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terça-feira, janeiro 04, 2022

Com quase R$ 5 bilhões do Fundo Eleitoral, a velha política está turbinada para buscar votos

Publicado em 4 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Alvaro Dias on Twitter: "@Marcelo46898930 Estamos juntos nessa luta contra  o Covid-19!! Todo dinheiro é necessário nesse momento de crise!!  #EquipeAlvaroDias" / Twitter

Charge do Zé Dassilva (NSC Total)

Jorge Vasconcelos
Correio Braziliense

Três anos depois da eleição que promoveu uma grande renovação na Câmara e no Senado, em meio à onda anticorrupção que ajudou Jair Bolsonaro (PL) a conquistar a Presidência da República, o balanço desse período sinaliza que o mesmo fenômeno não deve ocorrer no pleito de 2022.

A atual legislatura começou com 243 deputados federais eleitos pela primeira vez, o que corresponde a 47,3% das cadeiras da Câmara. No Senado, a mudança foi ainda maior: das 54 vagas em disputa, 46 foram ocupadas por estreantes — 85%.

NADA DE NOVO – Desde então, porém, a alardeada renovação se limitou a novos rostos. Nesses três anos, vários deputados e senadores eleitos com a bandeira do bolsonarismo acabaram se tornando adversários do governo, em meio a uma sucessão de crises.

Isso aconteceu, por exemplo, com parlamentares do PSL, em razão de um racha interno no partido pelo qual o presidente foi eleito. Sem o apoio do Planalto, que envolve, entre outras benesses, a liberação de emendas, muitos desses congressistas caíram no anonimato.

Ao mesmo tempo, o que se viu, nesse período, foi o fortalecimento da chamada “velha política”, que o bolsonarismo prometia erradicar. O Centrão, por exemplo — bloco partidário sem coloração ideológica definida e que, tradicionalmente, apoia os governos —, ficou ainda mais poderoso ao se aliar a Bolsonaro.

ORÇAMENTO SECRETO – Com o controle da destinação de verbas de emendas parlamentares, sobretudo as do orçamento secreto, esse grupo tem privilegiado políticos veteranos, que ganham fôlego para tentar a reeleição neste ano.

Outro fator que pode inibir uma grande renovação no Congresso é o valor do fundo eleitoral, aumentado pelo Congresso de R$ 2 bilhões para R$ 4,9 bilhões. A distribuição desses recursos, segundo analistas, deve privilegiar candidatos que estão no exercício do mandato.

A queda de popularidade de Bolsonaro também tem potencial para impactar as eleições proporcionais. O apoio declarado do presidente a postulantes ao Congresso não deve ter o mesmo peso de três anos atrás.

LULA DE VOLTA – Por outro lado, o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Planalto, apontado pelas pesquisas, pode refletir positivamente nas campanhas de candidatos de partidos progressistas ao Congresso, sobretudo se houver uma federação de legendas de esquerda.

“O arquivamento dos processos do Lula deu gás grande para a esquerda em geral e para o PT, em particular. O PT tinha apoio popular abaixo de 15%; hoje, chega a 28%. Isso vai se reverter em votos”, avalia Antônio Augusto Queiroz, analista político e diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Segundo ele, os partidos progressistas, reunidos em uma federação, disputarão, em melhores condições, as chamadas sobras eleitorais — vagas não preenchidas pelo quociente eleitoral. “Quem tem mais votos no conjunto se beneficia. Por exemplo: os partidos de esquerda, separados, teriam 15 cadeiras a menos do que terão juntos, como uma federação”, frisa Queiroz.

TERCEIRA VIA – Já o cientista político e pesquisador Leonardo Queiroz Leite chama a atenção para os possíveis impactos que a construção de uma terceira via, formada por siglas de centro-direita, terá nas eleições proporcionais. “Uma questão que nós temos de observar é a força que a chamada terceira via terá, principalmente após a filiação do (ex-juiz da Lava-Jato Sergio) Moro ao Podemos. É um campo conservador, de direita, mas não uma direita tosca, estridente, extremista, negacionista, como esta que está com Bolsonaro”, enfatiza Queiroz.

Ele também compartilha da opinião de que este não deve ser um ano positivo para os candidatos que pretendem atrelar sua imagem à do presidente.

