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quarta-feira, maio 08, 2024

Audiência nos EUA sobre a censura no Brasil tem ataques a Lula e a Moraes

Publicado em 7 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Deputada americana exbe foto de Moraes, o supremo censor

Fernanda Perrin
Folha

Uma audiência sobre o Brasil no Congresso dos EUA se transformou nesta terça-feira (7) em um embate entre bolsonaristas e aliados, que alegam sofrer perseguição e censura, e democratas, que veem nas denúncias paralelos com o discurso do ex-presidente Donald Trump e seus apoiadores.

Três das quatro pessoas ouvidas apontaram supostas violações de liberdade de expressão cometidas por autoridades brasileiras, sobretudo pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes: o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, o CEO da rede social conservadora Rumble, Chris Pavlovski e o jornalista americano Michael Shellenberger, que divulgou os arquivos do Twitter relacionados ao Brasil, em abril.

LEMBRANDO HERZOG – O quarto integrante do painel, indicado por democratas, foi o professor de estudos brasileiros da Universidade de Oklahoma, Fábio de Sá e Silva, que assumiu a função de rebater as acusações e incluir no debate ameaças atribuídas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citando por exemplo as investigações em curso em torno da trama golpista para reverter a derrota na eleição de 2022.

Em certo momento, o acadêmico mostrou uma foto do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pelo regime militar, que simulou suicídio no cárcere. “Isso é o que acontecia com jornalistas brasileiros na ditadura”, disse.

A sala lotou com nomes da direita brasileira, entre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o blogueiro Allan dos Santos, o ex-comentarista da Jovem Pan Rodrigo Constantino e o deputado federal cassado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. O público se aglomerou no corredor antes do início da audiência, muitos fazendo vídeos e selfies para as redes sociais.

DISPUTA POLÍTICA – Do lado americano, apenas seis deputados participaram, sendo que somente dois permaneceram o tempo todo na audiência: o republicano Chris Smith, presidente do subcomitê de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais, no qual o evento foi realizado, e a democrata Susan Wild, o principal nome do partido no órgão.

Mesmo sendo minoria, mais democratas do que republicanos participaram: Jonathan Jackson, Joaquin Castro e a presidente da bancada brasileira, Sydney Kamlager-Dove. Ela adotou uma postura incisiva, afirmando que os ataques de 8 de janeiro e teorias conspiratórias são a verdadeira ameaça à democracia no Brasil.

“Esta audiência é uma tentativa de minar a democracia brasileira ao dar uma plataforma para os mesmos indivíduos que espalharam mentiras sobre as eleições”, disse Kamlager-Dove, que comparou a estratégia com a da direita americana, que, segundo ela, está usando o debate brasileiro para se vitimizar em face das acusações que sofre nos EUA por seu papel na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

DEMOCRATA DEFENDE – Na mesma linha, Wild disse que aquela não era a audiência que ela acreditava que deveria estar acontecendo, mas sim sobre os 200 anos da relação entre os países, e questionou os republicanos por não terem promovido uma audiência sobre a democracia brasileira quando informações sobre a trama golpista sob investigação se tornaram públicas, ou sobre o 8 de janeiro.

“Colocando de modo simplificado, o ataque de 8 de janeiro foi claramente inspirado pelo 6 de janeiro. Acredito que precisamos de mais investigação dos dois eventos e do papel que os EUA podem ter desempenhado, incluindo de elementos de extrema direita que no mínimo expressaram apoio a essa tentativa de golpe [no Brasil]”, disse a deputada.

Wild afirmou que submeteu para registro da audiência uma cópia do relatório da CPI do 8 de Janeiro e uma declaração do deputado Jim McGovern, copresidente da Comissão de Direitos Humanos que barrou uma primeira tentativa de realizar essa audiência no órgão.

FOTO DE MORAES – Do lado republicano, a participação de Maria Salazar foi breve, mas também incisiva — chegou a mostrar uma foto de Alexandre de Moraes. A deputada, que também preside o subcomitê de Hemisfério Ocidental, chamou o presidente Lula (PT) de socialista e questionou se o ministro do STF não seria uma espécie de fantoche do petista ou se haveria algum tipo de conluio antigo entre eles.

