Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, setembro 01, 2024

Fim do inquérito das fake news não está distante, diz Barroso

 Foto: Antonio Augusto/ STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso01 de setembro de 2024 | 07:00

Fim do inquérito das fake news não está distante, diz Barroso

brasil

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, afirma que a conclusão do inquérito das fake news não está distante, após mais de cinco anos da sua instauração e da designação do ministro Alexandre de Moraes como relator.

“Eu não saberia precisar uma data, não gostaria de me comprometer com uma data, mas acho que nós não estamos distantes do encerramento porque o procurador-geral da República já está recebendo o material. Caberá a ele pedir o arquivamento ou fazer a denúncia”, diz Barroso, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

O inquérito, criado de forma atípica e controversa em 2019, foi expandido com as ameaças à corte e a tentativa de golpe de Estado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em relação à decisão de Moraes que bloqueou o X, diz que uma empresa que se recusa a apresentar um representante legal “não tem condições de operar no território brasileiro”.

Barroso assumiu o Supremo durante uma crise com o Congresso e viu o Legislativo destravar um pacote de propostas contra o tribunal sempre que decisões desagradavam.

O presidente do STF diz que vive uma relação harmoniosa com os outros Poderes. Ele questiona, porém, a possibilidade de aprovação de uma emenda à Constituição que permita ao Legislativo a derrubada de decisões da corte.

“Me parece relativamente impensável um modelo democrático em que o Congresso possa suspender decisão do Supremo”, diz Barroso.

Como o sr. vê a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a rede social X do Brasil?

Eu já disse publicamente, e repito, que uma empresa que se recuse a apresentar um representante legal no Brasil não tem condições de operar no território brasileiro. Mas ainda vou avaliar o caso concreto, caso seja levado ao colegiado, e eventuais recursos, sempre considerando todos os argumentos.

O sr. assumiu o Supremo num momento de crise com o Congresso, em que houve idas e vindas. A relação progrediu?

[Há] Zero crise. É preciso distinguir crise de eventuais pontos de vista divergentes. Pensamento único existe em ditaduras e não em democracias. Então há matérias, sim, em que o presidente [Rodrigo] Pacheco, o presidente [Arthur] Lira ou o presidente da República têm posições diferentes.

As relações são harmoniosas, mas a gente não deixa de fazer o que tem que fazer. O orçamento secreto era ilegítimo? É, então a gente declara inconstitucional. Traz algum grau de tensão? Traz. Faz parte da democracia ter divergência e algum grau de tensão legítimo e que é absorvido institucionalmente.

Como o sr. vê o Congresso, nessas ocasiões de tensão, desengavetar projetos que afetam o Supremo –até em relação à revisão de decisões?

O Congresso é o lugar certo para debater as matérias. O Supremo não é blindado. Se o Congresso quer debater, pode debater.

Mas isso não parece ameaça? Toda vez que uma decisão desagrada, há andamento de projeto que afeta diretamente o STF.

Eu não me sinto ameaçado em nenhuma hipótese. Existe uma Constituição que assegura a separação dos Poderes. Se alguma coisa violar isso, é inaceitável. E, se não violar, é um direito do Congresso.

É claro que eu participo do debate público para dizer se eu acho o mandato [para ministros do STF] bom ou ruim. Faz parte do meu papel. Ou dizer que nós já resolvemos o problema da devolução de vista ou da submissão das decisões em ações diretas ao plenário automaticamente.

[Mas] Rever decisão do Supremo, que foi um precedente do Estado Novo na ditadura [Getúlio] Vargas, me soa mal. Se esse debate se colocar de uma maneira consistente, nós vamos participar dele também.

No momento, me parece relativamente impensável um modelo democrático em que o Congresso possa suspender decisão do Supremo. O que o Congresso pode fazer legitimamente —e já fez— é, ao discordar de uma decisão do Supremo, aprovar uma emenda constitucional em sentido diverso. E, se essa emenda constitucional não violar cláusula pétrea [da Constituição], ela vale.

O sr. tem dito que a rejeição ao STF tem relação com o julgamento de causas divisivas na sociedade. Isso não exclui percepções sobre o comportamento dos ministros ou o entendimento de que o tribunal está agindo politicamente ou em potencial conflito de interesse?

