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terça-feira, julho 03, 2007

Sibá confirma esquema para proteger Renan

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
De volta ao Acre, depois de renunciar à presidência do Conselho de (falta de) Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC) reconheceu o óbvio: em entrevistas a repórteres de jornais disse que há no conselho um “jogo de interesses” para livrar Renan Calheiros (PMDB-AL) de uma punição.O próprio Sibá fez o que pôde. Conta que, ao repassar à Polícia Federal os documentos da defesa de Renan, para que fossem submetidos a perícia, fez uma recomendação: “Pedi à polícia que não extrapolasse sua competência”, recorda. Esforço vão. O relatório dos peritos da PF, embora preliminar, crivou de dúvidas as alegadas transações agropecuárias com que o presidente do Senado diz ter bancado a pensão alimentícia da filha que teve com Mônica Veloso. Os peritos deixaram claro que o papelório de Renan merece uma averiguação mais vagarosa e detida. Surpreendido pelo teor do texto da PF, o grupo de Renan pôs em movimento o “jogo de interesses”. Segundo as revelações de Sibá, o objetivo da milícia parlamentar que está a serviço do acobertamento é transferir as apurações do âmbito do Conselho de (A)ética do Senado para o STF. Ainda segundo Sibá, o cinturão de proteção a Renan mira a disputa presidencial de 2010. Ele conta que o enrolado presidente do Senado rumina a pretensão de tornar-se candidato a vice-presidente da República na chapa de um eventual presidenciável do PMDB. Sibá fez uma outra revelação surpreendente em suas entrevistas acreanas: disse que o ex-relator Epitáfio Cafeteira (PTB-MA), aquele que sugeriu o enterro de um escândalo vivo, sem nenhum tipo de investigação, renunciou ao cargo e não pediu licença para tratamento médico, como vem sendo divulgado. Segundo ele, Cafeteira não estaria agüentando às pressões de aliados e da opinião publica. De resto, o ex-presidente do Conselho de (pouca) Ética afirmou que decidiu abandonar a apuração do Renangate porque não desejava entrar em conflito com os interesses do seu partido, o PT, e do Palácio do Planalto. As revelações de Sibá foram noticiadas no site Acre 24 Horas. A revista Veja desta semana relata que, em conversa com Ideli Salvati (SC), líder do PT, o próprio Renan Calheiros “exigiu que Sibá Machado fosse destituído da presidência do Conselho de, digamos assim, Ética”. O texto prossegue: “Em seguida, Renan brindou o Planalto com uma demonstração de seu poder: parou os trabalhos do Senado e não votou uma única matéria de interesse do governo. Alarmada, Ideli, obedecendo a ordens do Planalto, passou a forçar a renúncia de Sibá Machado”. Há ainda uma entrevista do também acreano Tião Viana (PT-AC), primeiro-vice-presidente do Senado e substituto constitucional de Renan Calheiros. Ele diz que o trabalho do Conselho de (ausência) de Ética terá de ser submetido à Mesa diretora do Senado. Uma mesa presidida pelo réu Renan. “A pressão é muito grande em todo o Senado, principalmente por parte da imprensa e da sociedade brasileira, que querem o esclarecimento e a apuração do caso”, disse Tião Viana. Ele alimentou uma tese que serve aos interesses da milícia parlamentar de Renan. Disse que só o STF, mediante solicitação do presidente do Conselho de (A)ética ou do Ministério Público, poderá autorizar o processo investigativo sobre os negócios bovinos do presidente do Senado. Uma tese vivamente contestada pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). “Se receber um pedido do Senado, o STF vai fazer um aviãozinho com o documento”, diz Demóstenes.
Aliados planejam adiar
O parecer encomendado à consultoria jurídica do Senado sobre o processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), mostra que houve falhas na representação por quebra de decoro parlamentar contra o senador. Diante das irregularidades apontadas no parecer, o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), se articula para devolver o processo à Mesa Diretora do Senado —numa manobra para encerrar as investigações sobre Renan. Quintanilha pediu o parecer à consultoria jurídica para questionar se existiam irregularidades no processo contra o presidente do Senado. Segundo o parecer, uma das irregularidades está na perícia realizada pelo Conselho de Ética em documentos encaminhados por Renan. A perícia, segundo o parecer, deveria ter sido solicitada pela própria Mesa Diretora da Casa —uma vez que o conselho não teria autonomia para pedir a análise dos documentos. O parecer alega, ainda, que somente as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) têm poderes para investigar de forma efetiva o senador. Com as perícias solicitadas pelo Conselho de Ética, o órgão teria extrapolado suas funções no caso Renan. Outra irregularidade levantada no parecer está relacionada ao próprio processo contra Renan. Segundo o parecer, o processo por quebra de decoro só deveria ter sido aberto depois do aval de integrantes da Mesa Diretora. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu a devolução do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à Mesa Diretora do Senado. Jucá disse que o reinício da análise do caso não é uma manobra protelatória dos aliados de Renan, mas sim um mecanismo capaz de sanear irregularidades no processo. “Não é protelar. Está se querendo sanar irregularidades. Protelação é uma coisa que se faz sem motivo. Correção é algo que se faz quando há alguma coisa errada”, defendeu Jucá. O líder alega que, se as irregularidades no processo não forem sanadas neste momento, poderão inviabilizar as investigações sobre o presidente do Senado no futuro. “Para o bem ou para o mal, tem que se corrigir. O melhor é resolver o quanto antes, mas de forma correta para não implicar em nulidade depois”, disse Jucá. O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), estuda devolver o processo à Mesa Diretora depois que parecer elaborado pela consultoria jurídica do Senado apontou que há irregularidades na tramitação do processo contra Renan. O parecer aponta que houve pelo menos duas irregularidades no caso: na perícia realizada em documentos de Renan e a abertura do processo em si. Segundo o parecer, a perícia deveria ter sido solicitada pela própria Mesa Diretora da Casa ou por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) —uma vez que o conselho não teria autonomia para pedir a análise dos documentos. Outra irregularidade levantada no parecer está relacionada ao próprio processo contra Renan. Segundo a análise técnica, o processo por quebra de decoro só deveria ter sido aberto depois do aval de integrantes da Mesa Diretora. Renan devolveu individualmente o processo ao conselho depois de recebê-lo do senador Sibá Machado (PT-AC), então presidente do órgão.
PSDB critica as manobras
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), divulgou ontem nota oficial para criticar a possibilidade do presidente do Conselho de Ética da Casa, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), devolver à Mesa Diretora do Senado o processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar por suposto pagamento de despesas pessoais pela construtora Mendes Júnior. Virgílio também critica, na nota, a estratégia articulada por aliados do presidente do Senado de repassar ao STF (Supremo Tribunal Federal) a competência das investigações sobre Renan. “O PSDB entende que essa medida seria meramente protelatória. A concretizar-se, desestabilizaria aquele Conselho [de Ética], retirando-lhe o que lhe resta de credibilidade”, diz Virgílio. Segundo o tucano, a PGR (Procuradoria Geral da República) já deixou claro que cabe ao Conselho de Ética dar prosseguimento às investigações relacionadas à quebra de decoro parlamentar no caso Renan. “Após o conselho, se for o caso, o plenário [do Senado] julga questões de decoro parlamentar. O PSDB não se afastará um milímetro de sua posição: exige investigação séria e transparente, garantindo-se ao acusado o mais amplo direito de defesa”, afirma Virgílio. O PSDB reúne hoje sua bancada no Senado para discutir estratégias que impeçam a protelação do processo contra Renan, que vêm sendo articuladas nos bastidores por aliados do senador. O grupo pró-Renan trabalha para que o processo não seja votado antes do recesso parlamentar do julho, o que beneficiaria o presidente do Senado com o esfriamento do caso. “O PSDB exige que o senador Renan Calheiros se submeta a julgamento no Conselho de Ética. É a grande oportunidade que tem de se defender. Caso contrário, poderá sofrer condenação pela opinião pública. E a crise poderá aprofundar-se, carregando com ela toda a instituição parlamentar, que nos empenhamos em defender”, alerta Virgílio. Quintanilha foi quem pediu parecer à consultoria jurídica do Senado para questionar se existiam irregularidades no processo contra Renan.
Fonte: Tribuna da Bahia