Ela defendeu que Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), faça do “modelo brasileiro”, ao travar um embate contra as ordens de derrubada de contas do Supremo, “um exemplo para os EUA e o resto do hemisfério”. “Você não mexe com liberdade de expressão. Você tem direito a dizer o que quiser, desde que não gere violência, ponto final”, afirmou, sob aplausos.

“O Brasil não só tem um criminoso condenado por corrupção política como presidente, Inácio Lula da Silva, mas agora tem um operador totalitário como juiz do Supremo Tribunal Federal. Uau”, disse a deputada. “Pobres brasileiros.”

VIOLAÇÕES DE DIREITOS – Smith, que propôs a realização da audiência, elencou uma série de supostas violações de direitos no Brasil. “Vamos hoje restaurar [a liberdade de expressão] de nossas testemunhas, que reuniram uma constelação de evidências de censura generalizada e perseguição politicamente motivada no Brasil”, afirmou.

O jornalista Paulo Figueiredo afirmou que a derrubada de suas contas nas redes sociais foi o equivalente a ser enviado a uma masmorra, comparando a situação com a prisão de seu tataravô durante o governo de Getúlio Vargas.

Ele também se negou a responder Kamlager-Dove se reprovava o regime militar brasileiro. Enquanto a deputada demanda uma resposta “sim” ou “não”, Figueiredo disse que sua opinião era mais nuançada e que dependia de qual período da ditadura sob análise —seu avô, João Figueiredo, foi o último general a comandar o país.

DIZ A LEGISLAÇÃO – Sá e Silva classificou de nonsense as alegações de perseguição e censura. Afirmando ser a única pessoa na sala com um diploma de direito no Brasil, ele disse que a legislação brasileira permite que juízes ordenem a remoção de contas nas redes sociais por cometerem violações.

Smith, que se tornou um dos principais aliados de bolsonaristas no Congresso americano, afirmou que vai apresentar um projeto de lei com foco no Brasil, prevendo sanções ao país em caso de violações de direitos.

“Eu vou elaborar uma legislação semelhante ao que fiz com Belarus, chamada Lei da Democracia de Belarus. Eu já fiz isso quatro vezes, começando em 2004, com o Azerbaijão, o Vietnã, todas pedindo respeito aos direitos fundamentais”, disse o deputado à Folha após a audiência.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O advogado que defende o esquema implantado por Moraes acertou ao dizer que a lei brasileira manda bloquear perfis etc., mas esqueceu que, para isso, é preciso dar queixa e abrir processo, enquanto Moraes age como um supremo censor, atuando por sua conta e risco, censurando sem haver processo nem direito de defesa. Eis a questão. Apenas isso. (C.N.)

Paralisado, o País espera o desenlace da semana: “Que fim terão os vetos?”

Publicado em 7 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Qual o poder de Lira para emparedar o governo de Lula?

Carlos Andreazza
Estadão

Arthur Lira é semipresidencialista convicto. “Há quem defenda, como eu defendo, o regime de semipresidencialismo” – declarou. “O presidencialismo de coalizão não funciona mais, mas precisamos respeitar o modelo que cada governo escolhe.” Está tudo aí, exposta a confusão conceitual derivada da mentalidade autoritária.

O semipresidencialismo de Lira é o da dinâmica do orçamento secreto – agora sob a fachada das emendas de comissão – sem a participação-concorrência do governo de turno. Não se trata de saudade de Bolsonaro, em que pesem as afinidades.

MODELO VICIADO – Saudade do modelo viciado que vigorou sob Bolsonaro, aí sim; aquele em que o parlamentarismo orçamentário do Lirão (quem dera houvesse um Centrão) controlava a corda e a caçamba, com Ciro Nogueira na Casa Civil dando fluência às ordens de pagamento determinadas pelo império alcolúmbrico.

Sobre o império alcolúmbrico, destaque-se a franqueza do senador Randolfe Rodrigues, para quem – não sem razão – Davi Alcolumbre é “o presidente do Congresso de ontem, de hoje e de sempre.”

