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quinta-feira, outubro 10, 2024

Lula e Bolsonaro terão que sair do anonimato neste segundo turno

Publicado em 10 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do Benett (folha.uol.com.br)

Pedro do Coutto

A atuação do presidente Lula nesta fase final das eleições em muitas cidades estará em jogo, sobretudo em São Paulo, onde o seu candidato, Guilherme Boulos, obteve a segunda colocação no primeiro turno. Durante a primeira fase encerrada no dia 6, o apoio não foi explícito, mas todos sabem que Boulos é o candidato do Palácio do Planalto num embate que pode colocar frente a frente Lula e Bolsonaro.

Curioso é que enquanto Lula hesita em seu posicionamento, de outro lado, Bolsonaro também vacila ao não apoiar intensamente Ricardo Nunes.Parece que tanto Lula quanto Bolsonaro temem ainda definir as suas preferências no turno final. Mas isso é difícil, pois Boulos representa Lula de qualquer forma, implicando-o na corrida eleitoral. E Nunes é apoiado pelo partido de Bolsonaro.

DESFECHO – O resultado é incerto, tanto para Lula quanto para Bolsonaro que se enfrentam na cidade de São Paulo. Um desfecho difícil de prever. Não se trata apenas de transferência de votos de Pablo Marçal para Boulos ou para Nunes, mas na capacidade que podem ter os candidatos de arrebatar votos dos que esperam um titular eleito.

Por mais que Lula e Bolsonaro queiram se ocultar, não conseguirão, pois todos sabem que num desfecho favorável, Lula capitalizará a vitória. Se Boulos perder, o temor é que a vitória de Nunes seja transformada em ganhos para Bolsonaro. O jogo se complica, e quem vai faturar o resultado final?

Admitindo-se que Ricardo Nunes fique com a mesma votação e Boulos absorva todos os votos de Tabata Amaral e de outros seis deixados de fora, partirá de 42%. Para chegar aos 50%, terá que buscar mais de 600 mil votos no estoque de Marçal. Como 2,5 milhões não foram votar no domingo, essa conta só fechará na noite da próxima eleição. No final das contas, uma coisa é certa: em matéria de votos, ninguém pode se eximir atrás de uma cortina de silêncio. Há sempre um comprometimento.

quarta-feira, outubro 09, 2024

Influência de Lula diminui com o tempo e o PT está perdendo espaço na política


Lula reúne ministros para discutir gastos e alta do dólar, e auxiliares defendem moderação em falas

O tempo voa, Lula está nitidamente cansado e desgastado

Vicente Limongi Netto

As urnas foram ingratas com o PT. O partido quase passa vergonha no primeiro turno das eleições deste ano. Antes de ser preso, acusado de corrupção, Lula era imbatível. Craque nas urnas. Colocava o PT nas nuvens. Nos píncaros da glória. Lula elegia até poste. Lula e o PT não tinham adversários. Hoje, o quadro mudou. A buchada salgou. A pinga virou vinagre.

Viagens internacionais de Lula, muita conversa fiada, críticas a Israel e a ONU, não deram votos para o PT e filiados. O PT parece mais um quadro amarelado na parede. O partido murchou. Lula não convence mais o povo com a facilidade de antes. Tem que fazer tudo praticamente sozinho. Bater o corner e correr para cabecear no gol adversário. O desgaste físico é visível.

RISCO ENORME – Boulos bota os bofes para fora, implorando que Lula não saia de perto dele, no segundo turno. Mas o risco de Lula colar em Boulos no segundo turno é imenso. Nunes vencendo de Boulos, quem mais vai sofrer em 2026, é Lula. Para Boulos, por sua vez, vida segue mansa. Reassume o mandato de deputado federal. Numa boa.