“É preciso observar o declínio de Bolsonaro, que está cada vez mais evidente, com elevadas taxas de reprovação, queda de popularidade, enfim. Isso tende a refletir naqueles candidatos ao Congresso que tentam ir nessa onda, que, na minha avaliação, deve ser mais fraca do que aquela do bolsonarismo, do antipetismo, do lavajatismo, que impulsionou Bolsonaro e uma grande bancada”, acredita o especialista.

João Batista Damasceno: Censura, liberdade de expressão e Poder Judiciário

 

Uma charge do cartunista Nando Motta, no presente momento, é objeto de uma ação movida contra o artista pelo empresário Luciano Hang. A charge alvo da censura compara o dono da Havan a personagens de filmes de terror, por seu comportamento durante a pandemia da covid-19

                                                               João Batista Damasceno - Divulgação



No último dia 7, o Código Penal completou 81 anos. No capítulo dos crimes contra a honra trata de calúnia, difamação e injúria. Calúnia é a falsa imputação de crime a uma pessoa. Difamação é a imputação falsa de fato, não criminoso, ofensivo à honra da vítima, e injúria é a ofensa à honra de uma pessoa. Mesmo o código editado durante o Estado Novo dispõe, em seu Art. 142, que não constituem injúria ou difamação punível a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica. Trata-se, portanto, de conduta lícita.
Apesar da expressa disposição de lei sobre a licitude da crítica literária, artística ou científica, artistas vivem sendo processados por suas obras. O Código Penal Italiano editado pelos fascistas dizia que a arte não seria criminalizada. Mas não faltaram juízes, arrogando-se o papel de críticos de arte, definindo se determinadas obras tinham valor artístico ou não, a fim de isentar ou punir os artistas. Previamente os juízes definiam se estavam diante de uma obra de arte ou não e, desprezando o valor artístico de algumas, puniam os autores. Os ‘críticos de arte togados’ isentavam de pena apenas aqueles cujas obras reconheciam como dignas de valor artístico.
A Constituição da República de 1988 dispõe que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Inexiste, e não pode existir, um Departamento de Censura, como existia, na Polícia Federal, durante a ditadura empresarial-militar. Mas não faltam recursos ao poder judiciário requerendo censura, sob o fundamento da defesa de direitos de quem se sente incomodado com obra de arte ou literária.

Uma charge do cartunista Nando Motta, no presente momento, é objeto de uma ação movida contra o artista pelo empresário Luciano Hang. A charge alvo da censura compara o dono da Havan a personagens de filmes de terror, por seu comportamento durante a pandemia da covid-19. Nando Motta é um chargista que integra o coletivo Jornalistas pela Democracia e como artista conectado com a realidade retrata criticamente, em seus traços, as ocorrências do cotidiano. Arte é uma forma especial de manifestação do pensamento e dos sentimentos. Desenhos para agradar aos poderosos não são arte, mas publicidade.

A reação ao processo do empresário contra o artista veio de forma coletiva e através do mesmo processo, qual seja, a arte. Tal como ocorreu com o chargista Aroeira, em 2020, quando foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional por uma charge que associava o presidente Jair Bolsonaro a uma suástica, símbolo do nazismo, diversos artistas continuaram a publicar charges inspiradas na obra original. Assim, uma charge que ensejou processo contra um artista passou a ser motivo para charges de outros artistas, que tomaram a obra processada como motivo para as suas expressões.
Inspirados na charge original, objeto da censura, artistas diversos fizeram mais de 70 reproduções, num movimento que ficou conhecido como “charge continuada”. A participação de diversos artistas renomados, como Laerte, Miguel Paiva, Nico e o próprio Aroeira é uma reação da sociedade que não aceita o retorno ao tempo no qual as obras artísticas, literárias e científicas eram censuradas por órgãos policiais cuja existência foi proibida pela Constituição Cidadã de 1988, ainda que hoje tentem utilizar o Poder Judiciário contra as liberdades.
As liberdades estão em risco no Brasil. Por uma frase, o jornalista João Paulo Cuenca foi alvo de grupo que lhe moveu ações em localidades diversas do país, dificultando sua defesa. O mesmo já acontecera com a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S. Paulo, e com o jornalista Cláudio Humberto e o jornal O DIA. Até parlamentares, por seus posicionamentos ideológicos, têm sido alvo de ações por meio de indevido recurso ao Judiciário. O Judiciário tem sido usado para fim que não o da garantia das liberdades. Lawfare, assédio judicial e demandas opressivas têm sido comuns. Isto ensejou que o deputado Paulo Ramos propusesse projeto de lei, já aprovado na Câmara dos Deputados, possibilitando a reunião de ações quando propostas em lugares distintos para dificultar a defesa do demandado.
O ano se encerra. Um novo ano se iniciará e todas estas ocorrências poderão permanecer se não tivermos comportamentos diversos dos que tivemos até hoje. Não basta que mude o ano. Precisamos mudar as atitudes. Que o ano de 2022 nos propicie as mudanças de comportamentos necessárias para que vivamos num Brasil justo, humano, solidário e livre.
João Batista Damasceno é doutor em Ciência Política (UFF), professor adjunto da UERJ e desembargador do TJ/RJ membro do colegiado de coordenação regional da Associação Juízes para a Democracia/AJD-RIO.
https://odia.ig.com.br/

