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terça-feira, junho 23, 2009

Para STJ, pagar por sexo com criança não é crime

Tribunal absolve “cliente ocasional” de sexo com menores de idade e choca defensores dos direitos da infância

Paola Carriel

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na semana passada que um “cliente ocasional” não comete um crime ao pagar para fazer sexo com crianças e adolescentes. O caso chegou ao STJ depois de o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul rejeitar a acusação contra dois homens que contrataram adolescentes para manter relações sexuais. Na ocasião, a dupla aliciou duas jovens pelo valor de R$ 80.
De acordo com os ministros do STJ, não há crime porque não foram os aliciadores que iniciaram as atividades sexuais das garotas. Especialistas e juristas da área da infância afirmam que a decisão é contrária a toda a legislação existente na área, e que, além de equivocada, é inconstitucional. Para eles, o STJ vai na contramão de tudo o que vem se discutindo sobre direitos humanos nos últimos 30 anos. E o pior: pode abrir precedentes perigosos.
O juiz estadual absolveu os réus porque, de acordo com ele, “as prostitutas esperam o cliente na rua e já não são mais pessoas que gozam de uma boa imagem perante a sociedade”. O magistrado afirma ainda que a “prostituição é uma profissão tão antiga que é considerada no meio social apenas um desregramento moral, mas jamais uma ilegalidade penal”. O STJ manteve este posicionamento e apenas condenou os dois jovens por portarem material pornográfico, já que além do programa, ainda tiraram fotos das meninas nuas.
Para juristas a deliberação é tão equivocada que chega a ser absurda. O artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é claro ao afirmar que exploração sexual infantil é crime. E não fala sobre a ilicitude do ato ser na primeira, segunda ou terceira vez. Todas são condenadas pela legislação. No artigo 227 da Constituição Federal também está esclarecido que fazer sexo com crianças ou adolescentes mediante pagamento é crime independentemente da frequência.
O procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, um dos criadores do ECA, afirma que uma modificação no Estatuto foi feita em 2000 justamente para evitar este tipo de equívoco. Na versão original do documento, de 1990, o artigo 244-A não existia. “Mesmo elas já sendo exploradas anteriormente, isto não dá um salvo-conduto para mantê-las nesta condição. A decisão é contrária à doutrina da proteção integral que rege nossa lei na área da infância”.
O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo quando os assuntos são a infãncia e a adolescência. Além do pioneiro ECA, o país também é signatário de vários outros tratados internacionais sobre o tema, como a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres.
Vergonha
Para o promotor Murillo Digiácomo, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) de Infância e Juventude do Ministério Público do Paraná, o caso é uma vergonha para o Brasil no cenário internacional. “É uma situação inqualificável. Qualquer pessoa que entende minimamente de direito da criança, qualquer cidadão fica chocado. Como uma corte de Justiça pode tomar uma atitude dessa, contrária a tudo o que a lei determina? A gente fica perplexo”.
Para os juristas, ainda falta conhecimento sobre os direitos da infância e adolescência. O Código Penal passou por mudanças e excluiu de seu texto a expressão “mulher honesta”, que facilitava a vida de estupradores e criminosos ao questionar a idoneidade das vítimas. Mas as decisões dos dois tribunais deixam claro que esta prática ainda está em voga. A decisão do STJ é embasada pelo fato de as meninas serem “prostitutas reconhecidas”. O relator do STJ, ministro Arnaldo Esteves Lima, foi procurado ontem pela reportagem, mas não quis se pronunciar sobre o caso. Agora o Ministério Público vai trabalhar para tentar reverter a decisão.
Para os especialistas, não punir quem explora sexualmente crianças e adolescentes é ignorar que há uma rede criminosa agindo. Sem demanda não há oferta. “Não tem nenhum elemento neste negócio do sexo criminoso que não tenha a mesma responsabilidade. Colocar o cliente como não responsável pela exploração é um pensamento que viola direitos humanos e incentiva a impunidade. É um grande retrocesso”, afirma Neide Castanha, pesquisadora e presidente do Comitê de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Para ela, não há combate sem punir os clientes.
Fonte: Gazeta do Povo

Senado paga 2 funcionários em mausoléu de Sarney

Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho e Fernando Nelmásio Silva Belfort estão empregados mas não dão expdiente na Casa

Agência Estado

Dois funcionários que batem ponto no memorial que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mantém em São Luís são assessores do Senado. Um deles ganhou o cargo em 1995 e está empregado na Casa até hoje, com salário de R$ 7,6 mil. Seu nome: Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho, de 46 anos. “Raimundinho”, como é chamado pelos amigos, é coordenador de projetos da Fundação José Sarney, nome que designa a entidade criada pelo ex-presidente da República para preservar sua própria história.
O outro empregado da fundação nomeado pelo Senado é Fernando Nelmásio Silva Belfort, de 60 anos. Diretor executivo do museu - e também mausoléu de Sarney -, ele esteve na folha de pagamento da Casa entre agosto de 2007 e abril de 2009, quando a filha do senador, Roseana Sarney (PMDB), hoje governadora do Maranhão, era líder do governo no Congresso. Ele recebia salário de R$ 2,5 mil por mês.
O caso de Raimundo mostra desvio de função. Quando foi nomeado, há 14 anos, ele foi lotado no gabinete de Edison Lobão (PMDB-MA) - velho aliado de Sarney que, com sua ajuda, virou ministro das Minas e Energia do governo Luiz Inácio Lula da Silva. À época, Sarney era presidente do Senado. O “assessor” ficou na folha de pagamento. Hoje está lotado no gabinete de Edinho Lobão (PMDB-MA), filho do ministro.
Procurado na segunda-feira (22), Raimundo primeiro negou que trabalhasse no Senado. “Eu trabalhei no Senado em 1995”, disse. Dois minutos depois, se corrigiu: “Não nego nem confirmo. Não tenho que dar informação a vocês.” Maranhense de Caxias, negou peremptoriamente que trabalhasse na Fundação José Sarney. “Me mostre onde isso está escrito”, desafiou. Informado que seu nome consta até do site da fundação-museu, ele desligou o telefone.
Belfort, o outro encarregado do museu, trocou o emprego em abril por nomeação no governo Roseana, como “gestor de atividades meio” da Secretaria de Assuntos Agrários. A assessoria de Sarney informou que não comentaria as nomeações. O assessor de Roseana disse não conhecer Belfort.
Fonte: Gazeta do Povo

Petrobras não se rende e patrocina maior festa popular do Brasil

A Petrobras não se rendeu ao denuncismo barato de nossa imprensa. Está patrocinando os festejos de São João em 81 municípios do Nordeste, dos quais 55 na Bahia. As festas juninas têm hoje no Nordeste uma expressão cultural com dimensão maior que o Carnaval. Ontem (22) à noite fui ao Pelourinho ouvir Dominguinhos tocar. O povo delirava.Uma pesquisa realizada pelo Instituto Painel Brasil avaliou que 80,6% dos participantes acham que a Petrobras deve continuar realizando ações de patrocínio no São João. A população percebe a Petrobras como uma empresa simpática, parceira e preocupada em preservar a cultura nordestina. Ainda segundo a pesquisa, as cidades consideradas mais tradicionais e com o melhor São João na Bahia foram Amargosa, Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Cachoeira, Santo Antônio de Jesus, Jequié, Mucugê, São Francisco do Conde, Piritiba, São Sebastião do Passe, Jaguaquara e Camaçari. Por um momento fiquei preocupado com a ação nefasta do DEM, do PSDB e do PPS que fizeram eco às denúncias fajutas da imprensa sobre supostas irregularidades nos patrocínios. As mentiras veiculadas sobre favorecimento de prefeituras do PT foram desmascaradas. A Petrobras provou com documentos que das 81 cidades patrocinadas, apenas 11 eram administradas pelo PT e 18 eram administradas pelo DEM. Mas teve do PSDB. Um desperdício.
Fonte: Bahia de Fato

Quero meu diploma de volta!

