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quarta-feira, janeiro 09, 2019

Bolsonaro mostrou uma grande virtude, mas Mourão e Onyx exibiram graves defeitos


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Charge do Thomate (Arquivo Google)
Carlos Newton
Saber voltar atrás quando percebe que está errado é uma qualidade dificilmente vista entre políticos, que se julgam donos da verdade e não gostam de se expor. Jair Bolsonaro é muito diferente. Primeiro, porque não mede as palavras, e isso significa que está sempre arriscado a fazer declarações equivocadas, até porque não tem grande conhecimento sobre economia e administração pública.
TRANSPARÊNCIA – O mais importante é que se comporta de forma transparente. Simplesmente, Bolsonaro diz o que pensa. Se estiver errado, depois recua.
Há quem considere negativo esse procedimento, por causar incompreensões e motivar críticas dispensáveis. A meu ver, porém, o resultado deve ser considerado positivo. É preferível um presidente que aja com transparência e pode ser monitorado, do que um governante como Michel Temer, que fazia tudo às escondidas e montou uma equipe especializada em destruir reputações, plantando notícias na mídia amestrada, como diz o mestre Helio Fernandes.
DIZ O GENERAL – A respeito da importância de haver transparência nos atos públicos, o ministro-general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, diz que a administração precisa estar exposta a todo tipo de avaliação e informações a serem divulgadas. “Nós vamos estar completamente expostos. Eu não tenho medo dessa exposição, todo mundo aqui vai estar exposto a todas as avaliações e informações que devem ser divulgadas”, afirmou o ministro-general, que desponta como uma das mais auspiciosas revelações do novo governo.
De forma natural e intuitiva, sem haver a programação de marketing que hoje caracteriza a política, Bolsonaro comanda essa transparência, que é bem-vinda e precisa ser saudada como um sinal dos novos tempos, porque muita coisa vem por aí, especialmente na área da Justiça, onde o ministro Sérgio Moro também vai aplicar um choque de moralização dos costumes políticos e empresariais.
FORTES E FRACOS – Na minha avaliação, os pontos-fortes do novo governo são o próprio Bolsonaro e os ministros Sérgio Moro, Santos Cruz, Fernando Azevedo (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete Institucional).
Os pontos-fracos são o ministro da Economia, Paulo Guedes, que não enfrenta os banqueiros e tem contas a acertar com a Justiça; o chanceler Ernesto Araújo, que desmoraliza o Itamaraty; a ministra Damares Alves, que não tem perfil para o cargo; e o vice Hamilton Mourão, por praticar o nepotismo com o próprio filho, sujando a imagem do governo, que já não era essas coisas; e Onyx Lorenzoni, que usou notas fiscais da empresa do amigo para embolsar R$ 317 mil. O resto dos ministros ainda não deu o ar de sua graça e nem merece avaliação.
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P.S. 1 
– Quanto a Bolsonaro, que Deus lhe dê muitos anos de vida, senão Mourão assume  e nomeia o filho para primeiro-ministro. 
P.S. 2 – Ainda há esperança de que Bolsonaro convoque auditorias externas para a Previdência Social e a Dívida Pública. Se tomar essa iniciativa, ganhará aplausos generalizados, da situação e da oposição, e iniciará uma carreira de estadista. Afinal, sonhar ainda não é proibido.(C.N.)