Mortes associadas a Covid-19 em crianças são maiores no Brasil, diz médica da Pfizer

por Erem Carla

Mortes associadas a Covid-19 em crianças são maiores no Brasil, diz médica da Pfizer 
Foto: Reprodução / Tv Brasil

A diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, afirmou nesta terça-feira (04), que a taxa de letalidade de mortalidade associadas a Covid-19 em crianças e adolescentes, menores de 19 anos, são muito maiores no Brasil que as registradas em países como Estados Unidos e Reino Unido. 

 

Na audiência pública sobre a vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos que acontece nesta manhã, a médica defendeu a vacinação contra a Covid-19 desse público e disse que as crianças também podem sofrer sequelas pós Covid-19 ou evoluir para a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, uma das mais graves no Brasil.

 

Marjori ainda informou que até 13 de novembro de 2021 foram confirmados 1.377 casos de síndrome inflamatória sistêmica pediátrica associada a Covid-19 em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos e que 27,4% desses casos aconteceram em crianças de 5 a 9 anos. 

 

“É importante ressaltar que aproximadamente 2% dessas crianças hospitalizadas por síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica não tinham comorbidades, ou seja, a doença pode sim acontecer em crianças saudáveis”, afirmou a diretora. 

 

Marjori aproveitou para ressaltar a aprovação da vacina infantil, fabricada pela farmacêutica Pfizer, feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 16 de dezembro de 2021

Bahia Notícias

Comandante da Marinha usou avião da FAB para viajar no Natal


Comandante da Marinha usou avião da FAB para viajar no Natal
Foto: Divulgação / Defesa Aérea e Naval

O comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para passar o Natal no Rio de Janeiro. De acordo com a coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o comandante não informou ter cumprido nenhum compromisso oficial no período, o que contraria as regras para o uso de aviões da FAB por autoridades.

 

Ainda segundo a apuração, o comandante levou mais cinco pessoas que não tiveram a identidade revelada. O avião saiu de Brasília às 13h10 do dia 24 de dezembro. Quatro dias depois, um voo da FAB com o comandante e mais cinco acompanhantes partiu do Rio de Janeiro às 16h10 do dia 28 de dezembro, uma terça-feira.

 

A FAB aponta que a viagem foi a serviço, o que não foi comprovado pela Marinha. O decreto que regulamenta o uso desses aviões mantidos com dinheiro público, assinado por Jair Bolsonaro no início de 2020, aponta que no caso de viagens a serviço é necessário registrar em agenda oficial o compromisso público da autoridade. Isso não aconteceu.

 

A agenda oficial de Garnier não mostra compromisso oficial algum no período em que o militar esteve no Rio de Janeiro. Segundo os documentos públicos, a única atividade de trabalho que o almirante cumpriu na capital carioca foi “despachos internos” em 28 de dezembro, na manhã antes do voo. Ou seja: o comandante poderia ter voado de FAB apenas no dia 28, e não quatro dias antes, logo antes do Natal.

 

Questionada, a Marinha se recusou a responder o motivo da viagem do comandante e quem eram os outros integrantes da comitiva.