Jornalista baiana, Márcia Moreira assinou o seguinte texto que está circulando na Internet. E com tal intensidade que está nascendo uma verdadeira campanha:QUERO MEU DIPLOMA DE VOLTA Este ano, quando completaria 20 de jornalismo, acordei no dia 18 de junho de 2009 sem profissão. No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal, por oito votos a um, cassou o meu diploma e de outros milhões de profissionais brasileiros. Tudo, supostamente, em nome da Liberdade de Imprensa. Será?O ministro Gilmar Mendes comparou jornalistas a cozinheiros. Outro ministro disse que jornalismo é literatura. Caímos, então, mais uma vez, no engodo de que para ser bom jornalista basta saber escrever. Para estas pessoas, o jornalismo é uma espécie de “dom”, identificado através do simples ato de se ‘escrever bem’ – um critério bastante subjetivo onde o “escrever bem” pode estar, apenas, intrinsecamente ligado ao ato de escrever corretamente, de acordo com as regras gramaticais. Limitar a profissão de jornalista a algo tão óbvio é uma atitude simplória e reducionista.Também, há de se questionar: se em outras profissões que realmente exigem um dom, como Dança, Pintura, Música, Teatro, Artes plásticas, há de se passar por um ensino formal, acadêmico, por que em se tratando de Jornalismo deveria ser diferente? O exercício do Jornalismo é muito mais do que a simples “arte de escrever bem”. A profissão também envolve técnicas próprias, conhecimentos específicos, estudos aprofundados e, principalmente, um compromisso com a sociedade.Mas o diploma, por si só, é suficiente para garantir a formação de um bom profissional? Claro que não. Aprendi muito mais fazendo matéria de rua do que sentada no banco da faculdade. Mas a prática, além de complementar a um bom embasamento teórico, é também necessária em qualquer profissão e não apenas na de jornalista.No site do Observatório de Imprensa, Carlos Castilho publicou um artigo em que diz: “As escolas de jornalismo no país dão aos seus alunos a capacitação necessária para ingressar num mercado de trabalho caracterizado por transformações radicais na área da comunicação e do processamento da informação? Com raras exceções, a resposta será não”. Concordo plenamente, mas então a luta deve ser pela melhoria da qualidade do ensino oferecido nas faculdades e não simplesmente extinguí-las.Os ministros tomaram como parâmetro do seu julgamento o fato de vários outros países do mundo não exigirem o diploma para o exercício da profissão de jornalismo. Mas vamos levar em conta a realidade do Brasil. Não vamos limitar esta discussão as redações dos grandes veículos de comunicação das capitais brasileiras. Quem já andou pelo interior deste país sabe que em muitas cidades a única rádio ou tevê local pertence a algum político. Uma outra questão é, igualmente, crucial quando se trata de discutir a extinção do diploma de jornalista é o controle da mídia por políticos e famílias de políticos. Entendendo-se aqui, controle como propriedade, como dono de veículos de comunicação.Segundo reportagem de Elvira Lobato, publicada no Jornal Folha de São Paulo do dia 18 de junho de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva distribuiu, em três anos de governo, 110 emissoras educativas, sendo 29 televisões e 81 rádios. Uma em cada três rádios foi parar, direta ou indiretamente, nas mãos de políticos. O governo de Fernando Henrique Cardoso autorizou, em oito anos, a abertura de 239 rádios FM e de 118 TVs educativas.No governo do general João Baptista Figueiredo (1978 a 1985), foram distribuídas 634 concessões, entre rádios e televisões, mas não se sabe quantas foram para políticos. No governo Sarney (1985-90), houve recorde de 958 concessões de rádio e TV distribuídas. Muitos políticos construíram patrimônios de radiodifusão naquele período em nome de ‘laranjas’. As concessões de TV são dadas por decreto do presidente, enquanto as de rádio são aprovadas pelo ministro, por portaria. As concessões de TV são por 15 anos, renováveis, e as de rádio, por 10 anos, também renováveis.No dia 23 de outubro de 2006, aproveitando as eleições realizadas este ano. o jornalista Alceu Luis Castilho publicou no site Agência Repórter Social (www.reportersocial.com.br) um levantamento inédito sobre a quantidade de rádios e TVs que estão nas mãos de parlamentares. Ele utilizou como base os dados entregues pelos próprios políticos aos Tribunais Regionais Eleitorias (TRÊS), a maior parte disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).Castilho, ainda usou mais duas fontes de informações: o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), do Rio Grande do Sul, que divulgou em 2005 uma lista que incluía os senadores que têm parentes com concessão de rádio ou/e televisão; e uma lista feita em 2005 pelo professor Venício de Lima, da Universidade de Brasília, com o nome dos deputados beneficiados com concessões de rádios e TVs e que constam na lista do Ministério das Comunicações. Venício de Lima e James Görgen, do Epcom, definem o fenômeno das concessões de rádio e TVs à parlamentares como “coronelismo eletrônico”.A compilação dos dados mostra que um terço dos senadores e mais de 10% dos deputados eleitos para o quadriênio 2007-2010 controlam rádios ou televisões. No Nordeste, 44 parlamentares têm controle de rádio e TV; no Norte, sete parlamentares; no Centro-Oeste, três parlamentares; no Sudeste, 18 parlamentares e na região Sul, oito parlamentares.Estas informações foram compiladas por mim em 2006 para monografia do meu curso de pós-graduação, intitulada “A necessidade da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo”. Tenho que certeza que a atualização destes dados seriam tão preocupantes quando antes.Diante de uma realidade absurda como esta, o que deveria estar sendo discutido por todo o país, é a brecha existente na legislação brasileira que permite que políticos sejam detentores de vários veículos de comunicação. Esta permissividade, sim, compromete a liberdade de expressão e coloca em risco a própria democracia. Afinal, que tipo de informação atende aos interesses políticos dos donos destes veículos? E que tipo de informação não deve ser divulgada para não ferir estes mesmos interesses? Que tipo de informação vai ser repassada para a população? Será permitido às pessoas ter acesso aos dados negativos dos governos; às opiniões divergentes; às denúncias de corrupção, de improbidade, etc. Ter acesso, enfim, ao mundo real? Será que o interesse eleitoral dos políticos que são donos de veículos de comunicação não irá suplantar a busca pela verdade, o compromisso com a sociedade, algo que é intrínseco à formação dos jornalistas?Se acabarem com a exigência do diploma temo por uma demissão em massa – principalmente nos veículos de comunicação que não estão nos grande centros urbanos - para que as redações sejam ocupadas por parentes, amigos e apadrinhados dos donos dos jornais. E se eles escrevem bem ou não, será apenas um detalhe.Por isso, acho que nós jornalistas, ABI, Fenaj, a sociedade como um todo deve iniciar, imediatamente, a campanha QUERO MEU DIPLOMA DE VOLTA antes que seja tarde demais.Márcia Moreira - Jornalista (DRT 1447 –BA) marciamoreira.educadora@gmail.com
Fonte: Bahia de Fato

Tribunais aumentam cerco a prefeitos e ex-prefeitos

Fernanda Chagas
Fica cada vez mais extensa, conforme vem sendo noticiado pela Tribuna da Bahia, a lista de gestores e ex-gestores envolvidos em corrupção contra os cofres públicos baianos.
Na última semana, nada menos que 12 casos foram registrados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), gerando multas que se aproximam da casa dos R$ 1 milhão.
No município de Fermino Alves, por exemplo, o TCM negou o pedido de reconsideração feito pela Câmara Municipal de Fermino Alves, que teve as contas de 2007 rejeitadas. Segundo o parecer prévio, o presidente da Casa à época, Genilson de Jesus Peluzo, foi multado porque "o Legislativo gastou o valor correspondente a R$ 340.524,15 com despesas orçamentárias, quando o limite máximo definido pela Constituição Federal fixou a despesa em R$ 338.331,73?.
Em Saúde, o Tribunal julgou parcialmente procedente a denúncia contra o ex-prefeito de Saúde, Dinaldo Caetano da Silva, por irregularidades na compra cometidas nos exercícios de 2006 e 2007. A prefeitura comprou combustíveis e derivados para veículos quebrados ou movidos por combustível diferente. O relator, conselheiro Fernando Vita, determinou formulação de representação ao Ministério Público, ressarcimento aos cofres públicos de R$ 67.716 e multa no valor de R$ 5 mil.
Em sua defesa, o ex-prefeito alegou a existência de erros materiais no "preenchimento de processos de pagamento, por parte dos setores de tesouraria, contabilidade e controle interno do município" e que por erro destes setores se fez "constar as placas policiais de veículos distintos daqueles realmente abastecidos com os combustíveis adquiridos".
Já em Canarana, o Tribunal de Contas dos Municípios decidiu acatar parcialmente o pedido de reconsideração feito pela Prefeitura, mas manteve a rejeição das contas no exercício de 2007. O prefeito Ezenivaldo Alves Dourado foi multado em R$ 7 mil e terá de restituir R$ 1,4 mil aos cofres municipais.
O TCM puniu Ezenivaldo por ele ter aplicado apenas 23,28% dos recursos previstos para manutenção e desenvolvimento do ensino e 59,71% dos recursos do Fundeb na remuneração dos profissionais do magistério.
Fonte: Tribuna da Bahia

Amargosa quer Lídice concorrendo ao Senado

A deputada Lídice da Mata (PSB) recebeu o título de Cidadã de Amargosa, em reconhecimento a sua atuação em benefício da cidade, inclusive viabilizando recursos por meio de emenda parlamentar. O título foi entregue durante a sessão comemorativa dos 118 anos de emancipação política do município, realizada na Câmara de Vereadores. Ao agradecer à honraria, a deputada fez uma retrospectiva de sua relação com a cidade recordando a luta que as forças progressistas empreenderam para possibilitar o retorno ao poder de pessoas comprometidas com o desenvolvimento da cidade. Disse que Amargosa, com a atual gestão, retomou o crescimento dando continuidade ao trabalho desenvolvido pela ex-prefeita Iracy Silva (já falecida), a quem fez questão de homenagear. Lídice disse estar muito feliz com a condição de cidadã de um município que tem entre seus filhos figuras como Pedro Calmon, Diógenes Rebouças e Waldir Pires. O presidente da Câmara Municipal Antonio Clovis Sampaio (Cói), PSB, ao justificar a concessão do título à deputada Lídice da Mata, recordou a sua participação
na vida política da cidade e em ações empreendidas por ela para garantir recursos para o município e na luta que resultou na retomada do poder pelas forças progressistas e também para viabilizar as duas universidades além de atuar como interlocutora da cidade com os governos federal e estadual. Cói fez um resumo das medidas que estão sendo tomadas no Legislativo Municipal visando garantir a transparência e a maior participação popular atuando em direção contrária ao que vem acontecendo com o Senado, que nos últimos dias tem ocupado o noticiário devido a uma série de denúncias que segundo ele prejudicam a imagem do Legislativo. O vereador foi bastante aplaudido ao afirmar que está mais do que na hora de uma renovação no Senado e que a deputada Lídice da Mata, pela trajetória política deve ser a senadora da Bahia. Cói, foi mais além e disse que espera que o compromisso assumido pelo PT de apoiar o nome da deputada para o Senado, seja respeitado. A deputada recebeu o título das mãos dos vereadores Cói, Carlos Henrique Libório e Marcos Paulo Sampaio.
Fonte: Tribuna da Bahia

Garotinho filia-se ao PR, oferece palanque a Dilma e acena a Lula

Folhapress
Em clima de lançamento de campanha, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, filiou-se nesta segunda-feira ao PR (Partido da República) acenando a bandeira branca ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e oferecendo palanque, no Rio, para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na sucessão presidencial.
Sobre Lula, a quem fez forte oposição nos últimos anos, Garotinho disse que, na política, "tudo pode e vai mudar". Ele lembrou que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que atualmente é aliado do presidente, chegou a fazer ataques pessoais ao filho de Lula, quando estava na oposição.
'Eu e Lula, que já fomos grandes amigos, tivemos problemas políticos e nos separamos. Acredito que tudo pode e vai mudar", afirmou.
Garotinho comentou que o palanque do PR no Rio, em 2010, está à espera de Dilma Rousseff, nome preferido do presidente Lula para sucedê-lo. O ex-governador lembrou também que já foi partidário de Dilma no PDT, e que sempre teve ótima relação com a ministra.
"Ela tem tudo para ser a minha candidata. Desde que ela deseje o nosso palanque no Rio de Janeiro, será o palanque dela", observou.
O ato de filiação de Garotinho ao PR contou com a presença das principais lideranças políticas do partido, como o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e os senadores César Borges (BA) e Magno Malta (ES). Nascimento acrescentou que a entrada de Garotinho no PR está condicionada ao apoio à candidatura do governo Lula em 2010.
Garotinho é o candidato natural do partido às eleições para o governo do Rio em 2010, mas oficialmente, ainda diz que "vai esperar a decisão do partido e que está pronto para governar o Estado". Militantes, no entanto, cantavam músicas alusivas a um retorno de Garotinho ao Palácio Guanabara, e partidários discursavam exaltando a candidatura do ex-governador.
"Garotinho é a maior conquista do PR nos últimos dez anos e será o próximo governador do Rio", afirmou o presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Antônio Luis Rodrigues.
Fonte: Tribuna da Bahia

