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sábado, junho 20, 2009

Ex-deputado de AL é preso por furto energia elétrica

Portal Terra
MACEIÓ - A Polícia Federal em Alagoas prendeu em flagrante nesta sexta-feira o ex-deputado estadual Gervásio Raimundo sob a acusação de furto de energia elétrica em Maceió (AL). Ele foi preso durante uma operação contra seu filho, o deputado Marcelo Victor (PMN), que foi autuado por porte de arma de fogo e munição ilegal.
Segundo o delegado executivo da PF, Nilton Ribeiro, a operação tinha como alvo apenas o deputado.
- Não havia ordem de prisão contra o pai do parlamentar. Ele foi preso por furtar energia elétrica. Este crime é afiançável - explicou.
O flagrante, disse o delegado, foi efetuado no medidor de energia.
- Ele pagava bem menos energia elétrica. Ele tinha em casa um 'gato'.
No momento da prisão, Raimundo teve uma crise de hipertensão e foi internado em um hospital particular.
Os mandados de busca e apreensão contra o deputado foram cumpridos no Recife (PE), Palmeira dos Índios (AL) e Maceió. Foram encontrados três carregadores, uma pistola 45 e 58 cartuchos de diversos calibres. Nol Recife, mora uma irmã de Marcelo Victor e existe um clube onde o deputado pratica tiro ao alvo.
- Havíamos recebido uma informação que neste clube o deputado tinha um armário, com diversas armas - contou o delegado da PF.
No dia 13 de maio, Marcelo Victor devolveu ao Exército sete armas: três escopetas calibre 12; uma pistola 380; uma pistola ponto 40; um fuzil; e uma pistola calibre 45. Algumas armas, diz a PF, são de uso exclusivo das Forças Armadas.
- Falta uma outra arma. Ele foi chamado à Polícia Federal para dar explicações sobre isso. Ele foi notificado a apresentá-la - explicou Ribeiro.
Tanto Marcelo Victor quanto seu pai têm passagens pela polícia. Os dois foram indiciados pela Polícia Federal, no inquérito que investiga o desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Marcelo foi acusado de espancar um funcionário da Ceal, a companhia de energia elétrica do Estado, no ano passado, depois da descoberta de um "gato" no medidor de energia, além de ser acusado de assassinato, em 1997, quando tinha 17 anos.
À imprensa, Victor afirmou estar tranquilo.
- O que aconteceu foi uma coisa simples, um trabalho de rotina da Polícia Federal. Os mandados foram cumpridos e a polícia encontrou a minha pistola 380 mm, que está registrada e posso provar. Vou prestar os esclarecimentos necessários e tudo ficará resolvido - declarou.
Quanto às munições que foram encontradas em Palmeira dos Índios, o deputado diz não ter conhecimento.
- Não posso responder por aquilo que não sei. Não estava nessa outra residência, não faço idéia do que foi encontrado. A única coisa que tenho certeza é que, no dia 13 de maio, depois da decisão do Tribunal de Justiça, eu devolvi todas as armas e o material de recarga que estavam em situação irregular - disse.
Segundo o deputado, ele possui arma de fogo porque é atirador da Federação Brasileira de Tiros.
- Tenho arma para uso esportivo - declarou.
Fonte: JB Online

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