Numa sociedade aberta e livre, as pessoas têm o direito de pensarem o que a elas pareça melhor. Acho que a crítica de que os ministros do Supremo vão a eventos de empresários, seja no Brasil, seja no exterior, só revela um preconceito que existe no Brasil contra a livre iniciativa. Nós nos reunimos ou vamos a eventos de advogados, de membros do Ministério Público, de comunidades indígenas, de sindicatos, de estudantes.

Nós conversamos com os diferentes segmentos da sociedade. Os [próprios] empresários têm interesses conflitantes entre si. Essa história de que nós vamos a eventos, se fosse para acontecer alguma coisa errada, aconteceria a portas fechadas, não em eventos públicos.

Mas tem eventos a portas fechadas também.

Teve um episódio que foi imensamente explorado, eu não participei, não saberia dizer. Mas eu posso garantir que, se for para acontecer alguma coisa errada, não é num evento em qualquer outro lugar. E acho que não acontecem coisas erradas.

A gente tem convite de todos. Quando eu aceito um convite para falar, eu não me sinto devedor, eu sou credor, porque eu é que fui lá, saí da minha casa, deixei a minha família e fui lá falar sobre algum tema de interesse das pessoas. Não é “se o sujeito aceitou um convite, então ficou devendo”. Essa é uma percepção equivocada que se tem. Agora, muito mais grave é se você visse um ministro ou qualquer outro juiz num ponto escondido privado com alguém, aí podia acontecer alguma coisa errada. Evento público eu não me preocupo.

Mas, se a sociedade vê um ministro na final da Champions League com um empresário, vê um ministro com congressistas em uma festa na Bahia —pessoas que passam por julgamento do Supremo—, isso não afeta a avaliação?

Como não existe lei vedando nenhum desses comportamentos, são escolhas pessoais que as pessoas fazem e aí elas se sujeitam à crítica pública. Juízes têm direito de ir a festa e têm direito de assistir a jogo de futebol. [Mas] As pessoas têm o direito de ter a percepção crítica, de modo que cada pessoa escolhe se vai fazer ou não vai fazer.

Para citar um exemplo meu, eu fui a um evento de Brasília em que tinha uma roda de samba e eu cantei, porque tinha toda pertinência. Alguém gravou e botou na rede social. Tem muita gente que criticou. Não era um evento público, era fechado, mas, para ministro do Supremo, não tem evento fechado, tem sempre alguém filmando.

Teve gente que criticou e eu continuo achando que eu tenho o direito de cantar em uma festa de amigos. Ao fazê-lo, eu me sujeito à crítica pública, porque quem aceita ter um cargo público está sujeito à crítica pública, à crítica construtiva, à crítica destrutiva. Estar na vida pública é aceitar com resiliência ser criticado.

No pronunciamento que fez depois das reportagens da Folha com mensagens trocadas entre auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, o sr. falou em tempestade fictícia. O que é ficção nesse caso?

A de que teria ocorrido alguma coisa imprópria. A notícia eu entendo. Vazaram conversas de assessores de um ministro que, eventualmente, tinha falas dele transcritas. Eu entendo perfeitamente que isso seja um fato jornalístico. A imprensa noticiar eu acho natural.

Porém as conclusões que alguns procuraram extrair disso é que eu acho que foram a tempestade fictícia. Não aconteceu nada de errado. A grande crítica é que os pedidos eram feitos informalmente, e eram feitos informalmente porque, por acaso, havia coincidência entre quem requisitava a informação e quem prestava a informação. Não apareceu nada errado.

Agora, pode ser que apareça alguma fofoca ou alguém falar uma frase que você fala na intimidade e que não falaria em público. Mas isso, como eu disse, está no plano da fofoca. Não é no plano jurídico. Juridicamente, não houve nenhum problema.

O assessor do ministro Alexandre de Moraes fala em uma das mensagens que poderia haver questionamento por uso descarado do TSE. Isso não é sinal de conduta imprópria?

Acho que não. O assessor pode ter a opinião que quiser. Mas eu não acho que o ministro Alexandre teria requisitado qualquer coisa de maneira imprópria.

Cabe ao ministro conduzir uma investigação a respeito de temas que o afetam?

Ele [Moraes] está investigando um vazamento. Portanto, vazamento é vazamento. Quando eu conduzia um inquérito contra um presidente da República à época, teve fato que vazou e eu mandei instaurar um inquérito também. No meu caso, dependendo de onde tenha saído o vazamento, é crime. Portanto, ele está apurando um crime. Ele não é vítima do crime. A vítima do crime é a administração da Justiça quando há um vazamento ilegal. Ele [Moraes] não é vítima do vazamento.