Não fui eleito para limpar as lixeiras da Casa, diz Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda-feira (22) que não foi eleito para “limpar as lixeiras da Casa”, mas para presidi-la politicamente. A afirmação foi feita em resposta ao discurso do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que atacou ex-diretores e cobrou atitudes de Sarney.
“Julguei que fosse eleito presidente para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a cuidar da despensa da Casa ou para limpar as lixeiras da cozinha da Casa”, disse Sarney. O peemedebista disse que estão sendo tomadas medidas para resolver a crise do Senado e garantiu que ninguém será “acobertado”.
Desde o início da atual legislatura, Casa já foi alvo de 18 denúncias. “Quero dizer à Casa que fique tranquila. Ninguém vai acobertar ninguém. Vamos punir. Estamos fazendo isso. Já abrimos inquéritos, colocamos na Justiça. Abrimos sindicância para apurar estes fatos”, afirmou o presidente do Senado.
O presidente da Casa destacou que os ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi foram afastados por ele logo após o surgimento de denúncias. Enfatizou também o inquérito da Polícia do Senado que indiciou Zoghbi por supostas fraudes em convênios para a realização de empréstimos consignados para servidores da Casa.
Ele enfatizou a abertura de sindicâncias para apurar o escândalo dos atos secretos. Ressaltou também a auditoria externa e o pente-fino que, segundo ele, será feito na folha de pessoal da Casa. Disse também que um “portal da transparência” divulgará todos os dados relativos a gastos na Casa.
MordomoSarney negou ainda que um mordomo de sua filha Roseana Sarney (PMDB-MA), governadora do Maranhão, fosse paga com recursos da Casa. Destacou que o funcionário não é mordomo de Roseana e sim motorista do Senado há 25 anos.
'O Senado nunca pagou nenhum mordomo. Como muitos aqui, eu fui alvo de insultos, de calúnia. A ex-senadora Roseana não tem mordomo em casa”, disse Sarney. Ele destacou que a filha mora, atualmente, no Maranhão e que sua casa em Brasília está fechada.
(Com informações do G1)
Fonte: Correio da Bahia

segunda-feira, junho 22, 2009

Moradores de Salvador são os mais satisfeitos com lazer, diz pesquisa

Redação CORREIO
Uma pesquisa realizada em três capitais brasileiras avalia a satisfação da população com relação ao lazer local. Moradores de Salvador demonstraram o maior nível de satisfação com as atividades disponíveis na cidade, 73% dos entrevistados estão contentes. Em Porto Alegre, esse índice foi de 68%.
Os mais insatisfeitos com o lazer são os paulistanos: 51% não estão contentes com as atividades disponíveis. Segundo o instituto de pesquisa Quorum Brasil, responsável pelo estudo, a dificuldade de locomoção, distância para participar das atividades e falta de parques públicos de qualidade são fatores que colaboram para essa insatisfação.
Quanto às atividades oferecidas sem custo para a população, a cidade que melhor atende às expectativas de seus moradores também é Salvador, com 86% de respostas afirmativas. Para as atividades de lazer que atraem turistas e visitantes, a capital baiana ainda sai na frente, com 89% da população satisfeita.
Mais de 70% dos entrevistados nas três capitais apontam as viagens longas como atividade de lazer que gostariam de fazer com maior frequência. Só 10% em Salvador preferem assistir a mais filmes.
Do total de entrevistados, 48% têm entre 40 e 50 anos de idade; 33%; de 30 a 39 anos; e 19%, de 20 a 29. Mais da metade (52%) são da classe C, com renda familiar entre R$ 500 e R$ 1.400. O estudo ouviu 500 moradores de São Paulo, Salvador e Porto Alegre, entre 10 e 15 de maio.
(Com informações do G1)
Fonte: Correio da Bahia

TCU condenou ex-prefeito de Remanso a devolver recurso federal

Redação CORREIO
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Remanso, Carlos Antônio Ferreira de Castro, a empresa TL Construtora e a Arcoplan Construções e Planejamento, a devolver recursos públicos federais repassados ao município por não execução integral de obras em escola agrícola.
O ex-prefeito terá de devolver R$945.294,00, juntamente com a empresa TL. Com a empresa Arcoplan, Castro terá de pagar R$ 403.025,88. A verba foi transferida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a conclusão da escola agrícola de 1º grau e na aquisição de equipamentos para o funcionamento das instalaçãoes a serem construídas.
Com isso, o ex-prefeito também foi multado em R$ 134 mil e a Arcoplan em R$ 40 mil. A TL Construtora e o seu presidente, José Alberto Alencar Carvalho, receberam multas individuais de R$ 94 mil. De acordo com o TCU, as dívidas devem ser pagas aos cofres do Tesouro Nacional em 15 dias.
A cópia da documentação já foi encaminhada à Procuradoria da República na Bahia, e a cobrança judicial também foi autorizada.
Fonte: Correio da Bahia

Agenda da Cidadania

O QUE A MÍDIA QUER QUE VOCÊ PENSE

Laerte Braga


Quem que preste o mínimo de atenção ao noticiário dos grandes veículos de comunicação vai constatar que o nome do criminoso Daniel Dantas desapareceu do cenário. Permanecem o do delegado Protógenes Queiroz e do juiz De Sanctis sendo massacrados pela suposta assepsia da mídia em pequenas notícias aparentemente isentas. Sobre a gravação que não houve – ninguém viu só a revista VEJA, porta-voz oficial do crime legalizado – de uma conversa entre o criminoso Gilmar Mendes (presidente um departamento das empresas de Dantas, A STF DANTAS INCORPORATION LTD) e outro criminoso Heráclito Fortes (o senador que empregava a filha de FHC em seu gabinete) nem se toca no assunto. São fatos para serem esquecidos. Daniel Dantas entrou na muda, não fala nada e Protógenes e De Sanctis viraram os bandidos da história. Gilmar Mendes continua recebendo pela porta dos fundos do seu gabinete e estacionando seu carro cujo combustível é pago com dinheiro público, em vaga reservada a deficiente físico. Nas várias operações feitas pela Polícia Federal e que desmantelaram quadrilhas que iam de ministros de tribunais superiores, a desembargadores, senadores, deputados, prefeitos, grande empresários, banqueiros, latifundiários, as quadrilhas de sempre, uma delas ganhou destaque nacional pela imagem que proporcionou. A do ex-prefeito da cidade mineira de Juiz de Fora, Alberto Bejani, recebendo a propina paga pelos empresários de transportes coletivos de sua cidade e estabelecendo as condições para os meses seguintes. O fato foi divulgado à larga no principal jornal de tevê do País, o jornal da mentira que alguns chamam de JORNAL NACIONAL. Bejani continua solto, é candidato a deputado e o atual prefeito de Juiz de Fora Custódio Matos é só uma reprodução da corrupção ampla, geral e irrestrita que permanece intocada. Com um pouco mais de sofisticação por ser tucano. O presidente Lula tem em mãos medida provisória aprovada pelo Congresso que ratifica a grilagem de bandidos na Amazônia e no Pantanal brasileiros, tudo sacramentado pela senadora/bandida Kátia Abreu, do DEM. A medida permite que extensões de terra do tamanho de cidades como Rio ou São Paulo sejam legalizadas depois de tomadas pelos latifundiários – a senadora é latifundiária – e registradas em marmeladas de certidões falsas em cartórios de tabeliões criminosos. Qual não é? O veto ou não a essa negociata sem tamanho e que compromete a própria soberania nacional, a integridade de nosso território, pasmem-se, depende de acordos políticos, do toma lá dá cá e tudo passando pelas mãos do senador José Sarney, quadrilheiro que opera no Maranhão e no Paraná e segundo Lula “pela sua história não pode ser tratado como homem comum”. Nessa lógica Al Capone também não. O governador de São Paulo, José Serra, notório corrupto, indivíduo – para usar expressão do antigo jargão do noticiário policial dos jornais das décadas de 50/70 – de má catadura e sem caráter algum, está promovendo a liquidação do seu estado naquele negócio de privatizar, terceirizar e tirar o corpo fora de qualquer problema, mas engordando o caixa dois para sua campanha eleitoral. Uma das providências que Serra tomou, por exemplo, foi a de assinar milhares de revistas da Editora ABRIL, a que edita VEJA, em troca do direito de bater a carteira de cada paulista e ainda tentar chegar à presidência para estender seus limites de punguista político. E assim o tresloucado que governa Minas, Aécio Neves. A corrupta que governa o Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. O governador dos muros Sérgio Cabral e nem estou tocando na barbárie da semana passada quando os pistoleiros de Serra, fardados de policiais militares, espancaram, prenderam, torturaram e seqüestraram professores, funcionários e estudantes da USP – Universidade de São Paulo – que o governador/criminoso quer privatizar. Isso é irrelevante para a mídia à medida que quem paga os “nossos comerciais”, os “comerciais do plim plim” são eles os bandidos. O escândalo do Senado, vamos usar essa expressão, cumpre o papel de “imprensa sadia” no contexto do espetáculo que promovem para fugir da realidade e criar esse institucional falido, pois num dado momento é fácil generalizar sobre senadores, tanto quanto criar o sentimento que Congresso é um custo, um peso, sem ganho algum, abrindo espaço a continuidade das práticas corruptas dos que em tese são denunciados. Caso de Kátia Abreu. Ou de José Sarney. Ou de Fernando Gabeira, paladino da moral e dos bons costumes pego com a boca na botija das passagens cedidas a amigos e etc e tal. Em meio a tudo isso há um espaço de cinco ou seis minutos para que cada cidadão tome conhecimento do novo modelo de automóvel que pode ser comprado em trocentas prestações, sem entrada. Ou da roupa que coloca o ser no topo mesmo que o estômago esteja roncando e pior, que cria o vazio interior em cada cidadão ou cidadã na esteira de uma indignação fingida, hipócrita e cuidadosamente planejada para você não saiba nada além daquilo que interessa a eles. Por via das dúvidas um monte de marcas de sabão em pó daqueles que tiram qualquer mancha. E assim é o noticiário internacional. O jornal THE WASHINGTON POST, como o próprio nome indica editado em Washington – responsável pela investigação de dois jornalistas que resultou na renúncia de Richard Nixon – trouxe um artigo de um ex-secretário (ministros por lá são chamados de secretários) do governo Ronald Reagan, um dos mais estúpidos da história dos EUA, revelando os verdadeiros motivos que levam países como os Estados Unidos, Grã Bretanha (protetorado norte-americano na Europa), Itália (bordel particular de Sílvio Berlusconi) e outros, a criar a imagem de barbárie e violência no Irã por conta da vitória do candidato Mahamoud Ahmadinejad. Não interessava aos donos do mundo. A mídia cumpre o papel de mostrar uma realidade que não existe já que a vitória do presidente – reeleito – foi por larga margem de votos e confirmada pelas instâncias superiores daquele país. Mas é preciso demonizar o Irã, satanizar Ahmadinejad. Contrariam os interesses dos principais acionistas dos EUA. O estado terrorista de Israel através da AIPAC – AMERICAN ISRAEL PUBLIC AFFAIRS COMMITTEE – com milhões de sionistas/judeus organizados e com vastos recursos para comprar parlamentares naquele país, moldar boa parte da mídia segundo seus interesses (bancos e empresas, muitas delas falidas na crise e salvas com dinheiro do contribuinte), vendendo a idéia de sionistas/judeus sofredores e palestinos terroristas, enquanto roubam terras palestinas, seqüestram, torturam, estupram, matam, prendem e sacam de instrumentos religiosos para se auto proclamarem o povo eleito para dirigir o mundo. Defender um noticiário isento, livre, um debate amplo sobre todas as questões que dizem respeito ao Brasil – nosso caso – sua inserção no resto do mundo e junto a esse mundo globalizado é o mínimo que se pode fazer e não significa que se esteja querendo importar esse ou aquele modelo. Essa ou aquela solução. Somos o Brasil, somos brasileiros e brasileiras, temos nossas características de País de múltiplas culturas, não somos um País de brancos de olhos azuis como querem e estamos, gradativamente, sendo transformados em seres aculturados e adoradores de McDonalds e outras coisas mais. A própria língua portuguesa hoje já não é falada por exemplo, em várias áreas da Miami brasileira, a Barra da Tijuca. É que lá as senhoras levam suas cachorrinhas ao cabeleireiro de helicóptero para evitar o stress do trânsito de mortais comuns. A mídia vende um show. Um espetáculo. Vende ilusão. Vende a mentira dos donos. Essa mentira como diz Débort (“A sociedade do espetáculo”, Contraponto, Rio), o espetáculo, “não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediadas por imagens”. Ou, “a primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou , no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados acumulados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldado por ela. Só lhe é permitido aparecer naquilo que ela não é”. E, aí, “à medida que a necessidade se encontra socialmente sonhada, o sonho se torna necessário. O espetáculo é o sonho mau da sociedade moderna aprisionada, que só expressa final, o seu desejo de dormir. O espetáculo é o guarda desse sono”. Não é difícil entender a constatação da OMS – Organização Mundial de Saúde – porque a depressão será a segunda maior causa de mortes a partir do ano 2020, logo após as doenças cárdio/vasculares. O “paraíso ilusório”, a “cisão consumada no interior do homem”. Se achar que “prozac” não resolve, quem sabe Edir, o Macedo. E tome Faustão. E nunca se esqueça de olhar embaixo da cama antes de dormir ou trancar bem as portas e janelas, pois lá pode estar escondido um “terrorista” iraniano, ou palestino, pior, um senador padrão José Sarney, ou um governador José Serra. Nesses casos não adianta chamar o 190, é deles. Por via das dúvidas deixe a GLOBO ligada e se encontrar um desses comece a rezar o pai nosso deles. “Wall Street nossa de cada dia...” Pendure uma cruz de Davi, ao lado da suástica, na entrada da casa. E se algum deles perguntar alguma coisa diga apenas yes y love the Globe. Ajoelhe-se, volte-se para o PROJAC e invoque a proteção de William Bonner. Se quiser, para aumentar a proteção, é bom, coloque um retratinho dele sob a cama, na parede.

