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sábado, janeiro 06, 2024

Gula obscena




Aumento das verbas destinadas ao fundo eleitoral deste ano contraria interesse público

Por Hélio Schwartsman (foto)

É meio escandalosa a decisão do Parlamento de reservar R$ 4,9 bilhões do Orçamento para o fundo eleitoral destinado aos partidos no pleito deste ano. Nas eleições municipais de 2020, a verba foi de R$ 2 bilhões. E vale recordar que isso é só parte da conta. As milionárias despesas com o horário de rádio e TV, por exemplo, são pagas por meio de abatimento nos impostos das empresas de telecomunicações.

Estou entre os que acham preferível custear pleitos com recursos públicos à situação anterior, em que eram firmas privadas que injetavam o grosso do dinheiro usado nas campanhas. A captura de políticos por interesses particulares ficava muito favorecida. Mas a mudança de paradigma, determinada por uma decisão do STF de 2015, não implica que devamos destinar cada vez mais recursos públicos às eleições, muito pelo contrário.

Penso que as campanhas podem e devem ser muito modestas, franciscanas mesmo. Há uma série de atividades em que a quantidade de dinheiro que é investido impacta na qualidade final. Prédios construídos com materiais mais nobres são melhores que os edificados com acabamento vagabundo; comidas feitas com ingredientes de primeira são mais saborosas que as cozinhadas com itens inferiores.

Esse, porém, não é o caso de eleições. Não importa qual seja o total investido, serão eleitos sempre o mesmo número de governantes e parlamentares. E não há nenhum indício de que gastando mais obtemos melhores representantes. Mais, como a quase totalidade das verbas vêm do fundo eleitoral, uma redução uniforme dos montantes pouco afeta a disputa.

O superdimensionamento das verbas serve principalmente para fortalecer os caciques dos partidos, que viram fazedores de reis, e para dar aos parlamentares que já exercem mandato uma vantagem, a meu ver indevida, sobre candidatos que os desafiem.

O interesse público exigiria a redução do fundo eleitoral, jamais aumentos obscenos.

Folha de S. Paulo

Polícia Militar do DF se prepara para novo 8 de janeiro




Grupo Tático Operacional 48 da PMDF

Memorando foi expedido em virtude de evento convocado pelo presidente Lula para a data

Por Deborah Sena

Chegou aos policiais militares do Distrito Federal nesta quinta-feira (04) memorando determinando o preparo da tropa para ‘eventual necessidade de emprego de maior efetivo policial’ em operações no próximo dia 8 de janeiro. Veja o documento. 

O memorando foi expedido em virtude do anúncio de evento convocado pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva para marcar um ano de acontecimento dos atos de depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes.

“Determinando que, sem prejuízo das escalas já confeccionadas, toda a tropa do serviço administrativo que estiver em condições de emprego operacional apresente-se devidamente uniformizada e equipada no início do expediente. Para uma eventual necessidade de emprego de maior efetivo policial em operações no próximo dia 08 de janeiro de 2024”, diz o documento.

O documento ainda estabelece o final desta sexta-feira (05), como ocasião limite para cada uinidade enviar ao Comando Geral “planos de embarque, contendo as informações: posto ou graduação, nome, matrícula, contatos e viaturas em condições”. 

O documento acrescenta que Ressalte-se que “o término do expediente, e liberação do efetivo administrativo, no dia 08 de Janeiro de 2024, estará condicionado à ordem expressa da sra. Subcomandante-Geral da PMDF”. 

Diário do Poder

Senadores apelam por normalidade democrática e refutam ato no dia 8




Manifesto assinado por 30 senadores de oposição cobra chefes dos Poderes da República a voltarem a atuar nos ditames constitucionais

Por Davi Soares

Senadores de oposição publicaram manifesto, na noite de ontem (4), em que se recusam a atender à convocação dos chefes dos Poderes da República para participação no ato denominado de “Democracia Inabalada”, marcado para segunda-feira (8), no Congresso Nacional. Ao refutarem a manifestação que lembra um ano dos ataques do 8 de Janeiro que destruíram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, 30 dos 81 senadores cobraram dos organizadores do evento que voltem a atuar dentro dos ditames constitucionais e apelaram pela retomada da normalidade democrática no Brasil.