O ministro Moraes conduz o inquérito das fake news desde 2019. Há alguma previsão de o inquérito não se alongar mais?

Eu acho que a duração prolongada do inquérito se deve à sucessão de fatos. Ninguém gosta de prorrogar inquéritos, mas os fatos foram se acumulando, e apareceram informações novas. As apurações já foram substancialmente concluídas, e boa parte delas já encaminhadas ao procurador-geral da República.

Ele, pelo que eu li na imprensa, já declarou que cuidaria disso depois das eleições. Eu não saberia precisar uma data, não gostaria de me comprometer com uma data, mas acho que nós não estamos distantes do encerramento porque o procurador-geral da República já está recebendo o material. Caberá a ele pedir o arquivamento ou fazer a denúncia. De modo que eu acho que não está distante a conclusão do inquérito, seja pelo arquivamento, seja pela denúncia.

E a respeito dos processos do 8 de janeiro?

Houve cerca de 1.450 denúncias feitas pelo procurador-geral da República. Dessas, apenas 220 denúncias, mais ou menos, envolveram os crimes mais graves, que são esses que estão sendo julgados, com pessoas que efetivamente ingressaram [no prédio], inclusive nesta sala, e a depredaram inteiramente.

Aos outros denunciados, mais de 1.200, continua a ser oferecido o acordo de não persecução penal para a pessoa não ir presa, não usar mais tornozeleira e ter o passaporte devolvido. Consiste tão somente em pagar uma multa de R$ 5.000 —se tiver dinheiro, se não tiver não precisa pagar—, ficar dois anos sem rede social e fazer um curso de democracia no Ministério Público. Mas a maioria não aceitou. Portanto, tem pessoas se sujeitando à prisão por vontade própria, por radicalismo ideológico.

Não acha que as pessoas acreditam que não cometeram crime?

Mas não se exige nem a confissão, é apenas admitir que estava em determinado local, em determinado dia e horário e aceitar esse acordo.

O sr. teve embates públicos fortes com o ministro Gilmar Mendes no passado. Atualmente, têm uma relação cordial. Como foi a reaproximação?

As instituições são um pouco como autoestradas. Elas fazem coisas muito positivas. Transportam as pessoas, transportam mercadorias, permitem viagens, permitem muitas coisas boas. Vez por outra, acontece um acidente. Se analisar uma autoestrada por cuidar apenas dos acidentes, ela vai parecer uma coisa ruim. De fato, houve um atrito no passado. Foi um acidente e, depois, digamos, houve uma batida.

Depois, os carros foram consertados e passaram a conviver cordialmente. Mais do que isso, acho que hoje nós nos queremos bem. O sentimento de fraternidade é positivo. Do ponto de vista institucional, faz bem o presidente e o ministro decano terem uma boa relação. A reaproximação foi natural entre duas pessoas civilizadas que tiveram um incidente, se recompuseram e convivem hoje fraternalmente.

José Marques/FolhapressPoliticaLivre

Internautas associam nova iluminação verde e amarela do STF à briga com Musk, mas motivo é outro; saiba mais


Por Edu Mota, de Brasília

Prédio do STF com iluminação verde e amarela
Foto: Reprodução Redes Sociais

Diversos internautas comemoram na noite desta sexta-feira (30), ainda na rede X antes de ser iniciado o bloqueio de suas atividades no Brasil, o fato de o prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília aparecer com uma iluminação especial em verde e amarelo. Tuiteiros que se afirmam “progressistas” disseram que as novas cores do STF seriam uma reafirmação da soberania e da democracia brasileiras diante da guerra movida pelo empresário Elon Musk contra o Judiciário brasileiro. 

 

A nova iluminação do prédio do STF, entretanto, nada tem a ver com as ações movidas pelo ministro Alexandre de Moraes contra o dono da rede X. As luzes verdes e amarelas ficarão expostas por duas semanas em comemoração à Semana da Pátria e ao 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil. 

 

Já há alguns anos o prédio do STF se ilumina de verde e amarelo neste período da Semana da Pátria. Além dessas cores, a sede do Supremo ainda pode ter outras iluminações especiais neste mês de setembro.