Daí explicado Rodrigo Pacheco chorar as pitangas de “escanteado” pelo Planalto. O preço de haver aceitado a condição de biombo para que o rei “de sempre” mandasse desde a Comissão de Constituição e Justiça.

GUARDA COMPARTILHADA – Esse é o semipresidencialismo ideal de Lira, em que o primeiro-ministro, guarda compartilhada entre ele e Alcolumbre, controla fundos orçamentários crescentes sem qualquer responsabilidade formal pelo calabouço fiscal da irresponsabilidade.

O incômodo do presidente da Câmara – que se expressa na agenda de impasses desta semana – é produto de o governo querer tomar parte nas destinações das emendas. Donde os estresses. Lula é saudoso do presidencialismo que rebocava o Parlamento – e que produziu mensalão e petrolão.

Uma disputa entre modelos corrompidos. O semipresidencialismo do Lirão versus o presidencialismo lulopetista. Lira, autoritário que se considera um plebiscito em si mesmo, não escolhe sistema. Não ainda. Escolhe para quem vai a grana. E escolhe se – como – respeitará o “modelo” do governo.

DEFORMIDADE – Sabe-se que o pêndulo da deformidade institucional ora favorece a autonomia anômala do Congresso. Transitando de vício em vício, o país paralisado espera o desenlace da semana: que fim terão os vetos de Lula.

Noutras palavras, negociações em curso no Amapá: de que modo será recomposto o fundo eleitoral paralelo em que consistem as emendas de comissão. A agenda é autorreferente, fácil o pacto pela nova morte do natimorto fiscal. Organizada a divisão da bufunfa, fabriquem-se os R$ 15,7 bilhões sobre o presunto do arcabouço. Estamos quase lá.

Enquanto a turma dança a coreografia da desoneração-reoneração, uma só certeza há, a “de sempre”: a oneração será sua.


Debates na internet atingem um nível de radicalismo realmente insuportável

Publicado em 8 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Imagem

Charge do Lafa (Arquivo Google)

Carlos Newton

Em recente artigo na Folha, Joel Pinheiro da Fonseca, economista e mestre em filosofia pela USP, levantou uma tese muito importante e verdadeira, ao criticar a polarização, que torna inútil qualquer debate político e prejudica expressivamente as discussões sobre temas econômicos ou sociais. Realmente, na fase atual, qualquer debate parece ser apenas perda de tempo.

Conforme destaca o articulista, as opiniões já estão previamente extratificadas e o debate se torna estéril, não interessa quem esteja defendendo a tese mais correta, digamos assim, e a discussão confirma o velho ditado de que “opinião é como bunda, cada um tem a sua”.

EXEMPLO DO BLOG – Aqui na Tribuna da Internet comprova-se a procedência da tese exposta na Folha por Joel Pinheiro da Fonseca, que é um dos destaques entre os novos articulistas da grande imprensa.

Atualmente, todo debate é travado com a faca nos dentes, cada qual tenta ofender e ridicularizar ao máximo o adversário, é uma chatice sem fim, agravada pela participação de todos os tipos de robôs possíveis e imagináveis, com inteligência artifical ou pré-fabricada.

Mesmo assim, devemos considerar positiva a existência dessas discussões exacerbadas. Radicalismos à parte, qualquer debate é muito melhor do que nenhum debate. Não há coisa mais enfadonha do que esses espaços na web que só publicam texto a favor de Lula ou a favor de Bolsonaro, uma mesmice abominável.

ACIMA DA BAIXARIA – A Tribuna da Internet luta para escapar dessa baixaria institucionalizada, até porque ninguém está sempre certo, o tempo todo, repetiria o genial Abraham Lincoln.

Assim, apelamos aos comentaristas e robôs que travem as discussões com respeito, sem ofensas ou palavrões, e até apelando para o humor.

Com toda certeza, é preciso que haja espaços independentes na internet, que operem sob o signo da liberdade, para que esse país fique com aparência de uma democracia, já que sabemos que ele ainda está longe, muito longe de ser considerado uma nação verdadeiramente civilizada.

BALANÇO DE ABRIL – Como sempre fazemos, vamos publicar o balanço das contribuições ao blog, que nos possibilitam trabalhar essa utopia jornalística.

