale acrescentar que só os salários podem conduzir a um esquema cristão de se distribuir a renda proporcionada pelos resultados econômicos do país. Aliás, tal análise aplica-se a qualquer nação.
Este ano termina, mas ressurge a esperança com as eleições, marcando as nossas vidas, realidades e até os nossos sonhos. Vamos esperar que um novo horizonte amanheça no Brasil a partir, não de 2022, pois isso não é possível, mas a partir de 2023, em decorrência do processo democrático que ilumina e mantém acesa a estrada das urnas. Como dizia JK; política também é esperança. Vamos manter a nossa esperança viva, nossos pensamentos e nossas atitudes. Desejo a todos os leitores um Feliz Ano Novo !
O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma bronca no ministro da Educação, Milton Ribeiro, e no chanceler brasileiro, Carlos França, durante a live desta quinta-feira (30/12). França tentava se comunicar com o mandatário do Brasil para dizer que o governo da Argentina não negociaria auxílio humanitário diretamente com o estado da Bahia, apenas com o governo federal.
Mas Bolsonaro, que já está sendo criticado pelas férias em Santa Catarina no momento de calamidade no estado nordestino, não quis escutar o chanceler e disparou: “Desliga aí, desliga aí. Ó, quem tá ligando para o meu celular, faça o favor de não ligar, eu peço para não ligar. Tem o nome do cara para divulgar aqui, não?! Quem é, sabe quem é?!”, ao que um assessor responde “É o chanceler”.
Em seguida, o presidente continua a repreender o membro do corpo diplomático brasileiro. “Está ligando 19h para mim quinta-feira, pô, tem que saber que eu estou em live”, disse. O político seguiu a transmissão ao vivo para apoiadores comentando sobre os posicionamentos do Movimento Sem Terra (MST) durante os últimos anos, quando França tentou novo contato telefônico.
“Alguém liga para o França aí, por favor, para não ligar para mim”, emendou. Pouco mais de três minutos depois, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, também tentou se comunicar com o presidente. Ele falava sobre o jogo ao qual foi convidado pelos cantores Bruno e Marrone e também não atendeu à ligação.
Mais de dez minutos após a primeira tentativa, a mensagem do chanceler Carlos França chegou ao presidente Jair Bolsonaro por um assessor dele. “O ministro França estava ligando para mim, até pedir desculpa aqui para o ministro França, ele acabou de falar com o chanceler Santiago Cafiero e ele garantiu que qualquer ajuda da Argentina será prestada pelo governo Federal”, explicou.
A informação de que a Bahia poderia receber diretamente a ajuda humanitária da Argentina veio depois que o presidente do Brasil recusou a oferta de auxílio feita pelos vizinhos. Segundo Bolsonaro, seriam dez pessoas para fazer o que os “cabeças brancas” brasileiros já estão fazendo na região afetada pelas chuvas.
Entretanto, o governador do estado, Rui Costa, tem outra opinião. Ainda nesta quinta-feira (30/12), ele disse que aceitará “diretamente qualquer ajuda neste momento”. A bancada do estado no Congresso Nacional vem fazendo coro com o governador para dizer que os recursos enviados pela União são insuficientes. Bolsonaro também é criticado por tirar férias enquanto milhares de pessoas estão desabrigadas pela tragédia ambiental no Brasil. O presidente está em Santa Catarina e, inclusive, fez uma visita a um parque temático nesta quinta.
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Foto: Rosinei Coutinho/STF/Arquivo O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) 17 de maio de 2024 | 20:00 Alexandre ...