 

No ano passado, o prédio do STF recebeu luzes especiais para a Campanha de Prevenção ao Suicídio, entre os dias 14 e 19; a Campanha de Incentivo à Doação de Órgãos, entre 20 e 25; e a Semana Internacional dos Surdos, o Dia Nacional dos Surdos e o Dia Internacional das Línguas de Sinais, homenageados entre os dias 26 e 30.
 

Condenado e inelegível, Luiz Carlos tem registro de candidatura a vice-prefeito indeferida em Ipirá


Por Redação

Condenado e inelegível, Luiz Carlos tem registro de candidatura a vice-prefeito indeferida em Ipirá
Foto: Reprodução / Instagram

Candidato a vice-prefeito na chapa de Nina Gomes (MDB), em Ipirá, Luiz Carlos Santos Martins (MDB) teve o registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral. A decisão foi da juíza Carla Santa Bárbara Vitório, da 62ª Zona Eleitoral, e seguiu parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE).

 

O pedido de impugnação da candidatura foi feito pela coligação “Em Ipirá o Trabalho tem que Continuar”, composta pelo PSD, Avante; Federação PT, PCdoB e PV; Republicanos e Solidariedade.

 

Luiz Carlos, que já foi prefeito de Ipirá, tem contra ele uma condenação da Justiça Federal. A decisão, proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), transitou em julgado em 20 de abril de 2018 – o que significa dizer que o processo foi encerrado, sem a possibilidade de haver recurso. 

 

Ele foi condenado pelo crime de improbidade administrativa, que importou cumulativamente em lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito de terceiro. Como traz a decisão da 62ª Zona Eleitoral, na ação civil pública ficou constatado que Luiz Carlos fraudou a execução do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), vinculado ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), e “deixou de aplicar os recursos que foram viabilizados por sucessivas fraudes licitatórias, compras fictícias e dispêndios milionários”, nos exercícios financeiros de 2001 e 2002.

 

Com a condenação do TRF-1 também foi declarada a sua inelegibilidade. Embora a defesa do então candidato a vice-prefeito alegue que a sanção de suspensão dos direitos políticos por três anos tenha sido integralmente cumprida em 19 de abril de 2021, a juíza eleitoral destaca que a inelegibilidade projeta-se por oito anos após o cumprimento das penas impostas em razão de ato de improbidade administrativa, portanto, o emedebista está inelegível até 19 de abril de 2029.

 

Ainda na condição de prefeito, Luiz Carlos teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos exercícios financeiros de 2003 e 2004. Foram detectadas irregularidades de natureza insanável, que também configuraram crime de improbidade administrativa. 

 

Neste processo ficou decidido que 98% dos recursos transferidos para execução do Programa EJA 2003, um total de R$ 316.482,72, não teve comprovação das despesas e que houve o pagamento antecipado de serviços que somente foram prestados no ano seguinte. 

 

No julgamento das contas dos recursos do PEJA, no exercício de 2004, o TCU indicou a ausência de procedimentos licitatórios para aquisição de gêneros alimentícios junto à empresa Comercial Cais do Ouro Ltda e sua posterior distribuição no âmbito do programa.


TRE autoriza que candidato do Avante mantenha imagens de petistas em campanha de Tanhaçu

 

TRE autoriza que candidato do Avante mantenha imagens de petistas em campanha de Tanhaçu
Foto: Reprodução / Instagram

Em decisão liminar, o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Danilo Costa Luiz, autorizou que João Francisco Santos (Avante) e Antônio Carlos Novais Brito (Solidariedade), candidatos à reeleição em Tanhaçu, utilizem as imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Jerônimo Rodrigues (PT). 

 

 

A determinação em segunda instância derruba a ordem expedida pelo juiz Raimundo Saraiva Barreto Sobrinho, da 58ª Zona Eleitoral, que havia acatado pedido da coligação “É pra cuidar da gente”. 

 

No dia 27 de agosto, o juiz tinha determinado que João Francisco e Antônio Carlos retirassem todo material de propaganda com imagens dos políticos filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil por dia de descumprimento, até o limite de R$ 30 mil.

 

A coligação “É pra cuidar da gente” alega que a chapa que tenta a reeleição está utilizando as imagens de Lula e Jerônimo numa tentativa de associar-se ao PT para confundir ou influenciar os eleitores. 

 

No entanto, na liminar o desembargador do TRE-BA diz que “inexiste na legislação eleitoral ou em resoluções do Col. TSE vedação à utilização de imagens ou voz de cidadãos ou candidatos filiados ou mesmo candidatos de outros partidos ou coligações, ainda que em contextos anteriores”. Portanto, caberia apenas à própria pessoa que teve sua figura veiculada questionar o uso. 