Crise da educação ofusca política no desfile

O trajeto do cortejo do 2 de Julho é palco certo para manifestações de diversos segmentos, principalmente os partidos políticos, mas este ano coube aos professores grevistas do Estado dar o tom, vestindo luto e protestando contra "a intransigência do governo". Jaques Wagner chegou a ser vaiado pela categoria, mas reagiu democraticamente. O presidente da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, vangloriou-se de que a entidade “pautou o desfile”, que teve muitos grupos criticando a situação da educação. O governador Jaques Wagner, que na Lavagem do Bonfim, em janeiro, viveu um clima de lua-de-mel com o público, ontem experimentou o outro lado do sentimento da população, mas acatou democraticamente as vaias e ainda sinalizou para uma superação do impasse: “Hoje é dia de protesto, mas amanhã será de negociação”. Por coincidência - ou não -, justamente hoje, às 9 horas, no Ginásio dos Bancários, o professorado voltará a discutir a greve, que já dura 52 dias. Destacando a “soberania” da assembléia, o líder dos professores disse que, qualquer que seja a decisão, “o movimento é vitorioso, pela resistência que evidencia e por dizer ao Brasil que os trabalhadores não vão aceitar a forma como o governo encara o direito de greve, com punições, ameaça de prisão contra sindicalistas e aplicação de multas”. O diretor-tesoureiro da seção de Feira de Santana da APLB, Germano Barreto, disse que em sua cidade o movimento continua firme, embora admitisse que, “esta semana, houve algumas dificuldades”. Na sua opinião, hoje é que poderá ser feita uma avaliação mais ampla. “Wagner já nos tirou o salário. Um mês e mais ou a menos não vai fazer diferença. Agora, nada temos a perder, a não ser a dignidade. Ele vai passar à história como o primeiro governador a inviabilizar um ano letivo”. A grande maioria usando roupas pretas, os professores mostravam disposição para a luta, traduzida nas diversas faixas e cartazes que portavam. “Wagner, de piqueteiro a pelego”, “Sou professor, votei e estou arrependido”, e “Professor não aceita as velhas práticas” são alguns exemplos do protesto que marcou a caminhada da Lapinha ao Terreiro de Jesus. E todos em coro cantavam o sucesso de Jorge Aragão: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”... Se foi realmente a APLB que “pautou” o desfile, não se sabe, mas o fato é que a questão educacional esteve presente em muitos dos grupos que desfilaram. Professores e funcionários grevistas das universidades federais baianas - Ufba e UFRB - também levaram sua mensagem pela salvação da educação, assim como um grupo representativo da Apub, que tinha o popular Jorge Onça na “regência” de uma estridente bateria. Nas diversas placas carregadas pelos manifestantes, palavras de ordem pela redução da evasão escolar e crítica ao “recorde em analfabetismo”. O PCdoB, partido da base governista, mas que se solidarizou com o movimento dos docentes, foi coerente e não escondeu sua posição no desfile. Alguns cartazes destacavam a atuação do deputado Javier Alfaya, que chegou a apresentar na Assembléia uma emenda, afinal derrotada, para que o aumento de 17,28% fosse dado de forma linear a toda a categoria. Surpresa mesmo veio do PMDB, supostamente “unha-e-carne” com Jaques Wagner, mas que não deixou de protestar: “Governador, não seja mais um que passa pelo poder. Deixe sua marca”, dizia uma das faixas. (Por Luis Augusto Gomes)
DEM faz estréia como oposição
Praticamente depois de duas décadas desfilando no cortejo do Dois de Julho na condição de governista, o principal partido de oposição, o Democratas, tentou na manhã de ontem demonstrar unidade durante todo o trajeto. No entanto, seus principais líderes admitem divergências internas entre os ex-pefelistas. Prova disso, foi a ausência do senador César Borges, ligadíssimo ao também senador Antonio Carlos Magalhães – que deverá continuar internado no Incor, em São Paulo, até o final dessa semana. De acordo com o presidente estadual do DEM, o ex-governador Paulo Souto insistiu em negar que não há dentro do partido os chamados “soutistas e carlistas”, mas confirmou que ainda persistem algumas divergências entre os parlamentares. “Essa conversa eu já ouço há mais de 10 anos. O nosso partido sempre se manteve unido, forte e tenho certeza que vai continuar forte. É absolutamente natural que dentro do partido surjam discussões, alguns tipos de divergências, mas no meu conhecimento nada que possa significar um racha”. Para o deputado ACM Neto, vice-líder do DEM na Câmara Federal, “a maior prova da unidade do grupo é este evento de hoje (ontem), o Dois de Julho, onde todos nós caminhamos juntos. Os dmocratas estão unidos;é claro que existem divergências internas, talvez por idéias ou pensamentos distintos, mas existe mais ainda uma comunhão de forças para trabalhar politicamente pelo nosso Estado, onde todos nós somos democratas. Então, eu quero afastar qualquer possibilidade nesse momento de mudança partidária”, ressaltou o parlamentar,que também ocupa a vice-presidência nacional do DEM para Assuntos Institucionais. Como Souto e ACM Neto, o deputado federal José Carlos Aleluia, também vice-presidente da Executiva Nacional do DEM para questões relacionadas ao meio-ambiente, disse ser natural haver divergências, mas negou que o partido esteja dividido entre “soutistas e carlistas”. “Não existe isso, nós não podemos dividir o partido. Nós temos os democratas unidos e sem nomes. É claro que o senador Antonio Carlos (Magalhães) é uma grande liderança, assim como o ex-governador Paulo Souto e o senador César Borges, mas não teremos grupos, teremos um partido unido para mostrar ao povo baiano que o nosso modelo de gestão é o que mais se aproxima do povo”. Segundo Aleluia, o senador César Borges não compareceu ao cortejo porque estaria viajando, apenas por esse motivo. “O senador deve estar viajando, mas estamos afinados, juntos. O senador é um homem que temos muito carinho e, claro, nem todos podem vir”. Entretanto, uma fonte ligada ao Democratas foi enfática em dizer que “ele (César Borges) dificilmente estará onde Paulo Souto estiver”. (Por Raiane Verissímo)
Solidariedade aos alunos sem aula
“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Este foi o refrão entoado pelos democratas, ontem pela manhã, durante todo o desfile cívico do Dois de Julho – que marcou, este ano, 184 anos de independência da Bahia e, consequentemente, do Brasil. O refrão, segundo os deputados, foi uma forma de solidarizar com os alunos da rede estadual de ensino que estão há mais de dois meses sem aula devido a quebra-de-braço entre os professores e o atual governo que nega conceder o reajuste reivindicado pela classe de 18,23%. Mesmo sem o carisma do cacique ACM, os democratas foram bastante aplaudidos por onde passou, a não ser quando se deparava com alguns militantes petistas ou alguns lugares pontuais, como no Barbalho, na esquina com a Rua São José de Baixo, ou em frente ao Cefet. “Ser vaiado por militantes não vale”, ironizou um deputado estadual. O ex-governador Paulo Souto e os deputados federais ACM Neto e José Carlos Aleluia seguiram lado a lado durante todo o trajeto – uma forma de tentar desmistificar de que exista um racha no grupo. Com a ausência do avô, que ainda continua internado no Incor, o deputado ACM Neto era um dos mais requisitados. Por onde passava, as pessoas perguntavam sobre a saúde de ACM, mostravam cartazes ou faixas pedindo que o senador voltasse logo para a Bahia. O cortejo foi considerado pela maioria dos democratas como muito bom, mesmo em seu primeiro ano como um partido da base de oposição. “Muito bom e tive ligeiramente a impressão que a recepção foi melhor do que os últimos anos. Mesmo na oposição, fomos bem recebidos. E acredito que isto já é reflexo do mau desempenho do governo da Bahia, o povo já está saturado. Pagamos nossos pecados e agora é a hora, a vez e o espaço da oposição voltar”, ressaltou ACM Neto. (Por Raiane Verissímo)
Heloísa pede a cassação de Renan
Uma intensa movimentação dos partidos de esquerda marcou ontem as comemorações do 2 de Julho. Eles que buscaram demarcar espaço e conquistar visibilidade nas ruas de Salvador. Atrás do grupo do PT, comandado pelo governador Jaques Wagner; do PMDB, comandado pelo prefeito João Henrique, e do Democratas, com o ex-governador Paulo Souto à frente, se posicio-naram os segmentos políticos considerados da esquerda radical, como o PSOL, PCdoB, PCB e PSTU, e as correntes de protesto como a APLB-Sindicato e CUT. Desta forma, não faltaram faixas contra a transposição do Rio São Francisco e em favor da greve dos professores da rede estadual, por exemplo. A ex-senadora Heloísa Helena, candidata na última eleição presidencial e atual presidente do PSOL, participou do desfile pelo quinto ano consecutivo e esteve à vontade ao lado dos militantes do PSOL, PCB e PSTU, distribuindo beijos e abraços por onde passava. Heloísa Helena comentou, sobre o desfile cívico: “É um tributo e homenagem à resistência popular, à história de mulheres e homens, negras, índios, guerreiros, que foram capazes de promover um confronto com o poder dominante. Então, é a nossa homenagem a todas elas, mulheres: às Joanas, às Quitérias, às Marias...” A presidente do PSOL aproveitou para falar sobre a crise política de Brasília, que envolve figurões da República, incluindo o senador Renan Calheiros, presidente do Senado. “Fomos nós, do PSOL, que demos entrada no pedido do movimento investigatório”. Perguntada se era a favor da cassação do senador Calheiros, ela respondeu: “Qualquer pessoa de bom senso sabe que seria fundamental cassar o senador Renan, o senador Roriz, o presidente Lula e qualquer outro envolvido com os crimes contra a administração pública”. A ex-senadora aproveitou ainda para manifestar solidariedade ao movimento grevista dos professores da rede estadual e criticar a transposição do Rio São Francisco. (Por Evandro Matos)
Fonte: Tribuna da Bahia

Executivo, Legislativo e Judiciário não se importam

Por: Helio Fernandes

Com o roubo monstruoso do que chamam de dívida
O Congresso deveria legislar para o povo, se preocupar com a transparência. Deveriam (os parlamentares) fazer uma lei que obrigasse os institutos de pesquisa e o próprio IBGE (o maior de todos e o mais sério) a traduzir para o cidadão-contribuinte-eleitor os números que publicam.
Vou dar alguns exemplos, convencido de que o Congresso não legisla exigindo transparência, por falta de informação e não de omissão deliberada.
Desemprego
É um dos principais problemas, não apenas do Brasil mas do mundo. (Agora mesmo, houve eleição presidencial na França. Vários candidatos se intitularam de esquerda radical, esquerda, centro, direita e direita radical. É a farsa, a fraude e o oportunismo da ideologia. Mas todos, sem exceção, se voltam para o problema do emprego e logicamente do desemprego, que atinge multidões).
Os institutos de pesquisa (incluídos os de estatísticas), estatais ou particulares, só se interessam em avaliar questões políticas, há sempre quem pague bem. Já o IBGE faz levantamentos mais diversificados, embora não desvendados. No último, sobre desemprego, informaram: "O desemprego no Brasil atingiu 10 por cento da força de trabalho". Quem explica o que é isso? Nem os que se julgam mais esclarecidos sabem definir.
A lei deveria obrigar a traduzir esses números. Qual é a força de trabalho do Brasil? É de 90 milhões de pessoas, metade da população. (Geralmente é sempre a metade da população). O IBGE não se importaria com a divulgação dos números compreensíveis. Mas como pertence ao governo, tem que cumprir o que mandam.
Se o Congresso fizesse a lei da informação livre e não contaminada, deturpada, escondida ou manipulada, o IBGE teria que cumpri-la. Assim, saberíamos todos, imediatamente, pois seria obrigatoriamente público, que o Brasil tem hoje 9 milhões de desempregados. Força de trabalho: 90 milhões. Desempregados: 10 por cento, 9 milhões de pessoas sem terem o que fazer por culpa do próprio governo. (Não especificamente deste ou do anterior, mas também do sucessor).
Déficit primário: "4,5% do PIB". Além do Brasil ser o ÚNICO país do mundo que tem essa "farsa oficial", vem envolta num mistério tipo romance policial. Desvendando: o PIB está em 1 TRILHÃO e 800 BILHÒES de reais. O que chamam de "déficit primário", 4,5%, representando 90 BILHÕES.
O que fazem com isso? Dizem que "pagam a DÍVIDA". Não pagam nada, apenas amortizam o total. Como o total dessa "DÍVIDA" interna está em 1 TRILHÃO e 400 BILHÕES, e os juros em 12% (agora, agora, já esteve em quase 40%), pagam anualmente mais ou menos 150 BILHÕES. Como só roubaram 90 BILHÕES dos impostos para AMORTIZAÇÃO dessa "DÍVIDA", faltam 60 BILHÕES, que são jogados em cima do total.
Quer dizer: o PIB vai subindo melancolicamente, a "DÍVIDA" também sobe, só que alegremente para os banqueiros.
Eles, espertíssimos (não confundir esperteza com inteligência), até inventaram um slogan extraordinário: "Dívida não se paga, dívida se amortiza". Mas se alguém ficar devendo a qualquer banco, eles executam quase que imediatamente.
PS - Não abandonei Renan, Roriz e todos os presidentes e relatores acumpliciados no plenário e no Conselho de Ética.
PS 2 - Também não deixei de lado a imoralidade (interna) dos homens de negócios do Flamengo. Nem a ilegalidade dos que querem construir em terras que não são deles. E têm o protesto de todas as associações de moradores e até mesmo dos que não são.
João Havelange
Não compareceu à inauguração do estádio que leva o seu nome. Estava no Rio, viajou para a Guatemala 2 dias antes da festa.
Há muito tempo a empreiteira Mendes Junior vive no noticiário. Já teve problemas no exterior, envolvendo até um amigo de grande relevância e importância. Agora, essa mesma empreiteira aparece em manchetes diárias por causa de um lobista que trabalha na empresa. E fazia os pagamentos à jornalista Monica Veloso, em nome do presidente do Senado, Renan Calheiros.
A declaração da Mendes Junior de que na empresa ninguém sabia desses pagamentos é tão ridícula quanto a "defesa" de Joaquim Roriz, inacreditavelmente eleito 4 vezes governador de Brasília-capital.
Claudio Gontijo reconheceu que é lobista da empresa. Embora o lobismo seja ilegal, a Mendes Junior não desmentiu coisa alguma.
Diante da insistência do noticiário, a Mendes Junior finalmente veio a público com desmentido. Claudio Gontijo confessou que "levava os pagamentos de Renan para entregar à jornalista na própria empresa onde trabalhava". E ninguém sabia de nada?
Pelo visto, a Mendes Junior continua com o prestígio em alta. Duplamente em alta.
1 - Ganhou agora na Justiça uma ação contra a União no valor de 200 BILHÕES de reais, a maior da história.
2 - Conhecendo o meio em que trabalha, conseguiu que ninguém publicasse nada. Só o jornal "O Estado de Minas" revelou no domingo. Nenhum jornal, rádio ou televisão se interessou em publicar.
Esses 200 BILHÕES (Nossa Senhora, que República) representam, segundo a Mendes Junior, "o que a Chesf lhe deve".
A propósito: o SBT jogou fora uma entrevista que deveria ser a mais importante do ano, do mês, da semana, do dia: com Monica Veloso. A jornalista, que ainda não falara com ninguém, devia ser de grande relevância.
Entregaram o assunto a Hebe Camargo, acostumada com dondocas e bobajadas. Resultado: não teve a menor repercussão, a grande maioria nem sabe que a jornalista foi entrevistada. Amadorismo puro.
Em cima do encontro, noticiei com exclusividade: o presidente do Tribunal de Justiça conversou (nada amigável) com o governador.
Murta queria 13% para os funcionários do Judiciário, Sergio disse que "só poderia dar 2%". Sexta-feira, sessão tumultuada na Alerj.
Picciani, que cumpre vassalagem a Sergio, protelou e não colocou o projeto na ordem do dia. A Alerj está em recesso, só volta em 1º de agosto. O presidente da Alerj disse que votará o projeto numa sessão convocada especialmente. Insatisfação geral.
Perguntas que interessam a toda a população do Rio, ontem na Rádio Haroldo de Andrade. Você tem notado o aumento de favelas no seu bairro? SIM, 62%. NÃO, 38 por cento.
Outra pergunta: acredita que esse crescimento das favelas será contido? NÃO, 67 por cento. SIM, 33 por cento. Estes já perderam.
Parreira ficou furioso, irritado e até revoltado com a atuação de Robinho. Na Copa do Mundo, Robinho jogava pouco tempo, no 1º ou 2º tempo.
O fato de Michel Temer querer ser vice-prefeito de São Paulo provocou muitas gargalhadas no próprio PMDB da Câmara. Ser vice de Arlindo Chinaglia não garante ou dá esperança ao futuro de ninguém.
Arlindo Chinaglia não ganha. E mesmo se ganhasse, sua caminhada não seria longa. Temer passou recibo no desprestígio.
Incógnita, mistério, interrogação: por que João Havelange, a maior figura do esporte brasileiro, não foi à inauguração do estádio que tem o seu nome? Passou 40 dias na Europa (com base na Suíça, onde fica a Fifa, da qual é presidente de honra), chegou ao Brasil na 4ª feira.
Mas 2 dias antes do João Havelange ser inaugurado, o próprio Havelange viajou. Para onde? Para a Guatemala. Poderia ter voltado no mesmo dia. Quem explica?
O dólar ficou o dia todo praticamente inalterado. Abriu com mais 50%, fechou em mais 0,70%, em 1,91 bem baixo.
A Bovespa (segundo os amestrados) foi ajudada por causa do "bom humor americano". Esteve sempre em alta acelerada depois do almoço. Mais 1,80%, 55.371 pontos.
Ontem, às 14 horas e 30 minutos, no auditório de Furnas, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim (que foi secretário-executivo de Dilma Rousseff no MME e por ela nomeado para a EPE), anunciou o plano energético do governo para 2030.
Envolve investimentos de 280 bilhões de dólares e a ampliação do sistema de geração, dos atuais 97 milhões de KW para 220 milhões (de KW). As usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, projeto Furnas-Odebrecht, estão incluídas.
Sob o ângulo político, o fato de Tolmasquim anunciar o plano de longo prazo em Furnas representa um passo, talvez importante ou decisivo, para fortalecer a posição de José Pedro Rodrigues em Furnas.
Ainda por cima coincide com a ação que ele propôs contra a Aneel, que desejava reduzir as tarifas de transmissão da empresa.
Este repórter há anos escreve sobre Furnas. Com Luiz Carlos Santos (muito antes de José Pedro), ajudamos Furnas a se livrar da DOAÇÃO.
XXX
Ontem, em Wimbledon, quase a primeira zebra feminina. Venus Williams ia perdendo para a japonesa (sem colocação boa), reagiu, ganhou 4 games seguidos, venceu. Quando a chuva permitir, enfrentará Maria Sharapova, já nas oitavas.
XXX
Dunga, que não tem a menor experiência como treinador (e além do mais não é nenhum Beckenbauer), mostrou incompetência na convocação, na escalação e na substituição de jogadores. E anteontem reafirmou essa impressionante incompetência na entrevista obrigatória depois dos jogos. Disse sem o menor constrangimento: "A seleção cumpriu as ordens, se movimentou muito bem, ganhou o jogo facilmente".
A convicção de que a seleção não chegou a jogar, e só ganhou por causa da atuação do Robinho, é unânime. Não houve um só comentarista, qualquer que fosse o seu órgão, que não reconhecesse a péssima atuação da seleção. Sem tática, sem técnica, sem estratégia e sem comando, Dunga ainda por cima é troglodita e estapafúrdio, que palavras.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Empréstimo consignado para aposentado já tem juro menor

