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quarta-feira, outubro 05, 2022

Feitiço do ‘voto útil’ voltou-se contra o feiticeiro e ficou mais difícil derrotar Bolsonaro

Publicado em 4 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Voto útil

Charge do Duke (O Tempo)

Demétrio Magnoli
O Globo

As urnas falaram, mas em língua incompreensível para a maioria dos analistas. As sondagens eleitorais dos institutos sérios indicavam a hipótese — na margem de erro — de triunfo de Lula no primeiro turno. No lugar disso, os eleitores produziram um segundo turno competitivo entre Lula e Bolsonaro. O que deu errado?

O mapa do voto traz a resposta fundamental. O presidente extremista saiu-se muito melhor do que indicavam as pesquisas no Sudeste e no Sul. Ao longo de diversas eleições, o PT produziu “ondas vermelhas” de última hora. Desta vez, foi o bolsonarismo que deflagrou o movimento inesperado, uma onda espraiada por todo o Centro-Sul em eleições para governadores e o Congresso.

CONTRA O FEITICEIRO – Ao que parece, as filas diante das seções eleitorais não se deveram, apenas, ao procedimento de certificação digital. Nelas, havia eleitores que, em tese, não iriam votar. Mais: o feitiço do “voto útil” voltou-se contra o feiticeiro. Ciro Gomes e Simone Tebet praticamente desapareceram da cena, abandonados por eleitores que, na última hora, sufragaram Bolsonaro.

Um mergulho no oceano de dados do Datafolha oferece uma explicação. A rejeição geral a Bolsonaro, pouco superior a 50%, é puxada para cima pelo eleitorado mais pobre, de renda inferior a dois salários mínimos (s/m).

A rejeição geral a Lula, que gira ao redor de 40%, é puxada para baixo pelo mesmo estrato dos eleitores. Contudo, em todos os demais estratos, inclusive na classe média-baixa (2 a 5 s/m), a rejeição de Lula não só é superior à de Bolsonaro, como situa-se em torno do perigoso patamar de 50%. O Brasil não tão pobre saiu para votar — contra Lula.

BATALHA PELO VOTO – Durante quatro anos, Bolsonaro concentrou sua artilharia contra o voto livre, secreto e limpo garantido pela democracia brasileira. Seus adversários entrincheiraram-se na defesa de nosso sistema eleitoral.

Nessa longa jornada, repetiram sem cessar a primazia da vontade popular. Hoje, depois do espanto, não vale voltar atrás. É preciso respeitar o voto — todos os votos, inclusive aqueles destinados ao presidente antidemocrático.

Não adianta gritar “fascistas!”. A prática disseminada nas redes sociais tem o efeito contraproducente de fechar as portas ao diálogo e à persuasão. Respeitar significa entender as motivações de uma massa imensa de brasileiros que não se confundem com o núcleo minoritário de saudosistas da ditadura militar.

GOVERNO DESASTROSO – O voto anti-Bolsonaro, como se sabe, decorre da memória dos quatro anos de seu desastroso governo. O voto anti-Lula, anti-PT, também deriva de uma memória, não apenas de camadas de preconceitos.

O PT nasceu em São Paulo e alcançou seus primeiros grandes triunfos no Centro-Sul. Ao longo de quase duas décadas, tornou-se o partido preferido por largas camadas das classes médias urbanas. O cristal só se partiu bem mais tarde, sob os governos de Lula, fragmentando-se inteiramente no inverno dilmista.

Hoje se sabe que Sergio Moro e seus procuradores-militantes converteram o sistema de Justiça em ferramenta de um projeto político. Mas a revelação não apaga o mensalão e o petrolão, cuja existência é inegável.

ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO – A memória dos escândalos de corrupção entrelaça-se à da depressão provocada pelas políticas econômicas populistas inauguradas por Lula e radicalizadas pela sucessora. A rejeição tem raízes políticas, não é um fruto envenenado distribuído por atores demoníacos.

Lula sabe de tudo isso, ainda que seus fiéis não saibam. Sua tentativa de circundar o obstáculo foi montar a aliança com Geraldo Alckmin e chamar à formação de uma frente ampla democrática. A iniciativa, um gesto político genial, permaneceu incompleta. Faltou dar-lhe substância por meio de uma revisão crítica dos erros colossais do passado. O candidato até ensaiou fazê-lo na sua entrevista ao Jornal Nacional, mas logo recuou para sua redoma habitual. O Lula da frente ampla acabou muito parecido com o presidente triunfalista do passado.