Bolsonarismo interditou a direita moderada, que decidirá a sucessão

Publicado em 8 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Esquerdas sobem na opinião pública; e a direita recua - por Pedro do Coutto  - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Duke (O Tempo)

Bruno Boghossian
Folha

De tempos em tempos, um ministro saía do gabinete presidencial e dizia que Jair Bolsonaro estava decidido a segurar a onda. A explicação era quase sempre a mesma: o capitão havia sido convencido de que suas atitudes incendiárias afastavam uma fatia crucial do eleitorado.

Bolsonaro nunca seguiu esse caminho. Confiante de que seria capaz de sustentar sua autoridade na máquina do governo, na fúria antissistema e no combate à esquerda, ele continuou apegado a seus princípios. Perdeu a aposta, mas conseguiu apoio suficiente para manter domínio sobre todo um bloco político.

LÍDER DE COALIZÕES – Uma avaliação estratégica da organização da direita passa necessariamente por uma análise sobre o papel de Bolsonaro como líder de coalizões desse campo. O ex-presidente instalou um modelo em que certos compromissos são considerados inegociáveis e concessões são vistas como traição. Os infiéis são, geralmente, ameaçados de banimento.

Pelos próximos tempos, nenhum sucessor de Bolsonaro terá poderes concentrados em sua pessoa física. Como o bolsonarismo é muito maior do que a direita não bolsonarista, os políticos pegam o atalho do alinhamento com o líder desse campo.

Por convicção ou pragmatismo (isso importa pouco), quase todos reproduzem uma plataforma que, em mais do que um punhado de casos, se desvia de compromissos com o que seria uma moderação real.

HERANÇA GORDA – A corrida pela herança de Bolsonaro envolve a adesão orgulhosa a alguns pontos-chave dessa cartilha. Ali estão políticos que tiram proveito do marketing da selvageria policial, se curvam a pressões ultraconservadoras na saúde e integram um pacto pela anistia a um ex-presidente que tramou um golpe de Estado.

Forças hegemônicas só têm incentivos para buscar moderação quando percebem que perderam a capacidade de alcançar maiorias. Nesses casos, o tamanho da inflexão depende da dimensão dessa perda e da ameaça de concorrentes internos. O bolsonarismo sempre trabalhou para anular esse segundo fator.


Pesquisas eleitorais não são propagandas antecipadas


Charge do AFTM (blogdoafmt.com.br)

Pedro do Coutto

Setores políticos e até da Justiça Eleitoral debatem a possibilidade de que as pesquisas eleitorais podem ser consideradas propagandas antecipadas de candidatos às eleições deste ano. Não creio que seja procedente o argumento. As pesquisas eleitorais apenas identificam o potencial de candidatos aos cargos majoritários e não induz ninguém a votar em função de seus resultados.

Os resultados, aliás, se generalizam  em relação ao potencial que cada postulante possui. Essa revelação não é uma propaganda eleitoral em si, mas apenas um instrumento de orientação da opinião pública.

ORIENTAÇÃO – Inclusive há casos em que candidatos pontuam muito bem nas pesquisas e nas urnas não têm o mesmo resultado. Logo, a pesquisa eleitoral é algo que interessa não só aos partidos, mas ao eleitorado de forma geral, além de servir de orientação sobre a administração de gestores frente aos desafios que lhes são colocados.

O potencial de cada candidato é realmente do interesse público dos eleitores e das legendas que assim escolhem em seus quadros os melhores situados. Trata-se apenas de um levantamento que busca revelar a força de cada candidato postulante ao cargo em questão.

As pesquisas existem no país há décadas e nunca ninguém levantou a tese de que se trata de propaganda eleitoral, tanto que os veículos de comunicação as utilizam como desejam.  Aliás, as próprias pesquisas mudam seus resultados ao longo da campanha, não indicando preferências, mas um panorama geral e as tendências dos próprios eleitores, sob critérios de igualdade.