Bahia Notícias

Bolsonaro sanciona volta da propaganda partidária e veta compensação fiscal a emissoras

Bolsonaro sanciona volta da propaganda partidária e veta compensação fiscal a emissoras
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

A lei que prevê a volta da propaganda partidária no rádio e na televisão foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com o Diário Oficial da União desta terça-feira (04). Segundo a lei, a propaganda partidária efetuada será realizada entre 19h30 e 22h30, em rádio e TV, nacional e estadual.

 

A propaganda partidária existia até 2017, quando o Congresso extinguiu esse tipo de inserção. Diferente do conhecido horário eleitoral, a propaganda partidária é uma transmissão anual que beneficia os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e funciona como uma forma de divulgação da legenda para atrair novos filiados.

 

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o presidente também acatou a sugestão do Ministério da Economia de vetar, no texto aprovado pelo Congresso em dezembro, um trecho prevendo que emissoras teriam direito a compensação fiscal pela cessão do horário.

 

Segundo o Palácio do Planalto, o trecho fere a Lei de Responsabilidade Fiscal e a de Diretrizes Orçamentárias de 2021.

 

As transmissões serão feitas em bloco, por meio de inserções de 30 segundos e ocorrerão no intervalo da programação normal das emissoras. Do tempo total disponível para o partido político, no mínimo 30% deverão ser destinados à promoção e à difusão da participação política das mulheres.

 

A formação das cadeias será autorizada respectivamente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), que ficarão responsáveis pela necessária requisição dos horários às emissoras.

Bahia Notícias

Lula supera Sergio Moro com biografia em lista de livros mais vendidos

por Folhapress

Lula supera Sergio Moro com biografia em lista de livros mais vendidos
Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução/Facebook/Lula

O primeiro volume da biografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrita por Fernando Morais e publicada pela Companhia das Letras, apareceu à frente do livro autobiográfico do ex-juiz Sergio Moro, editado no selo Primeira Pessoa da Sextante, na mais recente lista de livros mais vendidos elaborada pela Nielsen.
 

Divulgado em parceria com o portal especializado PublishNews, o ranking traz o livro sobre o petista em sexto lugar entre as obras de não ficção, enquanto "Contra o Sistema da Corrupção", do ex-magistrado hoje filiado ao Podemos, aparece na 16a posição.
 

Lula e Moro são dois dos principais presidenciáveis na disputa eleitoral que acontecerá em outubro e ocupam posições antagônicas desde a época da Operação Lava Jato, quando o então juiz foi responsável pela condenação do ex-presidente à prisão, depois anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
 

Enquanto o volume escrito por Morais, também autor de obras como "Olga" e "Chatô", não parte da pretensão de ser uma biografia oficial do petista --apesar da proximidade do autor com o ex-presidente--, o livro de Moro tem caráter mais confessional, buscando oferecer o ponto de vista do ex-magistrado sobre problemas nacionais sem contrapontos.
 

É a primeira vez que as duas biografias aparecem na lista de best-sellers da Nielsen, que é elaborada mensalmente e, nesta edição, contabiliza os livros brasileiros vendidos no varejo de 8 de novembro a 5 de dezembro, época em que ambos os livros foram lançados.
 

Newsletter Tudo a ler Receba no seu email uma seleção com lançamentos, clássicos e curiosidades literárias; aberta para não assinantes. *** A Companhia das Letras já tratava a biografia de Lula como uma de suas maiores apostas para 2021, com o lançamento estrategicamente marcado para o fim de novembro, época em que as editoras publicam livros com potencial de render boas cifras nas festas de final de ano.
 

O segundo volume do projeto de Fernando Morais não deve sair antes de 2023, já que a editora tem intenção de evitar o lançamento em período eleitoral.
 

No topo da lista, que não diferencia livros de negócios e autoajuda de outros gêneros de não ficção, reinam os best-sellers "Do Mil ao Milhão", de Thiago Nigro, "Mindset Milionário", de José Roberto Marques, e "O Poder da Autorresponsabilidade", de Paulo Vieira.

