Posted on by Tribuna da Internet
Jussara Soares e Gustavo MaiaO Globo
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) tem se vangloriado a aliados de atuar diretamente no processo de “fritura” do ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, chefe da Secretaria de Governo (Segov), que se tornou alvo de um ataque virtual nos últimos dias. A um interlocutor, o filho do presidente Jair Bolsonaro disse ter “explodido” o ministro, referindo-se a uma publicação na semana passada no Twitter no qual criticou a comunicação do Palácio do Planalto, área subordinada à pasta de Santos Cruz.
Em outra conversa, Carlos, que é alinhado ao ideólogo de direita Olavo de Carvalho, disse não se importar com a opinião de integrantes do Executivo, que o criticam por desencadear crises no governo.
SEM COMENTÁRIOS – Ele se defende afirmando que está “fazendo o que é certo”, sairá limpo deste processo e conta com o apoio da militância bolsonarista. Procurado para comentar, o vereador não respondeu.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo já estava na mira de Carlos e seguidores de Olavo há mais de um mês. Responsável pela Secretaria de Comunicação (Secom), área de interesse particular do filho do presidente, ele vinha sendo criticado por não ser considerado conservador o suficiente e por estar em rota de colisão com os interesses da ala ideológica.
Neste fim de semana, a guerra ganhou novas dimensões quando a hashtag #ForaSantosCruz se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter.
NO ALVORADA – Depois de passar o domingo sob ataques nas redes sociais, Santos Cruz tomou a iniciativa de falar pessoalmente com Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. Na conversa, ele argumentou que era alvo de uma ação coordenada, com a participação dos filhos do presidente, do chefe da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten, e de assessores ligados a Olavo de Carvalho, responsável pelas mais duras críticas ao ministro e apontado como o difusor dos ataques.
Mas integrantes da ala ideológica do governo negam uma atuação orquestrada e falam em reação espontânea às posições do ministro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O próprio presidente Bolsonaro, irresponsavelmente, dá força a essa ação de semear a discórdia dentro do governo, que no tempo da ditadura era chamada de “semear a cizânia”. O chefe do governo também nega que haja uma atuação orquestrada e atribui a crise a uma reação espontânea às posições do ministro. Na conversa no domingo, Bolsonaro disse que Santos Cruz precisava considerar que suas declarações eram verdadeiras e tinham motivado a reação do grupo olavista, que inclui os filhos Zero Um, Zero Dois e Zero Três. Aliás, Eduardo Bolsonaro, o Zero Três, já avisou que os ataques continuarão a qualquer ministro que “não estiver alinhado ao presidente”, seja militar ou não. Quer dizer, a brincadeira de os três filhos fazerem “política” vai continuar. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O próprio presidente Bolsonaro, irresponsavelmente, dá força a essa ação de semear a discórdia dentro do governo, que no tempo da ditadura era chamada de “semear a cizânia”. O chefe do governo também nega que haja uma atuação orquestrada e atribui a crise a uma reação espontânea às posições do ministro. Na conversa no domingo, Bolsonaro disse que Santos Cruz precisava considerar que suas declarações eram verdadeiras e tinham motivado a reação do grupo olavista, que inclui os filhos Zero Um, Zero Dois e Zero Três. Aliás, Eduardo Bolsonaro, o Zero Três, já avisou que os ataques continuarão a qualquer ministro que “não estiver alinhado ao presidente”, seja militar ou não. Quer dizer, a brincadeira de os três filhos fazerem “política” vai continuar. (C.N.)