REAÇÃO – Enquanto isso, vemos uma reação do Congresso contra o senador Randolfe Rodrigues. Parlamentares criticam a atuação do líder do governo no Congresso por dificuldades em firmar acordos para a análise de vetos presidenciais. Diante desse impasse, o Parlamento não realizou nenhuma sessão conjunta neste ano. As queixas não são restritas a membros da oposição. Nos bastidores, parlamentares da própria base do governo Lula  se mostram insatisfeitos com o que classificam de falta de traquejo político do senador.

Aliados do senador no Congresso afirmam que ele entrou na artilharia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e que boa parte da desaprovação se dá pelo apetite insaciável dos parlamentares por emendas. É um grande equívoco tudo isso. A queda ou manutenção de vetos não pode estar em jogo em decorrência de quem lidera o governo ou a oposição. Os vetos são matérias concretas, e ficam a cargo dos deputados e senadores defini-los.,

Não é Randolfe Rodrigues o responsável pela falta de articulação do governo. Ele é apenas um líder, mas que não pode, necessariamente, impor a sua vontade sobre os outros parlamentares.


A Câmara de Jeremoabo sob Suspeita: Entre Abuso de Poder político e econômico e Conduta Vedada

Em uma sessão recente da Câmara de Vereadores de Jeremoabo, o decoro da casa foi colocado em xeque por uma série de supostas infrações à lei eleitoral e condutas vedadas. As denúncias, que recaem sobre um grupo minoritário de vereadores, apontam para um cenário preocupante de abuso de poder político e econômico, colocando o presidente da Câmara em uma posição delicada.

O que são Condutas Vedadas?

No contexto eleitoral, o termo "condutas vedadas" se refere a um conjunto de ações proibidas por lei, pois possuem o potencial de interferir na lisura e na igualdade de oportunidades entre os candidatos. A Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei Eleitoral, estabelece uma lista abrangente de condutas vedadas, visando garantir a justiça e a imparcialidade do processo eleitoral.

Exemplos de Condutas Vedadas Identificadas na Sessão:

  • Pedido explícito ou implícito de votos: A menção a palavras como "apoiem" ou "elejam", por exemplo, configura propaganda eleitoral antecipada e é expressamente proibida pela lei.
  • Veiculação do número do partido: Associar o número do partido ao nome do candidato, prática comum em algumas eleições, também é considerada conduta vedada; isso conteceu ontem na Câmaraç
  • Autopromoção com base em cargos eletivos: Utilizar termos relacionados a cargos eletivos para se autopromover, mesmo que fora do período eleitoral, configura abuso de poder político.
  • Distribuição de benefícios em troca de votos: A promessa ou entrega de bens, serviços ou vantagens em troca de votos configura crime eleitoral e é punido com rigor pela lei.
  • Utilização de recursos públicos para fins eleitorais: Desviar recursos públicos para financiar campanhas eleitorais é uma grave infração à lei eleitoral, caracterizando abuso de poder econômico.

O Caso do Vereador e das Lâmpadas:

Um dos casos mais emblemáticos envolve a DECLARAÇÃO de um vereador que, concernente o pré-candidato a prefeito, sobrinho do prefeito após instalar trinta lâmpadas em uma instalação pública com recursos próprios, teria feito menção à sua ação como forma de autopromoção e captação de votos. Tal conduta configura possível conduta vedada e abuso do poder político, conforme os artigos 73, IV e § 10, e 74 da Lei nº 9.504/97, e 22, XIV e XVI, da Lei Complementar nº 64/90.

As Graves Denúncias e os Impactos na Câmara:

As denúncias de abuso de poder e condutas vedadas contra os vereadores geraram grande repercussão em Jeremoabo, colocando em xeque a credibilidade da Câmara Municipal e lançando uma sombra de suspeita sobre o processo eleitoral. É fundamental que as autoridades competentes investiguem as denúncias com rigor e imparcialidade, para que os responsáveis sejam devidamente punidos e que a lisura das eleições seja preservada.

A Importância da Transparência e da Responsabilidade:

A Câmara de Vereadores de Jeremoabo tem o dever de agir com transparência e responsabilidade, zelando pela ética e pelo cumprimento da lei. A comunidade de Jeremoabo tem o direito de acompanhar as investigações e de cobrar a devida apuração dos fatos. É essencial que a verdade prevaleça e que a justiça seja feita, para que a democracia e o Estado de Direito sejam fortalecidos.