Cresceu muito, por sua vez, o PSD, de Gilberto Kassab. Passou o MDB em prefeituras. São 882 contra 856 do MDB. Kassab é mago dos bastidores da política. Discreto e eficiente secretário do governador paulista Tarcisio de Freitas. Com o trator de Kassab também contra o PT, mais uma razão para Lula colocar de molho as barbas brancas.

Bolsonaro, também comendo as urnas pelas beiradas, é outro aliado forte de Nunes, no segundo turno. Quem gosta de política acirrada, com chutes na virilha e acusações de corar anjos, esperem 2026. Terá de tudo, bastante.

DIA DA CRIANÇA – Criança nasce anjo. Coração estrelado. Olhos cativantes. Cabelos embalando ventos. Criança veio alegrar o mundo. O sorriso ingênuo da criança é clarão do céu.  Restabelece a calma. Criança espanta a desesperança. Doçura da criança é comovente.  Criança alimentada satisfaz a alma. Eleva espíritos.

Criança com fome, sem comida em casa, insulta esperanças. Agride sentimentos. Criança orienta caminhos. Enxerga desigualdades. Criança sofre com indiferenças. Com a falta de carinho e atenção. Criança veio para brilhar.

Criança maltratada fere o coração. Envergonha a cidadania. Ultraja a Constituição. Criança feliz aniquila tristezas. Má vontade e impaciência com as aflições das crianças envergonha e humilha o país que sonha crescer com dignidade. Vem aí o Dia das Crianças, tão massacradas pela desumanidade das guerras que jamais terminam…

Múcio constrange governo dizendo que ideologia atrapalha decisões militares


Governo barrou compra de blindados israelenses por “questões ideológicas”

Múcio perdeu uma boa oportunidade de ficar calado

Tales Faria
do UOL

Em palestra na Confederação Nacional da Indústria nesta terça-feira (8), o ministro da Defesa, José Múcio, disse que “questões ideológicas” causaram retrocesso na área militar do país. Múcio citou vários casos, entre os quais a compra de blindados de Israel pelo governo brasileiro. Ele disse: Houve agora uma concorrência, uma licitação, e venceram os judeus, o povo de Israel. Por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta. Mas por questões ideológicas nós não podemos aprovar.

Eu falei com o ministro e ele disse que a culpa é da direita que divulgou suas falas como se fossem uma crítica ao governo. “Não foi uma crítica ao governo, tanto que quem está repercutindo é a direita, de forma distorcida. Foi uma crítica ao ambiente no país, marcado por questões ideológicas, preconceito e desconhecimento sobre o papel das Forças Armadas”, disse.

CONSTRANGIMENTO – Mas pelo que eu pude apurar, isso na verdade se tornou mais um motivo de constrangimento entre o ministro e o Palácio do Planalto. É que, na palestra, Múcio também reclamou de cortes de verbas na área militar. Disse que há um “absoluto desconhecimento” no Brasil sobre os objetivos na área militar. “Nos últimos anos, nós tivemos um retrocesso nos investimentos de defesa da ordem de 47%. Por quê? Por componentes ideológicos, por queixas políticas, por variações programáticas, que acham que a Defesa não funciona.”

De fato, ele tem razão quanto à repercussão nas redes sociais de políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonarro. Estão mesmo dando grande repercussão ao assunto. Até o Irmão da deputada Carla Zambelli, Bruno Zambelli, uma figura que eu não conhecia, publicou no Instagram: Ministro de Lula joga tudo no ventilador e desmascara o governo.

Em sua palestra, o ministro também citou um outro caso do que chamou de “embaraço diplomático”, desta vez envolvendo a guerra na Ucrânia. “Temos uma munição aqui no Exército que não usamos. A Alemanha quis comprar. Está lá, custa caro para manter essa munição. Fizemos o negócio, um grande negócio. Não faz porque senão o alemão vai mandar para a Ucrânia, a Ucrânia vai usar contra a Rússia e a Rússia vai mexer nos nossos acordos de fertilizantes”.

