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terça-feira, junho 08, 2021

Bolsonaro acelera o passo na estrada que pode levá-lo ao autoritarismo

Publicado em 8 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Nani (nanihumor.com)

Pedro do Coutto

Os últimos acontecimentos na área política e na esfera militar assinalam o ingresso mais rápido de Jair Bolsonaro na estrada que separa a democracia  do reencontro do governo com o tempo que antecedeu a posse de José Sarney na Presidência da República.

O propósito de Bolsonaro ganhou mais nitidez com a solução aplicada ao episódio Eduardo Pazuello na caravana de motociclistas no Rio de Janeiro. Bolsonaro firmou o seu conceito contra a punição do ex-ministro da Saúde que assumiu a Secretaria de Logística, cargo criado para circunstâncias do momento, representando também um alinhamento das Forças Armadas ao lado do sombrio objetivo que, no fundo, em seu conteúdo propõe a destruição da democracia.

RUMOS INCERTOS – Merval Pereira, no O Globo de domingo, e Fernando Gabeira, no O Globo desta segunda-feira, focalizam os rumos incertos nos quais trafega o presidente da República. Ele não deseja somente ser reeleito. Na realidade, está disposto a abrir mão da democracia se mantiver o apoio militar para a sua aventura golpista.

Para alguém que em 2020 iniciou a campanha sucessória para as urnas de 2022, Bolsoanro demonstra tacitamente que alcançou o poder e desse poder não deseja se afastar. E, de preferência, sem o apelo às urnas. O apelo de Jair Bolsonaro agora dirige-se mais para as armas, pois sentiu, de acordo com a pesquisa no Datafolha a qual me referi ontem, que não baterá Lula da Silva na disputa de 2022.

CONTRA A DEMOCRACIA – A anulação das sentenças contra Lula levou a um novo panorama que não é desconhecido para aqueles que, apoiando Bolsonaro, não escondem que rejeitam a democracia. Aliás, é só recorrer ao arquivo de imagens sobre a manifestação de Brasília em frente ao Forte Apache, quando radicais da direita ostentavam cartazes destacando a ditadura militar como o melhor caminho para Bolsonaro transformar-se de presidente em um imperador. Com esses apoiadores e com as forças militares com as quais Bolsonaro conta, aponta-se uma solução de força fazendo a democracia submergir no lago da capital.

Além das duas análises as quais me referi, de Merval Pereira e Fernando Gabeira, pode-se acrescentar uma série de artigos de Ruy Castro, na Folha de São Paulo, iluminando o trajeto sombrio que coloca em risco a população brasileira. Um recuo no tempo e a volta de um regime de exceção que tantas marcas deixou na história brasileira. As forças democráticas necessitam se unir imediatamente porque, se divididas, permitirão a escalada que Bolsonaro tanto pretende para se estabelecer no topo do poder.

SEM FISCALIZAÇÃO –  Na noite de domingo, o Fantástico da TV Globo focalizou os mais recentes desabamentos na Zona Oeste do Rio que se sucederam em construções de edifícios sem o menor critério de segurança. Outro dia aconteceu na região do Muzema, com pessoas perdendo suas vidas. Na última semana, o mesmo ocorreu em Rio das Pedras. Onde está a fiscalização da Prefeitura ? Onde está a fiscalização do governo estadual? Em lugar algum, tanto é que as milícias e o tráfico de drogas estão ocupando espaços cada vez maiores na Cidade.

A corrupção se transformou em rotina, de exceção à regra. E, nessa regra, só os bandidos dominam. O Rio de Janeiro é um exemplo dramático da desonestidade e um desafio à Segurança Pública.

No Rio governos se sucederam ao ritmo das prisões. Agora mesmo, na última semana, o ex-governador Fernando Pezão  foi condenado a mais de 20 anos de prisão. Está se tornando cada vez menos possível o combate aos crimes que a cada dia ocupam maiores espaços. Ninguém se iluda: mantido o ritmo atual, não se poderá mais sair de casa no império da ilegalidade e da desordem. O Brasil e o Rio de Janeiro estão sob ameaça.

