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quarta-feira, abril 07, 2021

Nas atitudes de Bolsonaro, psicanalistas veem cálculo político com gestão do ódio e do afeto

Publicado em 7 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

Ilustração de Débora Gonzales (UOL)

Felipe Bächtold
Folha

Manipulação de afetos, política do negativo e estratégia da cisão são algumas das expressões que psicanalistas ouvidos pela Folha usam para se referir à estratégia do presidente Jair Bolsonaro de manter seu governo e seus apoiadores em confronto permanente.

Mesmo com o país imerso em uma crise sanitária que já deixou mais de 320 mil mortos, o presidente e seu entorno persistem em um embate político contínuo com alvos que vão de governadores a cientistas, além de Judiciário e Congresso.

UNIR A BASE – A tática contribui para manter mobilizada sua base eleitoral em um momento em que o governo sofre críticas sucessivas pela gestão da pandemia do coronavírus e enfrenta a perspectiva de uma deterioração na economia.

A reportagem procurou um grupo de psicanalistas de diferentes abordagens e trajetórias profissionais para questioná-los sobre o comportamento do presidente à frente do cargo.

Há um ano, no início da crise sanitária, a Folha já tinha ouvido esses profissionais em reportagem sobre a postura dele à época e sua recusa em admitir a gravidade da crise. Na ocasião, alguns dos traços do comportamento mencionados eram indícios de lógica paranoica e estilo onipotente.

MANEIRA DESRESPEITOSA – Desde então, uma das atitudes mais simbólicas do presidente foi a maneira desrespeitosa com a qual se referiu aos mortos pela Covid-19. Bolsonaro já disse, sobre os óbitos: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”, “Não sou coveiro” e “Vão ficar chorando até quando?”.

Parte do grupo de especialistas vê nessa insistência um interesse em gerar inquietação na sociedade. “Se o sujeito quer instaurar o caos, ele não pode demonstrar qualquer traço de empatia. Porque a empatia do líder faria com que houvesse empatia em alguma medida no tecido social. Eu apostaria também que isso seria um cálculo”, afirma Marcelo Galletti Ferretti, professor da Escola de Administração da FGV (Fundação Getulio Vargas).

O professor diz que não se pode jamais olhar para os movimentos do presidente “como pura espontaneidade” e que também essas atitudes são uma forma de mobilizar e indignar “aqueles que o desdenham”.

IMENSO DESPREPARO – Para a professora Tânia Coelho dos Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Bolsonaro mostra “um imenso despreparo para governar” e uma incapacidade de representar sua condição de chefe de Estado.

“Como todo líder populista, ele não sabe desempenhar o seu papel de representante eleito pelo voto. Sente-se cobrado pessoalmente pelos efeitos do que considera uma tragédia alheia à sua vontade e por isso reage com irritação como se estivesse sendo injustiçado.”

Segundo a professora, o presidente “parece gostar de bancar o homem corajoso, que despreza os riscos da ‘gripezinha'”.

TEM CACIFE – Mesmo sob intensas críticas no meio político e sem conseguir montar uma base consistente no Congresso, Bolsonaro tem sido bem-sucedido até agora em manter um patamar considerável de apoio nas pesquisas de popularidade, que o cacifa para a eleição do próximo ano.

Segundo o Datafolha, o percentual da população que considera seu governo ótimo ou bom nunca esteve abaixo de 29%. Na pesquisa mais recente, nos dias 15 e 16 de março, o índice foi de 30%.

O professor Tales Ab’Saber, da Universidade Federal de São Paulo, diz que Bolsonaro busca um afastamento radical de uma parte da sociedade em relação ao restante e mantém suas ações políticas “permanentemente no dissenso”, a ponto de encarar uma crise de saúde pública como uma guerra.

MANTER APOIADORES – O especialista chama esse estilo de “política da impertinência” e diz ver um desrespeito a mínimos contratos sociais. “A lógica de comunicação dele é para manter esse 30% [de apoiadores] e ele tem mantido. A política inteira dele é para isso. Não tem outra.”

A professora Miriam Debieux Rosa, da USP e da Rede Interamericana de Pesquisa em Psicanálise e Política, lembra que existe um grupo dentro do Palácio do Planalto batizado de “gabinete do ódio”, composto por assessores, tido como responsável por impulsionar material pró-governo e ataques.