“É preciso um esforço conjunto, pautado na colaboração entre as instituições, no respeito às leis e na valorização dos valores democráticos, para enfrentar os desafios e preservar esse bem tão valioso para o povo brasileiro”, escreveram os senadores, mesmo ressaltando que condenam “vigorosamente” os atos violentos que destruíram os prédios públicos da capital do Brasil, há um ano.

Os senadores destacaram que a prática de atos excepcionais por um Poder com a justificativa de proteger a democracia precisa ser urgentemente estancada. “O abuso dos poderes e o uso indevido de interpretações de dispositivos constitucionais pode matar a democracia. A volta à normalidade democrática não pode mais esperar”, disseram os senadores, no manifesto.

Credibilidade e segurança em xeque

No documento intitulado “Em defesa da democracia e da Constituição”, opositores do ato que celebrará a resistência das instituições aos ataques que visavam anular a eleição do presidente Lula (PT) citam omissões flagrantes de autoridades do governo do petista, expostos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI do 8 de janeiro), que comprometeram a segurança pública e a credibilidade das instituições.

Para o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), verdadeira defesa da democracia requer ações concretas, não simbolismos vazios e contraditórios. “A omissão do governo Lula naquela data e a parcialidade nas investigações mostram a necessidade urgente de um compromisso real com os princípios democráticos e o restabelecimento da normalidade democrática”, afirmou Marinho.

E criticam os cinco anos de duração do Inquérito 4.781/DF, instaurado de ofício pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar fake news e ameaças ao Judiciário e aos seus ministros. E lembram que a Procuradoria-Geral da República tendo defendido a nulidade da investigação e de inquéritos decorrentes dela; por causa da “situação inusitada de o STF ser vítima, investigador e julgador” e da fuga ao padrão do sistema jurídico brasileiro de separação entre as funções de julgar e acusar.

Contra perseguição

Os senadores ainda endossam fala do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre nenhuma instituição ter o monopólio da defesa da democracia no Brasil, em entrevista de novembro.

“A atuação parcial das instituições republicanas também coloca em risco a democracia. A base de uma democracia saudável é a aplicação consistente da lei e a igualdade de tratamento para todos os cidadãos. A lei não pode ser aplicada de forma seletiva ou variável dependendo do contexto ou das pessoas envolvidas, pois essa situação compromete a confiança na justiça e no Estado de Direito”, diz um trecho do manifesto em que senadores criticam prisões e altas penas para denunciados por participarem do 8 de Janeiro.

“Conclamamos a todos para que vivamos num ambiente de tolerância e evitemos a perseguição a qualquer custo aos que pensam diferente”, conclui o manifesto.

Veja a lista de senadores que assinam o manifesto:

1) Rogério Marinho (PL) – Líder da Oposição no Senado

2) Ciro Nogueira (PP) – Líder da Minoria no Senado

3) Flávio Bolsonaro (PL) – Líder da Minoria no Congresso

4) Carlos Portinho (PL) – Líder do PL no Senado

5) Tereza Cristina (PP) – Líder do PP no Senado

6) Mecias de Jesus (Republicanos) – Líder do Republicanos no Senado

7) Izalci Lucas (PSDB) – Líder do PSDB no Senado

8) Eduardo Girão (Novo) – Líder do Novo no Senado

9) Alan Rick (União)

10) Cleitinho (Republicanos)

11) Damares Alves (Republicanos)

12) Dr. Hiran (PP)

13) Eduardo Gomes (PL)

14) Esperidião Amin (PP)

15) Hamilton Mourão (Republicanos)

16) Jaime Bagattoli (PL)

17) Jayme Campos (União)

18) Jorge Seif (PL)

19) Luiz Carlos Heinze (PP)

20) Magno Malta (PL)

21) Márcio Bittar (União)

22) Marcos do Val (Podemos)

23) Marcos Pontes (PL)

24) Marcos Rogério (PL)

25) Nelsinho Trad (PSD)

26) Plínio Valério (PSDB)

27) Sérgio Moro (União)

28) Styvenson Valentim (Podemos)

29) Wellington Fagundes (PL)

30) Zequinha Marinho (Podemos)

Diário do Poder

PF investiga se há elo entre venda de polo da Petrobras com joias para Bolsonaro




Jair Bolsonaro é investigado por episódio das joias recebidas do regime da Arábia Saudita

Estatal brasileira vendeu refinaria um mês depois de Bolsonaro ter feito uma viagem oficial para a Arábia Saudita, onde ganhou kit de joias femininas

A Polícia Federal (PF) vai investigar possível relação entre a venda da refinaria da Petrobras Landulpho Alves (RLAM) abaixo do preço, em novembro de 2021, para a mesma família real saudita que presenteou com joias o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michele Bolsonaro. 