BRASÍLIA - Aposentados e pensionistas do INSS já podem fazer empréstimo com desconto em folha na rede bancária com juros menores. É que entrou em vigor a Resolução nº 1.287, assinada pelo ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, recomendando o novo teto de 2,64% ao mês, aprovado, no último dia 27 de junho, pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
Este teto vale também para financiamento e arrendamento mercantil inclusive se as operações foram realizadas por meio de cartão de crédito. O CNPS aprovou a redução do teto dos juros dos empréstimos consignados pela segunda vez este ano. A taxa caiu de 2,72% para 2,64% ao mês, o que equivale a 36,66% ao ano.
O novo teto dos juros do empréstimo consignado acompanha a redução da taxa básica de juros (Selic), determinada pelo Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, que passou de 13% para 12% ao ano, entre fevereiro de 2007 e o último dia 6 de junho.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Xeque-mate: juiz libera presos

O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, revogou ontem os mandados de prisão de sete acusados de pertencerem à chamada máfia dos caça-níqueis, desvendada pela Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. Além dos sete acusados que permaneciam presos, também tiveram revogados seus mandados de prisão outros dois suspeitos de participação no esquema, que estavam foragidos.
Segundo informações da 5ª Vara Federal, a decisão do juiz Conrado, revoga as prisões do ex-deputado Nilton Cézar Servo, dos empresários Ari Silas Portugal e José Eduardo Abdulahad, do médico Hércules Mandetta Neto, o tenente-coronel Marmo Marcelino Vieira de Arruda, o major Sérgio Roberto de Carvalho e do inspetor da Polícia Civil, Edmo Medina Marquette, que haviam prestado depoimentos na semana passada.
Os suspeitos que estavam foragidos são os empresários Raimondo Romando e Gandi Jamil Georges, que estariam no México e no Paraguai, respectivamente.
Fonte: Tribuna da Imprensa

O ODOR FÉTIDO DO SENADO

Por SOARES 02/07/2007 às 19:08
O fato é que esta sucessão de denúncias envolvendo a cada dia um novo senador e as grotescas manobras de acobertamento deste mar de lama, nos fazem pensar e concluir sobre a inutilidade da existência do Senado Federal.Muitas democracias do mundo adotam, com sucesso, o sistema unicameral de representação.

O ODOR FÉTIDO DO SENADO O Senado Federal não está apenas ?sangrando?, como querem muitos. Está ?fedendo?. E quem diz não sou eu, nem quem tem observado com certo interesse o dia- a- dia da farsa montada pelos senadores na tentativa de livrar a cara do seu presidente, Renan Calheiros.Quem afirma é o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, por sinal um dos poucos a não se calar de maneira subserviente diante da trama pró absolvição. Constituído em sua maior parte por caciques políticos ? ex-presidentes, ex -vice -presidentes, ex-governadores, ex-ministros ? o Senado , antes conhecido como a casa da da moderação, da cordialidade, e do bom senso, é hoje um reduto onde se aconchegam tanto políticos em final de carreira- caso, por exemplo, dos senadores José Sarney, ACM, Epitácio Cafeteira, Marco Maciel, - como também políticos que usam a casa como um mero trampolim para saltos mais altos ? um governo de estado, um ministério, ou, quem sabe?, até mesmo a presidência da República.O fato é que o Senado, hoje, está ficando longe daquilo que o falecido senador Darci Ribeiro definia como ?algo muito semelhante ao paraíso, com a diferença de que para se alcançar o paraíso seria preciso morrer?. O fato é que o ?paraíso senatorial? da analogia de Darci tem se transformado, nos últimos tempos , num inferno, tanto para os senadores envolvidos em sucessivos escândalos, quanto para o cidadão contribuinte. Muitos atribuem esta modificação de comportamento à TV Senado , que, ao transmitir ao vivo o trabalho- ou a falta de trabalho -dos senadores,deu mais transparência e visibilidade às suas atividades e ao seu comportamento. Pode ser coincidência, mas foi após o advento da TV que assistimos à cassação de um Senador- Luis Estevão- , a renúncia de três senadores- ACM, José Roberto arruda e Jader Barbalho ? para evitar a cassação, e , agora, assistimos ao imbróglio envolvendo o presidente Renan Calheiros e, de quebra, outro, envolvendo o senador brasiliense Joaquim Roriz. Por envolver o presidente do Congresso, um dos principais artífices e avalistas da aliança que sustenta o governo, o caso Renan Calheiros, sem dúvida, tomou proporções gigantescas.Denunciado por cobrir despesas de sua ex-amante com recursos pagos por um lobista da empreiteira Mendes Junior, a questão que deveria ter sido rapidamente resolvida, com o imediato afastamento do suspeito do cargo de presidente do Senado, para facilitar uma pronta e profunda investigação do caso, se transformou num tragicomédia com roteiro de quinta categoria , dirigida dos bastidores pelo próprio investigado.A partir de então, ao sentimento corporativo, no que de pior existe, juntou-se o espírito governista, numa tentativa canhestra de se preservar a todo custo a aliança que sustenta o governo Lula. Assim sendo, nas últimas semanas fomos obrigados a engolir uma sucessão de cenas deploráveis, a saber : um corregedor (Romeu Tuma) açodadamente ?inocentando? o indiciado, antes mesmo de examinar os documentos; um presidente ( Siba Machado ) e um relator ( Epitácio Cafeteira) escolhidos a dedo pelos apoiadores de Renan; a adoção de um rito sumaríssimo, no propósito evidente de arquivar o caso; o auto-afastamento do relator titular em consequência da não votação do seu arremedo de relatório;a renúncia do relator substituto( Wellinton Salgado ) menos de 24 horas após ter sido escolhido ; as sucessivas tentativas de procrastinar as investigações da reunião do Conselho para que nada se investigasse; as suspeitas sobre a autenticidade dos documentos apresentados pelo indiciado; o comportamento dúbio dos oposicionistas no Conselho, que , em muitos momentos, pareciam fazer o jogo de Renan; o discurso de renúncia do presidente do Conselho, Sibá Machado, numa sessão plenária presidida pelo próprio Renan.que fazia de tudo para cercear os apartes. Pois foi justamente um destes apartes que, saindo do script traçado pela maioria governista , valeu muito mais do que todo o conjunto das manifestações de insatisfação e de protesto feitas até agora com relação à atual situação do Senado..O aparte que valeu opor um discurso teve o mérito de mostrar que, conforme a fábula, o rei estava nu. ?O que não pode é ( o senado) ficar sangrando, e ,mais do que isso, fedendo?, disse, do alto de sua estatura moral e política, o senador Jarbas Vasconcelos, uma das raras figuras que ainda merecem crédito no Senado. O senador pernambucano protestou contra a farsa em andamento, se referiu à desmoralização do Senado, pediu uma solução urgente para o caso e ,de quebra, ainda se disse indignado com o fato constrangedor de Renan presidir a sessão em que o presidente do Conselho apresentava os motivos de sua renúncia ao cargo. Mas as palavras lúcidas, francas e contundentes de Jarbas parecem não terem sido suficientes para comover e chamar aos brios os senadores. Pelo contrário, a escolha do substituto do renunciante Sibá Machado recaiu sobre outro serviçal de Renan, o medíocre senador por Tocantins Leomar Quintanilha, apesar da oposição ter resolvido apresentar a candidatura do líder do PSDB, Arthur Virgílio, em que pese a sua suspeita troca de bilhetes com Renan , flagrada por fotógrafos no Senado, ter levantado dúvidas sobre as suas verdadeiras intenções. A primeira trapalhada de Quintanilha foi convidar e, em seguida, desconvidar o senador Renato Casagrande para relator. Soube-se também que o senador eleito presidente do Conselho de Ética é, ele também, alvo de processos no STF e na Procuradoria Geral da República, por formação de quadrilha, prática de fraudes em licitações, estelionato e peculato. Ou seja, o atual Presidente do Conselho de Ética e de Decoro Parlamentar tem a ficha criminal tão suja que pode ser o próximo alvo das investigações do conselho que agora preside.. O fato é que esta sucessão de denúncias envolvendo a cada dia um novo senador e as grotescas manobras de acobertamento deste mar de lama, nos fazem pensar e concluir sobre a inutilidade da existência do Senado Federal.Muitas democracias do mundo adotam, com sucesso, o sistema unicameral de representação. No atual contexto, faz sentido a tese dos que defendem uma reforma política de verdade - e não o arremedo de reforma que está acontecendo na Câmara. E que nessa desejável reforma ,ao lado da adoção do Parlamentarismo se decidisse também pela abolição definitiva do Senado.Caso acontecesse, o país não ficaria pior do que já está, nem a democracia ficaria abalada.Mas o contribuinte, com certeza, ficaria sinceramente grato pelo fim deste antro de absorção do dinheiro público e palco permanente do cinismo, da desfaçatez e do desprezo com o interesse público em que se transformou o Senado . E o odor fétido a que se referiu o senador pernambucano certamente seria muito menor. 020707
Email:: fasoares15@bol.com.br URL:: http://blogdofasoares.blogspot.com/



Comentários


PARA QUÊ SENADO? PARA QUÊ CONGRESSO?
Cesar Navarro 02/07/2007 20:29 cnavarro@pop.com.br
O povo brasileiro sustenta esse bando de ladrões de dnheiro público, que só estão lá para enriquecerem mediando negócios. Com direito a dezenas de pessoas e verbas como regalias. Para quê sustentar esse lixão? Prebiscito já!Para o povo dizer se aprova o fechamento desses antros, substituindos por uma cúpula com os melhores técnicos do país, nomeados para enfrentarem os problemas da Nação. Resolvewriam muito, e à baixo custo.

onte: CMI Brasil

domingo, julho 01, 2007

JEREMOABO EM RISCO.

Fernando Montalvão é titular do Escritório Montalvão Advogados Associados

Quando se diz JEREMOABO EM RISCO, não quer dizer que estejamos próximo de algum cataclisma, como a mercê de um terremoto, furacão, tsunami ou de uma grande seca. Não, o risco é outro, é pior, é o risco da violência política iminente.

Embora passadas às eleições municipais de 2004, infelizmente, os palanques não foram desarmados, principalmente, para os que mamaram (bezerro desmamado) nas tetas da corrupção por 08 (oito) anos. O fato é que a busca desenfreada pela reconquista do poder vem causando grandes males a cidade e dividindo as pessoas. Antes, a disputa pelo poder era entre as famílias Sá e Nolasco. Passadas as eleições, a vida voltava ao cotidiano natural, mesmo com o dia a dia político de cada facção, as pessoas se reuniam, freqüentavam os mesmos lugares, se cumprimentavam e nutriam o respeito entre si. Hoje não, a coisa mudou. A violência é latente e as agressões são uma constante.