 

“Dessa forma, no caso em análise, a legitimidade ativa estaria restrita ao atual Presidente da República e ao Governador do Estado da Bahia ou, por extensão, aos seus próprios Diretórios, para requererem a coibição da divulgação de suas imagens nas propagandas eleitorais dos representados”, indica Danilo Costa Luiz. 

 

Juiz das garantias do TRE-BA passará a atuar nas Zonas Eleitorais a partir de 1º de setembro

 


Por Redação

Juiz das garantias do TRE-BA passará a atuar nas Zonas Eleitorais a partir de 1º de setembro
Foto: TRE-BA

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) aprovou, no último dia 21 de agosto, a Resolução 26/2024, que dispõe sobre a implementação dos juízes das garantias e dos Núcleos Regionais Eleitorais das Garantias no âmbito do Regional baiano.

 

As magistradas e os magistrados integrantes dos Núcleos serão responsáveis pelo controle da legalidade da investigação criminal eleitoral e pela salvaguarda dos direitos individuais constitucionais. Exercerão a função os titulares das zonas relacionadas no art. 2º da Resolução nº 26/2024.

 

Quanto à instrução e julgamento dos feitos criminais nos municípios com mais de uma zona eleitoral, permanecerão conduzidos pelas magistradas e magistrados eleitorais titulares das zonas indicadas na Resolução Administrativa nº 6, de 02 de março de 2020. A atuação acontecerá, inclusive, nas Eleições Municipais 2024.

 

NÚCLEOS REGIONAIS

Ao todo foram criados 16 Núcleos Regionais Eleitorais das Garantias no âmbito do TRE-BA nos municípios de Salvador e Região Metropolitana, Camaçari, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Ilhéus, Itabuna, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Jacobina, Porto Seguro, Eunápolis e Barreiras.

 

A juíza ou juiz titular de cada Núcleo será a magistrada ou magistrado eleitoral das zonas indicadas como sedes no art. 2º da Resolução nº 26/2024. Todos os servidores lotados na região abrangida pelo respectivo Núcleo a ele prestarão apoio administrativo e cartorário. As regiões abrangidas pelos Núcleos Regionais Eleitorais de Garantias podem ser consultadas aqui.

 

COMPETÊNCIAS

As competências dos juízes das garantias abrangem todas as infrações penais, excetuadas as de menor potencial ofensivo e as de competência originária dos tribunais. Dentre as atribuições dos magistrados estão receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, zelar pela observância dos direitos do preso, decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, e requisitar documentos, laudos e informações à autoridade de polícia ou ao Ministério Público Eleitoral sobre o andamento da investigação.

 

Os procedimentos investigatórios em andamento deverão ser redistribuídos no prazo de 30 dias, e tramitarão em unidades específicas criadas no Sistema de Processo Judicial Eletrônico - PJE.

 

DETERMINAÇÃO DO TSE

O juiz das garantias foi criado em 2019, com a aprovação da Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), porém a implementação do instituto foi suspensa em razão de decisão cautelar proferida em quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal.

 

Após julgamento das referidas ADIs, em 24/08/2023, foi determinado pelo STF novo prazo para que os tribunais implementassem o instituto.

 

Em maio deste ano o Tribunal Superior Eleitoral aprovou em sessão plenária a Resolução TSE nº 23.740, de 7 de maio de 2024, contendo a determinação de implantação e funcionamento do instituto do juiz das garantias na esfera eleitoral já para as eleições municipais deste ano.

 

Em seguida, o CNJ aprovou a Resolução nº 562, de 3 de junho de 2024, contendo diretrizes para estruturação, implantação e funcionamento do juiz das garantias no âmbito dos Tribunais, inclusive dos eleitorais.

Políticos e autoridades lamentam a morte de Maria do Carmo Alves

  em 31 ago, 2024 20:26

Políticos e autoridades lamentaram amorte de Maria do Carmo (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Políticos e autoridades lamentaram a morte da ex-senadora Maria do Carmo Nascimento Alves, 83 anos. Ela morreu na noite deste sábado, dia 31, em um hospital particular, após tratar um câncer no pâncreas.