A estatal brasileira vendeu a RLAM em 30 de novembro de 2021, um mês depois de Bolsonaro ter feito uma viagem oficial para a Arábia Saudita. Nesta viagem, o governo brasileiro recebeu o kit de joias femininas avaliadas em R$ 4.150.584 e que não foram incorporadas ao acervo da União, como outras peças de alto valor.

O polo de refino, localizado em São Francisco do Conde, na Bahia, e seus ativos associados foram vendidos para o grupo de investimentos Mubadala Capital, sediado nos Emirados Árabes e pertencente à família real — que presenteou Bolsonaro com joias dias antes da venda do negócio ser fechado.

A operação de venda foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões). A Acelen, empresa criada pelo grupo Mubadala Capital para a operação, assumiu a gestão a partir de 1º de dezembro — com a venda, a RLAM passou a se chamar Refinaria de Mataripe.

CGU apontou que refinaria foi vendida abaixo do preço de mercado

Na última quinta-feira (4), a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou auditoria que constatou fragilidades no processo de venda da RLAM. O principal problema, de acordo com o relatório, foi a venda abaixo do preço de mercado, decorrente principalmente da escolha do momento do negócio, quando a cotação internacional do petróleo estava em baixa.

“A Pandemia causada pela Covid-19 e a consequente turbulência econômica atingiram a execução do Projeto Phil, gerando riscos e incertezas quanto ao futuro da indústria do petróleo e ao cenário econômico mundial. Diante disso, a Petrobras optou por dar continuidade ao processo de desinvestimento dos clusters RLAM”, diz trecho do documento da CGU.

O órgão de controle diz que a Petrobras poderia ter esperado a recuperação do petróleo no mercado internacional para lucrar mais, em vez de ter feito negócio em um momento de “tempestade perfeita”, com a combinação de incerteza econômica e volatilidade trazida pela pandemia, premissas pessimistas para o crescimento da economia no fim de 2021 e alta sensibilidade das margens de lucro, o que resultou em maior perda de valor.

A informação sobre a investigação da PF foi publicada pelo portal G1 nesta sexta-feira (5). Já a divulgação do relatório da CGU reacendeu suspeitas em torno dos presentes dados pelo governo dos Emirados Árabes Unidos a Bolsonaro. Ele ainda não se manifestou, nem seus advogados.

PF investiga destinação e motivação de itens de luxo dados a Bolsonaro 

Auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar com as joias no Brasil sem declarar o valor para a Receita Federal. Porém, o kit foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na bagagem de um integrante da equipe do Ministério de Minas e Energia, na volta de uma viagem. As joias seriam destinadas à então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O caso veio à tona por meio de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Em seguida, foi revelado que Bolsonaro ganhou outras joias, além de relógios caros e obras de arte, em viagens à Arábia Saudita e aos dos Emirados Árabes, e que ele não havia destinado nada ao acervo da União, contrariando a legislação brasileira.

Apenas após notificação do Tribunal de Contas da União (TCU) é que os advogados do ex-presidente começaram a entregar os itens à Caixa Econômica Federal. A Polícia Federal abriu investigação para tentar saber quantos de luxo Bolsonaro ganhou na condição de presidente e se os presentes envolveram negócios ilícitos. 

O Tempo

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Argentina: Milei aposenta 22 generais e renova liderança do Exército




O novo presidente da Argentina, Javier Milei, realizou uma renovação na liderança do Exército com a aposentadoria de 22 generais e a nomeação do Brigadeiro-General Carlos Alberto Presti como novo chefe do Exército, segundo informações da imprensa internacional. Um decreto assinado em 30 de dezembro e divulgado na terça-feira (2) comprovam a divulgação.