Ela vê isso como uma face de uma “política dos afetos”, em que a animosidade é incitada e todo o entrave ao país passa a ser os opositores.

NÃO É ESTRATÉGIA – O escritor e psicanalista Mário Corso discorda quanto a haver uma grande tática política nas atitudes errantes da Presidência e diz que, nessas práticas, não há como “imaginar que está por trás um Maquiavel” —pensador morto em 1527 e fundador da ciência política moderna.

O presidente mantém sua popularidade em patamares razoáveis, diz o psicanalista, por apostar em uma política de viés negativo, que promete uma volta ao passado, “em que o politicamente correto não existia”.

“É algo que não precisa criar. É só usar do ressentimento e da impotência, do preconceito. É muito fácil fazer uma política do preconceito. É difícil fazer uma política que inove, não a que puxa para trás.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O comportamento de Bolsonaro é tão psicótico que até mesmo os psicanalistas ficam em dúvida sobre suas verdadeiras intenções. O presidente é uma esfinge que permanece enigmática e indecifrável. (C.N.)

Nesse (des)governo Jeremoabo está progredindo, antes só perguntavam pelo dinheiro do COVID-19, agora e´cadê o dinheiro da merenda, cadê a água e cadê os remédios?

                      Foto Divulgação = Grupos do facebook


Esse mundo é repleto de ciclos, até pouco tempo Jeremoabo era conhecida como a terra do " já tinha, já teve", agora para variar acrescentou outras anomalias ou aberrações.

A realidade é que a nossa "Jurema em Flor" nessa atual administração perdeu as flores.

Até antes da secretária de educação comparecer a Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos aquela casa legislativa, em todas as reuniões os vereadores da oposição perguntavam por onde andará o dinheiro do COVID-19; ou melhor, mais de R$ 11 milhões que chegou para Jeremoabo.

Seguindo a maldição dos capuchinhos, Jeremoabo conquistou mais outros pontos negativos, já que atualmente as perguntas são: CADÊ O DINHEIRO DO COVID-19, CADÊ A MERENDA ESCOLAR DOS ALUNOS QUE DURANTE ESSE ANO AINAD NÃO ENTREGARAM, CADÊ O PEIXE E CADE OS MEDICAMENTOS?

“É lamentável ver estados e municípios indo contra a prioridade absoluta que crianças e adolescentes têm garantida em lei”, afirma o subdefensor, que acompanhou uma ação civil pública para o fornecimento da alimentação escolar pelo estado da Bahia.... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/educacao/na-pandemia-direito-a-alimentacao-escolar-vira-caso-de-justica. O conteúdo de Carta Capital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de Carta Capital vivo e acessível a todos. ( https://www.cartacapital.com.br/).

"Alimentação escolar não é uma política especial, é um direito previsto em lei, diz defensora Ana Carolina Schwan... "

Na pandemia, direito à alimentação escolar vira caso de Justiça

Especialistas denunciam infrações à ONU e falam em cenário de 'gravíssimas violações e falta de vontade política'...

 Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/educacao/na-pandemia-direito-a-alimentacao-escolar-vira-caso-de-justica. 

Faroeste: STF mantém prisão de desembargadora Maria do Socorro Santiago

 

Faroeste: STF mantém prisão de desembargadora  Maria do Socorro Santiago
Foto: Ag Haack

O Supremo Tribunal Federal (STF), na sua Segunda Turma, negou o pedido de habeas corpus da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro Barreto Santiago, nesta terça-feira (6).

 

Por 3 a 2, os ministros mantiveram a prisão preventiva de Socorro. Votaram a favor da manutenção da medida os ministros Edson Fachin, Cármen Lucia e Kássio Nunes Marques. Já pela soltura Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

 

Maria do Socorro Barreto Santiago está presa desde novembro de 2019.

Bahia Notícias

TCM: Prefeito de Seabra deve ser investigado por improbidade administrativa

 

TCM: Prefeito de Seabra deve ser investigado por improbidade administrativa
Foto: Reprodução / TCM

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios julgaram procedente uma denúncia contra o prefeito de Seabra, Fábio Miranda de Oliveira (PP), em razão de irregularidades na contratação e licitação de uma empresa prestadora de serviços no valor de R$113.760,00. De acordo com o TCM, será apurada a prática de improbidade administrativa contra o gestor. 