Ministro indica compra de 90 tratores e 21 máquinas com verbas do orçamento secreto

 Publicado em 8 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Rogério-Marinho

Marinho não tem como explicar tanta generosidade

Breno Pires
Estadão

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, empenhou recursos do orçamento secreto para a compra de 90 tratores, nove motoniveladoras e 12 pás carregadeiras para o Rio Grande do Norte, seu estado de origem. As verbas foram direcionadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Revelado numa série de reportagens do Estadão, o orçamento secreto é um esquema criado pelo governo de Jair Bolsonaro, no ano passado, para beneficiar aliados políticos com indicação de destinação de recursos das emendas de relator-geral (de sigla RP9) e garantir apoio no Congresso.

DEPOIMENTO – Marinho vai depor hoje na Comissão de Trabalho da Câmara. Deputados querem que o ministro explique o esquema do orçamento secreto montado pelo governo, como revelou o Estadão.

Apesar de declarar que o Legislativo tem o domínio do orçamento secreto, Marinho também teve sua cota de indicações dentro do total de R$ 3,3 bilhões empenhados pelo governo federal em dezembro, só da parte do Ministério do Desenvolvimento Regional. Dos R$ 130 milhões que o gabinete do ministro direcionou — sem ser a pedido de parlamentares —, dois terços (R$ 88 milhões) têm como destino o Rio Grande do Norte.

Os preços previstos para essas aquisições superam os valores que a Codevasf vai pagar para a compra de máquinas dos mesmos tipos também com recursos originários das emendas de relator-geral do orçamento. Além disso, estão acima da tabela de referência de preços da própria pasta.

OUTROS CONVÊNIOS – Do montante definido pelo gabinete do ministro, R$ 76,4 milhões serão executados pela Codevasf. Além disso, a pasta firmou convênios com municípios do Rio Grande do Norte com valores que, ao todo, chegam a R$ 11,5 milhões.

Os investimentos vão para pavimentação, compra de máquinas, perfuração de poços artesianos e implantação de sistema de abastecimento de água em vilas.

As indicações aparecem com a sigla “GM” (Gabinete do Ministro) no planilhão elaborado pelo ministério, em que se pode ler os nomes de mais de 285 parlamentares dos agraciados com cotas dentro do bolo de R$ 3,3 bilhões que a pasta do Desenvolvimento Regional empenhou em dezembro, enquanto o governo articulava para eleger o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) presidente da Câmara dos Deputados e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) presidente do Senado.

DIFERENÇA DE PREÇOS – Indicado pelo ministro, um Termo de Execução Descentralizada (TED) prevê a compra de 90 tratores agrícolas, pela Codevasf, junto à empresa CNH Industrial Brasil LTDA, pelo preço de R$ 112 mil por unidade, com custo total de R$ 10 milhões, para entrega no Rio Grande do Norte.

Por outro lado, a Codevasf vai pagar por cada um dos onze tratores que vai entregar em Pernambuco o preço de R$ 92 mil. Nos dois casos, os tratores têm 75 cavalos e tração 4×4. Apesar disso, a diferença de custos, no entanto, é de 21%.

Além dos tratores, o ministro também indicou a compra de motoniveladoras com valores elevados. No Portal da Transparência, é possível ver que a empresa XCMG Brasil Indústria LTDA fornecerá à Codevasf no Rio Grande do Norte nove máquinas do tipo ao preço unitário de R$ 695,5 mil. O valor representa 43% a mais do que a própria Codevasf vai pagar à mesma empresa XCMG por cada uma das seis motoniveladoras que serão entregues em Minas Gerais também com recursos do orçamento secreto — o custo unitário sairá por R$ 462 mil, de acordo com o Portal da Transparência.

MAIS DIFERENÇAS – Também está prevista a compra de doze pás carregadeiras com valor unitário de R$ 345 mil, via Codevasf, junto à empresa Otmiza, para entrega no Rio Grande do Norte. O valor por é cerca de R$ 95 mil a mais do que a Codevasf pagará para a entrega de pás carregadeiras em Minas — R$ 249 mil.

Os valores totais para as aquisições dessas máquinas pesadas para o Rio Grande do Norte são R$ 20,4 milhões. Se fossem praticados os preços que a Codevasf pagará em outros estados, por itens do mesmo tipo, a economia seria de R$ 5 milhões.

O uso das verbas por indicação do gabinete do ministro contradiz a versão apresentada por Marinho sobre quem controla o destino dos recursos da emenda de relator-geral do orçamento, chamada de RP9.