A decisão do presidente argentino atinge também a Aeronáutica e principalmente a Marinha, onde sete almirantes e três brigadeiros vão para a reserva ativa.

Às mudanças na liderança militar ordenadas por Milei soma-se a decisão de saída voluntária adotada em 23 de dezembro pelo chefe do ‘Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas’, tenente-general Juan Martín Paleo, nomeado para o cargo durante a Presidência de Alberto Fernández (2019-2023), e agora substituído pelo Brigadeiro General Xavier Isaac.

O Brigadeiro Major Fernando Luis Mengo assume o comando da Força Aérea, substituindo Xavier Isaac, enquanto o Contra-Almirante Carlos María Allievi assume como novo chefe da Marinha.

Esta mudança na esfera militar superior argentina é a maior dentro das Forças Armadas do país desde a realizada em 2003 pelo então presidente Néstor Kirchner (2003-2007).

Além destas nomeações, Javier Milei tem em mente realizar uma auditoria nos recursos e funções das Forças Armadas, à qual se acrescenta a política de austeridade nas despesas que emanam do ‘Decreto de Necessidade Urgente’ (DNU) assinado pelo novo presidente em 20 de dezembro.

O ‘Estado-Maior Conjunto da Argentina’ consolidou-se como o mais alto órgão de liderança militar após a Guerra das Malvinas de 1982, entre o país vizinho e o Reino Unido. Naquela época considerou-se que o fracasso da guerra respondia à falta de atuação conjunta do Exército, Marinha e Aeronáutica, e o órgão passou a ganhar maior relevância no assessoramento ao Ministro da Defesa, que hoje é Luis Petri, ex- candidato a vice-presidente da aliança conservadora ‘Together for Change’.

Desde o fim do governo militar na Argentina, em 1983, a Força Aérea manteve a liderança do Estado-Maior Conjunto em três períodos, entre 1985 e 1989, em 1992 e entre 2003 e 2013, num total de quase 15 anos. O Exército é o braço que há mais tempo comanda o órgão, cerca de 21 anos no total desde o governo militar, e a Marinha só ocupa essa posição de poder há quase quatro anos.

Segundo a imprensa local, os membros das Forças Armadas votaram em massa em Milei nas eleições de novembro de 2023, o que também traz alguns ‘desafios’, como as reivindicações históricas do Exército, da Marinha e da Força Aérea para que seus salários fossem iguais aos das forças de segurança. Mas como já antecipou Milei em seu discurso de posse, “No Hay Plata”.

Durante o Governo de Alberto Fernández (2018-2023), foi criado o ‘Fundo de Defesa Nacional’ e iniciou-se um processo de equiparação salarial com as forças de segurança que ainda está em curso. Dentro das Forças Armadas espera-se que estas medidas continuem.

Na campanha eleitoral, a companheira de chapa de Milei, Victoria Villarruel, liderou nas questões de defesa e segurança. Filha, sobrinha e neta de militares, ela prometeu aumentar o orçamento das Forças Armadas. E veja também: Trump contra-ataca. 

El Pais / Direita Online

Na Restinga da Marambaia, Lula ligou para agradecer o apoio de Sarney e FHC




Lula tem em Sarney (dir.) e FHC (centro) dois apoiadores muito fiéis

Por José Carlos Werneck

Para agradecer a inestimável ajuda recebida de José Sarney, em recentes articulações políticas, notadamente a que levou o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ao ex-presidente, em 31 de dezembro, para desejar-lhe um Feliz Ano Novo.

Lula, que estava na Restinga da Marambaia aproveitando os dias de recesso, e não usa celular, serviu-se do aparelho de sua mulher para telefonar para a Sarney.

DESEJOS MÚTUOS – Segundo interlocutores, a conversa foi em tom extremamente amigável e o presidente da República fez a Sarney seus agradecimentos e teve desejos mútuos de um 2024 melhor.

No mesmo dia, Lula também telefonou para com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para desejar-lhe um bom Ano Novo. Assim como Sarney, também FHC apoiou Lula no segundo turno das eleições de 2022, contra Jair Bolsonaro.

Come se vê tudo continua como “dantes no Quartel de Abrantes”. É essa é a chamada “Nova Política”… País divertido o Brasil! Pena seja que para tão poucos. 

