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quarta-feira, outubro 27, 2010
NSS paga revisão de benefício após 2000
Ana Magalhães e Carolina Rangel
do Agora
O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Valdir Moysés Simões, afirmou ontem ao Agora que as agências previdenciárias já estão pagando o aumento para quem começou a receber auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente ou pensão entre outubro de 2000 e agosto de 2009.
Essa revisão é devida aos segurados que tinham, na data do pedido do benefício, menos de 144 contribuições (12 anos) após julho de 1994. Para esses segurados, o INSS não descartou as 20% menores contribuições, o que pode ter reduzido o benefício.
Segundo cálculos do consultor previdenciário Marco Anflor, do site Assessor Previdenciario, a correção dá um aumento médio de 8%, mas pode chegar a 22% para quem teve grandes variações salariais após julho de 1994.
Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quartaDatafolha mostra Dilma com 56% e Serra com 44% dos votos válidos
Margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. No total de votos, petista registra 49%, e tucano, 38%
26/10/2010 | 20:12 | G1/Globo.comPesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta terça (26) indica que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 56% dos votos válidos, e o candidato do PSDB, José Serra, 44%. Os votos válidos excluem brancos, nulos e indecisos.
O segundo turno da eleição, no próximo domingo (31), decidirá quem será o novo presidente da República, a partir de 1º de janeiro.
Realizado nesta terça, o levantamento do Datafolha ouviu 4.066 pessoas em 246 municípios e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma pode ter de 54% a 58%, e Serra, de 42% a 46%.
O resultado em votos válidos é o mesmo da pesquisa anterior, realizada no dia 21.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo” e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 37404/2010.
Votos totais
Se considerados os votos totais (que incluem brancos, nulos e indecisos), Dilma soma 49% das intenções de voto, e Serra, 38%, segundo o Datafolha. Os brancos e nulos são 5%, e os indecisos, 8%.
Na pesquisa anterior, no dia 21, Dilma registrou 50%, e Serra, 40%. Brancos e nulos eram 4%, e os indecisos, 6%.
Fonte: Gazeta do Povo
STF julga hoje novo recurso contra a Lei da Ficha Limpa
Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem julgar hoje um recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), que questiona a impugnação de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão sobre o processo de Barbalho será aplicada em todos os casos que envolvem a aplicação da lei.
Candidato ao Senado pelo Pará, Barbalho não teve contabilizados os votos recebidos, já que concorreu com o registro de candidatura indeferido. No entanto, foi o “ficha-suja” mais votado em todo o país: 1.799.762 votos.
Às vésperas do primeiro turno, o julgamento do caso do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz causou um impasse no STF. Cinco ministros entenderam que a lei deveria ser aplicada de imediato, o que o tornaria inelegível este ano. Outros cinco concluíram que a regra só valeria a partir de 2012, o que lhe permitiria concorrer. O empate fez com que Roriz desistisse da candidatura a favor da mulher, Weslian, e causou desgaste político ao STF.
Fonte: Gazeta do Povo
Trombose é desconhecida por metade dos brasileiros
Vida e Cidadania
Quarta-feira, 27/10/2010
Antonio Costa/Gazeta do Povo
Aparelho de radiologia vascular: exame detecta obstrução em veias humanasTrombose é desconhecida por metade dos brasileiros
Pesquisa feita pelo Ibope mostra que 44% dos entrevistados nunca ouviram falar ou não sabem como se manifesta a doença, responsável por mais de mil mortes em 2009
Publicado em 27/10/2010 | Vanessa PrateanoA trombose, doença que atingiu 5.398 pacientes em 2009, matando 1.098, é desconhecida por 44% da população. Os números são de uma pesquisa realizada pelo Ibope com 1.008 brasileiros em todas as regiões do país e divulgada em São Paulo ontem. Encomendado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), com o apoio do laboratório farmacêutico Sanofi-Aventis, o levantamento mostra ainda que 8% nunca ouviram falar da doença. Outros 36% já conheciam o termo, mas não sabiam do que se tratava.
A trombose, também chamada de Trombose Venosa Profunda (TVP), é a obstrução de uma ou mais veias profundas do corpo, causada por um coágulo que impede que o sangue venoso, rico em gás carbônico, volte para o pulmão, onde será oxigenado. Na maior parte dos casos, a trombose localiza-se nas veias da perna e causa inchaço e dores localizadas. Em 10%, no entanto, o coágulo se desloca pelo corpo e chega aos pulmões, onde causa embolia pulmonar (insuficiência respiratória, ou EP), levando cerca de um quinto dos pacientes à morte instantânea. Nesses casos, há o quadro de Tromboembolismo Venoso (TEV), que é a junção das duas doenças. O desconhecimento da população em relação à EP é ainda maior: 78% dos entrevistados.