ALEGA “PRERROGATIVA” – O ministro afirma que é “prerrogativa” do Congresso o direcionamento dos valores. O Estadão tem mostrado que a definição cabe ao governo, mas o Executivo resolveu entregar a aliados o controle do orçamento em dezembro de 2020. A destinação, como foi feita, descumpriu regras orçamentárias e vetos do presidente Jair Bolsonaro, e foi feita de maneira desigual, priorizando apoiadores do governo.

A pasta atribuiu a fatores logísticos e geográficos os custos elevados das máquinas que serão compradas pela Codevasf para o Estado, na comparação com os preços que a empresa pagará em outros estados por itens do mesmo tipo. As compras, segundo o ministério, acontecem em diferentes processos licitatórios, estados e quantidades. “A regionalização das licitações é prática consolidada que segue recomendações dos órgãos de fiscalização e controle. Fatores logísticos, como frete, quantidade de equipamentos e impostos, podem influenciar no preço”, ressaltou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse orçamento paralelo fede a quilômetros de distância. E os sobrepreços são inexplicáveis. São uns ratos, é a única explicação. (C.N.)

Na mentalidade dos arcaicos isso chama-se progresso, evolução, sair do asfalta para conviver no lamaçal, e para completar o péssimo exemplo do prefeito


Rceci esse vídeo de um cidadão indignado de Jeremoabo, onde mostra o Prefeito de Jeremoabo dando um péssimo exemplo, para o povo humilde do Bairro Manoel Dantas seguir, em plena pandemia, sem máscara, E O PIOR SE ABARÇADO.
Será que o prefeito está achando pouco 48 óbitos em Jeremoabo?


...

Com o advento do inverno, simplesmente essas ruas do Manoel Dantas que era asfalto, agora o prefeito resolveu implantar essa baboseira,  prejudicando todos os moradores daquele já tão sofrido Bairro, que agora além dos PSFs sem médicos, sobra lama..

Nas cidades circunvizinhas onde o gestor tem noção do que seja administração com competência o desenvolvimento é logo visto, enquanto isso o cartão postal de Jeremoabo nessas desastrosa administração é buracos e lama.

Essa é a realidade da Jeremoabo verdadeira, fora da propaganda enganoso e paga com dinheiro do povo.


Dizem as más línguas que é para beneficiar um terreno privado de um dos financiadores de sua campanha.






segunda-feira, junho 07, 2021

Ilhéus: Ex-secretário e ex-diretor presos em operação têm nova derrota na Justiça

por Cláudia Cardozo / Francis Juliano

Ilhéus: Ex-secretário e ex-diretor presos em operação têm nova derrota na Justiça
Foto: Reprodução / G1

O ex-secretário de Assistência Social de Ilhéus, no Litoral Sul, Jamil Chagouri Ocké, e o ex-diretor da mesma pasta, Kácio Clay Silva Brandão, tiveram nova derrota na Justiça. Em decisão desta segunda-feira (7), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) rejeitou recurso dos dois que pediam a anulação da sentença que os condenou por diversos crimes, como fraudes em licitação, associação criminosa e falsidade ideológica.

 

Jamil Ocké e Kácio Clay foram acusados de fraudar diversas licitações no período entre 2013 e 2016 e chegaram a ser presos na Operação Citrus, comandado pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) e deflagrada em março de 2017 (lembre aqui). Jamil foi condenado a nove anos prisão, enquanto Enoch Andrade foi sentenciado em 11 anos e 11 meses.

 

Além de Jamil Ocké e Kácio Klay, o esquema tinha também a participação de Raimundo Borges, que era gestor do fundo de assistência social do município. A trama ainda tinha um núcleo empresarial formado pelo empresário Enoch Andrade e outras quatro pessoas ligadas a ele.

 

Em fevereiro deste ano, Jamil Ocké e Kácio Clay também tiveram recurso negado pelo TJ-BA (lembre aqui). Todos os réus respondem aos processos em liberdade.