 

De acordo com o órgão, a denúncia foi feita por um morador da cidade que apontou supostas irregularidades em duas inexigibilidades de licitação (nº 0005I e nº 0008I) realizadas no exercício de 2019. Para o denunciante, as inexigibilidades não respeitaram os requisitos do artigo 25, II, da Lei nº 8.666/93, vez que não foram demonstradas a singularidade do objeto e a notória especialização da empresa.

 

O conselheiro Paolo Marconi, em seu voto, destacou que este não é o primeiro caso trazido a julgamento do plenário do TCM envolvendo irregularidades nas contratações realizadas pelo prefeito Fábio Miranda de Oliveira com a empresa “Pedro de Araújo Teles Júnior – ME”, que vem prestando serviços à prefeitura desde 2017, o que demonstra uma conduta reiterada do prefeito em não realizar licitação. Além disso, afirmou que o gestor não comprovou, em cada processo administrativo, a singularidade do objeto contratado e a notória especialização da empresa, comprometendo a legalidade dos procedimentos.

 

O Ministério Público de Contas, através da procuradora Camila Vasquez, também se manifestou pela procedência da denúncia, com imputação de multa e recomendação para que o prefeito se abstenha de contratar por inexigibilidade sem o preenchimento dos requisitos legais. A procuradora sugeriu, ainda, a representação ao Ministério Público Estadual contra o gestor, em razão da burla ao dever de licitar. Cabe recurso da decisão.

Bahia Notícias

Após irregularidades, prefeitura faz intervenção em serviço de gestora do Hospital Santa Clara


por Mauricio Leiro / Matheus Caldas

Após irregularidades, prefeitura faz intervenção em serviço de gestora do Hospital Santa Clara
Foto: Carol Garcia / GOVBA

O Hospital Santa Clara, no Itaigara, terá uma nova Organização Social (OS). Os motivos da troca são "possíveis irregularidades na execução do contrato" do Instituto Albatroz, empresa responsável pela gestão do equipamento. A prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Saúde do município, já divulgou na última quarta-feira (31) um aviso de convocação emergencial para a contratação de uma OS. 

 

De acordo com apuração do Bahia Notícias, entre as irregularidades estariam atrasos no pagamento de funcionários, falta de materiais e insumos e até mesmo ausência de equipamentos essenciais para o suporte de pacientes em unidade de terapia intensiva. Ao todo, desde o início da execução dos serviços, a organização social já recebeu R$ 1.635.677,85, de acordo com o sistema de transparência de Salvador.

 

"Destaca-se que a atual prestadora de serviços foi contratada mediante creenciamento de leitos, face a um Chamamento que encontra-se ativo na Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, considerando as ocorrências havidas nos últimos dias, e visando a melhor prestação de serviços ao cidadão, a prefeitura não viu outra saída senão a substituição da mesma", pontuou a SMS. 

 

A pasta, para reestabelecer "o ordeiro e exemplar serviço de saúde pública, prestado pela Prefeitura do Salvador", publicou a convocação emergencial para contratação de uma nova Organização Social (OS) que faça a gestão do equipamento em substituição imediata à atual prestadora.

 

O contrato de gestão da unidade, localizada no bairro do Itaigara, terá prazo de até 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período, ou enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, a contar da data de publicação do nome da vencedora da seleção emergencial no diário.

 

A secretaria revelou que está realizando "busca ativa junto aos Conselhos de Classe", assim como realiza tratativas com a Procuradoria Geral do Município, "sem prejuízo de também oficiar ao Ministério Público do Trabalho, sobre os profissionais que eventualmente tenham deixado de receber salários e outras verbas, com o fito de não permitir que o particular desrespeite-lhes em seus direitos trabalhistas". 

 

PREFEITURA E O HOSPITAL SANTA CLARA

Anteriormente, sob responsabilidade do governo da Bahia, o hospital Santa Clara foi reaberto pela prefeitura de Salvador ainda na gestão do ex-prefeito ACM Neto (DEM) (relembre aqui). Ao todo eram 50 de enfermaria e 10 de terapia intensiva. 

 

Com o crescimento de casos, mortes e internações pela Covid-19 em Salvador, a rede municipal de saúde abriu novos 10 leitos de UTI exclusivos para Covid no Hospital Santa Clara (veja aqui). 