Agora, resta menos de um mês. O tempo curto é suficiente para dizer que Lula 3 não será a reprodução de um filme antigo. Sem girar o timão, Lula corre o risco de sofrer a mais dura das derrotas. E de deixar o Brasil à mercê de um bárbaro.

Análises no exterior: Bolsonaro “perde, mas vence” e chega ao segundo turno com “mais impulsos”


Der Spiegel, na Alemanha, analisa a recuperação de Bolsonaro

Nelson de Sá
Folha

Bolsonaro “perde, mas vence” e agora tem “mais impulso”, apontam análises no exterior Na análise da alemã Der Spiegel, com dois enviados ao Brasil, “Bolsonaro perde — e ainda é o vencedor”. Ele passa a ser “mais forte no segundo turno contra Lula”.

Na análise da americana Bloomberg, ele “tem o impulso”, no momento, “antes do segundo turno”. Foi a expressão usada também pelas análises dos ingleses The Economist e Financial Times. Para este, “Bolsonaro pode ter terminado em segundo, mas seus 43,2% o levam para o segundo turno com novo impulso”.

CONTRAPOSIÇÕES – A Bloomberg noticia que os “ativos brasileiros disparam com a corrida chegando ao segundo turno”. Explica que “investidores aplaudiram a exibição de Bolsonaro e apostam que seu adversário de esquerda será forçado a moderar suas posições”. Mas o FT já contrapõe:

“Os investidores se animaram, acreditando que Lula terá que se deslocar mais ao centro. Alguns acreditam que uma vitória de Bolsonaro e políticas mais favoráveis ao mercado são agora possíveis. Mas quem espera o fim dos ataques e da quase total ausência de debate sobre políticas ficará desapontado. O segundo turno trará mais polarização e um maior risco de violência.”

De modo geral, as análises dizem que o bolsonarismo “veio para ficar”.

OUTROS JORNAIS – O francês Le Monde e o inglês The Guardian, jornais usualmente identificados com a centro-esquerda, salientam que “Lula decepciona” e o resultado “é decepcionante para a esquerda”, ainda que o ex-presidente continue “favorito”.

Já veículos identificados com a centro-direita, como o alemão Die Welt, avaliam “a espetacular volta de Bolsonaro” como risco para a Europa:

“Há muito em jogo. Berlim e Bruxelas apostaram tudo em Lula ao impedir a ratificação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, para punir Bolsonaro por sua política de desmatamento. Agora, os europeus precisam da América do Sul rica em recursos.”

POPULISMOS – Curiosamente, a colunista de América Latina do Wall Street Journal, Mary O’Grady, enviada a São Paulo, publica análise crítica de Lula, mas também de Bolsonaro, ambos tratados como “populismo”. Conservadora, ela vê esperança de moderação do presidente:

“Ele cometeu muitos erros. Seu estilo confrontador e muitas vezes vulgar, incluindo críticas ao Supremo, alimenta reações negativas. Ao questionar o sistema de votação, facilitou para os críticos — ofendidos por seus modos grosseiros e sua resistência ao ativismo ambiental — classificá-lo como ‘antidemocrático’. O dia 30 de outubro dará a ele uma segunda chance de conquistar o eleitorado.”

No agregador russo Zen, com agências RIA Novosti e Tass, o destaque de Brasil é a chegada a Santos do navio-tanque com 35 milhões de litros de diesel da Rússia, prometidos por Putin a Bolsonaro.


Moscou não acredita em lágrimas e por isso Vladimir Putin não pretende retroceder

Publicado em 4 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Nord Stream 1 encerrado indefinidamente

O inverno se aproxima e os europeus não pode ficar sem gás

LUIZ RECENA GRASSI
Correio Braziliense  

Chefe da diplomacia russa acusa a União Europeia de fomentar “russofobia grotesca” contra o país e o governo de Vladimir Putin. Serguei Lavrov não lembra, coisa antiga, é que na política do Kremlin não há espaço para situações emotivas. “Moscou não acredita em lágrimas” é clássico do cinema, de Vladimir Menshov e lançado há mais de 40 anos.

Desde séculos, o racional ganha quase todas do emocional, guerra perdida entre corações moles e cabeças frias. Vitória quase permanente do segundo grupo. Exceções para música, dança, literatura, teatro. Ganham espaço quando os racionais descansam.

AMEAÇAS E RESPOSTAS – O chanceler Lavrov sabe o que ocorre, está camuflado. Não crer em lágrimas é pensar diferente, surrupiando o pranto alheio. Anunciados os referendos e depois anexações com bênçãos de votos, foi a vez de União Europeia, Estados Unidos e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tentarem, mas não deu choro.