GOLPISMO – Outra fala polêmica de Múcio, sobre os golpes de 1964 e de 2023. “A esquerda achava que eles [Forças Armadas] haviam projetado aquele golpe e a direita ficou zangada porque não se deu golpe. Então, nós ficamos sem ter com quem conversar, com quem discutir. Por quê? Porque, se muita gente debita às Forças Armadas o golpe de 64, precisava ser creditado às Forças Armadas não ter havido golpe em 2023. Foram as Forças Armadas que preservaram e seguraram a nossa democracia, mas a sociedade sabe disso? Não”.

Sobre a exploração mineral em terras indígenas, disse o ministro: “Nós, por exemplo, importamos potássio do Canadá quando temos a segunda maior reserva de potássio aqui, mas, por questões ideológicas, como está embaixo da terra dos indígenas, nós não podemos explorar o nosso potássio”;

Por fim, afirmou José Múcio: “O nome do Ministério da Defesa não é porque a gente vive defendendo o país. A gente vive se defendendo da sociedade, da imprensa, dos políticos, dos governos, pelo absoluto desconhecimento do que é Ministério da Defesa no Brasil”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ministro falou coisas importantes, porém de uma maneira equivocada.  Poderia ter feito os mesmos comentários de um modo menos serviçal e com a coluna mais ereta. Os militares não estão com essa bola toda e falharam grotescamente no governo passado, quando apoiaram um ridículo golpe de estado, mas se arrependeram na chamada undécima hora e acabaram impedindo o desenlace. Ministro não tem de ser puxa-saco de militar, deveria ser demitido na hora, se houvesse algum governo no Brasil. (C.N.)


Com Esta Câmara de Vereadores, Esqueçam o Impeachment

 



A realidade política muitas vezes traz expectativas que acabam sendo frustradas, especialmente quando envolvem processos delicados, como o impeachment. De fato, esperar que a atual Câmara de Vereadores aja de forma mais contundente agora, após as eleições, pode ser um erro de cálculo. Se antes, quando estavam buscando votos e precisavam provar sua atuação ao eleitorado, não tomaram medidas diante das inúmeras denúncias, a probabilidade de agirem agora, estando em uma posição de maior conforto político, é ainda menor.

O problema das expectativas é justamente que elas criam uma espécie de armadilha mental. A mente começa a formular cenários, datas e modos de ação, o que acaba gerando ansiedade e, mais frequentemente, decepção. A frustração surge quando a realidade não corresponde à imagem que criamos. No caso dos vereadores, sem uma pressão real e contínua, tanto por parte da população quanto de órgãos fiscalizadores, dificilmente haverá movimentação significativa, pois as motivações políticas tendem a priorizar interesses próprios e de grupos dominantes.

Essas dinâmicas de poder nos lembram que, para evitar a desilusão, é mais prudente manter uma visão crítica, mas realista, das capacidades e intenções dos agentes políticos. A expectativa, quando mal calculada, realmente se torna o combustível para a frustração.

Leandro de Jesus protocola moção de repúdio a Jerônimo Rodrigues após governador chamar veículo de comunicação de “jornaleco”

 Foto: Divulgação

Leandro de Jesus e Jerônimo Rodrigues09 de outubro de 2024 | 07:56

Leandro de Jesus protocola moção de repúdio a Jerônimo Rodrigues após governador chamar veículo de comunicação de “jornaleco”

bahia

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), uma moção de repúdio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) após o chefe do Executivo estadual voltar a atacar a imprensa.

Na oportunidade, em coletiva, o governador chamou o jornal Correio*, um dos veículos mais tradicionais da Bahia, de “jornaleco”. Além disso, o deputado questionou o significado da frase “esse jornaleco ainda vai aprender” dita por Jerônimo na declaração.

“O que o governador Jerônimo quis dizer com isto? Foi uma ameaça? Onde está a liberdade de imprensa que eles dizem tanto respeitar? Não é a primeira vez que o governador ataca a imprensa desta maneira”, disse Leandro.