Bolsonaro, a Rede Globo e a remuneração da publicidade oficial e comercial


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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Pedro do Coutto
Reportagem de Igor Gielow, edição de ontem da Folha de São Paulo, revela que o deputado Alexandre Frota está concluindo a redação de projeto com o objetivo de atacar o domínio da Rede Globo na publicidade. Colaboraram na reportagem Gustavo Uribe, Talita Fernandes, Mariana Carneiro e Bernardo Caram, de Brasília. Alexandre Frota afirmou que a Globo participa amplamente do mercado publicitário do país, mas ele não distinguiu entre a publicidade institucional e a comercial no mercado de informação.
Frota diz que vai se reunir com representantes do SBT, Rede TV, Record e possivelmente com dirigentes da Band. A Band, assim, revela ter alguma dúvida quanto a eficiência de um projeto de lei nesse sentido. A meu ver, é muito difícil igualar todas as emissoras na veiculação de mensagens. Isso porque as audiências variam de uma emissora para outra, e, segundo o Ibope, há variações relativas ao poder aquisitivo das camadas da população que assistem TV, praticamente toda a população brasileira.
AUDIÊNCIA – A liderança da Globo é incontestável, inclusive tem que se considerar a audiência da Globonews. Mesmo sem a Globonews, se for levada em conta só a TV aberta, a liderança média permanece. Essa afirmação, de acordo com a matéria da Folha, foi feita por Mario D’Andreia, Diretor da Associação Brasileira de Agências de Publicidade. Ele faz a diferença entre a propaganda oficial e a comercial.
Concordo, a propaganda oficial pode ser dividida em partes iguais. Mas a publicidade comercial tem sua seleção de acordo com os índices de audiência fixados pelo Ibope ao longo das 24 horas do dia.
BÔNUS POR VOLUME – Um outro ponto levantado por Alexandre Frota refere-se ao bônus por volume (BV) e nesse aspecto a Globo leva vantagem na medida em que seu relacionamento com as Agências Publicitárias inclui esse fator. Aliás, nessa questão de publicidade temos de separar duas coisas: uma, a compra do espaço, outra a elaboração e a produção das peças. A comissão das Agências de Publicidade, seja ela qual for, é de 20% sobre a compra do espaço, incluindo o número de intercessões.
Esse o panorama no qual se integra o mercado publicitário. Não pode ser alterado no que se refere ao setor da comercialização das mensagens.
IGUALDADE? – Como disse acima pode haver igualdade quando a publicidade é feita pelo governo. Mas neste caso como seria calculado o preço de cada peça levada ao ar? O governo estaria pagando a mesma coisa à Globo e à RedeTV, por exemplo. Isso faz sentido? Não.
A igualdade estaria baseada numa desigualdade de audiência. Vale a pena lembrar a publicidade feita por Silvio Santos nos jornais da semana passada. Ele destacou que o SBT é a segunda rede de televisão do país. Logo sua emissora compete com a Record. Melhor testemunho não poderia haver quanto a liderança da Rede Globo.

Promoção de filho de Mourão causa revolta entre funcionários do Banco do Brasil


O vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Evaristo Sá/AFP/07-01-2019
Bolsonaro prometeu que não haveria nomeações políticas…
Gabriela ValenteO Globo
A promoção do filho do vice-presidente Hamilton Mourão causou revolta no corpo técnico do Banco do Brasil. Ela foi feita um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que pela primeira vez, os bancos públicos tinham sido blindados de nomeações políticas. Bastou o novo presidente do BB, Rubem Novaes, assumir o cargo para alçar Antônio Hamilton para o cargo de assessor especial.
O ex-ministro do Turismo Alberto Alves também será nomeado para a assessoria do novo comandante do banco. Ele ocupou o cargo de ministro interinamente no governo Michel Temer. E também foi diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea).
OPERAÇÃO ZEOTES – O nome de Alberto Alves foi citado na Operação Zelotes numa troca de e-mail com um lobista, mas ele não se tornou réu no processo.
Será mais uma nomeação de Rubem Novaes que causa polêmica dentro da instituição. O cargo de assessor especial da presidência de BB é de escolha livre, ou seja, não tem de passar pelo processo de promoção da instituição. Novaes pode tanto escolher gente do banco ou de fora dele para ocupar esse cargo.
No caso de Antônio Hamilton, a promoção significa um aumento imediato de 157% no salário. Quando era da diretoria de Agronegócios ganhava R$ 14 mil. Agora, receberá R$ 37,5 mil como assessor do presidente. Apesar de ter causado revolta a sua nomeação, há quem defenda o funcionário.
PRETERIDO? – Ele teria sido preterido na carreira por ser filho de Mourão no governo Dilma Rousseff. Depois da eleição do pai, se tornou uma personalidade dentro do BB. Além do nome, ele se parece bastante com o vice-presidente da República.
— Ele carrega o peso do nome do pai para o mal e para o bem — resumiu um colega.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O general Mourão, que era um ícone, de repente mostrou ser um herói de pés de barro, como se dizia antigamente. É um homem que não tem cultura, nunca ouviu falar na mulher de César. Essa “preterição” do filho no governo de Dilma é justificativa sem pé nem cabeça num órgão público que estaria “blindado” a nomeações políticas… (C.N.)