No último dia 23, véspera de São João, já cheguei a Jeremoabo por volta das 13 horas, em razão de meus afazeres da advocacia, retornando no dia seguinte, domingo, para Paulo Afonso, em torno de 11:00. A bem da verdade, estava levando meus filhos e netos, não para os festejos religiosos ou profanos de São João, os levei para uma visita a minha mãe, já com saúde precária. Após minha chegada, fiquei conversando com Zé Antonio, enquanto aguardava o desfile do casamento na roça. Perdemos a saliva e a voz, nada de casamento. Fui com minha família e convidados para o restaurante de Lurdinha, enquanto aguardava o casamento, nada de casamento. Somente as 18:00 mais ou menos, já no início da noite, passaram alguns cavaleiros, com Spencer na frente. Não tive ânimo para ir ao Arraiá e fui dormir cedo.

Já em Paulo Afonso, tomei conhecimento que a violência na concentração do casamento, correu frouxa, sob o comando do corruptista, o qual, segundo Spencer, em conversa que mantivemos por telefone, já aparentando sinais de embriagues, em cima do cavalo, esticava as pernas para ficar no alto e dava grito de incentivo de violência a seus liderados. Everaldo Gama e outros foram fortemente agredidos, tudo, como resultado da omissão do Comandante da Cia de Polícia Militar, que foi incapaz de planejar um policiamento ostensivo eficaz. Em frente a Prefeitura a anarquia foi generalizada.
Não é a primeira vez que Tista rodeado de seus puxa sacos agride pessoas. No ano passado, 2006, em frente da casa de Dedé (meu irmão), ele tentou pisotear de cavalo todos que estava na calçada. No momento, estavam ali minha esposa, meus filhos, meus netos de 04 e 03 anos, meus sobrinhos, parentes vindos de Salvador e de outros lugares. Não fosse a intervenção de Lú (Luís Montalvão) e Luciano, talvez tivesse acontecido coisa pior, o que tomei conhecimento no dia imediato, posto que no momento não estivesse ali. Ele, como sempre acontece, embriagado.
Jeremoabo hoje é uma cidade dividida e as pessoas não se respeitam mais, se agridem. É esse o risco de Jeremoabo. Uma liderança política, se é que mereça ser passivo da expressão, de forma, despudorada, inconformado com a derrota humilhante de 2004, a todo custo, tem a pretensão de demonstrar ante Spencer, o Prefeito Municipal, maior prestígio. Ledo engano. Decerto que os que com ele se aproveitaram da coisa pública por longos 08 anos, tenham o ardor. Da maneira com que a carruagem está sendo conduzida, dificilmente não ocorrerão mortes. É preciso rezar muito para São João para que isso não aconteça. Se a violência não for contida, no próximo ano, que será um ano eleitoral, estará fora de controle e o Jeremoabo pacato, que já era, mais uma vez, já era.
É bom lembrar que basta o Judiciário ágil e a candidatura dele já era. São 14 condenações por parte do Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, e mais 02 condenações por parte do Tribunal de Contas do Estado – TCE, todas o mandando devolver o que ele se Apropriou Indebitamente, o dinheiro público. Está denunciado pelo Ministério Público Criminal por crime de malversação do dinheiro público. Já responde a três ações de improbidade administrativa, que tem curso na Comarca, além de outros procedimentos. Na Justiça Federal, Subseção de Paulo Afonso tramitam a Representação Criminal de nº. 2006.33.06.004165-8, já com a Polícia Federal desde 11.12.2006, e uma ação ordinária, de nº. 2006.33.06.000829-0.
É bom ficar de olho.
Lembrar-se-á, e Tista deve repensar o que vem fazendo de males para si, sua família e para o Município. Descende de duas famílias das mais tradicionais de Jeremoabo, Melo, pelo lado materno, Carvalho, pelo lado paterno, que nunca foram afeitas à violência, pelo menos, não tenho comigo nenhuma lembrança, e olhe que já estou com 56 anos de idade. Lembre-se ainda que um Juiz com caneta rápida e um Ministério Público atuante é o bastante para debelar atos de violência. Recentemente, o MM Juiz de Direito da Comarca já demonstrou como é sério e de decisão firme. Comenta-se, amiúde, que um ex-Prefeito já foi parar na cadeia.
De alta gravidade, lembro-me de dois capítulos ocasionais da vida política de Jeremoabo. O mais recente, a morte de Pin (que era meu tio, eis que irmão de minha mãe), e o mais remoto, envolvendo o pai de Tista, José Lourenço de Carvalho, Deda, um homem sério e sóbrio, que foi desafiado em sua residência por um promotor, Dr. Renato, que portava consigo duas armas a mão. Do capítulo, foi preso, injustamente, Tonho Magro, irmão de Deda e tio de Tista, um homem de bem que passou vários dias preso no Quartel do Exercito em Paulo Afonso. O Juiz da época, Dr, Raimundo Irmão, interceptou uma Rural, salvo engano, veículo destinado ao transporte do Prefeito, com armas e dois seguranças, Edgar e Expedito. . Eu estava no início de minha adolescência e tenho vagas lembranças.
De que vale a violência, senão constranger ou lesionar pessoas, ceifar vidas e resultar prisões, justas, e até injustas. É bom repensar Jeremoabo por que violência não leva a lugar algum.
Sobre a os festejos juninos em Jeremoabo, a sua descaterização, o resgate das tradições e forma de organização, tratarei posteriormente.

Paulo Afonso, 01 de julho de 2007. Fernando Montalvão.

Montalvão, Fernando. JEREMOABO EM RISCO. Montalvão Advogados Associados. Paulo Afonso - BA, 01 de julho de 2007. Disponível em: http://www.montalvao.adv.br e montalvaoaaassociados.adv.br/plexus/artigos_conxoespoliticas.asp

sexta-feira, junho 29, 2007

Até sete anos para pagar

Financeiras e bancos já estudam oferecer opções para compra de carro em até 84 meses
SÃO PAULO - As financeiras e bancos estudam oferecer opções de crediário em até 84 meses (sete anos) para a compra de carros, segundo a Serasa, maior empresa brasileira de informações para a concessão de empréstimos. Essa opção de pagamento com prazo mais longo vem ajudando a indústria automobilística a bater recordes de venda. Hoje, os prazos para carros novos vão até 72 meses (seis anos), com taxa de juros de até 2,5% ao mês. “Em breve as lojas terão faixas oferecendo 80 meses para pagamento”, antecipa Márcio Ferreira Torres, gerente de análise de crédito da Serasa. Atualmente, pelo menos 70% das vendas de veículos são financiadas. Segundo as montadoras, metade dos contratos é por prazos acima de 36 meses. Desde janeiro, a indústria automobilística vendeu 1,044 milhão de veículos, quase 210 mil mais que no primeiro semestre do ano passado. O volume é recorde para o período e representa avanço de 25% nos negócios.Estabilidade econômica, melhora na renda e facilidades para o crédito contribuem para o desempenho. A média de vendas vem se mantendo na casa de 10 mil unidades ao dia, acima da registrada em maio, quando a indústria comercializou 211 mil veículos, um recorde. PRAZO AINDA MAIOR
Representantes do setor calculam que, neste mês, as vendas ficarão próximas a 200 mil unidades, pelo fato de junho ter dois dias úteis a menos que maio. José Rinaldo Caporal, da consultoria Megadealer, especializada no varejo de carros, afirma que, futuramente, as financeiras chegarão a prazos de até 100 meses: “Os prazos são esticados aos poucos”.
De acordo com o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, quem compra um veículo em mais de 48 meses normalmente troca de carro na metade do prazo e refaz o financiamento. Reze ressalta que houve aumento da inadimplência na carteira de financiamentos: de 2,2%, em 2005, para 3,3%, agora. “A subida sinaliza cuidado”, diz, embora ainda não seja preocupante.
Fonte: O Dia On Line