MUCO - Museu da Corrupção

Geddel já fala como candidato ao governo

Fernanda Chagas
Numa clara demonstração de que em um futuro próximo será inevitável o rompimento com o PT do governador Jaques Wagner em prol de um projeto próprio, o ministro da Integração Nacional (PMDB), que antes se negava a tecer críticas, ao menos públicas, ao governo estadual, já mudou o discurso e traça, inclusive, planos como governador.
Ele disparou que "se eu sair candidato ao governo do Estado, que, aliás, é uma tendência que cada vez se consolida mais dentro do PMDB, nós vamos ter que discutir um amplo projeto para o Estado da Bahia e, para mim discutir amplo projeto é partir de um conceito fundamental, onde governar é organizar prioridades. Segurança Pública, qualificar a Saúde Pública no Estado, viabilizando uma saúde publica de qualidade no interior, para que os doentes não venham pra cá, repetir essa velha história de pegar uma ambulância e vir pra capital e abarrotar a base de serviço, são prioridades".
O ministro classificou como prioridade a discussão de um amplo plano, que, definitivamente, compreenda que metade do território baiano é no semi-árido e que não há desenvolvimento no Estado sem agricultura irrigada, sem um amplo projeto de açudagem, de barramento, de perenização de rios. "Também que é preciso direcionar investimentos de forma clara no orçamento para privilegiar o desenvolvimento de municípios com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), muito aquém de outros no nosso estado. Ou seja, definir claramente como é que vai ser aplicado, e em que prioridade vai ser aplicado o orçamento superior a R$ 22 bilhões que possui hoje o Estado da Bahia", destacou.
Fonte: Tribuna da Bahia

Juiz que abriu arquivos da Abin pode ser removido

Agencia Estado
O juiz federal Ali Mazloum, que mandou Protógenes Queiroz para o banco dos réus e ordenou uma devassa nos arquivos secretos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pode ser removido compulsoriamente da 7.ª Vara Criminal Federal, da qual é titular. Alvo de processo administrativo disciplinar em curso no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF 3), Mazloum começou a ser julgado em sessão do Órgão Especial da corte no dia 10. O placar contra o magistrado mostra que os primeiros cinco votos, puxados pelo desembargador Paulo Octávio Baptista Pereira, relator da ação, impõem a punição a Mazloum. Quatro votaram pela remoção e um pela pena de censura. O julgamento, que corre sob sigilo, foi interrompido pela desembargadora Suzana Camargo, que pediu vista dos autos.Para evitar o revés, Mazloum entrega hoje ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ?pedido de providências? com liminar para imediata suspensão do processo. Alega ?iminente risco de dano irreparável? e ?flagrante violação do Estatuto da Magistratura?. Colegas de Mazloum, inclusive desembargadores federais, veem ?pressão política? no episódio. Avaliam que pode estar em curso uma retaliação, porque recentes medidas que ele adotou atingiram autoridades com influência no governo e no Judiciário. No dia 27 de maio o juiz decretou a quebra do sigilo telefônico do delegado Paulo Lacerda, ex-diretor-geral da Abin e ex-diretor da Polícia Federal (PF). O juiz suspeita que Lacerda orientou Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha, investigação contra o banqueiro Daniel Dantas. Protógenes foi denunciado pela Procuradoria da República por quebra de sigilo funcional e fraude processual.Os aliados de Mazloum não escondem perplexidade ante a abertura do julgamento apenas 13 dias depois que ele mandou investigar Lacerda. Repudiam a sanção, que acham ?exacerbada?, a que o juiz está sujeito - a remoção, eles dizem, só pode ser aplicada nos casos de interesse público, de acordo com a Constituição, artigo 93. Aliados do juiz argumentam ainda que a inamovibilidade é garantia constitucional dos magistrados e que não é incomum desembargadores e até ministros de tribunais superiores receberem advogados em casa, domingos e feriados, para despachar.ProcessoO processo administrativo contra Mazloum foi aberto em 9 agosto de 2007, quase cinco anos depois do fato que lhe é imputado. Em 13 de setembro de 2002, às 19h10, ele concedeu liminar em habeas corpus para adiar julgamento de um médico pelo Conselho Regional de Medicina, que ocorreria no dia seguinte, um sábado, às 8h30. Baptista Pereira, o relator, aponta ?indícios de irregularidades? na conduta de Mazloum, por isso pede sua punição. Para ele, o juiz suspendeu julgamento de um procedimento administrativo disciplinar ?quando inexistente qualquer risco à liberdade de locomoção do paciente?.O relator da ação acusa Mazloum de ?violação à regra de competência? porque entende que o juiz não poderia ter despachado o feito depois das 19 horas, quando o fórum federal fecha as portas, mas ordenado sua distribuição. Mazloum alega que era o único magistrado no fórum, naquele instante. ?A liminar não acarretou prejuízo ou dano à administração, nem ensejou qualquer tipo de vantagem a quem quer que seja, conforme verificou o relator?, diz Mazloum. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