Tribuna da Internet

Do fim da reeleição à PEC das drogas, Lira e Pacheco articulam para 2024 votações que contrariam o governo e o STF




Rodrigo Pacheco e Arthur Lira 

No último ano à frente da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) articulam para emplacar projetos com potencial de gerar atrito com o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos entram em 2024 com metas estabelecidas: o mineiro defende a criação de mandatos para ministros da Corte, o fim da reeleição e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da criminalização do porte de drogas. Já o deputado de Alagoas tem a reforma administrativa como sua prioridade, depois de ter feito a tributária sair do papel.

Além de levar adiante uma agenda própria do Legislativo, a ideia dos dois é consolidar um legado e, assim, alçar novos voos políticos. Pacheco é tido como nome certo para disputar o governo de Minas Gerais, enquanto Lira deve tentar o Senado em 2026.

Congressistas apostam que a relação de Pacheco com o governo e a oposição deve oscilar, como ocorreu no ano passado. O senador foi pilar de sustentação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas terminou o ano como porta-voz de grupos mais à direita. Já Lira começou o ano distante, mas tem se aproximado do governo. A relação continua a despertar desconfianças.

Bandeira do PT ameaçada

O presidente do Senado tem defendido a tramitação de medidas que se opõem a bandeiras da esquerda, como a PEC que criminaliza o porte de qualquer droga no país, tema que está sendo julgado pelo Supremo. Tanto Lula quanto o PT, há décadas, defendem a descriminalização do usuário.

Pacheco também defende a criação de mandatos para ministros do STF, que hoje ficam no cargo até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos. O aceno é visto como uma forma de conquistar o eleitorado bolsonarista, mas encontra resistência no Judiciário. Em novembro, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse não ver “razão” para se mexer no funcionamento da Corte. Já o decano Gilmar Mendes foi mais enfático e declarou que a proposta, caso fosse aprovada, tornaria o Supremo “mais uma agência reguladora desvirtuada”.

Na Câmara, Lira já externou a vontade de aprovar uma reforma administrativa. Em vários pronunciamentos, ele reiterou que o texto não deve alterar direitos adquiridos por servidores e que haverá uma implementação gradual.

Desde o governo Jair Bolsonaro, o PT bombardeia a proposta de reforma administrativa que tramita no Congresso. Lula chegou a dizer, durante a campanha, que seria necessário aprovar uma medida neste sentido, mas nunca empenhou capital político para destravar a discussão no Legislativo. Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o projeto em discussão “piora o quadro”.

— O Ministério da Gestão está elaborando um projeto. Eu mudaria a natureza dos concursos públicos, o estágio probatório e as regras de progressão na carreira. E, obviamente, enfrentaria privilégios — disse Haddad.

A interlocutores, Lira também afirmou que pretende pautar projetos que revisem as regras para exploração turística no Brasil. Neste caso, pode atuar em dobradinha com o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), um aliado político na Esplanada.

No Senado, Pacheco também defende avançar com uma PEC do senador Kajuru (PSB-GO) para rever as regras para reeleição no Executivo, algo que não é prioridade de Lula. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou no sábado a ideia de acabar com a recondução. Em mensagem publicada nas redes sociais, a dirigente partidária classificou a iniciativa como “oportunista”, bem como um “retrocesso”.

A reeleição foi permitida em 1997, quando o Congresso Nacional alterou a Constituição com o apoio do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Pacheco também defende a coincidência de eleições. Isso faria com que só houvesse pleitos de quatro em quatro anos.

Em 2024, Pacheco tentará se equilibrar entre as campanhas municipais em Minas e a consolidação de um legado na presidência do Senado. A participação no pleito é considerada fundamental para ele construir uma base para 2026.

— Ele é um ótimo presidente e poderá seguir o caminho que escolher. Ele tem capital político dentro do PSD. Acho que o destino dele é governar Minas Gerais — afirma o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA).

Dobradinha em Alagoas

No horizonte de Lira também está 2026, quando ele deve tentar uma vaga no Senado. Até lá, o deputado precisará se dividir entre Brasília e Alagoas, já que espera ver o seu aliado, João Henrique Caldas, o JHC, reeleito prefeito de Maceió.