Áreas médicas precisam agir em conjunto
De acordo com especialistas das áreas de pneumologia e angiologia, para que o número de casos de trombose diminua, é fundamental o trabalho em conjunto com outras áreas da medicina, especialmente a ginecologia. O uso de hormônios, por meio de pílulas anticoncepcionais e da reposição hormonal na menopausa, potencializa o risco de a paciente ter trombose, mas muitos ginecologistas ainda prescrevem o tratamento sem checar o histórico da paciente.
O caso da estudante Yasmmin Caralp, 17 anos, é emblemático: com histórico de trombose na família, Yasmmin iniciou o uso da pílula muito cedo, para regular o fluxo menstrual. Nunca lhe foi pedido um exame para detectar sua predisposição à doença. Resultado: há cerca de duas semanas, ela foi internada às pressas, após ter uma trombose que afetou as veias da perna e do abdômen, além de resultar numa embolia pulmonar. “Os hormônios femininos alteram a química das paredes da veia, como se fizesse pequenas lesões na parede venosa. Isso facilita a ocorrência de coágulos no local”, explica o chefe do Setor de Cirurgia Vascular do Hospital Evangélico, Constantino Miguel Neto.
A aposentada Irene Cansield, de 72 anos, teve uma trombose na perna há 10 anos. Embora saudável e adepta de caminhadas diárias, Irene havia feito reposição hormonal cerca de 15 anos antes. Após complicações em uma cirurgia na bexiga, a ginecologista lhe recomendou que voltasse a tomar hormônio. O resultado foi um inchaço que ia do pé esquerdo à virilha.
O médico Guilherme Pitta, da SBACV, afirma que, a partir deste ano, uma série de diretrizes elaboradas pelas sociedades das diversas áreas visa acabar com o conflito de informações. “Antigamente, cada sociedade elaborava suas diretrizes, que por vezes eram conflitantes. Agora, todas se reuniram e elaboraram diretrizes em conjunto. Após isso, haverá uma revisão por parte da Associação Médica Brasileira (AMB). As diretrizes virarão resolução do Ministério da Saúde e todos os médicos, das mais diversas áreas, terão de cumpri-las.”
Doença silenciosa
De acordo com a professora do Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário Professor Edgar Santos, em Salvador (BA), Ana Thereza Rocha, o desconhecimento dos sintomas e da prevenção é grave porque apenas 20% dos casos apresentam sintomas. “É uma doença silenciosa e traiçoeira. Em 80% dos casos, a pessoa não sente dor, mas a doença está ocorrendo.” Além da falta de informação da população, Ana Thereza aponta outro fator que ajuda a aumentar os números da doença: os profissionais de saúde ainda não estão preparados para diagnosticar os casos.
Atualmente, a embolia pulmonar é a causa mais comum de morte hospitalar evitável, mas muitos médicos, no momento da internação, não perguntam ao paciente se ele se encaixa em algum fator de risco, como fumar, usar pílula anticoncepcional, ter histórico da doença na família ou trombose anterior. A internação em si também é um fator de risco, já que a pessoa passa muito tempo deitada, o que compromete a circulação do sangue. “Pacientes que fizeram cirurgias que exigem muito tempo de repouso têm mais chances de ter a doença. Isso ocorre porque o retorno venoso se dá principalmente em função da musculatura da panturrilha. Se não andamos, não ativamos essa musculatura e o sangue não sobe”, explica o angiologista do Hospital das Nações, Maurício Abrão.
“É raro uma pessoa estar [internada] em um hospital e não ter um outro fator de risco. A profilaxia tem de ser rotina nos hospitais. É preciso que cada hospital tenha um comitê de prevenção da trombose, assim como há os comitês de prevenção de infecções hospitalares”, complementa Ana Thereza, que também coordena o programa TEV Saftey Zone no Brasil, patrocinado pela Sanofi-Aventis com o intuito de diminuir os casos de trombose e embolia pulmonar após as internações hospitalares.
Óbitos no Sul
A pesquisa do Ibope também apontou que a Região Sul figura em segundo lugar no número de óbitos, internações e gastos com tratamento, atrás apenas da Região Sudeste. Entre 2008 e no ano passado, de acordo com informações repassadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os três estados sulistas tiveram mais de 21 mil internações na rede pública, com gastos da ordem de mais de R$ 10 milhões. Foram registradas, no mesmo período, 1.120 mortes. Para o presidente da SBACV, Guilherme Pitta, a possível explicação para os números se dá pela excelência do sistema hospitalar da região. “No Sul, há hospitais universitários excelentes, nos quais o tratamento está mais avançado. A notificação nesses locais também é maior. Muitas pessoas de outras regiões também vão para o Sul e o Sudeste em busca de tratamento, o que faz com que os casos ali tratados e diagnosticados aumentem.”