domingo, junho 21, 2009

O trenzinho dos suplentes

Editorial
Pressionado por vereadores suplentes, que há meses transitam pelos corredores do Congresso, o Senado aprovou nesta semana uma medida que, em princípio, parece ir ao encontro das expectativas da população de maneira geral, mas na prática pode contribuir para agravar ainda mais o desgaste do Legislativo. O risco ocorre porque a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz os custos dos legislativos municipais foi definida em acordo político entre deputados e senadores como pré-requisito para a ampliação do número de vagas para vereadores. Se a Câmara seguir o acerto à risca e referendar a mudança, os eleitores podem se preparar para uma redução ainda maior nas verbas para investimentos. Apesar da insistência na alegação de que os gastos não aumentarão, fica difícil acreditar nessa possibilidade.
Na mais recente decisão relacionada ao vaivém no aumento do número de vereadores, o Senado preocupou-se inclusive em afrouxar um pouco as restrições de verbas para as Câmaras. Com isso, abriu-se uma brecha que aumenta em mais de 7 mil o número de vereadores no país, o que dificilmente poderá ocorrer sem pressionar os custos. Enredado em uma sucessão de escândalos nos últimos meses, o próprio Senado é um exemplo vivo do quanto o gigantismo da máquina, associado à falta de transparência, facilita deformações que não deveriam ir além. Por isso, é lamentável que, ao invés de fornecer respostas mais convincentes para revelações como a nomeação de parentes e afilhados de políticos por atos secretos, o Senado esteja preocupado neste momento em ampliar os gastos das prefeituras com os legislativos municipais.
Na verdadeira novela em que o assunto se transformou, o Senado já havia aprovado uma elevação no número de vagas nas câmaras no ano passado. Na época, porém, a decisão não chegou a ser promulgada pelo fato de o projeto ter sido desvinculado de outro, que previa corte orçamentário. Por isso, com a aprovação das limitações de dotações orçamentárias, abrandadas à última hora, o aumento no número de legisladores, e provavelmente o de gastos, fica na dependência apenas da decisão da Câmara dos Deputados, que vai dar a última palavra.
Dificilmente a iniciativa de estabelecer um verdadeiro trenzinho para abrigar suplentes encontraria respaldo entre a sociedade, que está cansada dos excessos na política. A população tem consciência de que mais gastos com a Câmara significam necessariamente ainda menos recursos do que os atuais para serem usados em investimentos de interesse dos munícipes.
Mas algumas questões se impõem, como esta: por que mais vereadores? A população não quer saber se, por algum tipo de alquimia, a despesa vai diminuir. A longo prazo, todos sabemos, aumentará, pois serão criadas estruturas dispendiosas e desnecessárias, caso os munícipes não consigam barrar essa mais nova tentativa.
Fonte: Diário Catarinense (SC)

Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia

Até hoje eram conhecidos 25 casos de guerrilheiros mortos; relato do oficial confirma e dá detalhes da perseguição

EXCLUSIVO - Leonencio Nossa, XAMBIOÁ (TO)


Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas. Leia a cobertura completa e a lista inédita dos guerrilheiros mortos no Araguaia em O Estado de S. Paulo deste domingo.
Até a abertura do arquivo de Curió, eram conhecidos 25 casos de execução. Agora há 16 novos casos, reunidos a partir do confronto do arquivo do major com os livros e reportagens publicados. A morte de prisioneiros representou 61% do total de baixas na coluna guerrilheira. Uma série de documentos, muitos manuscritos do próprio punho de Curió, feitos durante e depois da guerrilha, contraria a versão militar de que os mortos estavam de armas na mão na hora em que tombaram. Muitos se entregaram nas casas de moradores da região ou foram rendidos em situações em que não ocorreram disparos. Os papéis esclarecem passo a passo a terceira e decisiva campanha militar contra os comunistas do PC do B - a Operação Marajoara, vencida pelas Forças Armadas, de outubro de 1973 a janeiro de 1975. O arquivo deixa claro que as bases de Bacaba, Marabá e Xambioá, no sul do Pará e norte do Estado do Tocantins, foram o centro da repressão militar. DESCRIÇÕES O guerrilheiro paulista Antônio Guilherme Ribas, o Zé Ferreira, teve um final trágico, descrito assim no arquivo de Curió: “Morto em 12/1973. Sua cabeça foi levada para Xambioá”. O piauiense Antonio de Pádua Costa morreu diante de um pelotão de fuzilamento em 5 de março de 1974, às margens da antiga PA-70. O gaúcho Silon da Cunha Brum, o Cumprido, entrou nessa lista. “Capturado” em janeiro de 1974, morreu em seguida. Daniel Ribeiro Calado, o Doca, é outro da lista: “Em jul/74 furtou uma canoa próximo ao Caianos e atravessou o Rio Araguaia, sendo capturado no Estado de Goiás”. Só adolescentes que integravam a guerrilha foram poupados, como Jonas, codinome de Josias, de 17 anos, que ficou detido na base da Bacaba, no quilômetro 68 da Transamazônica. Documento datilografado do Comando Militar da Amazônia, de 3 de outubro de 1975, assinado pelo capitão Sérgio Renk, destaca que Jonas ficou três meses na mata com a guerrilha, “sendo posteriormente preso pelo mateiro Constâncio e ‘poupado’ pela FORÇA FEDERAL devido à pouca idade”. Curió permitiu o acesso do Estado ao arquivo sem exigir uma avaliação prévia da síntese, das conclusões e análises dos documentos. Ele disse que essa foi uma promessa que fez para si próprio. Passadas mais de três décadas, a história da terceira campanha ainda assusta as Forças Armadas: foi o momento em que os militares retomaram as estratégias de uma guerra de guerrilha, abandonadas havia mais de cem anos. “Até o meio da terceira campanha houve combates. Mas, a partir do meio da terceira campanha para frente, houve uma perseguição atrás de rastros. Seguíamos esse rastro duas, três semanas”, relata. “A terceira campanha é que teve o efeito que o regime desejava.” Um dos algozes do movimento armado na Amazônia, ele mantém um costume da época: não se refere aos guerrilheiros como terroristas, como outros militares. “Em hipótese alguma procuro denegrir a imagem dos integrantes da coluna guerrilheira, daquela juventude”, diz. “O inimigo, por ser inimigo, tem de ser respeitado.” Ele ressalta que, como um jovem capitão na selva, tinha ideal: “Queria ser militar porque queria defender a pátria, achava bonito. Alguns guerrilheiros tinham os mesmos ideais que nós. Mas nossos caminhos eram diferentes. Eu achava que o meu caminho era o correto. Eles achavam que o deles era o correto. Não eram bandidos, eram jovens idealistas”. No livro A Ditadura Escancarada, o jornalista Elio Gaspari diz que “a reconstrução do que sucedeu na floresta a partir do Natal de 1973 é um exercício de exposição de versões prejudicadas pelo tempo, pelas lendas e até mesmo pela conveniência das narrativas”. E emenda: “Delas, a mais embusteira é a dos comandantes que se recusam a admitir a existência da guerrilha e a política de extermínio que contra ela foi praticada”. MOTIM Essa política de extermínio fica um pouco mais clara com a abertura do arquivo de Curió. Pela primeira vez, a versão militar da terceira e decisiva campanha é apresentada sem retoques por um participante direto das ações no Araguaia. Curió esteve envolvido no motim contra o presidente Geisel (1977), no comando do garimpo de Serra Pelada (1980-1983), na repressão ao incipiente Movimento dos Sem-Terra no Rio Grande do Sul (1981) e à frente de uma denúncia decisiva no processo de impeachment de Fernando Collor (1992). O arquivo dá indicações sobre a política de extermínio comandada durante os governos de Emílio Garrastazu Medici e Ernesto Geisel por um triunvirato de peso. Na ponta das ordens estiveram os generais Orlando Geisel (ministro do Exército de Medici), Milton Tavares (chefe do Centro de Inteligência do Exército) e Antonio Bandeira (chefe das operações no Araguaia). Curió lembra que a ordem dos escalões superiores era tirar de combate todos os guerrilheiros. “A ordem de cima era que só sairíamos quando pegássemos o último.” “Se tivesse de combater novamente a guerrilha, eu combateria, porque estava erguendo um fuzil no cumprimento do dever, cumprindo uma missão das Forças Armadas, para assegurar a soberania e a integridade da pátria.” O QUE FOI A GUERRILHA Em 1966, integrantes do PC do B começaram a se instalar em três áreas do Bico do Papagaio, região que abrange o sul do Pará e o norte do atual Estado do Tocantins. A Guerrilha do Araguaia era composta por uma comissão militar e pelos destacamentos A, B e C. Da força guerrilheira, 98 pessoas pegaram em armas ou atuaram em trabalhos de logística. Deste total, 78 foram recrutadas pelo partido nas grandes metrópoles brasileiras e 20 na própria região do conflito. Entre 1972 e 1974, as Forças Armadas promoveram três campanhas na tentativa de eliminar a guerrilha - só venceu na última. A repressão contou com cerca de 5 mil agentes, incluindo homens das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil. O conflito deixou um saldo de 84 mortos, sendo 69 guerrilheiros ou apoios da guerrilha, 11 militares e 4 camponeses sem vínculos com o partido ou o Exército. Vinte e nove guerrilheiros sobreviveram às três campanhas.
Fonte: Estadao

Distância entre SE e BA irá diminuir

Ponte sobre o rio Piauí criará um importante eixo rodoviário entre os dois Estados
Durante a cerimônia de inauguração do Centro de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, o governador Marcelo Déda assinou o documento que formalizou a parceria entre os Governos Federal e do Estado para a construção da ponte que ligará os municípios de Estância e Indiaroba. A edificação erguida sobre o rio Piauí terá 1.712 metros e vai criar um importante eixo rodoviário de ligação entre Sergipe e a Bahia, aumentando as alternativas para investimentos e facilitando a chegada de turistas de outras nacionalidades ao estado.Serão investidos mais de R$ 125 milhões, dos quais aproximadamente R$ 75 milhões oriundos do Governo Federal, através do Ministério do Turismo, R$ 25 milhões do Governo de Sergipe e outros R$ 25 milhões em recursos provenientes de royalties. Segundo o governador, a obra será fundamental para o desenvolvimento econômico do estado. “Na próxima semana iremos promover a licitação daquela que será a maior ponte do Nordeste. Com essa obra, iremos diminuir a distância entre Salvador e Aracaju, através da linha verde, em 70 km. Isso permitirá que o fluxo de veículos diminua na BR-101 e seja transferido para as praias, promovendo a integração entre o litoral sul sergipano e o litoral norte da Bahia”, afirma Déda.Para o governador, a obra sobre o rio Piauí será fundamental para que o estado consiga alcançar o seu projeto de se tornar uma das sub-sedes da Copa do Mundo que será realizada no país em 2014. “Estamos nos preparando para a grande oportunidade que o presidente Lula nos proporcionou ao trazer a Copa para o Brasil. Pretendemos investir mais de R$ 50 milhões em recursos do Governo do Estado para reformar o Batistão e, com isso, hospedar uma das seleções que disputará seus jogos em Salvador. Tenho certeza que contaremos com a ajuda do Governo Federal para isso”, salienta.Antes da assinatura do convênio, o ministro do Turismo, Luiz Barreto, fez questão de ressaltar o empenho do governador Marcelo Déda em conseguir recursos para a execução de obras que beneficiem o estado. “A minha presença aqui se deve ao trabalho intenso do governador para conseguir verbas para Sergipe. Essas obras serão importantes para melhorar a acessibilidade de sergipanos e dos turistas que desejam conhecer essa terra maravilhosa em que vocês vivem. Com isso, tenho certeza que a idéia de Sergipe se tornar uma sub-sede está cada vez mais concreta”, pontua.
Fonte: Cinform