O governador Fábio Mitidieri utilizou sua rede social para manifestar luto pela morte da ex-senadora. “Sergipe está em luto. Hoje, perdemos a presença terrena de Maria do Carmo Nascimento Alves, que é a baluarte das políticas públicas voltadas à assistência social em nosso estado. Maria foi a primeira senadora a conquistar três mandados e sua participação na gestão de Aracaju e Sergipe como secretária de Inclusão Social se tornou símbolo de empoderamento e de protagonismo feminino em todo o país. Seu olhar técnico e trabalho sensível inspirou e abriu caminhos para as sergipanas na política. Como uma mãe, cuidou, ensinou e viverá para sempre nos corações de todos os sergipanos”, lamentou.

O prefeito Edvaldo Nogueira decretou luto oficial de três dias e falou sobre a trajetória de Maria do Carmo. “Ao longo da sua trajetória política, Maria sempre lutou pelos aracajuanos e sergipanos, em especial, os mais necessitados. Em seus três mandatos consecutivos como senadora, ela contribuiu de maneira significativa com as cidades, destinando emendas para diversas áreas, inclusive, para a nossa capital, durante as minhas gestões, sendo uma grande parceira. Além disso, Maria deixou seu legado na construção das políticas assistenciais, tendo sido secretária da pasta no município como no Governo de Sergipe, nas gestões de João Alves Filho, deixando o seu nome marcado na história. Toda a minha solidariedade aos amigos e familiares neste momento de profunda dor, em especial aos filhos Ana Maria, João Alves Neto e Maria Cristina, e extensivo a todos os admiradores de Dona Maria. Em respeito, encerramos antecipadamente as nossas atividades políticas e decretarei luto oficial de três dias”.

O senador Laércio Oliveira também lamentou a morte da ex-senadora. “Perdemos hoje a nossa querida senadora Maria do Carmo. Tenho a honra de ter assumido a cadeira dessa mulher, que é um símbolo do protagonismo feminino na política. Foi a primeira mulher eleita senadora pelo estado de Sergipe e a primeira mulher no Senado Federal a cumprir três mandatos consecutivos. Quando falamos em Maria do Carmo, rapidamente lembramos do seu trabalho social, com destaque para o ‘Pró-Mulher’, que levava saúde preventiva para as mulheres até os povoados mais longínquos. Seu legado ficará para sempre no coração de todos os sergipanos”.

Em suas redes sociais, o senador Rogério Carvalho disse que Maria do Carmo foi um exemplo de força e perseverança. “Recebi, com profunda tristeza, a notícia do falecimento da ex-senadora Maria do Carmo do Nascimento Alves. Dona Maria do Carmo foi um exemplo de força e perseverança, abrindo caminho para muitas mulheres na política, sendo a primeira a representar Sergipe no Senado e a cumprir três mandatos consecutivos. Sua trajetória é um legado de dedicação ao nosso estado e ao Brasil, por essa e por muitas razões, temos a certeza de que o seu exemplo continuará inspirando as futuras gerações. Meus sentimentos à família e a todos os que tiveram o privilégio de conhecer e trabalhar ao lado dessa grande mulher”.

Instituições

Alese decretou Luto Oficial de três dias pelo falecimento da ex-senadora sergipana. “Uma sergipana de grande destaque, Maria do Carmo dedicou sua vida ao serviço público e deixa um legado marcante de trabalho e dedicação ao povo de Sergipe. Neste momento de dor, prestamos nossas sinceras condolências à família, amigos e a todos que tiveram o privilégio de conhecê-la e compartilhar de sua sabedoria e humanidade. Que Deus conforte os corações de todos, e que a memória da senadora Maria do Carmo continue a inspirar a todos nós”, externa o deputado Jeferson Andrade, presidente da Alese.

A Defensoria Pública manifestou profundo pesar pelo falecimento da ex-senadora Maria do Carmo. O Defensor Público-Geral em Exercício, Jesus Jairo Lacerda e demais membros da Defensoria Pública do Estado de Sergipe, manifestam o mais profundo pesar pelo falecimento da ex-senadora Maria do Carmo Alves, 83 anos. “Maria do Carmo Alves foi uma entusiasta da Defensoria Pública e grande defensora da Instituição. Lutava incessantemente em prol dos menos favorecidos e deixa um grande legado de solidariedade e amor ao próximo. Os membros da Defensoria Pública vêm externar solidariedade, amparo e conforto no coração da família e amigos neste momento de muita dor, recolhimento e reflexão”, diz a nota.

por Aisla Vasconcelos

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe

Mais visitadas