Conclusão:

A situação na Câmara de Vereadores de Jeremoabo serve como um lembrete da importância do cumprimento da lei e da ética no processo eleitoral. As condutas vedadas existem para garantir a igualdade de oportunidades entre os candidatos e para proteger a lisura das eleições. As autoridades competentes devem investigar as denúncias com rigor e imparcialidade, para que os responsáveis sejam punidos e que a confiança da população nas instituições democráticas seja preservada..

terça-feira, maio 07, 2024

"Escândalo Eleitoral em Jeremoabo: Pré-candidato a prefeito Acusado de Compra de Votos em Troca de Lâmpadas"


Um eleitor de Jeremoabo indignado com os fatos ocorridos hoje na sessão da Câmara de Vereadores e, após ler a matéria intitulada " "Abuso Eleitoral à Luz das Lâmpadas Queimadas: Reflexões sobre Ética e Igualdade no Processo Democrático"" enviou o seguinte comentário:

"As declarações públicas do vereador José Miúdo na sessão da Câmara no dia de hoje (07/05/2024), foram de causar arrepios até em mortos.
Em apoio a candidatura de Mateus de Clovis, hoje se tentando se tornar conhecido com o nome midiático de Mateus de Deri, anunciou que em um povoado onde faltavam 30 (trinta) lâmpadas e o município não podia comprar por não haver licitação, o mesmo anunciou a comunidade que iria falar com Mateus de Deri (este pré candidato a prefeito apoiado por seu tio Deri). Após Segundo Zé Miúdo ao falar com Mateus o mesmo imediatamente comprou as lâmpadas que o município não podia comprar.
Diante disso, o vereador incorre na comprovação de um ato ilícito praticado por ele e, por Mateus onde ambos ostentam condições atuais de pré candidatos.
No entanto, deve-se estar atento à utilização do discurso politico como elemento propulsor de candidaturas, de modo a interferir na liberdade de escolha política dos eleitores, em especial quando é proferido por um vereador com grande poder de influência em determinada comunidade.
O art. 22 da LC nº 64/1990 prevê o ajuizamento de ação de investigação judicial eleitoral para apurar abuso do poder político ou econômico.
Conclui–se com a desastrosa fala do vereador Zé Miúdo, pela configuração das condutas vedadas pelo art. 73, I e III, da Lei nº 9.504/1997, com gravidade suficiente para preencher o núcleo típico do abuso de poder político e do abuso de poder econômico usado abusivamente em favor de candidatura própria e de Mateus, considerando que o abuso de poder político se configura quando o agente público (vereador Zé Miúdo), valendo-se de condição funcional (usando a Tribuna da Câmara de Vereadores) e, em manifesto desvio de finalidade (fazendo propaganda política antecipada para o pré candidato a prefeito Mateus), desequilibra a disputa em benefício de sua candidatura ou de terceiros, ao passo que o abuso de poder econômico ocorre pelo uso exorbitante de recursos patrimoniais (compra de lâmpadas, obrigação do município), sejam eles públicos ou privados, de forma a comprometer a isonomia entre os candidatos e a legitimidade do pleito.

Na espécie com o anúncio da doação de lâmpadas para atender a comunidade citada em sua fala, vereador valendo-se das prerrogativas do cargo e faltando somente um dia para o fechamento do cadastro eleitoral para o pleito de 2024 faz essa bombástica revelação que deve ser repelida por aquela comunidade que não deverá trocar votos por lâmpadas e muito especialmente pela Justiça que deverá intervir imediatamente para que não haja desequilíbrio no pleito eleitoral municipal que se aproxima.
Realmente a maldição dos Capuchinos está nas entranhas de alguns." (Sic)

Nota da redação deste Blog - O comentário do eleitor de Jeremoabo reflete uma profunda indignação com os eventos ocorridos na recente sessão da Câmara de Vereadores. Ao mencionar as declarações perturbadoras do vereador José Miúdo, ele destaca uma série de ações que parecem comprometer a integridade do processo democrático.