Petrobras não precisa vender ativos para reduzir dívida e investir no pré-sal


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Petrobras é a petroleira com maior potencial de crescimento
Claudio OliveiraSite da Aepet
Em 2016, com a entrada de Pedro Parente na presidência da Petrobras, a primeira providência foi a formulação de um Plano de Negócios e Gestão – PNG, cobrindo o período 2017/2021, em que o principal objetivo era o atingimento de uma relação dívida líquida/ebitda ajustado de 2,5. Um indicador totalmente aleatório, injustificável e extemporâneo.
O objetivo foi autolimitar a capacidade de investimentos da empresa ao mesmo tempo em que criava a “pseudo” necessidade de venda de ativos para reduzir a dívida. E dizemos “pseudo” porque um empresa com mais de US$ 20 bilhões em caixa, não precisava, absolutamente, vender ativo algum.
AO ARREPIO DA LEI – Logo nas primeiras vendas, os técnicos do TCU relataram que tudo estava sendo feito ao arrepio da lei. Nenhuma divulgação, sem concorrência e em negociatas diretas. O TCU interrompeu as vendas e convocou a direção da Petrobras para negociar a forma de atuação dali para frente. Mas nenhuma punição foi atribuída ao que já havia sido vendido irregularmente.
O TCU estabeleceu novos critérios a serem utilizados pela companhia na venda de seus ativos. Ou seja, legislou indevidamente, contrariando ao que estabelece a Constituição Federal. Legislar não é atribuição do TCU.
Já dentro das novas e inconstitucionais regras foram feitas vendas absurdas de ativos, como da Nova Transportadora do Sudeste –NTS (por US$ 5 bilhões), rede de dutos que dão um retorno mínimo de 20% ao ano, para amortizar uma dívida (declarado) que custa 6,5 % ao ano. Que lógica é esta? O pior é que neste mesmo momento a companhia mantinha em caixa valores superiores a US$ 20 bilhões.
CRÉDITOS ABERTOS – Para uma empresa como a Petrobras, que por lei tem direitos na exploração do pré-sal e dispõe das melhores tecnologias para isto, não faltam recursos no mercado internacional.
Nos últimos anos, todas as vezes em que a empresa buscou recursos no mercado, se ela pede 3 são oferecidos 10. Se ela pede 5 são oferecidos 20. Em 2014, ano em que os criadores de mentiras diziam que a companhia estava perto da bancarrota, a Petrobras captou mais de US$ 15 bilhões, sempre com bancos de primeira linha e com vencimentos em 2034 (20 anos) e 2044 (30 anos).
É sempre bom lembrar que banqueiros não emprestam para empresas com dificuldades financeiras. O que eles querem é participar dos bons projetos, como é o caso do pré-sal brasileiro.
EM 100 ANOS… – Em 2015 a empresa captou US$ 2,5 bilhões junto ao JP Morgan e o Deuscht Bank, com vencimento em 2115 (100 anos).
Mais ainda, o China Bank colocou à disposição da Petrobras uma linha de crédito (cheque especial) no montante de US$ 10 bilhões, sem garantias reais, o que é inusitado para banco asiático. A única garantia é a de fornecimento futuro de petróleo para amortizar a dívida. O China Bank diz que pode disponibilizar o que for necessário para a Petrobras.
Vejam bem. Este é um negócio muito especial na atual conjuntura. Muitos alegam que energias alternativas e mais limpas (eólica, solar etc) no médio prazo e em certos casos poderão substituir o petróleo.
O crédito chinês, podendo ser amortizado com petróleo, torna o negócio autossustentável, como já dizia o general Horta Barbosa em 1947.
CONCORRÊNCIA? – Atualmente a alegação é a de que a Petrobras deve privatizar as áreas de refino e distribuição, para estabelecer a livre concorrência, beneficiando os consumidores brasileiros com menores preços. Mais uma grande mentira.
Desde o governo FHC a Petrobrás não tem qualquer monopólio e toda empresa estrangeira pode construir refinarias, construir distribuidoras de derivados de petróleo, instalar dutos e investir em pesquisa de petróleo no Brasil, sem qualquer interferência da Petrobrás. Por que não o fazem? Porque eles podem obter um retorno muito maior e mais rápido, comprando um ativo pronto (exemplo: refinaria) a preço de banana e com um mercado já desenvolvido e cativo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como o revelador artigo de Claudio Oliveira estava muito extenso, dividimos em duas partes e prosseguimos amanhã, com a previsão da ANP de que em 2026 o Brasil estará produzindo 5,1 milhões de barris/dia de petróleo. Somente o campo supergigante de Búzios, na área de cessão onerosa, estará produzindo 2,8 milhões de barris dia. E o Brasil se tornará um grande exportador de petróleo e derivados. (C.N.)