A fala do governador foi dita após um jornalista perguntar ao petista sobre a matéria publicada pelo Correio* sobre a sua reprovação de 65% em Salvador. O parlamentar lembrou que, na pré-campanha, Jerônimo criticou a jornalista Cintia Kelly em coletiva de imprensa.

“Aqui vou falar firme com vocês. Nós não vamos permitir que pergunta desse porte estrague nossa unidade”, disse. Após a resposta, a jornalista questionou, novamente, sobre a suposta existência de arestas no grupo e mais uma vez o governador se recusou a responder. “Você insiste em palavras frias para mim, não foram arestas”, pontuou Jerônimo.

Justiça Federal suspende processo administrativo da PF contra Anderson Torres

 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Investigação interna contra ex-ministro por omissão no 8 de janeiro é suspeita e atípica, diz juíza09 de outubro de 2024 | 15:30

Justiça Federal suspende processo administrativo da PF contra Anderson Torres

brasil

A Justiça Federal de Brasília suspendeu um processo administrativo da Polícia Federal contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

A decisão é da juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, assinada na terça-feira (8). Ela diz que a comissão interna que investiga Torres é suspeita e conduz o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) de forma “atípica e apressada”.

“[Os indícios] somados evidenciam uma conduta administrativa atípica, contrária aos princípios constitucionais norteadores do Estado de Direito em que vivemos, pois foram ignoradas garantias individuais quanto ao devido processo legal”, diz a juíza na decisão.

A Polícia Federal abriu o processo interno contra Anderson Torres em 2023 para investigar suposta omissão do delegado nos ataques às sedes dos Poderes, em 8 de janeiro. À época, o investigado era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e estava nos Estados Unidos, de férias.

Segundo a juíza, a investigação interna avançou com uma série de problemas e pré-julgamentos que levantam suspeita sobre a conduta da comissão disciplinar responsável por analisar o caso.

Ela diz que o processo disciplinar não deveria ser aberto pela Polícia Federal porque os fatos investigados não têm relação com a corporação, já que Anderson Torres era secretário de Segurança Pública.

“Não tem qualquer lógica ou razoabilidade que o autor responda perante a PF, na condição de servidor da PF, por atos praticados no exercício da função política de SSP do DF, dada a completa separação de funções e à total independência e autonomia existente entre os entes federados”, afirma.

Luciana ainda diz que a distribuição sem critério do processo para a 2ª Comissão Disciplinar da Corregedoria-Geral da Polícia Federal levanta dúvidas sobre possível “distribuição direcionada” de investigações internas dentro da corporação.

Cézar Feitoza, FolhapressPoliticaLivre

Nunes x Boulos: quem herdará os votos de Pablo Marçal?

Publicado em 9 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do Cláudio (folha.uol.com.br)

Pedro do Coutto

O segundo turno das eleições na cidade de São Paulo, após o primeiro turno, apresenta uma situação atípica. Em reportagem nesta terça-feira, O Globo afirma que o candidato Ricardo Nunes não deseja o apoio de Pablo Marçal. O atual prefeito e candidato à reeleição participou de um encontro com mulheres. Questionado se aceitaria que Marçal fizesse campanha ao seu lado, Nunes negou: “No meu palanque, não”.

Após o resultado das urnas, o ex-coach afirmou que poderia apoiar o atual prefeito caso algumas de suas propostas fossem incorporadas. “Tomara que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque o eleitorado dele é exatamente do tamanho do meu eleitorado, espero que ele leve em consideração”, afirmou.

ERROS – Nunes afirmou que não irá procurar o candidato do PRTB. “Não vou procurar [Marçal]. Se for procurado, eu vou dizer a ele que espero que tenha aprendido com os erros e possa fazer uma reflexão de tudo aquilo que cometeu de erro e que siga o caminho dele e eu sigo o meu”, afirmou. Ele destacou que precisa dos eleitores de Marçal “que entendem que estamos em uma batalha contra a extrema-esquerda”, mas que não conversaria com o ex-adversário.