Bahia 

Faroeste: Em carta aberta, advogado rechaça declarações de desembargadora do TJ-BA

 


Faroeste: Em carta aberta, advogado rechaça declarações de desembargadora do TJ-BA
Foto: Reprodução / Youtube

O advogado César Oliveira lançou uma carta aberta aos seus amigos após ter sido citado em uma reportagem da Revista Crusoé, na última sexta-feira (4). A reportagem abordava uma carta escrita pela desembargadora Ilona Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), presa na Operação Faroeste em dezembro de 2020. Na carta, ela aponta que foi assediada pelo advogado para não ser investigada na operação.

 

Na carta aberta, o advogado chama a desembargadora de corrupta e “atual hóspede do presídio da Papuda”. “Sinto-me na obrigação de dar uma resposta à sociedade baiana, no momento em que sou atacado por uma combinação de inimigos, uns ocultos, outros nem tanto, mas que devem ter o mesmo destino da delinquente e que passaram a apelar para fakenews e ataques aos investigadores na vã esperança de que a Operação reflua e não chegue ao seu final – final este que será a assepsia e a redenção da Justiça da Bahia”, diz o advogado.

 

Ele confirma que recebeu em sua casa a desembargadora Ilona Reis. “Consultado, na mesma oportunidade, sobre a possibilidade de vir a ser advogado da mesma, neguei enfaticamente essa possibilidade, pois estava em estado pré-operatório e não poderia me dedicar na proporção que a situação exigia. De imediato, a presidiária me questionou sobre algum advogado que poderia indicar para defendê-la, situação que também rejeitei, embora tenha citado alguns nomes de uma geração mais velha e outros mais jovens, advogados notórios na sociedade e sem qualquer espécie de relação pessoal ou patrimonial com o signatário, que não possui sociedade de advogados com quem quer que seja”, conta.

 

César Oliveira diz que não é a primeira vez que investigados na operação buscam envolver seu nome por conta da amizade com a família do procurador-geral da República, Augusto Aras. Afirmou que não conhece o senador Jaques Wagner e nunca tomou conhecimento de atos ilícitos cometidos pelo petista, ou pelos deputados e empresários citados. Clique aqui para ler a carta na íntegra.

Bahia Notícias

Salvador cadastra pessoas com doenças neurológicas crônicas e inflamatórias para vacinação

Salvador cadastra pessoas com doenças neurológicas crônicas e inflamatórias para vacinação
Foto: Jefferson Peixoto/Secom-PMS

A pessoas com doenças neurológicas crônicas também serão incluídas como público eletivo da vacinação contra a Covid-19 em Salvador. Nesta terça-feira (08) a Secretaria Municipal da Saúde inicia o cadastramento desse grupo prioritário para a estratégia. 

 

De acordo com a pasta, serão agregados aqueles com doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.

 

A partir desta terça (08), no grupo dos imunossuprimidos/imunocomprometidos passam a ser cadastrados também pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia. 

 

Cadastro

Caso a pessoa não esteja cadastrada no sistema da Saúde, a orientação é procurar a unidade onde realiza o acompanhamento para que o médico possa fazer a avaliação e inclusão do paciente na lista, caso o mesmo esteja dentro do grupo elegível pela estratégia. A orientação deve ser seguida tanto para os pacientes assistidos pela rede pública quanto a privada. 

 

Para garantir segurança e evitar fraudes no processo de imunização, a Prefeitura disponibilizou uma plataforma virtual (www.comorbidades.saude.salvador.ba.gov.br) para viabilizar o cadastramento dos grupos prioritários. O acesso ao dispositivo é restrito ao médico que utiliza a mesmo login e senha da área restrita do site do Cremeb. 

 

O nome do beneficiado estará disponível no portal da SMS no dia subsequente ao cadastro efetuado pelo médico.


PF indica que empresário bancou campanha de Bolsonaro em 2018 sem declarar à Justiça

PF indica que empresário bancou campanha de Bolsonaro em 2018 sem declarar à Justiça
Foto: Reprodução / Marcelo Prest

Um relatório da Polícia Federal indicou que um empresário de São Paulo bancou material de divulgação da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República nas eleições em 2018 sem declarar à Justiça Eleitoral. Ao longo das investigações no inquérito dos atos antidemocráticos, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), a PF encontrou no computador de Otávio Fakhoury, apoiador de Bolsonaro, notas fiscais emitidas por duas gráficas sediadas na região Nordeste.