Tanto vale quanto pesa

Dora Kramer

Desde a famosa entrevista do senador Jarbas Vasconcelos à revista Veja, em fevereiro, dizendo que o PMDB “não tem bandeiras” e, em sua maioria, só se interessa por corrupção e fisiologismo, dirigentes do partido passaram a se preocupar com uma possível queda no valor de suas ações no mercado eleitoral.
Até então, o PMDB era visto como o mais cortejado, o mais poderoso, mais espetacular e fundamental aliado das eleições de 2010, disputado por candidatos de governo e de oposição.
Saíra das eleições municipais valorizado por importantes e abundantes vitórias, acabara de eleger os presidentes da Câmara e do Senado, em suma, um troféu intensamente cobiçado. Naquele momento ninguém falava dos seus decantados defeitos, só se celebravam suas qualidades de legenda mais bem organizada e presente em todo o país. Era a glória.
Mas aí veio Jarbas Vasconcelos e lembrou de detalhes explícitos na metodologia pela qual o PMDB galgara degraus em direção ao topo. Na ocasião, houve mesmo quem interpretasse a manifestação como um ato deliberado do senador, um assumido aliado da candidatura José Serra no PSDB, para afastar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que, segundo a direção do PMDB, naquela altura retomava conversas sobre a possibilidade de se filiar ao partido para se candidatar à Presidência.
Aécio, na época, negou não só a intenção de abandonar a seara tucana, como também a existência de qualquer conversa nesse sentido com o PMDB. O tempo tanto confirmou a versão de Aécio, quanto corroborou as preocupações dos dirigentes do PMDB.
As desventuras desabaram em série sobre o partido: denúncia de corrupção na Funasa, na voz do ministro da Saúde; repúdio dos funcionários de Furnas às investidas peemedebistas sobre o fundo de pensão da empresa; reclamações do PT contra a ambição do companheiro de aliança; e, para completar a fase infernal, a crise no Congresso.
Os escândalos sem fim pegaram o PMDB no comando das duas casas. Não havia, portanto, como empurrar a conta para o vizinho. Na Câmara, o presidente licenciado do partido, Michel Temer, ficou à frente das cobranças sobre a farra das passagens aéreas. E, no Senado, José Sarney, viu seu sonho de coroar a carreira em figurino de majestade, virar um pesadelo de infortúnios.
Os concorrentes de 2010 continuam a cobiçar o PMDB. O partido segue sendo um parceiro valioso. A questão que se impõe internamente, no entanto, é a seguinte: até que ponto seu cacife foi desvalorizado?
Há valor na conquista do PMDB. Mas, tirando o tempo de televisão proporcional ao tamanho de suas grandes bancadas no Congresso, o que tem o partido a oferecer?
Será ainda uma boa companhia de palanque ou já terá se tornado um parceiro pesado, dono de má fama difícil de carregar? Depende do uso pretendido. Para as funções de cozinha, o horário gratuito, vale muito. Mas, para apresentar às visitas (o eleitorado), há fortíssima controvérsia.
Sinuca
A solução para o caso dos atos secretos, reconheça-se, não é fácil. Requer firmeza e certa dose de ousadia. Pelo seguinte: os atos existem, as assinaturas dos executores estão expostas, mas ainda falta apontar os mandantes. Senadores, obviamente.
Como há parlamentares que realmente os desconheciam, não faz sentido responsabilizar o colegiado que, no entanto, está levando a fama. Isso tende a aumentar a tensão interna e a pressão pela identificação dos culpados.
Tempo que ruge
Depois de decidir à revelia do partido que Dilma Rousseff seria a candidata presidencial do PT, Lula invocou o direito de resolver, em nome do PMDB, que o candidato a vice na chapa, deve ser Michel Temer. Como já absorveu também a tarefa de escolher os estados onde o PT terá, ou não, candidato a governador, não seria surpreendente se o presidente pretendesse também interferir nas candidaturas estaduais do PMDB.
Lula centraliza a armação do jogo de 2010, a fim de evitar que os partidos envolvidos percam tempo e energia em processos de discussão e até disputa internas. Teria, com isso, uma vantagem em relação à oposição, cuja decisão – pelo menos em tese – ainda depende da composição de forças no PSDB.
Do ponto de vista estritamente pragmático, o sistema pode ser eficaz. Mas, sob a ótica da autonomia e, portanto, do fortalecimento dos partidos, o modelo autocrático resulta em retrocesso. De todo modo, Lula luta contra o tempo, pois uma coisa é a docilidade dos partidos aliados agora, a 15 meses da eleição. Em anos anteriores, nessa altura não havia candidatos dados como certos.
Outra situação bem diferente é aquela pauta pela conta de conveniência feita à medida que esse prazo encurta na proporção direta da redução do tempo de permanência no poder do governante em fim de mandato. Daí a pressa.
Fonte: Gazeta do Povo

Turistas podem pagar só meia diária em hotéis

Anay Curydo Agora
Dentro do programa Viaja Mais Melhor Idade, do Ministério do Turismo, também há a possibilidade de o idoso conseguir 50% de desconto nas tarifas de hotéis e pousadas em 281 cidades em todo o país.
Idoso tem desconto em viagem até dia 30
Basta que o interessado entre em contato com a hospedagem, verifique se é credenciada e faça a reserva. Segundo a coordenadora de apoio à comercialização do ministério, Jurema Monteiro, as diárias das pousadas, hotéis e resorts credenciados no programa variam de R$ 50 a R$ 300.
O acompanhante do idoso também ganha desconto. Há opções para cidades como Salvador (BA), Araxá (MG) e Campos do Jordão (SP).
Porém, a medida não vale para qualquer hospedagem. É preciso que o hotel esteja cadastrado. No início do programa, que ocorreu em abril do ano passado, já havia 1.190 meios de hospedagem inscritos.
O desconto vale para o ano inteiro, mas não em todas as cidades. A hospedagem fica mais barata onde não há alta temporada. É possível saber quais hotéis participam do programa no site www.portaldehospedagem.com.br ou pelo telefone 0800-7707202.
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Fonte: Agora

Saiba o melhor momento para se aposentar

Paulo Muzzolondo Agora
A partir de julho, os segurados que já adquiriram o direito à aposentadoria receberão, pelo correio, uma carta do INSS informando o valor do benefício. Para quem quiser se aposentar, bastará pedir o benefício em um posto.
Confira os sete casos em que melhor aposentar agora e sete casos em que é melhor esperar na edição impressa do Agora deste domingo, 21 de junho, nas bancas
Confira qual aposentadoria é a mais vantajosa
Preparação ajuda a ter benefício melhor
Quem achar o valor baixo e preferir trabalhar mais não precisa fazer nada --basta ignorar a carta.
Os trabalhadores que quiserem se aposentar logo têm pelo menos sete motivos para pedir o benefício mais cedo. O Agora mostra quando é mais vantajoso pedir logo a aposentadoria e quando é melhor adiar o pedido para ajudar o segurado a escolher sua opção.
De acordo com a advogada Rita de Cássia Thomé, os segurados que não conseguem mais emprego e já podem pedir o benefício devem fazê-lo, mesmo que isso represente uma perda considerável. "É uma forma de garantir renda", afirma.
A maior queda é nas aposentadorias proporcionais, por conta do pedágio que fica para o INSS. Esse desconto é igual a 40% do tempo que faltava para completar 25 ou 30 anos (homem e mulher, respectivamente) de serviço em dezembro de 1998. "O cálculo de quem tem quase 34 anos de contribuição, por conta do pedágio, só irá considerar 30 anos de pagamento. Haverá desconto de 30% no benefício. Nesse caso, se puder, vale a pena esperar os 35 anos de contribuição para só ter a incidência do fator previdenciário", afirma o advogado Daisson Portanova.
O economista e professor da PUC-SP Claudemir Galvani afirma que o trabalhador deve avaliar as condições financeiras. "Se ele estiver devendo, com cheque estourado, pode se aposentar e usar o FGTS para quitar dívidas", orienta.
Quem tem disciplina financeira pode se aposentar enquanto ainda estiver trabalhando para aplicar a grana. Nesse caso, diz Paulo Portinho, coordenador do Instituto Nacional de Investidores, é preciso consultar um especialista para ver se o rendimento esperado vai compensar. "Ele tem que avaliar bem, mas grande parte da população não consegue ter disciplina para poupar tanto", afirma.
Por outro lado, quem já tem direito ao benefício integral deve avaliar se vale a pena esperar, já que, de um ano para outro, o aumento, pelo fator previdenciário, é pequeno --não chega a 10%. "O segurado deve analisar se essa diferença vale a pena", diz a advogada Marta Gueller.
Mas quem esperar para pedir o benefício continuará recebendo os depósitos do FGTS. Assim, quando esse segurado se aposentar, poderá sacar uma bolada maior. Para quem tem algum benefício do INSS por incapacidade, como auxílio-doença, pode ser válido esperar.
100 Serviços
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Veja todos os serviços voltados a Previdência
Fonte: Agora