Já Guilherme Boulos disse ontem que os eleitores que votaram em Pablo Marçal votaram pela mudança. A fala rebate Ricardo Nunes que afirmou que o perfil do eleitorado do ex-coach é semelhante ao seu. Sobre como irá dialogar com os eleitores de Marçal, Boulos afirmou que quer falar com todos que votaram insatisfeitos com a situação atual de São Paulo.

DIÁLOGO – Disse ainda que o atual prefeito não tem pulso para governar a cidade por ser “um pau-mandado do centrão, sem identidade, vindo do Governo Dória”. “Vamos dialogar não só com os eleitores do Marçal, mas com o conjunto dos eleitores da cidade, 70% dos eleitores que votaram pela mudança”, acrescentou.

O fato é que os votos de Marçal foram muito numerosos e devem ser divididos entre Nunes e Boulos. No fundo da questão, esses são pontos fundamentais que podem ser decisivos para a vitória. Se Nunes não conseguir conquistar os votos de Marçal, estará jogando o eleitor do ex-coach no colo de Boulos. Política é assim, contradições que se estabelecem e se desfazem com o andar dos interesses em jogo.


X está de volta, diz que cumprirá leis e defenderá a liberdade de expressão

Publicado em 9 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do Jônatas (Política Dinâmica)

Constança Rezende
Folha

A rede social X começou a voltar a funcionar no Brasil na noite desta terça (8). O retorno da plataforma ocorre após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que reverteu a suspensão da plataforma, em decisão também nesta terça. O retorno acontece de forma gradual para os usuários, uma vez que envolve diferentes operadoras de internet espalhadas pelo país.

Em mensagem publicada na própria rede social, a plataforma disse que tem orgulho de estar de voltar ao país. “Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos.”

TUDO CERTO – Moraes destacou na decisão desta terça que todos os requisitos necessários para o retorno da plataforma foram comprovados documentalmente e certificados pela secretaria judiciária do tribunal. Ele havia determinado que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) adotasse todas as providências necessárias para o cumprimento da medida e informasse ao tribunal em 24 horas.

Moraes afirmou que a volta da rede foi condicionada, unicamente, ao cumprimento integral da legislação brasileira e da “absoluta observância às decisões do Poder Judiciário, em respeito à soberania nacional”.

A determinação pela volta do X aconteceu pouco mais de um mês após Moraes determinar, em 30 de agosto, a derrubada “imediata, completa e integral” do funcionamento da plataforma no país, sob a justificativa de descumprimento de decisões judiciais. Para voltar a funcionar, a plataforma de Elon Musk teve que cumprir as decisões, indicar uma representante em território nacional e pagar as multas determinadas pelo ministro.

UNANIMIDADE – Moraes destacou que a decisão pela suspensão da plataforma foi referendada por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma do STF, “presentes os requisitos legais necessários”.

Também afirmou que ela foi baseada nos “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e no inadimplemento das multas diárias aplicadas”. Além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico do Poder Judiciário brasileiro, “para instituir um ambiente de total impunidade e terra sem lei nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024”, segundo o ministro.

Nesta terça, a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia se manifestado favoravelmente à retomada do acesso ao X no país. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse não verificar a existência de motivo que impedisse o retorno das atividades da empresa. Após o posicionamento da PGR, Moraes liberou a volta do X.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Resta saber se o Capitólio (Congresso dos EUA) agora vai diminuir a pressão ou se vai continuar pesquisando as ilegalidades cometidas por Moraes no caso do X, de fazer punições sem o devido processo legal e sem direito de defesa, conforme reclamava a então diretoria do X. Por enquanto, não é preciso comprar pipocas. (C.N.)


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