 

Segundo o Globo, os serviços, contratados pelo empresário, consistiram na impressão de 560 mil itens de propaganda eleitoral de Bolsonaro como panfletos e adesivos com foto do candidato, o número da chapa e a proposta de campanha. 

 

Procurado, o empresário confirma a existência dos documentos, mas diz que eles se referem a "despesas de amigos que fazem parte de movimentos sociais". "Por não se tratarem de doação à campanha do candidato, não comuniquei a ele, à coordenação da campanha ou a pessoas próximas a ele sobre esses pagamentos. No mais, reitero que todas as minhas contribuições de campanhas eleitorais foram regularmente declaradas aos órgãos eleitorais competentes", afirma Fakhoury.

Bahia Notícias

Governo ataca The Economist, erra na tradução e diz que a revista sugere “matar” Bolsonaro

 


Cristina Camargo Folha  / Charge do Sponholz

Em uma sequência de 23 tuítes neste domingo (6), a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) atacou a revista The Economist após a reportagem especial “É hora de ir embora”, sobre o Brasil, com dez páginas que abordam temas como economia, corrupção, Amazônia e as perspectivas para o país.

Uma das críticas traduziu incorretamente termo da revista britânica. A Secom afirma que a The Economist defendeu a eliminação do presidente. A frase correta é “a prioridade é derrotá-lo nas urnas” e não “a prioridade é eliminá-lo”.

MICO HILÁRIO – “Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do presidente?”, pergunta um dos tuítes da Secom, o de número 14, num mico hilariante.

A Secom do governo de Jair Bolsonaro acusa a revista britânica de produzir uma narrativa “falaciosa, histriônica e exagerada”.

“A revista The Economist enterra a ética jornalística e extrapola todos os limites do debate público”, diz o primeiro tuíte. “Com o objetivo de atacar o presidente da República e influenciar os rumos políticos do Brasil, destila uma retórica de torcida organizada e acaba, na verdade, atacando o intenso trabalho do governo do Brasil, a autonomia da nação brasileira e os brasileiros como um todo.”

TIRAR PELO VOTO – Em um dos trechos do caderno especial, a revista afirma que é preciso realizar reformas, combater a corrupção e defender a Amazônia, “mas será difícil mudar o rumo enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é tirá-lo pelo voto”.

A longa resposta do governo é baseada na constatação da publicação da revista sobre as dificuldades para o país caso Bolsonaro seja reeleito.

“Do que está falando The Economist? Que curso gostariam de mudar?”, pergunta a Secom, para em seguida listar medidas adotadas pelo governo durante a pandemia da Covid-19.

AÇÕES DO GOVERNO – São citados na sequência de tuítes o estado de emergência em saúde pública “antes mesmo de a OMS decretar pandemia”, investimentos no combate à Covid-19, vacinação da população, auxílio emergencial, crescimento do PIB e até mesmo geração de empregos.

“Claro está que, com sua retórica insana, a revista busca desmerecer todo o incontestável trabalho de defesa da vida e de preservação do emprego, das liberdades e da dignidade dos brasileiros. Sob o disfarce de crítica ao presidente, a The Economist a taca a nação brasileira”, diz a resposta.

Em um trecho da reação que repercutiu nas redes sociais, a Secom faz um resumo da “narrativa do texto” da revista. “O presidente seria um ditador que estaria matando o próprio povo; seus apoiadores estariam dispostos à guerra civil e o Exército estaria disposto a intervir caso o presidente perca as próximas eleições.”

QUESTÃO DA AMAZÔNIA – Além de responder à revista, o governo Bolsonaro questiona supostas contradições no texto do caderno especial e acusa a revista de “panfletarismo juvenil” ao apontar o risco de devastação da Amazõnia.

“Em outras palavras: parece que o desespero da Economist e do jornalismo militante, antidemocrático e irresponsável é para que o presidente da República seja ELIMINADO o quanto antes, antes que ele e seu governo concluam o excelente trabalho que fazem para o bem do Brasil”, finaliza a Secom.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Esse tipo de “resposta” oficial exibe o amadorismo da Secretaria de Comunicação do Planalto, supostamente comandada por militares que não entendem do ramo, mas verdadeiramente dirigida pelo “Gabinete do Ódio”, que é pior ainda e expõe ao ridículo a imagem do país.  (C.N.)