Bahia Notícias

Governadores estão certos: sem reajuste salarial, funcionários não podem enfrentar os preços

Publicado em 4 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Rodrigo (expresso.pt)

Pedro do Coutto

Vinte e dois governadores estaduais anunciaram reajuste aos funcionários públicos a partir de janeiro deste ano. Antes, portanto, do prazo máximo para qualquer aumento nominal que se esgota no mês de abril, seis meses antes das eleições.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se encontra entre os governadores que concedem o reajuste. O governador de São Paulo, João Doria, ao contrário, e também o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

SEM REPOSIÇÃO – A decisão é lógica. Os funcionários encontram-se desde 2017 sem uma reposição inflacionária. Enquanto isso os preços sobem sem parar. Chega a um ponto, como estamos muito próximos, de uma impossibilidade de saldar os compromissos obrigatórios, como é o caso da alimentação, da energia elétrica, das tarifas de transporte, do gás e das despesas com as escolas dos filhos, incluindo cadernos e livros.

Esses dados já bastam para destacar bem nitidamente a impossibilidade de os salários congelados poderem enfrentar a escala incessante dos preços. No O Globo, Marlen Couto e Bernardo Melo, numa excelente reportagem, focalizam o problema e apresentam a relação dos governadores, dividindo-os entre os que estão dispostos a reajustar o funcionalismo e os que sustentam não ter condições.

POSIÇÃO DE DORIA  – Compreensível, em consequência das inundações que atingiram o seu estado e desabrigaram mais de 600 mil pessoas, o governador Rui Costa da Bahia. A posição do governador João Doria vai deixá-lo muito mal junto ao eleitorado paulista, tanto em seu voo para Brasília, quanto em relação ao seu apoio ao vice-governador.

Enquanto isso, Geralda Doca e Eliana Oliveira, também O Globo de ontem, destacam declarações do ministro Paulo Guedes de que vai continuar lutando pela sua agenda, mesmo neste ano eleitoral que altera o ambiente político do país. Reconhece que está enfrentando dificuldades, inclusive em seu projeto de privatizações de empresas estatais.

PIB FRACO –  Na manhã de ontem, a GloboNews divulgou declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prevendo inflação de apenas 5% no ano que começa. Disse também que o Produto Interno Bruto deve crescer apenas 0,36%. Um desastre, pois a população cresce 1% a cada 12 meses e o PIB não pode perder a corrida contra a taxa demográfica, pois neste caso cai a renda per capita brasileira.

Na edição de ontem, Folha de S.Paulo, Larissa Garcia, em reportagem de grande destaque, assinala que Roberto Campo Neto vai divulgar o sexto documento de sua administração para tentar justificar o índice inflacionário fora da meta. Ele, conforme assinalei, prevê 5%. Mas é a antiga questão, 5% sobre o quê? Sobre os 10,7% do ano passado? Ou 5% sobre a situação anterior a 2021? Sim, pois são situações diversas.

Médico examina Bolsonaro e descarta cirurgia, pois a obstrução intestinal está sendo resolvida

Publicado em 4 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Médico de Bolsonaro diz que presidente provavelmente não precisará de nova  cirurgia - 03/01/2022 - Poder - Folha

Antonio Macedo diz que Bolsonaro já está se recuperando

Guilherme Caetano
O Globo

O médico Antônio Luiz Macedo, responsável pelo tratamento de Jair Bolsonaro, descartou, por hora, uma intervenção cirúrgica no presidente, já que a obstrução intestinal foi resolvida. Bolsonaro está internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde a madrugada da segunda-feira.

De acordo com o boletim médico divulgado às 8h48 desta manhã, “o quadro de suboclusão intestinal se desfez, não havendo indicação cirúrgica. A evolução do paciente clínica e laboratorialmente segue satisfatória e será iniciada hoje uma dieta líquida”. O hospital informou que ainda não há previsão de alta.

PASSOU MAL – Bolsonaro, que estava de férias em Santa Catarina, afirmou ter passado mal após o almoço de domingo. Ele desembarcou em São Paulo e foi direto ao hospital, onde deu entrada em razão de um “desconforto abdominal”, de acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Macedo estava de férias nas Bahamas e precisou embarcar de volta ao Brasil ainda na segunda-feira para avaliar o presidente. Ele acompanha Bolsonaro desde 2018, quando operou o então candidato do PSL após a facada na campanha eleitoral.