quinta-feira, junho 28, 2007

A energia suja dos bandidos, energia limpa e cara

Por: Helio Fernandes

Insegurança das ruas, insegurança nuclear
O Brasil está tão desarvorado e inseguro, que preciso dividir essa insegurança, em várias. Por hoje, a insegurança da corrupção fica na página 9, tudo é jogatina para salvar os que não têm salvação. Aqui neste espaço coloco a INSEGURANÇA das ruas, cada vez mais comprometida pela incompetência de Sérgio Cabral. E a INSEGURANÇA até mesmo da energia, que querem que seja NUCLEAR.
Primeira página do Diário Oficial, anteontem. O secretário Beltrame, que aparentemente cuida (ou deveria cuidar) da segurança, apresentou o "plano para o período da realização do PAN". Sérgio Cabral ainda não havia voltado de Portugal, mas voltará, claro.***Mariano Beltrame anunciou o esquema, segundo ele, "já montado". Serão 4.200 policiais civis, 8.700 policiais militares. "Está tudo mapeado", garantiu, como se o cidadão pudesse andar nas ruas "protegido" por mapas. O secretário não falou nada sobre os também bandidos das milícias.
Quando lembro as milícias, é porque foi o próprio governador que deixou bem claro que "não hesitaria em recorrer a essas milícias, (bandidos oficializados ou a terceira força do crime no Rio) para garantir a segurança do PAN". Já comentei muito isso.
Como o governador não estava aqui, o secretário foi falando: "Daremos cobertura a 80 mil operações de transporte dos atletas e das delegações". (Repetindo aquela famosa piada com Garrincha, poderiam perguntar ao secretário: "Para cobrir essas operações, já combinaram com os traficantes, com as milícias e com a parte corrupta da PM?"
Na verdade isso é necessário por causa do que acontece diariamente: tiroteio nos mais diversos lugares. Na véspera da fala de Beltrame, o tiroteio na Ilha do Governador entre traficantes e PMs, atingiu aterrissagens e decolagens do Aeroporto Tom Jobim.
Imaginem, atletas, dirigentes e a massa de turistas que se desloca pelo mundo atrás dessas competições esportivas, ainda não começaram a chegar. E dentro de alguns dias, quem garantirá a segurança do aeroporto e dos locais dos jogos, distantes do Galeão?
Vejamos agora a outra INSEGURANÇA tão grave quanto a das, também ameaça as ruas, as casas, os altíssimos impostos que serão gastos na até agora, (23 anos) esquecida, escondida, desconhecida. A multiplicação da energia nuclear.
Sem planejamento, sem projeto, sem orientação, os governos no Brasil-Império e no Brasil-República, (a mesma coisa com outro nome) se descuidam de tudo, não fazem nada, agem por espasmos.
Deixaram o País nesses 507 anos de irresponsabilidade e até retrocesso, cujo apogeu aconteceu com FHC. Agora, inesperadamente só falam em energia nuclear. Estaria aí, "a salvação da lavoura"?
Construíram Angra I e Angra II, em 1984 falavam em Angra III. Agora, 23 anos depois de total imobilidade, desenterraram essa Angra III.
A energia nuclear é mais cara. A construção é mais longa. O funcionamento mais dispendioso. Então por que a insistência? Única vantagem: é limpa, não polui. Nossa "vocação" é de energia elétrica. Sem falar nas dezenas de formas alternativas que surgem, não poluentes.
E se a energia nuclear é tão maravilhosa, por que os grandes e ricos países não estão cobertos de usinas nucleares?
Uma grande desvantagem da radioatividade: o que fazer com o lixo atômico? Os que já entraram no setor, vivem atormentados.
PS - É muita INSEGURANÇA. E ainda insistirei na INSEGURANÇA da infra-estrutura, que compromete o desenvolvimento.
PS 2 - E que poderia ser facilmente resolvido se deixássemos de pagar a DÍVIDA que não DEVEMOS. Nem calote nem moratória, palavras condenadas. Apenas A-U-D-I-T-O-R-I-A, digamos nos últimos 40 anos.
Sibá Machado
Foi muito criticado por ser suplente. Acontece que a culpa não é dele e sim do sistema. FHC foi suplente, ninguém fala.
A partir das 9 horas da noite da 3ª feira, até a abertura da sessão do Senado (deliberativa, às 4 da tarde) ontem, só se conversou um assunto: Renan Calheiros: afastamento durante o processo, renúncia, cassação do mandato de presidente, podendo chegar até à cassação do seu mandato de senador. Renan no centro de tudo, sabendo os riscos que corre e tendo uma certeza: está difícil ganhar.
A renúncia do suplente Sibá Machado, não começou nada. Na verdade, é o fim de uma fase, que foi marcada por afastamentos.
O primeiro, Romeu Tuma, corregedor, que se afastou por doença. Epitacio Cafeteira, (que está no hospital) Wellington Salgado, excesso de incompetência.
A saída de Sibá não pode ser chamada de RENÚNCIA, está longe disso. Na véspera de sair, tentou a intimidação, dizendo publicamente: "Se não votarem o relatório amanhã, (ontem, quarta-feira) renunciarei". São várias as análises.
Ele achava que a oposição ficaria intimidada e votaria a favor do arquivamento, que era o que lhe interessava, cumprindo ordens e orientação do próprio Renan.
É evidente que todos sabem que não há número para nada na Comissão de Ética. A oposição NÃO PODE votar para continuar o processo. O grupo Renan NÃO PODE arquivar, não tem maioria.
Com a Comissão sem relator, e com a "decisão" de Sibá, também sem presidente, a tropa de choque, (que o próprio Renan chama de "assassinato moral") achou que ganhava com o adiamento certo. É o que aconteceu nos bastidores.
Entre 10 horas e meio-dia, numa reunião tão apartidária quanto prolongada e tumultuada, surgiu a idéia de dar uma destinação grandiosa à Comissão de Ética. Isso seria obtido, segundo algumas boas figuras, com a eleição de um novo presidente e novo relator.
O presidente seria Artur Virgilio, líder do PSDB e suplente da Comissão. E o relator, Aloizio Mercadante. Aparentemente houve acerto com outros partidos, pois a senadora efetiva do PSDB, deixou a Comissão.
Logo que soube disso, Renan atacou a Comissão e a oposição, dizendo: "Querem desmoralizar a Comissão". Logo foi contestado por Jefferson Peres, que não deixa no caso, nada sem resposta.
No seu gabinete de presidente, Renan ouviu o senador do Amazonas e disse à própria TV Senado: "Só admito ser julgado por provas". Como réu ele não pode "determinar" o que vai acontecer. E é lógico que será julgado pelas provas.
Às 3 em ponto, Sibá Machado, não mais como presidente da Comissão, mas ainda suplente, começou a ler o que chamou de "explicação de quem pode cometer erros, mas não deliberadamente". Enquanto Sibá falava, Renan assumiu a presidência.
Sibá Machado falava com tempo cedido pela senadora do PT-PT, Ideli Salvatti. Mas logo que ele começou a falar, ela o interrompeu, não deixando que concluísse. Desperdício incrível.
Numa espécie de rodízio "junino", jogaram fora um tempo enorme com a palavra de exaltação ao presidente que não presidiu nada. Mais desperdício.
O tempo passou, fizeram discursos vazios e sem sentido, prejudicando a solução para que a Comissão de Ética tivesse uma forma de se afirmar. É o que exige a opinião pública.
Mario Diamante foi aprovado, ontem, para o cargo de presidente da Ancine, o segundo do Ministério da Cultura. Como precisa aprovação do Senado, ele obteve 20 votos dos 20 votantes.
A propósito do Senado: havia uma reunião da Comissão de Ética marcada para as 5 horas. Às 5 e meia foi adiada para às 6, mas a essa hora, ninguém havia decidido nada.
Todos coordenavam todos, vetavam todos e apoiavam todos. Artur Virgilio queria que Aloizio Mercadante fosse o relator, mas o senador do PT-PT não decidira nada. O senador Casagrande desaconselhou Mercadante a aceitar.
O líder do PMDB não queria a presidência para o PMDB, mas por outro lado não queria o PSDB comandando.
Subitamente Suplicy ofereceu seu nome para presidente relator, amavelmente ninguém queria. Suplicy insistia.
Às 6 e meia, já ultrapassando meu horário, nenhuma reunião aberta, só bastidores. No jornal, você lerá tudo. A essa hora, todos os líderes estão no plenário.
Enquanto o Senado queria fazer a Comissão de Ética funcionar, os senadores Suplicy e Gerson Camata, exaltavam Tony Blair.
Os dois se revezavam nos elogios ao farsante da Terceira Via, que foi demitido pelo próprio Partido Trabalhista, por excesso de incompetência. Gerson Camata fez uma restrição.
O senador do Espírito Santo, disse: "Tony Blair é dos maiores líderes do fim do Século XX e início do Século XXI, mas manchou sua biografia com o apoio a Bush no Iraque".
Suplicy, querendo dar demonstração de cultura e sabedoria, citou um personagem cujo nome ele nem sabia. Confundiu com Thomas Moore e Thomas Merton.
Mas disse que esse personagem, (sem nome) em 1795, incentivou as possessões inglesas (os Estados Unidos) a "se libertarem". Acontece que a Declaração da Independência é de 1776, e a Independência propriamente dita, de 1781.
XXX
Fluminense-Botafogo vão inaugurar o Engenhão, e provarão sem sombra de dúvida, a inutilidade da construção de um estádio naquele local. Além de conhecer muito aquele subúrbio (e todo o Rio), lembro de 1937, eletrificação da Central do Brasil, quando na Estação de Engenho de Dentro foi construído o maior vão sem estacas da América do Sul. Era e continua sendo um espetáculo.
Noutro dia fui especialmente visitar esse Engenhão. Beleza pura, maravilhoso, pode ser colocado entre os mais bonitos do mundo. Mas não funciona nem vai funcionar.
Venderam 40 mil entradas, o Engenhão não tem estrutura para essas pessoas estacionarem, chegarem e principalmente saírem. (Se digo principalmente, é porque as pessoas não chegam juntas, mas saem juntas).
Não há metrô, ônibus, lugar para estacionar e até para trafegar. As ruas são estreitíssimas e de mão dupla. Além do mais, apenas uma estação de trem, tumultuada por ser entroncamento. Sábado de decepção para 40 mil pessoas.
Fonte: Tribuna da Imprensa

"O remédio para o Rio é amargo"

O secretário de Segurança Pública, José Beltrame, disse que a operação de ontem no Complexo do Alemão foi decidida depois de um minucioso levantamento de inteligência que definiu como alvos as localidades Areal, Chuveirinho e Matinha, classificadas por ele como "locais onde o Estado há muito tempo não ia".
As comunidades estariam sendo usadas nos últimos dias como refúgio para os traficantes durante os quase dois meses de presença da polícia no Alemão. Para o secretário, a apreensão de quatro fuzis Ponto30, que são consideradas capazes de atingir aeronaves, mostram o estoque de armas e munição que o combate ineficiente ao tráfico proporcionou no Rio nos últimos anos. No sábado, uma outra arma do mesmo tipo já tinha sido apreendida no Alemão.
"Quebramos um pacto silencioso de não-agressão, em que a solução dos problemas era não agir", afirmou o secretário, criticando indiretamente a ação policial de governos anteriores. Beltrame admitiu que, depois de quase dois meses de pressão policial, a quadrilha local continua com grande capacidade de reação e afirmou que o remédio para o Rio "é amargo". "Resultados podem chocar, mas a situação é muito ruim. Se tenho instrumento de inteligência que me diz que há ilicitudes naquele local, tenho o dever de agir. Infelizmente, o traficante não desce e entrega a arma. O nosso objetivo é desarmar".
Operação
Beltrame acompanhou pessoalmente a coordenação da operação, durante a tarde, no comando montado no batalhão da PM em Olaria (16º BPM). Segundo o secretário, a operação estava em planejamento há mais de um mês, mas a secretaria esperava o melhor momento para desencadeá-la. Ele disse que a ação foi iniciada por volta das 10h com o objetivo de minimizar os riscos para a população, já que começou depois do horário de entrada de crianças nas escolas. "Poderíamos ter feito isso há dois meses e em duas horas, mas a contabilidade de mortos e feridos seria muito maior", afirmou.
A Polícia Federal também ajudou o planejamento com dados de inteligência. Além do comandante da PM, Ubiratan Ângelo, do chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, e do comandante da Força Nacional, coronel Luiz Antônio, todos os quadros de inteligência da Secretaria de Segurança e das polícias Civil e Militar foram transferidos para o 16º BPM. Segundo o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, Edval Novaes, o trabalho coletivo relacionando dados de informantes, escutas telefônicas e denúncias teve como objetivo municiar os policiais em operação com dados sobre os alvos e a movimentação dos bandidos com a avanço da polícia.
Beltrame contou que os policiais levaram cinco horas na progressão dentro da favela sob fogo cruzado até chegarem aos seus objetivos. No final da tarde de ontem, duas equipes ainda tinham dificuldades para deixar o local. Segundo o secretário, o cerco aos acessos do Alemão, iniciado no último dia 14, vai continuar por tempo indeterminado, até que seja possível implementar uma nova política de policiamento para a região.
Ele disse que uma nova megaoperação pode acontecer. Para ele, a estratégia está dando certo e eliminando a capilarização da entrada de armas e munição que está proporcionando aos traficantes a manutenção da resistência. O cerco continuará a ter o apoio da Força Nacional de Segurança durante os Jogos Pan-Americanos. Para o trabalho, serão destacados pelo menos 230 agentes da FNS dos cerca de 5 mil que farão a segurança dos jogos.
Histórico
O complexo do Alemão está ocupado pela polícia desde o dia 2 de maio. Na ocasião, a ação tinha como objetivo capturar os responsáveis pela morte dos soldados Marco Antônio Ribeiro Vieira e Marcos André Lopes da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), assassinados com mais de 30 tiros no dia 1º de maio. Desde o início dos trabalhos, os tiroteios são freqüentes. Desde maio já morreram 25 pessoas. A violência na região também deixou crianças cerca de 5.000 crianças sem aulas.
Fonte: Tribuna da Imprensa

terça-feira, junho 26, 2007

Multas de trânsito

Fundação Procon-SP orienta sobre cuidados ao contratar empresas especializadas em recursos.
Receber multa por uma infração não cometida, ou mesmo por um radar que não está devidamente sinalizado, é uma situação bastante chata. Para piorar, correr atrás do recurso também não é uma tarefa das mais agradáveis. Se a opção for utilizar uma empresa especializada em recursos de multas, o cidadão deve ficar atento para não trocar uma dor de cabeça por outra. Veja a seguir as orientações da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, sobre o tema.

Em primeiro lugar, deve-se avaliar a real necessidade de se contratar este tipo de serviço, já que é possível resolver todas as questões por conta própria. Se não tiver tempo, disposição ou conhecimento para isto, uma dica é procurar empresas de que tenha referência de pessoas de sua confiança.

De qualquer modo, precisa ficar claro ao cidadão que a contratação destas empresas não significa, necessariamente, que o recurso será acatado (deferido). Por isso, a publicidade não pode dar como certo o não pagamento da multa. Também é aconselhável que o cidadão verifique junto ao órgão que aplicou a sanção se cabe recurso no caso.

Uma vez escolhida a empresa, o consumidor precisa fica atento ao contrato, que deve ser claro, com letras de fácil leitura e informar, além da identificação da empresa (nome, CNPJ, endereço, etc.), tudo que inclui: descrição do que está sendo contratado, tipo de multa, o custo do serviço, forma de pagamento, prazos e demais condições.

O recurso deve ser feito em até 30 dias após o recebimento da notificação da infração e entregue na Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari) – cada órgão de fiscalização de trânsito possui uma. O contratante deve exigir que a empresa apresente o protocolo da entrada do recurso. É dever do fornecedor do serviço repassar ao consumidor todas as informações relativas a prazos.

Caso o processo não seja definido até o vencimento da multa, é aconselhável pagar para não perder o desconto que geralmente é oferecido. Esse abatimento no preço, previsto no Código Brasileiro de Trânsito, é válido para qualquer multa paga até o vencimento. Se o pagamento for efetuado pela empresa contratada, o recibo e a multa quitada devem ficar de posse do recorrente, independente do resultado do recurso.

Os documentos originais nunca devem ser entregues à empresa contratada. O motorista deve tirar cópia de seus documentos pessoais e do carro, bem como daqueles que poderão ser utilizados como prova em sua defesa (fotos, cupons de estacionamento, etc.) e protocolar junto à empresa em questão.

Se o recurso for indeferido, há a possibilidade de recorrer para segunda instância, ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Isto também deve estar estipulado no contrato com a empresa. Se a negativa for mantida, a última opção é recorrer à Justiça, por meio de uma ação anulatória de multa ou, em situações muito especiais, de mandados de segurança. Nestes casos é necessário contratar um advogado.

Caso tomar as providências para o recurso por conta própria, o cidadão deve redigir uma requisição com os dados do veículo e do auto de infração, relatar os fatos, argumentos e alegações de defesa e juntar provas cabíveis, se for o caso. Na notificação de cobrança da multa estão relacionadas informações quanto aos documentos e procedimentos necessários, assim como o endereço para remetê-los. Estes documentos devem ser enviados por meio de carta com Aviso de Recebimento (AR), que funciona como comprovante de entrega.

Mais informações sobre multas aplicadas no município de São Paulo podem ser encontradas no site da CET (www.cetsp.com.br).

O Procon-SP atende pelo telefone 151 ou pessoalmente, nos postos de atendimento dos Poupatempos Itaquera (metrô Corinthians-Itaquera), Sé (Praça do Carmo s/nº) e Santo Amaro (Rua Amador Bueno 176/258). Orientações também podem ser encontradas na internet: www.procon.sp.gov.br.