Frouxos e servis, jogadores recuam e aceitam jogar a Copa América pela seleção brasileira


Charge do Maringoni (Arquivo Google)

Jorge Béja

Não. Não posso perder tempo. Preciso escrever logo porque acabei de ouvir na televisão que os jogadores da seleção brasileira de futebol vão fazer um “manifesto” e, no entanto e mesmo assim, vão jogar a Copa América, essa disputa que do dia para noite veio parar no Brasil porque Argentina e Colômbia não aceitaram sediá-la.

Jogadores servis. Jogadores sem brios. Jogadores sem sentimento. Milhões e milhões de brasileiros sofrem com as mortes de quase meio milhão de outros tantos brasileiros e vocês, ainda assim, se curvam e decidem jogar a tal Copa América.

LUTO FECHADO – Não. Não posso aceitar. O Brasil está de luto. Luto fechado, permanente e indeterminado. Luto que aumenta a cada dia. E Copa América é festa. Festa do futebol. Festa em pleno luto, em plena dor. Sim, vocês venceram. Vocês e o vírus.

Mas saibam vocês, jogadores, que dos 160 artigos do Estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não existe um só artigo que trate dos direitos e garantias de vocês. Nem o Estatuto da CBF nem o Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro, código que está anexado ao Estatuto da CBF. Neles, Código e Estatuto, só constam deveres, obrigações e punições.

E vocês, servis, gente endinheirada, afortunada, atletas que ganharam fama e prestígio, nesta hora de luto não ficam do lado do povo. E preferem atuar, porque a grana é alta.

RESPOSTA SOFRIDA – Acabei de perguntar a uma vizinha que perdeu a irmã gêmea numa semana, na semana seguinte o cunhado (marido da irmã gêmea) e na semana que veio depois perdeu os três sobrinhos para a covid, perguntei a ela que ficou sozinha na vida e a família acabou, se ela aprovou a decisão dos jogadores. “Não, não aprovo. Só quem sofre é que entende de dor. E de dor eu entendo”. Foi a resposta que a sofrida e idosa vizinha me acabou de dar.

Dirão que a Copa América no Brasil não aumentará o risco do agravamento dos casos de Covid. Não é disso que se cuida aqui, embora os cientistas tenham se manifestado em sentido contrário: que vai aumentar, sim. E muito.

MOMENTO SINISTRO – A revolta e o inconformismo derivam do momento em que esta Copa vem para o Brasil. Em 1986, a Colômbia disse que não poderia sediar a Copa do Mundo de Futebol daquele ano, cujo sorteio se deu em 1982. Então, o Brasil foi consultado. E o governo brasileiro – governo também militar – recusou a oferta.

O presidente Figueiredo alegou que a situação econômica do país não era boa e o Brasil não estava preparado para o evento. E a Copa foi parar no México. E agora, que temos a situação econômica também muito ruim e um flagelo sanitário que beira 500 mil mortos? Estamos preparados?

 Meu Deus, por que o Brasil passa por tanta maldição?

Bolsonaro acena ao baixo escalão das Forças Armadas, além das Polícias Militares e Bombeiros

Publicado em 7 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Resultado de imagem para jair bolsonaro PMs

Bolsonaro investe para ter fortes ligações com os PMs

Deu no Correio Braziliense

A decisão do comando do Exército em não punir o general Eduardo Pazuello, que, na última semana, foi acolhido em outro cargo no Palácio do Planalto, gerou reação imediata de diferentes frentes políticas no Brasil. Analistas apontam que, para promover as seguidas intervenções na caserna, Bolsonaro se escora no “baixo escalão” militar, uma característica que manteve dos tempos em que chegou a capitão, oficial subalterno na gradação do Exército.

Para o sócio da Hold Assessoria Legislativa, André César, o chefe do Executivo está criando uma mobilização nas baixas patentes “porque elas falam a língua dele”, assim como as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros.

QUEBRA-CABEÇA – “O presidente está jogando, montando um quebra-cabeça, peça por peça, para fazer uma projeção que pode ser uma prévia de uma ação mais efetiva e mais dramática. Bolsonaro saiu da retórica para a ação. E essa ação pode se dar em cima dos bolsonaristas raiz, da Polícia Militar e do baixo escalão dos militares”, alerta André César.