“Bolsonaro é uma ameaça para Brasil e mundo”, diz o jornal The Guardian em editorial


Em editorial, The Guardian afirma que Bolsonaro é um perigo para o Brasil e  para o mundo - Brasil 247

Ilustração reproduzida do site 247

Ana Raquel Lelles
Estado de Minas

As ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão repercutindo fora do Brasil. O jornal britânico The Guardian publicou, nesta segunda-feira (5/4), um editorial analisando o presidente. Com o título “A visão do The Guardian sobre Jair Bolsonaro: um perigo para o Brasil e para o mundo”, o artigo pontua ações do governo brasileiro durante a pandemia da COVID-19, o desmatamento da Floresta Amazônica e as eleições de 2022.

O jornal abre o editorial afirmando que as perspectivas da vitória de Bolsonaro nas eleição presidenciais de 2018 eram assustadoras, em razão do histórico machista, de destratar gays e minorias, e por elogiar o autoritarismo e a tortura.

GRAVES ERROS – “O pesadelo se revelou ainda pior na realidade”, escreve o The Guardian. “Ele não só usou uma lei de segurança nacional da época da ditadura para perseguir os críticos e supervisionou o aumento do desmatamento na Amazônia em 12 anos, mas também permitiu que o coronavírus se alastrasse sem controle, atacando as restrições de distanciamento, máscaras e vacinas”, pontua.

Conforme pesquisa do DataFolha, divulgada na última quarta-feira (31/3), 59% dos eleitores brasileiros rejeitam o Bolsonaro. O artigo analisa que o atual presidente está se preparando para resultados desfavoráveis nas eleições do ano que vem.

“Na semana passada, ele demitiu o ministro da Defesa, um general reformado e amigo de longa data que, no entanto, parece ter criticado as tentativas de Bolsonaro de usar as forças armadas como ferramenta política pessoal. Os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea também foram demitidos – supostamente quando estavam prestes a renunciar”, afirma o editorial.

VOLTA DE LULA – O jornal completa que o estopim para as demissões foi o retorno do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à cena política.

Após a anulação das condenações criminais, Lula poderá concorrer novamente à presidência no ano que vem.

“Os ataques injuriosos de Lula ao presidente são amplamente vistos como o prenúncio de uma nova candidatura ao poder de um político carismático que continua muito popular em alguns setores”, escreve o The Guardian.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Não se trata de uma opinião isolada. Esta é a imagem do Brasil no âmbito mundial, algo jamais visto antes de Bolsonaro. (C.N.)


Gilmar dá cinco dias para que governo esclareça uso da Lei de Segurança contra opositores de Bolsonaro

Publicado em 6 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

LSN define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social

Márcio Falcão e Rosanne D’Agostino
G1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou nesta segunda-feira, dia 5, que o Ministério da Justiça esclareça o uso da Lei de Segurança Nacional contra críticos do governo do presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Civil do Rio e as Polícias Militares do Distrito Federal e de Minas Gerais também deverão prestar esclarecimentos.

A Lei de Segurança Nacional (LSN) define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social. Entre os crimes previstos na LSN, está caluniar ou difamar o presidente da República, os presidentes do Senado, da Câmara e do STF, “imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação”.

CRIADA NA DITADURA – A Lei de Segurança Nacional foi criada durante a Ditadura Militar. A legislação em vigor foi sancionada pelo então presidente João Figueiredo, último general a governar o país durante o período. Recentemente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Polícia Militar do DF e a Polícia Federal em MG utilizaram a Lei de Segurança Nacional em casos que envolviam críticos do presidente Jair Bolsonaro (veja mais abaixo).

A decisão de Gilmar Mendes foi proferida após pedidos da Defensoria Pública da União (DPU) e de um grupo de advogados para que sejam encerrados inquéritos e ações penais instaurados com base na LSN contra pessoas que criticaram a atuação de Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19.

A DPU também quer garantir um salvo conduto para evitar que declarações em relação ao presidente sejam alvos de medidas de coerção. Não há prazo para o julgamento dos pedidos.

PRISÕES E INQUÉRITOS – Em março, cinco jovens foram detidos após estender uma faixa de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Segundo a Polícia Militar, o grupo foi acusado de ter infringido a Lei de Segurança Nacional ao divulgar uma cruz suástica associando o símbolo ao presidente da República. Eles foram encaminhados para Delegacia da Polícia Federal onde passaram cerca de 6 horas e foram liberados.