Igual à convocação de novos e jovens soldados, 300 mil para iniciar o carteado. A resposta boa dos adversários foram mais, dólares de apoio a manifestações ou fugas.

Prováveis problemas no horizonte; garantidos sofrimentos no tempo e distância. Moscou confirmou com garganta seca e olhos vidrados. Nem uma lágrima ou crédito aos inimigos. O carteado cresceu os personagens e aumentou o cacife de fichas altas. Só parou quando a Nord Stream (rede de gasodutos russos) pediu cadeira e vaga para sentar e jogar.

VAZAMENTOS NA GUERRA – A guerra respirava quando surgiram furos, vazamentos. Primeiro dois, depois um terceiro. Semana terminou com quarto vazamento. Quadro geral mais complicado. E a Rússia a apanhar. Otan, EUA, UE e outros aliados menores e de ocasião estiveram próximos de convencer o mundo sobre a culpa do Kremlin, que não verteu lágrima.

Não deu por um triz: Moscou lembrou e provou que EUA, Suécia, Finlândia velejam armados em águas do Báltico, a perturbar a enxaqueca da Praça Vermelha. Bola devolvida para o lado ianque. Acusação dura de sabotagem. Ranger de dentes no máximo.

Chovem dólares na Ucrânia; euros, nem tanto, com a crise na Europa. Ucrânia a defender na contraofensiva até aqui lenta, com sucesso porém, a ideia de vencer Putin. Russos simulam vergonha e cantam na Praça a anexação vinda com muitos votos.

LUTO PELO FIM DA URSS –  No mais, miudeza se em guerra existe: dois bombardeios pra cá, dois pra lá. Vodka com Cola. Ucrânia avança, Rússia defende posições antigas e ataca novas. Amigos de Moscou antecipam queda de Putin antes de o inverno acabar. Profissionais da guerra negam tudo. Tempo de espera substitui época de plantio.

Eu estava lá. No meio da música, momento pueril, hilário, que pode ser lido de dois ângulos: cínicas preocupações europeias, dos EUA, sobre a situação, o futuro da Rússia. Despreparo dos soldados, por exemplo, e atraso tecnológico do país pela guerra.

Russos podem mudar, afirmam os que conhecem o avesso do avesso. De chorar. Lembrei a chegada a Moscou: computadores modernos, aviões com segurança próxima dos cem por cento, o Cosmódromo Gagárin, show de eficiência e na Base Aérea de Kubinka avião supersônico decolava na vertical.

NÃO TINHAM DESIGN – Um detalhe costurava outros. Não tinham design, eram feios. Dois diplomatas curtiram o avião, mas saíram em choque pela falta de beleza e os parafusos aparentes. Não houve problema. Mais detalhe: o narrado refere-se a meios, máquinas, ambientes com mais de 30 anos.

Estavam lá quando cheguei. O cinismo ianque e europeu talvez tenham receios. Se ficar na indigência tecnológica, a Rússia poderá buscar outros parceiros. Sua preferência há três décadas: a China. Por isso muitos tremem. De medo.

Militares não ligam se será Lula ou Bolsonaro, porque nada mudará para as Forças Armadas

Publicado em 5 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Altamiro Borges: Bolsonaro faz novos agrados aos militares - PCdoB

Charge do Nani (nanihumor.com)

Carlos Newton

A principal revelação desse primeiro turno das eleições presidenciais é constatar que o povo brasileiro foi cuidadosamente manipulado para cair na armadilha de uma polarização sinistra e equivocada. Ao contrário do que está acontecendo em outros países importantes, onde existe real ameaça de consolidação dos extremismos, essa situação no Brasil é irreal e forçada.

Nas outras nações que vivem verdadeiramente o fenômeno de ressurreição do nazifascismo, que consequentemente provoca a formação do extremismo de esquerda, o fator principal é a imigração de africanos, orientais e latino-americanos.

NACIONALISMO EM ALTA – Por sua localização geográfica, o Brasil ainda não sente verdadeiramente o efeito da imigração e tem suportado e assimilado as levas de moradores de países vizinhos e de refugiados de áreas em conflito da África e da Ásia.

Nos outros países a imigração desenfreada é um problema que chega a ser insuportável, fazendo reviver negativamente o nacionalismo radical, que o genial pensador inglês Samuel Johnson (!709- 1784) definiu como “é o último refúgio do canalhas”. Johnson cultivava raciocínios duros e pragmáticos. Dizia, por exemplo, que “não importa como uma pessoa morre, mas sim como ela vive”.