Camilo Onoda Caldas, diretor do Instituto Luiz Gama, constitucionalista e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo, tem uma visão semelhante. Ele destaca que Bolsonaro vem testando os limites das instituições e o desafio ao comandante do Exército foi mais um.

“Nenhum episódio de ruptura institucional acontece a partir de um ato isolado. É sempre uma soma de pequenos atos que podem culminar em um grande evento. O regime autoritário não se institui do dia para a noite. Ele testa as instituições. Já tivemos outras experiências no governo Bolsonaro e essa, claramente, é mais uma”, observou.

TOLERÂNCIA – A decisão do comandante do Exército, para o jurista, mostrou uma corporação disposta a tolerar ações políticas de seus agentes. “Imagine se fosse em um ato do Lula? As Forças Armadas proíbem ato político. Basta pensar: se fosse Lula e um general. Alguém ia dizer que não tem caráter político? As Forças Armadas já estão dizendo que são mais tolerantes com um grupo do que com o outro”, aponta.

Professor de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Patto Sá Motta afirma que a decisão do comandante “acende um alerta e gera uma preocupação sobre qual postura o Exército vai tomar no cenário eleitoral”. “Talvez o que o Bolsonaro queira não seja garantir o alinhamento de todos, mas garantir um bloco forte ao lado dele. Talvez, nas contas que faça, isso seja suficiente”, diz.

O professor ressalta que o mais importante é observar quem estaria disposto a “dar um golpe” a favor do presidente.

CÁLCULO DO GOLPISTA – “Essa é a pergunta real. A decisão de não punir a indisciplina é muito ruim, porque indica a tolerância à anarquia e um aval para tomar medidas golpistas a favor do Bolsonaro”, afirma.

Segundo ele, entretanto, o “cálculo do golpista não é só dar o golpe, mas ter força para governar”. Nesse caso, sem o apoio da maior parcela população, do empresariado e da grande imprensa, a situação se complicaria, caso invista numa tentativa sem sustentação de dentro ou de fora do país.

Analista político do portal Inteligência Política, Melillo Dinis não vê risco de ruptura da ordem democrática com o apoio do Exército. “Duvido que o Exército tome partido a favor do presidente. Do ponto de vista geopolítico, isso é fechar o Brasil. Quem vai querer, num contexto que não é de guerra fria, num contexto internacional, se liquidar junto com Bolsonaro?”, questiona.

GEROU DESGASTE – A decisão do general Paulo Sérgio Nogueira, para Melillo, gera o desgaste da democracia, do Exército e do presidente. “Ninguém sai disso por cima. É ilusão achar que Bolsonaro saiu por cima desse episódio. Ele saiu com muitos problemas para resolver”, avalia. Para o analista, ao atropelar a disciplina militar para submeter aos seus objetivos, o presidente dá um salto no escuro “que vai ter volta do Exército enquanto instituição”.

No último dia 2, durante cerimônia de formatura do curso de aperfeiçoamento de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, o coronel William Delano Marques de Araújo, que comanda a academia, encerrou seu discurso dizendo:

“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Em seguida, o coronel Márcio Cavalcante de Vasconcelos, comandante-geral da PM-DF, concluiu sua fala da seguinte forma: “Deus os abençoe, muita sorte, sucesso. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. As frases remetem ao lema da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, que, aliás, participou do evento.

NO BAIXO ESCALÃO – Desde que assumiu, o presidente é frequentemente visto em cerimônias das polícias militares, tanto nos eventos de formação de oficiais quanto no de soldados. Para o professor Rodrigo Patto Sá Motta, professor de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a imagem que se projeta é a de que Bolsonaro comanda o Exército passando por cima dos regulamentos. Algo que, segundo ele, tem peso nas PMs, forças auxiliares à Arma terrestre.

“Muita gente tinha expectativa de que o Exército seria mais institucional, uma força da República, serviria de anteparo ao bolsonarismo nas polícias. Mas isso não se confirma. A sensação que fica é a de que uma aventura golpista, que, porventura, venha de policiais, pode não ter anteparo das Forças Armadas. Podem se omitir, lavar as mãos”, avalia.

Eleito com o apoio dos militares, inclusive dos policiais, e das categorias da área da Segurança Pública, é preciso observar de perto o movimento dessas corporações.


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