É a segunda vez em seis meses que o presidente é internado em São Paulo por conta de dores abdominais. Em julho de 2021 ele teve alta após cinco dias com diagnóstico de obstrução intestinal. Na ocasião, Macedo afirmou que o presidente deveria se alimentar com alimentos não fermentados para evitar a formação de gases, e descartou a realização de uma sétima cirurgia.

A obstrução intestinal ocorre quando há bloqueio de parte do intestino, o que impede o funcionamento normal do sistema digestivo ou a passagem das fezes. Em julho passado, Bolsonaro reclamava de soluços persistentes havia mais de dez dias até ser internado.

A chamada suboclusão intestinal é o nome dado a uma obstrução mais branda, que impossibilita o fluxo natural de alimentos pelo intestino, mas pode ser tratada por medicamentos, como é o caso atual. Segundo médicos, cirurgias são indicadas apenas quando o tratamento clínico não surte efeito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Antes desta crise, o cirurgião Antonio Luiz Macedo já havia avisado que Bolsonaro precisa fazer uma nova operação, para corrigir aderências que surgiram após ser implantada uma rede em seu abdome. Mas Bolsonaro quer ir levando adiante sem a nova cirurgia, e assim tem sido feito. (C.N.)

Campanha eleitoral agora significa apedrejar os adversários e jornalistas nas redes sociais

Publicado em 4 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Festival de preconceito nas redes sociais

Charge do Duke (O Tempo)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Como alguém pode ser acusado de ser, ao mesmo tempo, responsável pela eleição de Bolsonaro, fanático por Lula, direitista, petista, comunista, tucano e fazer campanha para Sérgio Moro? Pois é. Muitos, incontáveis, são atacados assim. Eu, inclusive.

Esse Frankenstein, metamorfose ambulante ou geringonça política é uma das ficções criadas nas redes sociais pela irracionalidade e polarização da política brasileira. E quem cai nessa rede será, certamente, um saco de pancadas de variados militantes doentios neste ano eleitoral de 2022.

SEREMOS APEDREJADOS – Preparem-se jornalistas, analistas, cientistas políticos, responsáveis por pesquisas e, de forma mais direta, os ministros do Supremo, apedrejados pelos petistas no mensalão e no petrolão e agora pelos bolsonaristas, após a anulação dos processos contra Lula que permitiu o que o próprio Supremo havia lhe negado em 2018: a candidatura à Presidência. Favorito em 2022, Lula é a maior ameaça à reeleição de Bolsonaro.

Além disso, o Supremo serve de anteparo aos ataques do presidente e do governo a isolamento social, máscaras, vacinas, ciência e realidade e foi também quem deu um basta ao gabinete do ódio e à indústria de fake news e ataques às instituições – principalmente ao próprio STF.

Isso tende a disparar em 2022, já que Bolsonaro dobrou a aposta em suas maluquices até o finzinho de 2021, com falas, live e pronunciamento, entre um jetski e outro, insistindo em desmoralizar urnas eletrônicas, a “gana por vacinas” e a exigência de imunização.

SUPREMO REAGE – Marcelo Queiroga, da Saúde, dificulta a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, com invenções como receita médica e consulta pública, e a ministra Cármen Lúcia entrou em ação. Milton Ribeiro, da Educação, emergiu do anonimato e do silêncio durante o caos nas escolas na pandemia, para impedir universidades federais de exigir vacinas, e o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a decisão. Ambos no último dia de 2021.

Como gato e rato, o governo faz loucuras, o STF desfaz. E, assim como Bolsonaro se tornou o maior cabo eleitoral de Lula, também conseguiu unir a Corte. Os ministros viviam às turras, não vivem mais. “Estamos mais protegidos contra disputas internas”, diz um deles, preparando-se para a guerra de 2022.

Os ataques, porém, não serão só dos bolsonaristas nem só contra o Supremo. Serão de todos contra todos e as geringonças políticas, como boa parte dos jornalistas, estaremos no meio do tiroteio, expondo e comentando fatos e com crise existencial. Como alguém pode ser bolsonarista, lulista, tucano e morista, tudo ao mesmo tempo? Só na Terra plana da internet.


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