Johnson achava que no futuro da civilização haveria abertura de fronteiras e o patriotismo tenderia a esmaecer, mas isso ainda não está acontecendo. Ao contrário, a radicalização aumenta e o Primeiro Mundo destinou aos imigrantes os trabalhos mais sórdidos e de pior remuneração.

GUETOS NAS CIDADES – Os imigrantes vivem em guetos nas cidades ocidentais, onde não existe o fenômeno da acelerada miscigenação racial que caracteriza o Brasil. A situação chega a tal ponto que a Polícia sueca pede que os moradores de Estocolmo não entrem em determinados bairros onde não há presença dos policiais, porque foram banidos pelos moradores.

No Brasil essa situação é comum, em muitos bairros a Polícia só entra à força, mas não existe conotação política. A questão é apenas social, pois o Brasil tenta conviver miséria absoluta e riqueza total, é claro que isso jamais dará certo, a violência tende a se perpetuar.

Mesmo assim, o radicalismo da polarização no Brasil é artificial e vem sendo cultivado politicamente para eleger Lula ou Bolsonaro, que são duas faces da mesma moeda.

SEM AMEAÇAS – A meu ver, nenhum dos dois ameaça à democracia, porque Lula nem é de esquerda e Bolsonaro é de uma direita inofensiva. As Forças Armadas jamais levaram a sério seus delírios ditatoriais, apenas dão apoio ao presidente que lhes garante as regalias e privilégios. Se o nome dele é Lula ou Bolsonaro, para os militares não faz a menor diferença.

Assim, confesso que a política às vezes me dá um certo enfado. No caso atual, por exemplo, a imensa maioria dos brasileiros prefere Lula ou Bolsonaro. Portanto, os dois são considerados os melhores, e é preciso respeitar a vontade do povo.

Pessoalmente, não tenha mais nada a ver com essa disputa, sequer participarei do segundo turno. A quem votou em Lula e Bolsonaro, desejo bom proveito. Ficarei observando de longe, guardando meu título de eleitor para melhor oportunidade.

BALANÇO DE SETEMBRO – Como sempre fazemos, vamos publicar agora o balanço das contribuições feitas ao blog pelos amigos que partilham a utopia de existir um espaço verdadeiramente livre, em termos políticos ideológicos. De início, os depósitos na Caixa Econômica Federal:

terça-feira, outubro 04, 2022

10ª Sessão Ordinária - 2º Período Legislativo - 04/10/2022

Ministro do TSE acata recurso de Eliane Aquino

 Publiciado em 04/10/2022 as 17:17

Em decisão monocrática, o Ministro Sérgio Banhos considerou improcedente a impugnação da candidatura da vice-governadora e candidata a deputada federal, Eliane Aquino (PT), que obteve 66.072 votos no pleito deste ano.

Através de suas redes sociais, Eliane comemorou a decisão. “A justiça foi feita e o que eu digo desde o começo se comprovou: não fiz nada de errado e só tenho orgulho da minha vida pública”, afirmou. 

Com a decisão, os votos de Eliane Aquino serão computados, garantindo a vaga do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados para o deputado federal mais votado do partido, João Daniel.  

Já o Republicanos, que havia eleito dois deputados federais, perde a segunda vaga, ocupada pelo delegado André Davi, que obteve 31.597 votos.

http://www.sergipenoticias.com/

 

Tarcísio espera 'migração natural' de tucanos, mas 'não vê sentido' ter Garcia no palanque

 Terça, 04 de Outubro de 2022 - 18:00

por Redação

Tarcísio espera 'migração natural' de tucanos, mas 'não vê sentido' ter Garcia no palanque
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Candidato do Republicanos ao governo de São Paul, Tarcísio de Freitas disse que espera uma "migração natural" de apoio de quadros do PSDB a sua candidatura. No entanto o ex-ministro de Bolsonaro "não vê sentido" em ter o governador Rodrigo Garcia (PSDB) em seu palanque. Garcia ficou em terceiro lugar na eleição estadual, atrás de Tarcísio e de Fernando Haddad (PT). A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa após reunião com dirigentes do PP.

 

"Eu preguei mudança o tempo todo. Não faz sentido agora estar com eles no palanque. Agora, eu entendo que eles têm capilaridade, têm boas políticas que precisam ser preservadas, entendo que eles podem ter um papel fundamental na eleição do presidente. Mas vou seguir na linha que me comprometi com o estado de São Paulo. Uma linha de mudança, preservando o bom legado", disse Tarcísio.