sábado, junho 20, 2009

A CRISE É DO SENADO NÃO MINHA

A afirmação foi do Senador José Sarney – PMDB – AP- em discurso proferido da Tribuna do Senado ao se defender das mazelas ocorridas naquela Casa Legislativa. A frase é risível e mais uma anedota para o FEBEAPA se vivo estivesse Sérgio Porto.
Sarney esqueceu que é Senador da República e Presidente da Casa e que as nomeações secretas beneficiaram seus parentes e hoje foi detonada a informação de que o mordomo da casa de sua filha e Governadora do Maranhão Roseana Sarney recebe dos cofres do Senado, R$ 12.000,00 mês.
Não é só o Poder Legislativo Nacional que passa por uma crise profunda. O mesmo vem acontecendo na Inglaterra do 1º Min. Gordon Brown com o diferencial que o Presidente do Parlamento renunciou e 04 ministros já pediram a renúncia. A situação de Gordon fica insustentável cada dia. Aqui já se comentou que Sarney já pensou em renunciar e isso eu acho difícil.
A crise do Senado recebeu mais força quando se descobriu as tais nomeações e criação de cargos públicos de forma secreta o que não é somente imoral como é manifestamente inconstitucional por violação expressa do princípio da publicidade constante do art. 37 da Constituição Federal.
Para recompor sua própria imagem o Senado da República deveria rever os seus atos dos últimos 10 anos e corrigi-los, levando ao conhecimento de toda a sociedade as medidas adotadas. Ou isso acontece ou a imagem da atual legislatura perderá sua legitimidade e credibilidade. É bom não confundir as pessoas com as instituições. O Parlamento é fundamental para a democracia, uma conquista da sociedade mundial, e sem ele restará apenas o absolutismo.
O Presidente Lula defende a idéia de uma Assembléia Nacional Constituinte em 2011 e isso acontecendo, vamos ter a oportunidade de promover uma reforma política profunda e que tanto se espera. O País não pode continuar na permissividade eterna.
Cargos irregulares não são somente encontrados no Senado Federal. O jornal A Tarde, edição de hoje, 20.06, caderno A4, traz notícia de que 400 (quatrocentos) servidores - “Clientes C” - foram efetivados pela nossa Corte Estadual de Justiça sem concurso público, com base em uma Lei Estadual. Lei inconstitucional é como lei inexistente e os atos baseados nela poderão ser anulados a qualquer tempo.
A nossa Constituição Federal é bastante clara ao enunciar no inciso II do seu art. 37: “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;”.
O Tribunal de Justiça da Bahia tem que reformular urgentemente sua política de pessoal. Manteve servidores contratados pelo REDA (todo mundo gosta do REDA) sem nomear os concursados. Vive pendurado nas Prefeituras para suprir os cargos vagos e deixa o Judiciário vulnerável junto aos Prefeitos, e agora se descobriu uma leva de privilegiados – “Clientes C” – a um custo anual de R$ 20,6 milhões.
Em Paulo Afonso a coisa é levada ao extremo. Em todos os Cartórios encontramos servidores do Município cedidos para suprir a deficiência de pessoal, exceto no Cartório Criminal pelo fato do Juiz Titular não ser simpático aos dirigentes municipais e no cartório de Dona Lourdes, por ser serventia extrajudicial.
Leio no Blog de meu irmão (http://dedemontalvao.blogspot.com) que o Ministério Público pediu o afastamento do Prefeito e do Secretário de Finanças do município de Eunapólis. Motivo: Contratação com inexigibilidade de licitação. Abstenho-me de opinar por desconhecer os fatos e porque o TCM – BA e a Lei Federal nº. 8.966/93 admitem contratação de artistas com inexigibilidade, quando o artista for contratado exclusivo da empresa. De qualquer forma o MPE começa a dar sua cara.
FRASE DA SEMANA: Secundae amicos res parant, tristes probant (Uma situação favorável atrai amigos, a desfavorável põe-nos à prova). – Provérbio.
Paulo Afonso, 20 de junho de 2009.
Fernando Montalvão.

Não é como sua mãe dizia - Médicos derrubam 57 verdades transmitidas de geração para geração sobre o corpo e as doenças

Casais devem dividir grana do FGTS, diz Justiça

Carolina Rangel, Anay Cury e Luciana Lazarinido Agora
O valor recebido de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deve ser dividido com a ex-mulher ou com o ex-marido, desde que os depósitos no fundo tenham sido feitos durante o casamento, mesmo que o saque tenha ocorrido após o divórcio.
Partilha de fundos também pode ser aplicada em outros tipos de união
A decisão é do STJ (Superior Tribunal de Justiça), dada em 16 de junho deste ano.
Mas, para a divisão ocorrer, segundo o tribunal, é preciso que o casal tenha se casado em regime universal (comunhão total de bens), que era o padrão até 1977. Além disso, o casamento deve ter ocorrido até 2002, antes da vigência do novo Código Civil --que dificulta a divisão do FGTS, já que diz que as verbas trabalhistas têm caráter pessoal. Mesmo assim, há decisões que consideram, após 2002, o FGTS como parte da partilha.
"Hoje, o mais comum é o casamento em regime parcial, com a divisão dos bens adquiridos somente durante a união", afirma o advogado Danilo Montemurro. Mas os casamentos com regime parcial ou as uniões estáveis também poderão ser afetados pela decisão.
De 2003 a 2007, foram realizados 746.221 divórcios no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Estado de São Paulo, foram 209.786.
SaqueO saque do FGTS pode ser feito somente em algumas situações: aposentadoria, demissão sem justa causa ou doença grave. Para o STJ, não importa a data em que o saque foi feito, mas sim o período dos depósitos. Por exemplo: o trabalhador se separou em 2000. Ele se aposentou em 2005 e recebeu o FGTS. A ex-mulher, então, tem direito a receber metade da grana.
A decisão do STJ se refere a uma trabalhadora do Rio Grande do Sul que se aposentou por meio de um PDV (Plano de Demissão Voluntária) em 1996. Ela recebeu, então, uma indenização e a grana do fundo. No mesmo ano, o ex-marido pediu a partilha dos dois valores recebidos. O pedido foi aceito pelo tribunal.
O STJ já definiu outros tipos de partilha para quem foi casado em comunhão universal de bens. A grana recebida de atrasados (diferenças não pagas nos últimos cinco anos) do INSS, se for referente ao período de casamento, deve ser partilhada --a exceção é só se o dinheiro da divisão se referir à aposentadoria por invalidez, o que, para a Justiça, afeta a subsistência do segurado.
O ex-companheiro também tem direito à metade das indenizações trabalhistas, como verbas referentes a férias vencidas. Porém, no caso de indenização por acidente de trabalho ou de aposentadoria por invalidez, a Justiça concorda que a grana deve ficar apenas para trabalhador.
Isso porque, de acordo com o STJ, a verba recebida após um acidente de trabalho é paga para reparar um dano sofrido.
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Fonte: Agora

58.278 atrasados serão pagos em julho

Juca Guimarãesdo Agora
A Justiça Federal liberou ontem um valor de R$ 291,2 milhões para quitar os atrasados de 58.278 ações de revisão ou concessão de benefícios previdenciários.
Veja como fazer para saber se o pagamento saiu na edição impressa do Agora, nas bancas nesta sexta-feira, 20 de junho
O segurado que ganhou a ação contra a Previdência pode receber de atrasados um valor de até R$ 27.900 (60 salários mínimos).
Segundo a Justiça, o dinheiro estará disponível para os segurados no dia 10 de julho.
Para os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, estão previstos os pagamentos de 10.293 atrasados do INSS. O valor médio é de R$ 7.560,33.
De acordo com o CJF (Conselho da Justiça Federal), o valor dos atrasados será creditado no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal em nome do segurado.
O pagamento será feito por meio de RPVs (Requisições de Pequeno Valor), e o aposentado irá receber um aviso em casa sobre o pagamento da sua ação contra o INSS.
A partir da data do crédito dos atrasados, o segurado poderá fazer o saque integral do valor ou transferir a quantia para outro banco.
A Justiça só libera o pagamento dos atrasados quando não há mais chance de recurso para o INSS.
Em alguns casos, o governo pode recorrer da decisão contra o INSS e a favor do segurado. Quando isso acontece, o pagamento dos atrasados da ação demora a sair. O aposentado ou pensionista terá que esperar o resultado do julgamento do recurso.
ConsultaPara saber se vai receber os atrasados no próximo mês, o segurado deve consultar o andamento da ação para saber se não houve recurso do INSS e se o pedido de pagamento por meio de RPV foi feito.
Para quem mora nos Estados de São Paulo e Mato Grosso, a consulta do processo pode ser feita pela internet no site do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª região).
Se pedido da RPV foi feito em maio, o segurado recebe no mês que vem. Para sacar a grana, será preciso apresentar o RG, o CPF e um comprovante do benefício.
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Fonte: Agora

Temer diz que medidas de Sarney demorarão a surtir efeito

Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou nesta sexta-feira que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está "tomando todas as atitudes moralizadoras" necessárias para colocar a "Casa nos trilhos". No entanto, ressaltou Temer, as mudanças que estão sendo implementadas por Sarney ainda demorarão algum tempo para surtir efeito. "Não é de um dia para o outro que se aplica toda a reformulação", disse o deputado.
José Sarney anunciou nesta sexta-feira a criação de uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de que, por ordem de diretores do Senado, nomeações e indicações de funcionários para a Casa eram feitas por meio de atos secretos para que ficassem escondidas.
Nas últimas semanas, a comissão criada para investigar contratações e concessões promovidas durante as últimas administrações do Senado constatou que os atos secretos, sem publicação imediata no Diário da Casa, foram usados para contratar servidores, autorizar a nomeação de parentes de senadores e o pagamento de horas extras.
Os ex-diretores Agaciel Maia (Diretoria Geral) e João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos), que assinaram os atos suspeitos, foram afastados recentemente dos cargos por denúncias de envolvimento em licitações fraudulentas e utilização de "laranjas" em empresas que prestam serviços terceirizados ao Senado.
Na opinião de Temer, por causa da extensa vida pública de Sarney, o fato de parentes do senador terem sido contratados para trabalhar na Casa não afeta sua imagem.
- O fato de ter parentes contratados, muitas vezes por terceiros, não cria embaraços para ele - disse o deputado.
Nesta sexta, a Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado informou, por meio de nota, que apenas a sobrinha da mulher do presidente da Casa foi colocada à disposição do gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Fonte: JB Online