A jornalista viajou a convite da Sanofi-Aventis
País não pode descer “serra abaixo”, diz LulaPaís não pode descer “serra abaixo”, diz Lula
Na Cidade Industrial de Curitiba, presidente ataca adversários e recebe homenagem pelo aniversário
27/10/2010 | 00:14 | Carlos Eduardo Vicelli e Heliberton CescaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o comício de ontem à noite, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), para atacar a oposição – especialmente José Serra, candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Sem a presença da presidenciável Dilma Rousseff (PT), que buscava votos na Região Nordeste, Lula usou um trocadilho para dizer que os curitibanos não deveriam eleger o tucano. “Não é possível que um estado como Paraná, um dos mais desenvolvidos deste país, com um padrão de vida altíssimo, permita que o país desça serra abaixo”, disse, recebendo aplausos de correligionários. Frase semelhante foi usada por Dilma ontem em Caruaru, interior de Pernambuco.
Com o time dividido – e os holofotes exclusivos –, Lula incorporou o personagem do velho sindicalista para atrair a atenção do público por cerca de 27 minutos. Estimativa da Polícia Militar é de que aproximadamente 3 mil pessoas tenham comparecido à Rua Senador Accioly Filho. Público menor que o comício do 1.º turno no bairro Sítio Cercado. Os seguranças chegaram a encurtar o espaço destinado aos militantes para evitar grandes vazios, o que prejudicaria a imagem do comício.
Candidata usa mesmo trocadilho do presidente em Pernambuco
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, também fez um trocadilho com o nome do seu adversário e disse, ontem, em rápido discurso em Caruaru (PE), que no próximo domingo o eleitor escolherá entre “continuar o que está dando certo ou descer serra abaixo”.
“Como podemos confiar em alguém que fica atacando uma mulher a todo momento? Como alguém assim quer ser presidente? Imagine depois [de eleito] como vai ser com a gente [povo]”, ressaltou o presidente, que completa 65 anos hoje, com direito a várias “festas” espalhadas pelo Brasil, como divulgou ontem a organização da campanha petista.
Lula, contudo, parece ter se rendido a pelo menos uma proposta do adversário: o 13.º para o Bolsa Família, o principal programa social da gestão petista. “O Bolsa Família, que eles tratavam como esmola antes, agora estão prometendo até dar o 13.º. A dona Márcia [Lopes, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome] certamente vai fazer aqui”, disse.
Além de Márcia, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo também representou o primeiro escalão do governo federal. Entre as autoridades locais, o governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB), que puxou um tímido “parabéns a você” em homenagem a Lula, foi o primeiro a discursar. Breve, se resumiu a pedir votos à petista, “a melhor opção para o Brasil”. Quem assumiu o microfone na sequência foi o ex-governador e senador eleito Roberto Requião, também do PMDB. Bem mais incisivo, usando palavras fortes, Requião pediu com veemência para a população de Curitiba não votar em Serra, lembrando da polêmica iniciativa do tucano que, há 22 anos, durante a Constituinte, foi foi relator do texto que definiu exceções às regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica e petróleo. Ao contrário de todos os demais produtos que estão na base do ICMS, a norma determina que a arrecadação sobre eles só ocorre no estado consumidor (de destino), o que prejudica os cofres paranaenses – e beneficia São Paulo, estado de origem do tucano.
Estavam ainda no palco o senador Osmar Dias (PDT) e a senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT). Demonstrando abatimento por causa da derrota para Beto Richa (PSDB) na disputa pelo governo do estado, Osmar encurtou a fala. Além de seguir o roteiro agendado, pedindo apoio a Dilma, agradeceu os votos que obteve na cidade – 300.975 contra 690.823 do adversário.
Gleisi tinha mais a dizer. Olhando para Lula, a petista se emocionou ao lembrar que o comício de ontem era o último do petista no Paraná na atual gestão como presidente da República. Foi a deixa para a surpresa da noite. Pessoas comuns subiram ao palco para agradecer diretamente ao presidente por terem alcançado uma “vida nova”. Um agricultor lembrou dos programas destinado aos trabalhadores rurais. Um estudante negro e “filho de trabalhador” ressaltou o fato de pode cursar uma faculdade. Ao redor, um grupo de crianças, todas vestidas de branco, agitavam balões vermelhos em formato de estrela.