Fonte: Procon SP
Fonte: Portal do Consumidor

sábado, junho 23, 2007

Todos os governos usam a farsa da macroeconomia

Por: Helio Fernandes


Relaxe e goze, estamos em plena prosperidade
Parece aviso de comandante de avião, tentando tranqüilizar os passageiros, quando sabe que está entrando em zona de turbulência. E embora, hoje, a turbulência aeronáutica esteja mais presente no chão do que lá em cima, não é nada disso.
As duas frases exóticas, esdrúxulas e estranhas de Dona Marta e do doutor Mantega, representam apenas a visão distorcida que têm do Brasil, já que só enxergam pela ótica da macroeconomia. Que supervalorizam e colocam num altar tão inacessível, que para eles, todo o resto é apenas microeconomia.
Só que a macroeconomia está para a microeconomia, da mesma forma que na linguagem e na definição diária, corrente, escrita e falada, a matemática está para a aritmética. Nos dois casos, o todo é utilizado indevidamente, mas o que chega ao povo e ao seu entendimento é apenas a parte.
Hoje, deixemos de lado a tão violentada matemática, abandonemos também a macroeconomia, fiquemos apenas com o que o povão deveria saber e consumir, que é aquilo que o seu salário pode comprar.
Renda per capita, câmbio, superávit primário (exclusividade do Brasil), "dívidas" monstruosas, juros em queda, mas que já foram criminosos, "risco Brasil", Bolsa em alta, aumento cada vez maior das "reservas", globalização ou neoliberalismo, (substituindo as desmoralizadas multinacionais), importações e exportações "dinamizadas", (e sem que o dinheiro chegue efetivamente) nada disso interessa ou favorece o cidadão contribuinte-eleitor.
Na macroeconomia, quase tudo é farsa, principalmente em relação ao povo e seu direito de existir. A renda per capita, é a divisão de tudo o que se produz no País, pelo número de habitantes. Isso produz um resultado badalado, mas inteiramente falso. Quer dizer: nessa divisão, alguns ficam com mil ou 10 mil partes, o cidadão trabalhador, com a escória. Isso, verdadeiramente, tem um nome: concentração de renda.
A macroeconomia utiliza semrpe e cada vez mais a estatística. Esta, de tão surrealista, consegue provar que um professor de estatística morreu afogado, num rio que tem 0,6% de profundidade. É que chamam a isso de "profundidade média". O pobre professor morreu quando se arriscava na parte mais funda do rio, 8 ou 10 metros.
O "déficit primário", que os governos anunciam com assiduidade, fica na área da farsa, mas entra também na da enganação. De tempos em tempos, comunicam: "Este ano ECONOMIZAMOS 4,5% do PIB". Essa ECONOMIA dá mais ou menos 90 BILHÕES.
Mas como não é para investir e sim para AMORTIZAR E NÃO PARA PAGAR OS JUROS DA DÍVIDA, e como esses juros estavam em 180 BILHÕES, o que chamavam de ECONOMIA, era apenas desperdício de impostos cada vez mais altos. E qualquer um macroeconomista pode perceber que se temos que pagar 180 e só "economizamos" 90, os outros 90 são jogados em cima da "dívida" que não devemos. Que assim, vai crescendo junto com o PIB, ou até muito mais do que ele.
Segredos visíveis da macroeconomia, que o povão não entende, mas restringe a sua capacidade de consumo. E entre as exigências do espetáculo do crescimento, a primeira de todas, o aumento do mercado consumidor interno.
Nesse início englobamos quase todos os "riscos" da macroeconomia. Os outros seriam impagáveis (como a "dívida") se não atingissem 180 milhões de brasileiros. Como esse "risco Brasil", que é "calculado" por corretoras multinacionais que exploram e, lógico, enriquecem com o Brasil.
PS - Uma dessas corretoras, a Merril Lynch, ganhou fortunas intermediando a DOAÇÃO da Vale do Rio Doce, a segunda maior empresa do Brasil.
PS 2 - O fato do presidente Lula não ter recuperado nosso patrimônio, e investigado essa traição monumental, é a razão de muitas críticas que faço.
Ivan Moreira
A Câmara Municipal perde um excelente vereador. Mas o Rio ganha um excelente membro do Tribunal.
Finalmente apareceu um senador-não-suplente para ser relator da Comissão de Ética do Senado. Que foi criada única e exclusivamente para investigar, julgar e decidir sobre o futuro do próprio presidente da "casa". Essa Comissão não existia, porque não havia processo sobre senadores, principalmente contra o presidente, eleito e reeleito pelos próprios senadores.
Esse senador é Eduardo Suplicy. Mas tem 3 inconvenientes, e assim dificilmente será aceito. 1 - É da base partidária mas não do PMDB. 2 - Ser do PMDB, exigência maior. 3 - Independente demais.
E ontem se dizia, em Brasília, que Suplicy estava sendo "desestimulado" pelo Planalto-Alvorada, pois o PT-PT não quer se envolver.
E na verdade, embora sutilmente, o presidente Lula definiu sua participação quando disse anteontem: "Estou preocupado com o desgaste do senador Renan Calheiros".
Falam tudo em relação a Renan. Ameaças a outros senadores. Intimidação. Renúncia da presidência para não ter cassado o mandato. Constrangimento. Desmoralização do próprio Senado. Pressão das ruas. Paralisação do Senado.
Obrigação diária deste repórter, a partir das denúncias: às 4 da tarde ligar a TV-Senado para ver se Renan Calheiros está presidindo. Ontem nem era preciso, sexta-feira.
Marcio Braga e todos os executivos do Flamengo, que suspenderam o conselheiro Paulo Cesar Ferreira antes da Comissão de Inquérito funcionar, tiveram ontem duas surpresas.
1 - O proprietário-conselheiro não foi depor. Em vez disso, mandou carta seriíssima a todos os conselheiros, contestando a violência.
2 - Paulo Cesar Ferreira comunicou que seu advogado será Clovis Sahione, dos maiores criminalistas. E que eu já disse aqui: já devia ser presidente do Flamengo.
Para isso, além de tudo, é sócio, conselheiro e torcedor.
Agora é o próprio presidente da República que publicamente fala no DESGASTE do senador Calheiros. E no presidencialismo, a preocupação do presidente da República, muito mais grave do que a tranqüilidade do presidente do Senado. Não há como comparar.
E há o contraste: desgastado Renan Calheiros, se fortalecem Michel Temer e Eduardo Cunha, grandes amigos e aliados do outro lado.
E eles nem escondem: vamos nomear Luiz Paulo Conde presidente de Furnas. Temer, mais discreto, diz isso. Cunha, mais desmoralizado como lobista e como pessoa, ameaça o presidente da República.
Diz em todos os lugares: "Como relator do projeto que prorroga a CPMF, só darei parecer depois da nomeação do Conde".
Pedi a um amigo para ver no Aurélio, está lá: "Chantagem". E na próxima edição do Aurélio, me informam, vem o complemento: "Veja também Eduardo Cunha". Os dicionários têm que ser dinâmicos como a corrupção.
Falando em Eduardo Cunha lembrei de Cesar Maia, os dois já se chamaram, simultaneamente, de LADRÃO. O alcaide queria nomear o genro para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Município.
No preenchimento de todos os Tribunais de Contas, (municipais, estaduais, federal) as vagas obedecem a rodízio, esta é da Câmara Municipal, que escolheu Ivan Moreira.
Cesar Maia queria nomear o genro cujo único título é esse. Que é o que interessa a ele. E como Ivan Moreira é presidente da Câmara Municipal, o alcaide-factóide-debilóide, decidiu criar constrangimento para o nome escolhido.
Decidido, viajou para Montevidéu, achou genial. Ivan Moreira teria que nomear a si mesmo. Só que Ivan viajou antes, o vice assumiu e fez a nomeação obrigatória. E Cesar Maia, o herói sem nenhum caráter, olhou no espelho, era ele.
Ontem conseguiram puxar o dólar para cima. Subiu 1,50%, ficou em 1,94 baixo. Mas isso não representa tendência, e sim a força avassaladora do dinheiro. Volta a 1,90.
A Bovespa perdeu 1 por cento na quinta-feira. Para fechar a semana, ontem, sexta, continuaram vendendo. Às 4 da tarde caía 0,76% ficando em 54.248 pontos.
Ontem, em pleno debate da Rádio Haroldo de Andrade, veio a notícia: o confronto da PM e da Força Nacional, com os traficantes, chegou a um ponto realmente insustentável.
Como eles dominam a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, esperava-se que o governador cancelasse a viagem a Portugal. Aliás nem deveria viajar tanto, deixando a cidade com os bandidos.
O ex-governador Moreira Franco falou: "Essa guerra que já tem 50 dias, é muito grave e não se vê solução".
Não houve dúvida: Sérgio Cabral precisa recompor sua autoridade e garantir a presença em todo o território carioca e fluminense. Mas, mesmo que queira, não pode ir ao Alemão ou à Vila Cruzeiro.
É fora de qualquer dúvida: Sérgio Cabral é intimíssimo de Anthony Mateus. Pois ninguém poderia ressuscitar o ex, como faz o atual.
XXX
Está bem que Bernardo Cabral e Marco Aurélio Mello são famosos, simpáticos e competentes. Mas só porque almoçavam ontem no Mosteiro, não precisavam ter parado o restaurante. XXX Principalmente agora que todos sabem que o dono é pai do ministro da Saúde. Só que Marco Aurélio e Bernardo vão lá há anos e anos.
XXX
Vale um elogio à publicidade feita com a família Bernardinho. Pela criatividade, originalidade e simplicidade. Aliás, a simplicidade é sempre mais aplaudida do que a pretensão. É o caso desse anúncio que vai faturar para o cliente.
XXX
Em matéria de promoção, repercussão, distinção e satisfação, que não sai do placar: Ariano Suassuna e Ziraldo. E movimentando esse placar várias vezes, pois ganham sempre de goleada.
Fonte: Tribuna da Imprensa

terça-feira, junho 19, 2007

Renan será aconselhado a renunciar oua se afastar da presidência do Senado

Aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), consideram que a situação do colega vai se tornando cada vez mais insustentável. Hoje e amanhã o alagoano começará a receber emissários sugerindo a ele que renuncie ou se licencie da presidência do Senado.

O nome predileto para colocar o guiso no gato é o do senador José Sarney (PMDB-AP), ele próprio um experiente político que sabe a hora de se retirar quando há uma crise. Sarney, é claro, resiste a assumir a espinhosa missão. A tarefa é tão delicada que nenhum renanzista falará a respeito em público. A idéia é deixar a impressão de uma decisão pessoal do próprio Renan.

Essa operação toda seria uma forma de minimizar o dano causado aos outros senadores que ainda pretendem salvar Renan. Entre o compadrio e o prejuízo próprio, os amigos do presidente do Senado preferem a lei do menor esforço, salvando a própria pele.

A opinião quase geral dentro do Congresso é que a absolvição pura e simples de Renan levaria a um desgaste de imagem além do já costumeiro para senadores –e, de quebra, para deputados também. Salvo ou não, Renan será para sempre o “senador dos bois milionários”, o “rei do Gado”, enfim, passará a incorporar ao nome um aposto pejorativo cujo efeito seria o de macular a imagem de toda a instituição.

Por enquanto, avalia-se ser possível a pizza da salvação só em condições especiais. É vital agora que Renan entregue também parte de seu patrimônio. Como a lei impede ao presidente do Senado simplesmente renunciar ao mandato –pois o processo já começou– a idéia é o afastamento do cargo.