Ex-deputado de AL é preso por furto energia elétrica

Portal Terra
MACEIÓ - A Polícia Federal em Alagoas prendeu em flagrante nesta sexta-feira o ex-deputado estadual Gervásio Raimundo sob a acusação de furto de energia elétrica em Maceió (AL). Ele foi preso durante uma operação contra seu filho, o deputado Marcelo Victor (PMN), que foi autuado por porte de arma de fogo e munição ilegal.
Segundo o delegado executivo da PF, Nilton Ribeiro, a operação tinha como alvo apenas o deputado.
- Não havia ordem de prisão contra o pai do parlamentar. Ele foi preso por furtar energia elétrica. Este crime é afiançável - explicou.
O flagrante, disse o delegado, foi efetuado no medidor de energia.
- Ele pagava bem menos energia elétrica. Ele tinha em casa um 'gato'.
No momento da prisão, Raimundo teve uma crise de hipertensão e foi internado em um hospital particular.
Os mandados de busca e apreensão contra o deputado foram cumpridos no Recife (PE), Palmeira dos Índios (AL) e Maceió. Foram encontrados três carregadores, uma pistola 45 e 58 cartuchos de diversos calibres. Nol Recife, mora uma irmã de Marcelo Victor e existe um clube onde o deputado pratica tiro ao alvo.
- Havíamos recebido uma informação que neste clube o deputado tinha um armário, com diversas armas - contou o delegado da PF.
No dia 13 de maio, Marcelo Victor devolveu ao Exército sete armas: três escopetas calibre 12; uma pistola 380; uma pistola ponto 40; um fuzil; e uma pistola calibre 45. Algumas armas, diz a PF, são de uso exclusivo das Forças Armadas.
- Falta uma outra arma. Ele foi chamado à Polícia Federal para dar explicações sobre isso. Ele foi notificado a apresentá-la - explicou Ribeiro.
Tanto Marcelo Victor quanto seu pai têm passagens pela polícia. Os dois foram indiciados pela Polícia Federal, no inquérito que investiga o desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Marcelo foi acusado de espancar um funcionário da Ceal, a companhia de energia elétrica do Estado, no ano passado, depois da descoberta de um "gato" no medidor de energia, além de ser acusado de assassinato, em 1997, quando tinha 17 anos.
À imprensa, Victor afirmou estar tranquilo.
- O que aconteceu foi uma coisa simples, um trabalho de rotina da Polícia Federal. Os mandados foram cumpridos e a polícia encontrou a minha pistola 380 mm, que está registrada e posso provar. Vou prestar os esclarecimentos necessários e tudo ficará resolvido - declarou.
Quanto às munições que foram encontradas em Palmeira dos Índios, o deputado diz não ter conhecimento.
- Não posso responder por aquilo que não sei. Não estava nessa outra residência, não faço idéia do que foi encontrado. A única coisa que tenho certeza é que, no dia 13 de maio, depois da decisão do Tribunal de Justiça, eu devolvi todas as armas e o material de recarga que estavam em situação irregular - disse.
Segundo o deputado, ele possui arma de fogo porque é atirador da Federação Brasileira de Tiros.
- Tenho arma para uso esportivo - declarou.
Fonte: JB Online

Lula acerta uma na mosca

Por Villas-Bôas CorrêaA notícia política mais importante do mês, ou do ano, foi divulgada, com 12 dias de atraso, graças à argúcia do cronista Leandro Mazzini, no Informe JB de ontem: o presidente deu uma volta por cima do picadinho das fofocas para voltar a defender a convocação de uma Assembleia Constituinte para o debate e a aprovação de uma reforma política para valer, que corte pela raiz a desmoralização do Legislativo, com o ponto final na série de escândalos do pior Congresso de todos os tempos. Não é necessário excluir o dos quase 21 anos da ditadura militar do rodízio dos cinco generais-presidente, pois Congresso sem liberdade de imprensa, com cassação de mandatos, recesso punitivo, tortura e prisões sigilosas, é um arremedo grotesco, que não se deve esquecer como lição que nunca ensina coisa nenhuma.Se a notícia chegou ao JB com atraso, ela andou escondida dos repórteres políticos num intrigante surto de amnésia coletivo. O conselho ou proposta de Lula foi passado aos líderes aliados num jantar na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), dia 8, uma segunda-feira em que o Congresso também não trabalha na semana inútil de quatro dias, das terças às sextas-feiras. Lula fala pelos cotovelos, dando asas à imaginação e com o toque de vaidade de quem sabe que é fluente e ouvido com atenção. No “projeto para valer”, contornou habilmente as críticas ao Congresso para sustentar a urgente necessidade de uma reforma política.Se o apoio interessado do presidente é o dado mais importante para a viabilidade da reforma política, a traquitana andou no Congresso, com a cata de assinaturas, além das três centenas já garantidas, para uma proposta de emenda constitucional propondo a Constituinte exclusiva, para 2011, portanto depois das eleições para presidente, senadores, deputados federais e estaduais. O prazo de oito meses é uma esperta exigência para impedir que a inana se prolongue até que se esgote a verborragia dos 81 senadores e 581 deputados federais.Alguns temas recorrentes são inevitáveis, como financiamento público de campanha, a maluqueira da lista fechada em que o eleitor votaria numa relação de candidatos – ou não votaria, no protesto do voto em branco – o voto distrital e outras obviedades. Se a proposta de convocação de uma Constituinte de emergência para uma escovadela em regra no Congresso é oportuna e urgente, a pauta que se impõe como prioridade absoluta é a da moralização do mais democrático e o mais impopular dos poderes, recordista em toda as pesquisas de opinião pública. E a desconfiança é uma nódoa na expectativa de uma reforma política que não fuja mas enfrente os desafios éticos, responsáveis pela sua impopularidade. Seria pedir muito, sonhar com olhos fechados, numa faxina na lista das mordomias, das vantagens, da verba indenizatória, da semana de quatro dias inúteis, das nomeações de parentes, agregados, cupinchas, cabos eleitorais para sinecuras em que a única obrigação é sacar o salário mensal para jogar na bolsa.Desde a mudança da capital, em 21 de abril de 1960, pelo presidente JK, do Rio para Brasília em obras, que a decadência dos três poderes, em níveis diversos, só aumenta ano após ano. E o Congresso, mais exposto e mais cobrado, rolou de escada abaixo até o vexame dos últimos feitos, com o jogo de empurra das CPIs da Petrobras e das ONGs e a crise inacreditável do velho Senado, que parece que ficou caduco.O deputado José Genoino (PT-SP) facilitou a convocação da Constituinte em 2011, com o golpe mortal na ideia do terceiro mandato. Relator da esdrúxula proposta de emenda constitucional que permite ao presidente da República, governadores e prefeitos disputarem um terceiro mandato consecutivo, entregou, na quinta-feira, o seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em que sustenta a inconstitucionalidade da manobra para mudar as regras no meio do jogo. O relator adverte para a urgência da votação do seu parecer antes do recesso de julho. E acredita que terá a maioria dos votos para aprovar o seu parecer.O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), foi cumprimentá-lo com uma frase lapidada: “O terceiro mandato tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff”.Um recado que carimba o apoio do presidente Lula e arrasta o do PT.
Fonte: JB Online

Fim da exigência do Diploma de jornalista abre novas formas de lutas pós mídias digitais

Viva. Caiu a obrigatoriedade do diploma para o jornalismo. Não sei das razões do presidente do STF, Gilmar Mendes, sei das razões da Folha de S. Paulo e Rede Globo que sempre lutaram por isso. Não são as minhas razões, com certeza.Em muitos países o diploma específico não é uma exigência. Ivana Bentes, professora e diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, formada em Comunicação com habilitação em jornalismo, especializada em Filosofia, autodidata em audiovisual e pesquisadora em novas mídias on-line, aponta uma luz: bem mais interessantes que o muro das lamentações corporativas são as novas questões que se colocam: sairão da invisibilidade os milhares de blogueiros que despontaram na Internet nessa era de capitalismo cognitivo. Eu não voi perder tempo em discutir a exigência do diploma para jornalismo. Eu quero discutir quais são os direitos para os midialivristas. Não acredito que o fim da exigência do diploma piore o jornalismo. Nosso jornalismo já é muito ruim com diploma e escolas de comunicação. Acabou esse papo de quem defende o dim do diploma defende o jogo dos patrões. Conversa fiada. Ivana Bentes disse: “Nada justificava a “excepcionalidade” do diploma para os jornalistas que criou uma “reserva de mercado” para um pequeno grupo e que diminuía a empregabilidade de jovens formados em cinema, rádio e TV, audiovisual, publicidade, produção editorial, etc. proibidos pelo diploma de exercer...jornalismo.
LEIA TUDO NO BLOG TREZENTOS
Fonte: Bahia de Fato

Índios afirmam que foram torturados pela PF na Bahia

Cinco índios da etnia tupinambá afirmam ter sido torturados pela Polícia Federal em uma fazenda no sul da Bahia. Em relato feito ao Ministério Público Federal, ao qual a Folha teve acesso, os indígenas disseram ter recebido choques elétricos nas costas e em órgãos genitais, além de tapas e chutes. Contaram ainda que foram pisoteados e ameaçados de morte pelos policiais. Eles participaram de um confronto com a PF, no último dia 2, em uma região que compreende parte dos municípios baianos de Ilhéus, Buerarema e Una, local da fazenda. Os ferimentos dos índios foram avaliados em um exame de corpo de delito realizado quatro dias depois do confronto pelo Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil do Distrito Federal, para onde os cinco foram levados para depor. A Folha também teve acesso ao documento, que confirma choques elétricos no pênis de um dos índios e na região lombar de dois deles. Segundo o laudo, as lesões "elétricas", exibidas em fotos, foram "provocadas por meio cruel". "As lesões em par descritas são, portanto, típicas desse tipo de instrumento, ou seja, são geralmente encontradas em casos desse tipo de trauma [provocado por choques elétricos]", diz o texto, assinado por dois peritos. A Polícia Federal afirma ter usado um instrumento de choque, chamado taser, para imobilizar os índios, que, segundo o órgão, estavam com facões e resistiram à prisão. Um inquérito foi aberto para apurar o caso e será acompanhado pela Procuradoria da República em Ilhéus. Não há notícias anteriores, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência de índios torturados pela Polícia Federal. O relato dos índios à procuradora Luciana Loureiro Oliveira é uniforme. Disseram que faziam parte de um grupo de 80 índios que invadiram a fazenda localizada em uma área reconhecida pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em abril como terra indígena. Contaram que a PF (seriam de 10 a 15 homens), acompanhada do proprietário do local, os abordou com violência. A PF diz que 13 homens participaram da ação, oito deles integrantes do Comando de Operação Tática, a tropa de elite da corporação. Com exceção dos cinco detidos, os índios conseguiram fugir, como também relatou a polícia. Os cinco dizem que receberam gás de pimenta nos olhos e foram imobilizados. Depois, teriam sido levados para uma casa de secagem de cacau na fazenda, onde teria ocorrido a tortura.
Fonte: Tribuna da Bahia

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Lira: Nós temos um câncer no Brasil que se chama Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

  . Por POLÍTICA JB com Agência Estado redacao@jb.com.br Publicado em 27/04/2024 às 19:37 Alterado em 27/04/2024 às 19:37                   ...

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