 

Ele chegou a prometer dar continuidade nas obras e investimentos feitos pelo governo Garcia e que vai assegurar esse compromisso em papel se for preciso.

Bahia Notícias

Após receber apoio de Moro, Bolsonaro elogia o ex-ministro e diz que tudo está “superado”

Publicado em 4 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

BOLSONARO RECEBE APOIO DE SERGIO MORO - YouTube

Moro manifesta apoio e Bolsonaro relevs as divergências

Guilherme Mazui e Gustavo Garcia
g1 — Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou nesta terça-feira (4) o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, senador eleito pelo União Brasil no Paraná, e disse que o desentendimento que teve com o ex-juiz da Lava Jato está “superado”.

Antes da declaração de Bolsonaro, Sergio Moro anunciou apoio ao presidente no segundo turno da eleição presidencial.

INTERFERÊNCIA NA PF – Quando Bolsonaro assumiu o mandato em 2019, nomeou o ex-juiz da Lava Jato para ser ministro da Justiça. Em abril de 2020, Sergio Moro deixou o governo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal – instituição subordinada ao Ministério da Justiça (relembre a saída de Moro no vídeo abaixo).

Na ocasião, Bolsonaro acusou Moro de condicionar uma troca no comando da PF a uma indicação do ex-juiz a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta terça-feira, o candidato do PL à reeleição disse que conversou por telefone com Sergio Moro e disse ter “certeza de que Sergio Moro será um grande senador”.

ADMITINDO ERROS – “Olha só, todos nós evoluímos. Eu mesmo errei no passado em alguns pontos e a gente evolui para o bem do nosso Brasil. Eu não posso querer impor a minha agenda pessoal. O Cláudio Castro [governador reeleito do Rio] mesmo já interferiu em algum momento conversando como devia me reposicionar em algum momento. Então erramos, pedimos desculpas. Não temos compromisso com erro e nós vamos evoluir”, disse.

O presidente deu a declaração durante entrevista no Palácio do Planalto e também afirmou que quer ter “um novo relacionamento” com o ex-juiz.

“Tá superado tudo. E daqui pra frente é um novo relacionamento. Ele pensa, obviamente, no Brasil e quer fazer um bom trabalho para o seu país e para o seu estado. Então passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que, cada vez mais, nos entendermos pra melhor servimos a nossa pátria. Ele mesmo, quando chegou aqui, como ministro não tinha nenhuma experiência política”, declarou Bolsonaro.

NADA DESABONADOR – O candidato do PL disse ainda desconhecer algo que seja “desabonador” que o permita criticar Sergio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol. O ex-procurador foi eleito deputado federal pelo Paraná e também declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno.

“Ele [Moro] mesmo, quando chegou aqui como ministro, não tinha nenhuma experiência política. Talvez isso tenha contribuído para alguns deslizes. Hoje em dia, o passado faz parte do passado. Não tenho nada desabonador para criticar o Sérgio Moro ou o Dallagnol, muito pelo contrário”, afirmou Bolsonaro.

Também nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o apoio do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O anúncio foi feito após reunião entre os dois no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência da República em Brasília.

OUTROS APOIOS – Na sequência, o candidato do PL se reuniu com o governador reeleito do Rio, Cláudio Castro (PL) no Palácio do Planalto – sede do governo na capital federal. Castro reiterou apoio a Bolsonaro no segundo turno.

O candidato do PL, que diz acreditar na reeleição, afirmou também que teve conversas com outros governadores reeleitos – Ronaldo Caiado (União Brasil) em Goiás e Ratinho Junior (PSD) no Paraná – e que poderá se reunir nesta terça com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou de fora do segundo turno da disputa no estado.

Bolsonaro disse ainda estar à disposição para conversar com ACM Neto (União Brasil), candidato que disputará o segundo turno da disputa estadual na Bahia contra o petista Jerônimo Rodrigues. O presidenciável do PL faz nesta terça a primeira viagem da retomada da campanha. Bolsonaro participará de dois encontros religiosos da igreja evangélica Assembleia de Deus na cidade de São Paulo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moro vinha sendo criticado por não saber agir como político. Agora, como agiu como político ao apoiar Bolsonaro como o “menos ruim”, vai continuar levando pancada do mesmo jeito,  Porém, é preciso entender que Moro está certo. Político não pode ficar em cima do muro. É preciso tomar posição. (C.N.)

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