terça-feira, janeiro 08, 2019

Escolas federais custam menos e têm desempenho superior que colégios militares


Escolas federais custam menos e têm desempenho superior que colégios militares


Os colégios de aplicação e os institutos federais, com ensino técnico paralelo ao ensino médio, são os donos dos melhores resultados do país dentre as escolas públicas, desempenho superior, inclusive, ao dos colégios militares.
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) determina o fomento à criação de escolas cívico-militares em todo o país. Embora o documento não detalhe de que forma será feita a implantação, o ministro da Educação, Ricardo Vélez-Rodríguez, afirmou que a inspiração serão os colégios militares, que detêm desempenho acima da média.
A principal diferença em relação às escolas públicas convencionais é o investimento do Exército por aluno: R$ 19 mil ao ano, três vezes mais do que em uma escola pública regular. O argumento do bom desempenho encontra respaldo nos números do Enem, em que os alunos dos colégios militares costumam se destacar. Mas outro modelo, o das escolas federais, mostra desempenho superior com investimento inferior, de R$ 16 mil ao ano por aluno. O investimento médio nos alunos das redes públicas de educação nos estados e municípios é de aproximadamente R$ 6 mil por ano.
No ranking das 10 melhores instituições públicas do país, de acordo com o resultado do Enem em 2017, sete são federais, entre colégios de aplicação das universidades federais e campus dos Institutos Federais e CEFET. Na lista aparece um colégio militar do Exército, o de Belo Horizonte (MG), em 7º lugar. Há ainda duas escolas públicas estaduais entre as melhores do país.
O primeiro colocado é o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni), em Minas Gerais, que é o 19º no ranking geral do país nas provas objetivas — incluindo as escolas particulares.
Assim como os colégios militares, a rede de educação federal tem professores com título de mestre e doutor e, consequentemente, salários mais altos, que possibilitam dedicação integral. Institutos Federais investem em pesquisa e produção do conhecimento, e apostam na interiorização para levar formação para além das capitais.
Dono dos melhores índices do país entre as escolas públicas, o ensino federal foi atingido diretamente por cortes de verbas nos últimos anos. O orçamento para 2019, por exemplo, é similar ao de 2016, reduzindo a capacidade de investimentos, já que há aumento vegetativo de gastos com salários e também porque houve ampliação da rede dos IF neste período.
O governo Bolsonaro ainda não indicou quais serão os caminhos para a rede federal. Toda a equipe da Setec, responsável pelos institutos federais, foi exonerada e os novos nomes ainda estão em fase de reconhecimento de terreno.
O governo não informou se pretende aumentar o investimento por aluno nas escolas que adotarem o modelo cívico-militar. Vale lembrar que os investimentos em saúde e educação no governo federal foram congelados pelos próximos 20 anos (EC/95).
Ranking nacional das escolas públicas no Enem
1 – Colégio de Aplicação (Coluni) da Universidade Federal de Viçosa (MG)
2 – Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (RS)
3 – Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (PE)
4 – Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vitória (ES)
5 – SEPT da Universidade Federal do Paraná (PR)
6 – FCAP UPE, Escola de Aplicação do Recife (PE)
7 – Colégio Militar de Belo Horizonte (MG)
8 – CEFET Varginha (MG)
9 – Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (MG)
10 – Colégio Técnico de Campinas (SP)
Fonte: NSC. Foto em destaque: fachada do prédio do Coluni (UFV).