O eleitor aponta especificamente para a conduta do vereador ao anunciar apoio explícito a um candidato a prefeito, Mateus de Deri, e relatar a suposta intervenção deste na compra de lâmpadas para uma comunidade. Essa ação levanta sérias questões sobre o abuso de poder político e econômico, conforme descrito na legislação eleitoral.

Ele ressalta a importância de proteger a liberdade de escolha dos eleitores e alerta para os riscos de influência política indevida, especialmente quando proveniente de figuras com grande poder de influência local, como é o caso de um vereador.

Ao mencionar dispositivos legais específicos, o eleitor destaca a gravidade das alegações contra o vereador, apontando para possíveis violações da Lei Eleitoral que exigem uma investigação judicial. Ele enfatiza a necessidade de intervenção imediata da Justiça para garantir a equidade no processo eleitoral que se aproxima.

Finalmente, ao mencionar a "maldição dos Capuchinos", o eleitor parece expressar uma profunda decepção e desencanto com a situação política local, sugerindo que questões éticas e morais continuam a assombrar o cenário político da região.

"Abuso Eleitoral à Luz das Lâmpadas Queimadas: Reflexões sobre Ética e Igualdade no Processo Democrático"

 

O cenário caótico da sessão na Câmara de Vereadores hoje reflete uma triste realidade: quando a falta de ordem e liderança prevalece, todos sofrem as consequências. Como diz o ditado, "os justos pagam pelos pecadores", e isso ficou evidente no desrespeito flagrante à Lei Eleitoral durante os procedimentos.

Vereadores, que deveriam ser exemplos de conduta, se viram envolvidos em práticas condenáveis, desde propaganda eleitoral antecipada até a busca descarada por votos. Contudo, o ponto mais alarmante recaiu sobre as palavras do vereador Zé Miúdo, um cidadão talvez bem-intencionado, mas claramente desinformado quanto à legislação. Utilizando a tribuna, ele elogiou seu partido e seus candidatos, inadvertidamente prejudicando o pré-candidato a prefeito, Matheus, sobrinho do atual prefeito.

O prejuízo a Matheus não foi apenas político, mas também administrativo. Sua associação indevida com a administração municipal, especialmente em relação à substituição irregular da iluminação pública no Povoado Boa Vista, levanta sérias questões de abuso de poder econômico. A ordem para a instalação de trinta pontos de lâmpadas queimadas após um curto-circuito é, no mínimo, questionável, caracterizando uma interferência indevida nos assuntos municipais em benefício político.

Esse tipo de comportamento não apenas mancha a reputação dos envolvidos, mas também mina a confiança da população na integridade do processo democrático. A política, quando mal utilizada, deixa de ser um instrumento de progresso e se torna uma ferramenta de interesses pessoais e partidários. É essencial que casos como esse sejam tratados com a devida seriedade e que medidas corretivas sejam implementadas para garantir a lisura e a transparência nas eleições vindouras.

O caso torna-se ainda mais preocupante ao considerar que o pré-candidato a prefeito, Matheus, supostamente utilizou recursos próprios para substituir as lâmpadas defeituosas. Enquanto o gesto pode parecer altruísta à primeira vista, sua associação direta com a administração municipal levanta questões éticas e legais.

Ao agir dessa forma, Matheus não apenas se envolveu em uma possível violação da Lei Eleitoral, mas também sugeriu um uso questionável de seus próprios recursos em benefício político. Se confirmado, isso não apenas ressalta a gravidade do abuso de poder econômico, mas também levanta preocupações sobre a integridade e a equidade do processo eleitoral.

O uso de recursos pessoais para influenciar o cenário político local cria um desequilíbrio intrínseco, onde candidatos com maior capacidade financeira podem exercer uma vantagem injusta sobre seus oponentes. Isso compromete seriamente a igualdade de oportunidades e a representatividade democrática, minando os princípios fundamentais do sistema eleitoral.

Portanto, além das questões legais envolvidas, é crucial abordar a ética por trás dessas ações. A sociedade precisa confiar não apenas na legalidade, mas também na moralidade dos atos de seus representantes políticos. Caso contrário, a confiança na democracia fica em xeque, e a legitimidade das eleições é posta em dúvida.

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