No mesmo mês, o youtuber e influenciador Felipe Neto foi intimado para depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro por suposto crime previsto na LSN. Neto afirmou que a convocação veio depois que ele, numa rede social, chamou Bolsonaro de “genocida”, no contexto da gestão federal da pandemia de Covid-19.

LIMINAR – Uma liminar na Justiça do Rio suspendeu a investigação. Na decisão, a juíza Gisele Guida de Faria, da 38ª Vara Criminal do Rio, destacou que a competência do caso não é da Polícia Civil, mas sim da Polícia Federal.

Em Uberlândia, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar as publicações feitas por um morador da cidade sobre a visita de Bolsonaro ao município no início de março, também com base na Lei de Segurança Nacional.


Alinhado com Bolsonaro, ministro da Justiça empossado diz que é preciso “colocar as pessoas para trabalhar”


Torres defendeu a flexibilização das medidas de isolamento social

Augusto Fernandes
Correio Braziliense

O delegado da Polícia Federal Anderson Torres tomou posse como ministro da Justiça e Segurança Pública nesta terça-feira, dia 6, e fez um discurso em defesa da flexibilização das medidas de isolamento social e de restrição do funcionamento do comércio por conta da pandemia da covid-19.

Segundo ele, “precisamos dar um upgrade nesse momento, trazer de volta a economia desse país, colocar as pessoas para trabalhar”. “Esse país precisa girar para a gente poder sair dessa pandemia. Tenho muito medo de crises maiores decorrentes de fome, desemprego e outros problemas. Nós vamos ajudar a superar tudo isso”, declarou Torres.

ALINHAMENTO – O discurso dele é bem parecido ao do presidente Jair Bolsonaro, que já disse temer por um “caos social” no Brasil por conta da proibição ao funcionamento de algumas atividades profissionais. Diante disso, Torres afirmou que “nesse momento, a força da segurança pública tem que se fazer presente, garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico”.

“A Justiça e a Segurança Pública, somadas, são a espinha dorsal da paz e da tranquilidade da nação, principalmente quando se passa por uma crise sanitária mundial como a em que vivemos, que impacta diretamente a economia e a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros”, disse.

“Vou estar empenhado 24 horas por dia, sete dias por semana, para ajudar esse país nesse momento difícil. Nós vamos dar uma virada. Contem com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar essa tranquilidade ao povo brasileiro. Estaremos lá incansavelmente, não só correspondendo, mas superando expectativas”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O discurso de Bolsonaro e de seus alinhados é bonito até a página dois. É lógico que todos querem voltar às rotinas de trabalho. Porém, o próprio (ainda) presidente durante toda a pandemia nada fez para que a população fosse efetivamente imunizada. Receitou cloroquina, negou a vacinação e fez de tudo que foi possível para instaurar o caos, repetindo o discurso demagogo de que todos deveriam voltar às ruas e trabalhar normalmente. Só faltou dizer para irem sem máscaras e de mãos dadas. Definitivamente, um dos piores mandatários dos sistemas democráticos atuais e que carrega uma trupe igualmente incompetente. (Marcelo Copelli)

Presidente do MDB descarta apoio a Bolsonaro ou Lula e cita a senadora Simone Tebet


O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo 06-01-2021

Presidente Baleia Rossi fala mais por si do que pelo MDB

Paulo Cappelli
O Globo

Com políticos do MDB que defendem uma candidatura do próprio partido à Presidência, outros que sustentam o apoio a Lula, e ainda com parcela que tem preferência por Bolsonaro, a legenda inicia de forma mais incisiva, este mês, discussões para definir qual será a posição oficial da legenda na eleição do ano que vem.
Presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP) afirmou ao GLOBO que, no momento, o apoio a Lula ou Bolsonaro estão descartados, pois essas hipóteses, diz, sequer estão sendo aventadas nas conversas envolvendo a cúpula da sigla.

CANDIDATURA PRÓPRIA – Baleia afirma que o consenso é o lançamento de uma candidatura própria. E acredita que, caso um nome da sigla não venha a se mostrar competitivo, o melhor caminho para o MDB seria abraçar uma candidatura externa de centro, como João Doria (PSDB-SP), Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) ou Luciano Huck (sem partido).