Em troca, a investigação começaria a correr em marcha mais lenta. Em alguns meses, possivelmente, poderia ser tudo arquivado. Renan continuaria senador, mas sem poder e totalmente desidratado. Escrito por Fernando Rodrigues
Fonte: http://uolpolitica.blog.uol.com.br/

A Transposição das águas do Velho Chico e as estratégias de manipulação

Por Roberval Carmona
Da primeira vez que se falou da transposição das águas do São Francisco foi o maior alvoroço social. Padres fizeram jejum em protesto, grupos se mobilizaram contra a idéia. Conseguiram adiar o início das obras. Mas a transposição das águas do velho Chico já pode ser considerada um fato consumado.
Técnicas utilizadas pelos poderosos para tornar aceitável a transposição das águas do São Francisco. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em "degradado", sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas tem sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Em fim, isto dá mais tempo ao público pata acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. Um exemplo recente: a passagem para o Euro e a perca da soberania monetária e econômica tem sido aceitos pelos países Europeus em 1994-1995 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos tem imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES Este método também é chamado "problema-reação-solução". Se cria um problema, uma "situação" prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. http://www.cuidardoser.com.br/estrategias-da-manipulacao.htm O problema da seca no Nordeste é um problema político, não um problema técnico. A transposição das águas não vai resolver o problema, vai agravá-lo ainda mais.
Fonte: CMI Brasil

Auschwitz à brasileira: Estado apodrecido e corrupção endêmica

Por Wellington Fontes Menezes 19/06/2007 às 03:24
A corrupção endêmica e a violência desmedida são deletérias deformações de um sistema socioeconômico falido. O Estado brasileiro abriu mão de qualquer projeto que unisse a economia com o social, buscando uma autonomia política e desenvolvimento econômico descentralizado. O resultado é uma sociedade cada vez mais egocêntrica, centrada no medo, disparidade econômica, pobreza alarmante e segregação social.
No Brasil a expressão relacionada ao fundo do poço não é apenas mera metáfora vazia, mas uma condição existencial da estagnação do Estado. A cada momento e por mais otimista que possa ser a ótica da analise, mais traz preocupação os dados empíricos da realidade. Os números impressionam: 90% das delegacias paulistanas receberam ou recebem dinheiro proveniente de propinas somente para policiais fazerem ?vistas grossas? dentro do esquema milionário de caça-níqueis. Trocando em miúdo, delegados, investigadores e agentes policiais são tão cúmplices do mega-esquema de contravenção quanto os próprios gerentes mafiosos. A fonte é da Agência Estado é resulta da apreensão de documentos de um dos articuladores da máfia dos caça-níqueis. Novidade em percentual tão alarmante? A resposta presumida: não! Os números da agenda encontrada por um setor não-podre da polícia de posse de um dos mafiosos dão uma dimensão gritante que o Estado brasileiro está moribundo. Não existem parâmetros confiáveis para atestar dados históricos da corrupção dentro da esfera da segurança pública, mas é sabidamente conhecido que a promiscuidade e a corrupção no interior das delegacias de polícia poderiam beirar desde os tempos paradisíacos de Adão e Eva (caso existisse algum agente policial para enquadrar a serpente que corrompeu o Paraíso). A questão que se debate não é o simples fato de ter ou não corrupção dentro da polícia, mesmo porque é uma questão já superada. Infelizmente hoje, quem é o portador de suas faculdades mentais e um simples cidadão entra em uma delegacia de polícia e espera sinceramente que seu caso seja atendido com êxito? Fazer boletim de ocorrência de algum infortúnio da vida não é mais uma obrigação para fazer valer seus direitos, apenas um mero casuísmo caso haja paciência ou necessidade formal de um simples registro burocrático. Mas diante de todo o fosso da segurança pública, o fundamental é identificar o tamanho do lastro que a corrupção contaminou os seus setores. Não adiantam passeadas angelicais de pedidos de Paz ou atividades circenses que beiram ao desespero. A questão é muito mais profunda. Não adianta ter a varinha de condão e invocar num passe de mágica as forças do exército como a panacéia para a segurança pública. A questão se afigura quando se percebe o tamanho da corrupção e diluição institucional dentro das polícias. Corrupta, atabalhoada, descentralizada, ineficiente, pessimamente equipada, policiais com salários irrisórios... A lista do sucateamento da segurança pública não pára por aqui. A violência nutre-se de forma endógena de mais violência, um moto-contínuo sem piedade numa verdadeira espiral de destruição da sociedade e dos ornamentos institucionais. Diante deste calabouço, o Estado brasileiro não é apenas ineficiente e corrupto, é autofágico. A autofagia que destrói os alicerces básicos da constituição orgânica minimamente civilizada. As profundas chagas derivadas da secular disparidade social criaram bolsões de miséria sem lei ou algum alentador futuro. A polícia e sua decadência como poder público é apenas mais um reflexo da diluição do Estado. Aliado à decomposição da educação pública e do sistema de sanitário e de saúde, os serviços básicos da teia social se fragmentaram. Tal reflexo atinge diretamente o estágio de esfacelamento e morbidade que se ergue exponencialmente, ano após ano, e sem nenhuma perspectiva de mudança a qualquer tipo de prazo. Possivelmente o exemplo mais emblemático do esfacelamento do Estado repousa angustiadamente no garoto maltrapilho vendedor de balas (quando não passam de uma mera forma desesperada de pedir esmola) nos faróis dos grandes centros urbanos. A sociedade se tornou em um emaranhado de seres ziguezagueantes forjado com uma índole de granito insensível, pustulento e grotesco. É o preço caríssimo da diluição da esfera pública. Nosso desenvolvimento capitalista é bastardamente senil. Um monstro tão atípico que ora tem números econométricos de uma Suécia, ora é imerso em um misto apodrecido da Faixa de Gaza e Somália. A corrupção não é privilégio de nenhuma sociedade. No caso brasileiro, a corrupção é enraizada, endêmica e faz parte do útero de uma economia subterrânea. As mazelas são inúmeras, conhecidas e alarmantes. Policiais que ganham salários ridículos, uma estrutura podre que é um verdadeiro convite ao crime e que parte para a propina como engorda de seus soldos. O sistema de transporte privatizado que somente sobrevive alicerçado sobre uma máfia que arregimenta um expressivo número de trabalhadores na mais total informalidade. Cassinos sob a fachada de bingos lavam e secam dinheiro sujo e patrocinam o narcotráfico. Agentes do Departamento de Trânsito (DETRAN) em conluio com auto-escolas que vincula a aprovam alunos nos exames mediante liberação de propina de R$ 300,00 por aluno (em valores atuais). Sistema judiciário míope e cínico que privilegia quem pode corromper mais o juiz ou pagar um advogado não tão ruim. A política do superfaturamento de orçamento público e o desvio de verbas em todas as esferas do governo como a única finalidade básica do "homem público": o famigerado enriquecimento ilícito e a política se metamorfoseando um mero espetáculo eleitoreiro. No submundo da economia do ilícito, tráfico de drogas, armas, mulheres e toda sorte de falcatruas sempre contanto com a participação de agentes do Estado em suas operações e organizações cada vez mais coesas e produtivas. A lista novamente é grande e o espaço para a escrita é ínfimo. O grau de destruição do Estado não espanta apenas pela dimensão, mas, sobretudo a falta de visão política de reconstrução do Estado. O espectro político da direita à esquerda não trouxe novidade alguma em suas práticas. Sejam tucanos neoliberais ou petistas do lulismo neoliberal, a agonia pelo imediatismo do voto e o sangue do poder enegreceram suas práticas políticas. Após o regime militar, sucessivos governos ditos "democráticos" não trouxeram grande mudança no atual quadro social brasileiro. Algum número com manipulação de resultado podem até aliviar a miséria, mas não a elimina. Vinte e cinco anos de severa timidez econômica (média anual quase nunca passando de 4% de crescimento do PIB) aliada à diluição assustadora da ordem social produziram uma modernização excludente que primou pela violência, aglutinação conservadora e segregacionista, além de estampar o esgotamento de um modelo social falido. Nosso desenvolvimento capitalista é bastardamente senil. Um monstro tão atípico que ora tem números econométricos de uma Suécia, ora é imerso em um misto apodrecido da Faixa de Gaza e Somália. A corrupção não é privilégio de nenhuma sociedade. No caso brasileiro, a corrupção é enraizada, endêmica e faz parte do útero de uma economia subterrânea. As mazelas são inúmeras, conhecidas e alarmantes. Policiais que ganham salários ridículos, uma estrutura podre que é um verdadeiro convite ao crime e que parte para a propina como engorda de seus soldos. O sistema de transporte privatizado que somente sobrevive alicerçado sobre uma máfia que arregimenta um expressivo número de trabalhadores na mais total informalidade. Cassinos sob a fachada de bingos lavam e secam dinheiro sujo e patrocinam o narcotráfico. Agentes do Departamento de Trânsito (DETRAN) em conluio com auto-escolas que vincula a aprovam alunos nos exames mediante liberação de propina de R$ 300,00 por aluno (em valores atuais). Sistema judiciário míope e cínico que privilegia quem pode corromper mais o juiz ou pagar um advogado não tão ruim. A política do superfaturamento de orçamento público e o desvio de verbas em todas as esferas do governo como a única finalidade básica do "homem público": o famigerado enriquecimento ilícito e a política se metamorfoseando um mero espetáculo eleitoreiro. No submundo da economia do ilícito, tráfico de drogas, armas, mulheres e toda sorte de falcatruas sempre contanto com a participação de agentes do Estado em suas operações e organizações cada vez mais coesas e produtivas. A lista novamente é grande e o espaço para a escrita é ínfimo. O grau de destruição do Estado não espanta apenas pela dimensão, mas, sobretudo a falta de visão política de reconstrução do Estado. O espectro político da direita à esquerda não trouxe novidade alguma em suas práticas. Sejam tucanos neoliberais ou petistas do lulismo neoliberal, a agonia pelo imediatismo do voto e o sangue do poder enegreceram suas práticas políticas. Após o regime militar, sucessivos governos ditos "democráticos" não trouxeram grande mudança no atual quadro social brasileiro. Algum número com manipulação de resultado podem até aliviar a miséria, mas não a elimina. Vinte e cinco anos de severa timidez econômica (média anual quase nunca passando de 4% de crescimento do PIB) aliada à diluição assustadora da ordem social produziram uma modernização excludente que primou pela violência, aglutinação conservadora e segregacionista, além de estampar o esgotamento de um modelo social falido. Não existe progresso com exclusão e tampouco desenvolvimento amparado por grotescos bolsões de miséria. São termos antípodas e não permitem enjaula-los numa mesma conjectura socioeconômica. A diluição da política se constrói no espaço assimétrico do estrangulamento econômico. Não podemos se contentar com ilhas de progresso fortuito cercadas por famélicos e subempregados aglomerados nas senzalas pós-modernas. Atualmente, cerca de 40 milhões de brasileiros sobrevivem em situação crítica, ou seja, situados na linha de pobreza. Como justificar tamanha violência dos centros urbanos somente pela linha de raciocínio simplista e fascista onde basta colocar tanque de guerra, porrada, cacete e cadeia que os problemas se resolvem num passe encantado de pura mágica fascista. A corrupção policial não é a causa da explosão de violência crescente das últimas décadas, mas o sintoma avassalador do modelo falido de visão governamental. A política sucumbiu as ordem e matrizes econômicas. O Estado quando existe tornou-se apenas para atender alguns desejos da ordem capitalista. E outras palavras, o Estado quando funciona sucumbe sua autonomia política e reduz a sua ação apenas para a manutenção da ordem. Essa ordem se traduz na não-perturbação do fluxo do grande capital e, seguindo esta natureza, a ação estatal se limita a não permitir a criação de obstáculos para a sua circulação. Segregar contingente populacional inteiro em guetos significa que essas pessoas não têm mais importância num modelo capitalista cada vez mais autônomo de trabalhadores. A violência se acirra com amplitude da agonia proveniente da exclusão e miséria. O permanente estado de beligerância do Rio de Janeiro é mais um monstruoso exemplo que o poder do Estado não mais existe e pouco se faz presente no espaço social. Substituindo macabramente o papel estatal, quadrilhas paramilitares assumem o papel eclodindo em ondas intermitentes de caos e guerrilha urbana. A questão de São Paulo e as suas gangues organizadas dentro de presídios com participação de advogados e agentes públicos, já cometem ondas de violência explícita sem paralelos na história recente do estado e também reforçam as raízes da diluição do poder estatal. A corrupção da segurança pública é mais um detalhe pertinente na latrina regurgitada do caos que o descaso e a irresponsabilidade de uma elite perversa, cega e inconseqüente fizeram apodrecer este país. O caos é a contraparte da sociedade organizada. É dentro da sociedade que será a úncia bastilha para a possibilidade do resgate de uma ordem de valores possíveis para que a prática da política se erga contra a ditadura da ordem econômica. Não podemos apenas se contentar em uma caricatura medíocre e assassina de cidadania: ?consumo, logo existo?! E preciso recuperar a idéia de sociedade com espaço socializável dos seres humanos e não apenas os muros dos condomínios fechados do apartheid brasileiro. Quanto mais os habitantes de uma sociedade se refugiar na utopia egocêntrica na tentativa de ser proteger em vão da adversidade do caos, mais estará contribuindo para a construção de um mundo segregado, hostil e violentamente mórbido. Uma espécie de ?solução final? (Endlösung) tupiniquim em alusão à nefasta e megalomaníaca política do Estado nazista. Com miopia avassaladora, exaltação extrema do individualismo e a segregação social certamente serão os caminhos para a trágica consolidação do nosso Auschwitz à brasileira.
Email:: wfmenezes@uol.com.br URL:: http://wfmenezes.blog.uol.com.br/
Fonte: CMI Brasil

O Senado mutilado!