A recondução é vista como fundamental para os planos do presidente da Câmara. JHC deve concorrer ao governo de Alagoas dois anos depois, reforçando o palanque de Lira.

Antes das eleições de 2026, o destino político de Lira é uma incógnita. Uma possibilidade seria assumir um ministério no governo de Lula. Outra opção seria ocupar a presidência da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, como forma de seguir mantendo sua influência na Casa, mesmo sob outra presidência.

Pacheco, assim como Lira, não tem a possibilidade de reeleição em 2025 para a presidência do Senado, e isso fará com que ambos retornem à “planície” do Parlamento, o que torna mais difícil a manutenção de suas influências.

As apostas dos presidentes

Rodrigo Pacheco

• Fim da reeleição: O senador defende o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Os mandatos para os cargos do executivo, contudo, passariam de quatro para cinco anos. Embora a mudança, se houver, não afete os planos de reeleição de Lula, o tema não é prioridade do Planalto.

• Mandato para ministros do STF: Enquanto o governo investe no distensionamento entre os Poderes, o presidente do Senado quer pautar o debate sobre mandato para ministros do Supremo. Hoje eles podem exercer o cargo até os 75 anos, quando são aposentados compulsoriamente.

• PEC das drogas: Pacheco também quer priorizar discussão sobre a PEC das drogas, que criminaliza o porte ou posse de qualquer quantidade e contraria a esquerda. O tema está sendo julgado pelo Supremo. Seis ministros já proferiram seus votos. Cinco deles votaram a favor da descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal.

Arthur Lira  

• Reforma administrativa: Encaminhada pela gestão Bolsonaro, a reforma administrativa (PEC 32) é uma das prioridades do presidente da Câmara, Arthur Lira, mas a propostas não tem a simpatia do Planalto.  A PEC, já criticada pelo PT e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê alterações mais amplas no funcionalismo público do que as buscadas até aqui pelo governo Lula, que não empenhou capital político para destravar a discussão no Congresso. Um dos ponto mais polêmicos é o fim da estabilidade no serviço público, com avaliação de desempenho para servidores que já estão no cargo.

O Globo / Daynews

PGR pede que STF proíba apreensão de jovens fora do flagrante em praias do Rio




Segundo Paulo Gonet, as conduções não podem ser realizadas irrestritamente

TJRJ revogou a decisão do Supremo acerca da proibição da condução da apreensão sem ser em casos de flagrante. Procuradoria defende que apreensões não podem ser realizadas irrestritamente

Por Luana Patriolino 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta sexta-feira (5/1) que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que revogou a apreensão de crianças e adolescentes durante a Operação Verão. Segundo o chefe do Ministério Público Federal (MPF), as conduções não podem ser realizadas irrestritamente.

O entendimento da PGR é o mesmo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que protocolou recurso no Supremo com o mesmo objetivo. Os ministérios públicos estadual e federal também assinaram o documento. Caso o STF acate o pedido, fica proibida a apreensão de menores sem ser em casos de flagrante nas praias do RJ.

"Ao suspender integralmente a liminar concedida na ação civil pública, a decisão do TJRJ não garantiu, porém, o direito de crianças e adolescentes de não serem submetidos a apreensões fora das hipóteses legais", declarou Gonet.

Por outro lado, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), defendeu a apreensão de crianças e adolescentes nas praias. Em dezembro do ano passado, ele afirmou, via redes sociais, que a liminar contra a condução sem ser em flagrante impedia a atuação do Estado do RJ.

"(A decisão) impedia o Estado de exercer o importante papel de abordagem preventiva das nossas forças de segurança na Operação Verão!! Não nos restou outra alternativa senão ir à Justiça para defender o direito à segurança da nossa população. Seguimos firmes!", escreveu o governador.

Correio Braziliense / Estado de Minas

Argentina – A trama secreta por trás do maior expurgo no Exército desde o retorno da democracia em 1983




Xavier Isaac, Marcelo Dalle Nogare, Alberto Presti, Carlos María Allievi e Fernando Mengo, novas lideranças das Forças Armadas Argentinas

'A aproximação Argentina-Estados Unidos é a tônica do governo Milei'

O chefe do Estado-Maior, Nicolás Posee, através do brigadeiro reformado Jorge Antelo, foi um dos que mais influência teve nas nomeações.