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O papel da imprensa é óbvio e o jornalismo não se confunde com a publicidade



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Charge do Justino (Arquivo Google)
Merval PereiraO Globo
É interessante notar que a importância da imprensa para a democracia vem sendo destacada nos primeiros dias do novo governo Bolsonaro por ministros e autoridades militares, que demonstram publicamente compreender melhor o papel dos meios de comunicação do que o candidato eleito durante sua campanha vitoriosa. O próprio agora presidente Bolsonaro vem reajustando seu discurso, e ontem admitiu que a imprensa livre é fundamental para a democracia. Mas continua misturando verba publicitária com isenção jornalística.
Em seu discurso de posse, o novo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva foi objetivo: “A presença da mídia nos importa e nos conforta. Mais do que reproduzir notícia, ela nos avisa, nos cobra quando é necessário e sempre ajuda a dar transparência a nossas atividades.”
TRANSPARÊNCIA – O ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, também defendeu o papel da imprensa no combate à corrupção: “A maneira mais eficaz de se combater a corrupção, além das medidas de gestão, além do uso da tecnologia no controle dos gastos públicos, é a divulgação, é a publicidade. Tem que divulgar tudo o máximo que puder. Tem que estar aberto para a imprensa, tem que fornecer todos os dados possíveis.” (Nosso grifo)
O ministro disse ainda que o governo está exposto a todo tipo de avaliação e informações que deveriam ser divulgadas. “Nós vamos estar completamente expostos. Eu não tenho medo dessa exposição, todo mundo aqui vai estar exposto a todas as avaliações e informações que devem ser divulgadas”, concluiu.
Também o tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, o novo Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), foi assertivo em seu discurso de posse: “Quanto maior for o zelo com a higidez e a intelectualidade de nosso efetivo, maior será o retorno para a sociedade que por ele é protegida”, começou Bermudez,  destacando a  importância da inteligência na atuação da Força.
RELAÇÃO COM A MÍDIA – “Haveremos de continuar incentivando a perfeita relação com a mídia, que tanto contribuiu para a construção da reputação de nossa Força nesses 78 anos de existência, criando conteúdos relevantes, pois relevante é nossa missão, assim como é determinante o papel da imprensa”, que o brigadeiro definiu como o canal de conexão com a sociedade. 
É justamente essa a atribuição da imprensa, fazer com que o Estado conheça os desejos e intenções da Nação, e com que esta saiba os projetos e desígnios do Estado, como ressaltei no meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. “Um bom jornal é uma nação conversando consigo mesma”, na definição do teatrólogo americano Arthur Miller.
OLHAR DA NAÇÃO – Para Rui Barbosa, a imprensa é a vista da nação. “Através dela, acompanha o que se passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam ou roubam, percebe onde lhe alvejam ou nodoam, mede o que lhe cerceiam ou destroem, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que ameaça”.
O presidente americano Thomas Jefferson entendeu que a imprensa, tal como um cão de guarda, deve ter liberdade para criticar e condenar, desmascarar e antagonizar. “Se me coubesse decidir se deveríamos ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última solução”, escreveu ele.
No sistema democrático, a representação é fundamental, e a legitimidade da representação depende muito da informação. Os jornais nasceram no começo do século XIX, com a Revolução Industrial e a democracia representativa. Formam parte das instituições da democracia moderna.
ESTADO MODERNO – A “opinião pública” surgiu através principalmente da difusão da imprensa, como maneira de a sociedade civil nascente se contrapor à força do Estado absolutista e legitimar suas reivindicações no campo político. Não é à toa, portanto, que o surgimento da “opinião pública” está ligado ao surgimento do estado moderno.
Com o advento das novas mídias sociais, os jornais perderam a exclusividade da formação da opinião pública, mas continuam sendo um “contrapoder”, importante para a institucionalização democrática dos países. É o jornalismo, seja em que plataforma se apresente, que continua sendo o espaço público para a formação de um consenso em torno do projeto democrático.

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