Historicamente, qualquer que seja sua origem e seu tamanho, os agentes de corrupção política - caso não sejam combatidos pela sociedade - acabam transformando o Estado em uma “cleptocracia”. Esta palavra de origem grega significa literalmente: Estado governado por ladrões.A frase anterior nos leva a uma reflexão do quanto as instituições brasileiras estão deterioradas e o que é pior: nada deverá acontecer se depender da vontade da banda podre da política, que é desproporcionalmente majoritária.Até quando suportaremos tamanha vergonha? Até quando aceitaremos no aconchego de nossa apatia o mar de lama que domina o Congresso Nacional e suas principais lideranças?Será que somos nós que queremos mesmo sermos enganados e tratados como marionetes idiotas, enquanto eles corroem as entranhas da Nação,mergulhando-a no charco da indignidade?O que assistimos hoje (18.06) no plenário da Comissão de Ética(sic) do Senado Federal foi uma aberração chula e horripilante, ferindo de morte a democracia, a cidadania e alma do cidadão brasileiro. Um circo armado com um picadeiro imoral e sem graça, com o show pronto ne ensaiado para arrancar a fórceps a intolerável inocência do senador Renan Calheiros.O plenário preparado não teve oposição de propósito. As falsas lideranças oposicionistas sumiram por medo, ou o mais provável por negociações espúrias, o que é profundamente lamentável.Era um espetáculo de governistas. Todos se igualaram no charco da barganha e da verocidade do interesse particular. Talvez no medo de cada um em não poder provar sua própria inocência mais na frente. Éra o retrato do Congresso que temos.O primeiro ato do dantesco espetáculo foi armado para desacreditar o advogado da jornalista Monica Veloso, Pedro Calmon Filho.Seguro, incisivo, fez graves e contundentes acusações. Foi provocado por senadores histéricos, mas não se dobrou.Só que ninguém alí queria ouvi-lo. A ordem era a sua destruição para salvar Renan. E assim foi feito. O Brasil inteiro acreditou em suas versões. Os senadores não, pois o script não dizia assim.
Levaram de contrapeso o advogado de Renan Calheiros, Eduardo Ferrão, que está mais para cantor de opereta bufa do que para qualquer coisa.Tudo ensaiado, até sua dispensável presença. O presidente fez o jogo combinado e deu-lhe a palavra. Disse as mesmas asneiras de sempre, mas teve a aprovação dos presentes. Era isto o combinado, era esse o jogo sujo.Por fim o último e hipócrita dos atos: o lobista e mensageiro de Calheiros, Cláudio Gontijo. Repetiu todas as esdrúxulas conversas ensaiadas com o “xerifete” Romeu Tuma. Fez a lição direitinho e por pouco não ganhou beijos de congratulações. Foi louvado por sua “retidão”, sua “amizade” e sua “dedicação” ao super Renan. Pelos predicados anunciados é forte candidato a senador mais tarde.A sessão teve lances circenses e dignos do Fabeapá, do nosso imortal Stanislaw Ponte Preta. A começar pelo presidente, Sibá Machado, que se nomeou relator e como sempre fez de sua verborragia acreana um desfile de asneiras e tropeços linguísticos. Mas, estava ali para cumprir um papel, e pronto. Teve Almeida Lima ( o chato), Gilvan Borges e Valter Pereira, todos do PMDB de Renan. Os três não sabiam o que diziam, mas sabiam muito o que queriam.O Brasil queria ouvir Arthur Virgilio, Heráclito Fortes, Jefferson Péres, Pedro Simon, José Agripino, Mão Santa, Jarbas Vasconcelos. Será que não foram avisados da reunião? Que maldade com os nossos arautos da moralidade.O Brasil deve estar indignado e ficará mais ainda nos próximos capítulos.Chega-se a acreditar que os nossos principais agentes públicos estão empurrando o Brasil para a temerária fase da “cleptocracia”, o que é muito perigoso. Quando se chega a este nível restam poucas alternativas aos cidadãos que podem buscar a solução no cesarismo, ou a tomada de atitudes pela força buscando o indesejável apoio dos militares, como tem acontecido na América Latina, Ásia e África. Não é isso que queremos, mas também não é isto que está ai que merecemos.
Fonte: prosa&polica

A Hora é Essa

Por Giulio Sanmartini
O malfadado caso Renan Calheiros está na situação que quanto mais se meche, mais aumenta a fedença da merda (desculpem a palavra, mas não tem outra). O senador como é óbvio, sabe que mente, sabe que quase todos não desconhecem o fato de ele estar mentindo, mas joga o jogo sujo da intocabilidade.Faz todas as patifarias que tem direito: inventa gado, compradores e recibos. Ele se vale da certeza que os senadores que fazem parte de sua cupincharia lhe serão coniventes, assim vai empurrando com a barriga a picaretagem até o gavetão onde se arquiva a impunidade.Alega que é caluniado, mas não move uma palha contra a revista Veja, o jornal Correio Brasilienze e o televisivo Jornal Nacional, não está tendo a coragem de sua ex amante Mônica Veloso, que acusada de chantagista, por carta informou que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal contra Renan para que ele confirme ou negue se em algum momento tenho dito ter sido vítima de chantagem por parte dela.A patota de senadores que corporativistamente querem absolver o aético presidente da casa, tentaram, de forma primária, intimidar o advogado de Mônica, mas receberam respostas a altura e calaram-se. Os senadores pró arquivamento, Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Romeu Tuma (DEM-SP) ou perceberem que a jiripoca vai começar a piar, espertamente tiraram seus times de campo, alegando uma conveniente doença.Enquanto isso o Senado da República vai desmoronando e apodrecendo como instituição, por ter na presidência um elemento torpe como Renan Calheiros.Nesse momento, nessa situação, urge que ele seja apeado do cargo, não somente por uma questão de moral, mas de Segurança Nacional, pois coloca em perigo a ordem política e social da nação.O país exige: FORA RENAN!
Fonte: prosa&politica

A tirania da retidão

Adriana Vandoni (*)
A história nos conta que no ano 62 a.C., durante os festejos da “boa deusa”, era realizada uma festa com acesso reservado às mulheres. Durante o evento, Pompéia, a jovem mulher de Júlio César, foi pega em uma armadilha. Publius Clodius, um jovem rico e audacioso, encantado pela beleza de Pompéia, se vestiu de mulher e entrou na festa com o propósito de se aproximar dela. Porém, a mãe de Julio Cesar descobriu antes que Pompéia tomasse conhecimento do fato. César divorciou-se de Pompéia, que ficou mal falada por toda Roma.Chamado a depor, César, ao perceber que o povo estava contra ele, surpreendeu a todos ao dizer que não sabia de nada entre os dois. Um dos senadores então perguntou: - “Então por que se divorciou da sua mulher?”; e César respondeu: - “À mulher de César não basta ser, terá que parecer”.Dois mil anos depois a frase de César ainda vale para qualquer situação em que esteja implicada retidão de comportamento e decência de atitudes. Daí vem o clichê que pode parecer piegas, mas não é, de que uma atitude pode ser legal, mas é imoral. Não é piegas, principalmente nos dias de hoje em que o Brasil vive um verdadeiro caos moral, afinal, comportar-se de forma ética é seguir além das regras, é seguir princípios e agir dignamente. A transparência cobrada dos agentes públicos está exatamente no que César cobrava de sua mulher: não basta ser, deve parecer. O gestor deve estar acima de qualquer suspeita e para permanecer assim, deveria partir dele a iniciativa de esclarecer atos que possam comprometer sua honra. É, a honra tem valor!, para uns. E para os que a prezam, esse valor é imensurável.Esta semana o BNDES aprovou um financiamento de R$ 360 milhões para a construção de um parque gerador de energia elétrica, localizado no rio Juruena, entre os municípios de Sapezal e Campos de Júlio, ambos no Estado de Mato Grosso, conforme encontra-se no seu site. As 5 PCHs - Pequenas Centrais Elétricas, que receberão o reforço financeiro do BNDES são: PCH Cidezal - R$ 63 milhões; PCH Parecis - R$ 62 milhões; PCH Rondon - R$ 51 milhões; PCH Sapezal - R$ 64 milhões; PCH Telegráfica - R$ 120 milhões.As cinco fazem parte do Consórcio Juruena, que foi composto em dezembro de 2002 pela Linear Participações e Incorporações, pela MCA Engenharia e Barragem e pela Maggi Energia S/A. Esta última, notoriamente, de propriedade do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi. Segundo consta, o grupo empresarial do governador ainda é partícipe do Consórcio.As cinco PCHs já possuem, de acordo com o BNDES, “Licença de Instalação. As obras associadas aos programas ambientais relacionados nas licenças contemplam, dentre outros, os programas de monitoramento e controle ambiental, conservação da fauna e flora, preservação do patrimônio arqueológico, comunicação social e gestão ambiental”. Autorizações dadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do estado de MT, do qual um dos empresários interessados é o próprio governador.Todo o processo pode ser legal, embora sejam conhecidas as dificuldades que outros empresários estão enfrentando para obter essas mesmas licenças ambientais. Os trâmites desse processo que envolve os interesses de Blairo Maggi pode ter corrido normalmente, mas o silêncio como ele tramitou deixará sempre a dúvida de que ocorreu o uso do cargo público em benefício privado.A questão é que não pode pairar a suspeita de que o empresário Blairo Maggi tomou de assalto o estado de Mato Grosso e o usa para beneficiar seus interesses privados. De que, como governador age seguindo seus interesses empresariais e que como empresário, se vale de ser governador.Nossa história mostra dezenas, centenas, talvez milhares de casos onde atitudes canalhas foram realizadas por governantes em benefício próprio e em detrimento do povo. Blairo deve, em defesa da sua honra, mostrar que não fez uso pessoal do cargo que hoje ocupa.Se no Direito cabe à acusação o ônus da prova, na vida pública, pairando suspeitas e desentendidos, recomenda a moral de César que essa imposição se inverta.
(*) Adriana Vandoni - Site: www.prosaepolitica.com
Fonte: claudiohumbrto.com.br

Um congresso com a bunda de fora!

Pedro Oliveira (*)
“A corrupção, Senhores senadores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas”.
O texto acima é de autoria de Rui Barbosa e foi pronunciado em um de seus memoráveis discursos no Parlamento em 1914. Se saísse do pedestal que ampara o seu busto como patrono do Senado Federal e repetisse a frase, muitos dos senhores senadores entrariam em desespero. Não pelo fato de estarem vendo “fantasma”, mas por se sentirem atingidos em cheio diante das acusações nela contidas. Rui não está mais aqui para se envergonhar, mas preveniu os brasileiros do que lhes estaria reservado pelos políticos de hoje: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Definitivamente as instituições brasileiras desceram a ladeira da vergonha, tomaram os caminhos da hipocrisia e mergulharam no poço da indecência e da imoralidade.
Ouvia esta semana de um conhecido jurista a frase: “Urge que a ordem seja mantida e aqueles que a violam sejam punidos, dentro da lei. É assim que funciona um Estado Democrático de Direito. E é isso que a sociedade exige”. Infelizmente, na prática, não é isso que temos assistido nos últimos tempos. O que vemos é a degradação, a cada dia mais acentuada, da classe política brasileira, o convívio com o imoral e o ilegal. As mesas de negociações espúrias montadas nos gabinetes de deputados e senadores, os corredores do Congresso Nacional transformados em feiras livres de compra e venda de obras, emendas parlamentares, licitações fraudadas e todo tipo de crime contra o erário.O que encontramos hoje é um Legislativo vulnerável, enfraquecido pelas mazelas dos que o compõem, buscando a todo custo esconder culpados e jogar para debaixo do tapete a sujeira de muitos, pois sabem que a comprovação corrupta de alguns pode levar à capitulação de quase todos. Governo e oposição estão finalmente juntos.As provas estão ai escancaradas e levantadas pela Policia Federal.As verdades estão também expostas por amantes, lobistas, propineiros e documentadas em gravações que revelam a convivência pútrida das mais destacadas personalidades da política com as máfias da corrupção e do suborno explícito. As evidências saltam aos olhos: políticos que nasceram pobres, nunca tiveram uma anotação em sua carteira de trabalho, não ganharam em nenhuma loteria, não herdaram nenhuma fortuna e possuem hoje um patrimônio invejável, apenas no exercício da “profissão” que os fizeram milionários. Seria fácil provar, mas é difícil querer provar.Um Brasil atônito, mas apático, não espera que muita coisa aconteça diante do que já viu e ouviu. Um dos responsáveis por investigações gravíssimas já declarou que “não gostaria de condenar ninguém”, um outro diz “ não temos muito o que apurar, pois já ouvimos o suficiente” como se a verdade fosse a deles. De tudo isto pode não sair uma pizza, mas é bem provável que saia um café requentado, pois é isto o que pode nos oferecer uma “cafeteira” congressual. Apenas uma coisa nos conforta. Depois dos últimos episódios o Congresso está com os glúteos de fora e nada deverá ser como antes!
(*) Pedro Oliveira - é jornalista e presidente do Instituto Cidadão
pedrojornalista@uol.com.brwww.prosaepolitica.comwww.abcpolitico.com.br

Fonte: claudiohumberto.com.br

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