Para Baleia, Doria é nacionalmente reconhecido pelo empenho na vacinação contra a Covid-19, mas precisaria melhorar sua popularidade na própria São Paulo para se tornar viável no ano que vem. Mandetta, por sua vez, é visto pelo dirigente emedebista como um nome que ganhou projeção ao participar dos debates quando era ministro da Saúde e tem a imagem associada à defesa da ciência. Huck, por sua vez, seria eleitoralmente um bom nome, de fácil assimilação, mas precisaria demonstrar mais interesse no pleito presidencial.

 

PÉ DE IGUALDADE —  “Esses três nomes estão em pé de igualdade. E não temos discutido internamente o apoio a Lula ou Bolsonaro. A decisão interna é por uma terceira via. Um candidato mais ao centro, mais equilibrado, que entregue mais e tenha mais empatia com a população, que são as características do MDB. Hoje está descartado o apoio a Lula ou Bolsonaro”  — disse Baleia, ressaltando, contudo, que começará este mês a fazer consultas formais a deputados federais, senadores e presidentes estaduais dos partido sobre 2022.

Em conversas com dirigentes dos partidos, Baleia tem dito que o MDB “seria prejudicado” se “caminhasse com algum dos extremos”. O presidente da sigla reconhece que há políticos influentes da legenda que defendem apoio a Lula, principalmente no Nordeste, e a Bolsonaro, especialmente no Sul, e sustenta que uma forma de unificar o partido seria lançar uma candidatura da própria legenda.

SIMONE TEBET – Baleia afirma já ter conversado com o ex-presidente Michel Temer sobre entrar na disputa, mas que isso foi descartado. E, nesse cenário, o nome ao qual se refere com mais entusiasmo é o da senadora Simone Tebet  (MS), embora também cite os governadores Renan Filho, de Alagoas, e Ibaneis Rocha, do Distrito Federal.

— A Simone tem muito potencial para crescer. Foi a primeira mulher candidata à presidência do Senado e se saiu muito bem este ano   — avalia.

Mas a defesa de uma candidatura própria tem dificuldades internas. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), por sua vez, afirma que o partido só poderia ir para esse rumo caso ela venha a se mostrar viável do ponto de vista eleitoral.

EXEMPLO DE MEIRELLES —  Nós, do MDB, sonhamos há muitos anos em ter candidatura própria e competitiva à Presidência, porque isso ajuda a alavancar os palanques regionais. É o que queremos. Em 2020, fomos o partido que mais elegeu prefeitos nas capitais e grandes cidades. Temos vitalidade para isso. Mas lançar um nome sem competitividade à Presidência, como na eleição passada (quando Henrique Meirelles foi candidato), não adianta. Em vez de ajudar, só atrapalha os palanques regionais. Por isso, temos que aguardar para ver se nosso nome para 2022 vai se corporificar na sociedade, atrair partidos  — avaliou o senador Renan Calheiros que defende o apoio a Lula.

“Sinceramente, acho que o apoio do MDB a uma dessas candidaturas alternativas de centro é um caminho difícil de acontecer. Lula leva vantagem sobre Doria, Huck e Mandetta não apenas pela polarização com Bolsonaro ou pela probabilidade mais alta de ganhar. É pelo próprio perfil do Lula, que atrai o centro no qual o MDB está inserido. É uma tendência o meu apoio a ele caso o MDB não tenha candidato, mas ainda não posso colocar como uma coisa consumada”, disse Renan.

TERCEIRA VIA – Citada por Baleia como possível presidenciável, a senadora Simone Tebet afirma ser necessário o MDB participar de um debate com os partidos de centro sobre a construção de uma terceira via.

“O MDB tem todas as condições de ter uma candidatura própria. Mas acho que o mais importante é estarmos na mesa de discussão com os demais partidos de centro. Seja para definirmos um nome próprio, compor com alguma chapa… A sociedade brasileira cansou do radicalismo e da polarização e está entendendo que política se faz pelo caminho do meio, do equilíbrio” — avalia a senadora.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O MDB, sinceramente, mais parece um tucano sem bico. São iguais em tudo, inclusive na corrupção sistêmica. Saudades de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Freitas Nobre e da ala dos autênticos..(C.N.)

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