Descontentamento entre os que se aposentaram porque souberam pelas redes sociais.

Por Daniel Santoro

As mudanças drásticas na liderança das Forças Armadas do governo Javier Milei mostram a influência do chefe do Estado-Maior, Nicolás Posse, através do brigadeiro reformado Jorge Antelo e da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, através do ministro da Defesa, Luis Petri , nas nomeações.

As mudanças drásticas na liderança das Forças Armadas do governo Javier Milei mostram a influência do chefe do Estado-Maior, Nicolás Posse, através do brigadeiro reformado Jorge Antelo e da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, através do ministro da Defesa, Luis Petri , nas nomeações.

E, em menor medida, a da Vice-Presidente da Nação, Victoria Villarruel, através do Secretário de Assuntos Militares, o Tenente-General reformado Claudio Pasqualini.

Das negociações entre estes três setores surgiu o nome do Brigadeiro-General Alberto Presti, cuja nomeação levou à reforma de 22 generais mais velhos que ele, no maior expurgo desde a redemocratização. Até mesmo o expurgo realizado por Néstor Kirchner quando nomeou o general Roberto Bendini como chefe do Exército, obrigando 19 generais a se aposentarem. Alguns historiadores dizem que é mesmo “o maior, do Exército, desde 1983”, quando Raúl Alfonsín tomou posse.

Devido à carreira, os candidatos pré-selecionados foram os generais Roberto Agüero e Jorge Berrero , mas finalmente se aposentarão.

Com a nomeação de Presti, 23 generais se aposentarão (se somarmos o ex-chefe do Estado-Maior Conjunto Juan Martín Paleo), de um total de 35. Ou seja, dois terços do corpo de comando, uma enorme falta de cabeça .

Perto de Petri, o Clarín foi informado de que “o ministro levou essas semanas para definir os candidatos e finalmente, após várias consultas, definiu-os com o presidente Milei ”.

O sigilo era tanto que os líderes militares cessantes souberam dos seus substitutos através das redes sociais , quando é costume avisá-los com antecedência, disse um soldado ao Clarín.

“Nenhum dos atuais comandantes foi sequer consultado sobre as substituições ”, disse outro oficial uniformizado, chateado com a forma como as mudanças foram feitas.

Entre os líderes cessantes , o Brigadeiro Antelo, homem de confiança de Posse, é apontado como o mais influente na tomada de decisões , até mesmo no que diz respeito aos antecedentes militares de outros candidatos à chefia do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Nesse setor militar afirma-se que “ a mão do dono dos Aeropuertos Argentinos 2000, Eduardo Eurnekian, também estaria por trás da nomeação de Antelo”. Eurnekian tem uma relação histórica com a Aeronáutica devido à concessão aeroportuária que lhe foi dada pelo ex-presidente Carlos Menem.

Antelo, em fontes aeronáuticas, está ligado ao setor da Força Aérea que quer comprar os 24 caças F 16 norte-americanos que a Dinamarca possui e que devem ser recondicionados. Trata-se de um negócio avaliado em cerca de US$ 650 milhões que concorre com a oferta chinesa de aeronaves JF Thunder.

A operação do F-16 “é de aproximadamente 350 milhões de dólares para os aviões e 300 milhões necessários para infraestrutura e logística”. Posse e Antelo se conhecem desde a época em que o primeiro trabalhava no Grupo América.

Quem é Antelo? Trata-se de um brigadeiro que se aposentou em 2013 e entre 2015 e 2019 foi diretor de Planejamento e Estratégia do governo do ex-presidente Mauricio Macri.

A nomeação de Isaac para chefiar o Estado-Maior Conjunto e não para almirante, como tinha direito de acordo com o sistema de rotação entre as três forças, é consistente com a decisão de Milei de se alinhar com a política externa dos Estados Unidos e de Israel . Isaac era adido militar em Washington.

Agora os dirigentes militares, depois deste sabor amargo, esperam que “Petri consiga garantir dentro do Governo que a Defesa tenha os fundos necessários para pagar as duas restantes prestações do plano de equiparação salarial com as Forças de Segurança”.

Clarin / DefesaNet

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