No fim, quebrando o protocolo, Lula caiu nos braços do povo. Desceu do palco para abraçar populares, encerrando a última tentativa de levar os curitibanos para o lado de Dilma.Fonte: Gazeta do Povo
Batendo continência
Carlos Chagas
Com atraso inexplicável Dilma Rousseff divulgou, segunda-feira, suas “diretrizes” de governo. Explicou não tratar-se de seu programa de ação, caso eleita, mas de simples objetivos a alcançar, deixando para depois a forma de como viabilizá-los.
Pior fez, ou não fez, José Serra, que nem “diretrizes” anunciou, limitando-se a promessas pontuais como elevar o salário mínimo para 600 reais ou conceder o décimo-terceiro salário para os beneficiados pelo bolsa-família.
Uma novidade, apenas, fluiu do documento da candidata: pela primeira vez desde que lançada pelo presidente Lula, ela se dirige às forças armadas, numa espécie de “carta aberta” à categoria. Fica nos chavões, como o de manter o serviço militar obrigatório, estimular a indústria bélica e prover a imprescindível atualização do equipamento militar.
Será bom não esquecer que Dilma recusou, “por problemas de agenda”, comparecer a um debate com os demais candidatos, no primeiro turno, promovido pelos clubes Militar, da Marinha e da Aeronáutica. Nem ao menos aceitou, pelos mesmos motivos, fazer uma exposição de seu programa de governo a uma das três entidades, ao contrário de Serra.
Agora, a menos de uma semana das eleições para o segundo turno, redime-se e dá atenção às instituições castrenses. Menos mal, ainda que continuem sem resposta as causas do boicote prolongado. Afinal, em vias de ser eleita, a ex-ministra deveria ter presente que logo será a Comandante em Chefe das Forças Armadas. Receberá as continências de praxe do Exército, Marinha e Aeronáutica, desde a posse até as centenas de solenidades a que precisará comparecer. Além de nomear o ministro da Defesa e os comandantes das três corporações.
Seria estultice considerar esse afastamento da candidata motivado por acontecimentos passados. Quando foi presa e torturada, nos idos da ditadura militar, nem capitães eram os generais de hoje. Além de constituir justiça reconhecer a conduta exemplar dos militares, desde a democratização. Engoliram, e pelo jeito ainda engolem, sapos em posição de sentido. As corporações nada tem a ver com os erros e abusos praticados no período de domínio militar sobre as instituições, debitados a maus chefes, jamais ao conjunto constitucionalmente disposto para a defesa da soberania nacional.
De qualquer forma, vale o refrão popular de “antes tarde do que nunca” para a mensagem agora dirigida pela candidata às Forças Armadas. Porque se ela for buscar na História previsões para o futuro, concordará com Getúlio Vargas, que ao preparar-se para tomar posse em 1951, eleito democraticamente, respondeu assim à indagação a respeito do comportamento dos militares: “Os militares? Os militares baterão continência…”
OPORTUNIDADES PERDIDAS
Com o debate de segunda-feira, na Rede-Record, foi-se a penúltima oportunidade de os candidatos atingirem o âmago do sentimento do eleitorado. Resta o debate de sexta-feira, na Rede-Globo, mas, ao que tudo indica, será mais uma oportunidade perdida, tendo em vista que desde o início da campanha o tema “segurança pública” vem sendo relegado a considerações insuficientes. Serra promete um ministério específico, Dilma anuncia que copiará o modelo das polícias pacificadoras do Rio de Janeiro. E só.
Deixaram de perceber os dois, assim como seus assessores principais, a importância de planos e projetos eficazes para combater a insegurança que assola o país inteiro diante da ação da bandidagem na vida de cada um de nós.
Tivessem o tucano ou a companheira prometido concepções e medidas cirúrgicas para a defesa do cidadão e, com certeza, seriam outros os percentuais de sua aprovação, nas pesquisas.
Por exemplo: senão pena de morte, ao menos prisão perpétua para autores de crimes hediondos. Extinção de todos os benefícios legais para quantos torturam e matam, em especial crianças, a começar pelos próprios pais. Cadeia para o resto da vida, sem livramento constitucional ou saídas costumeiras da prisão, para autores de latrocínio e comandantes do tráfico de drogas. Regime prisional sem facilidades de espécie alguma para seqüestradores. Trabalho obrigatório para quantos tenham sido sentenciados por crimes violentos. Tratamento carcerário igual para os criminosos de colarinho branco e para ladrões de galinha. Inflexibilidade na condenação de quantos se envolvam em peculato, desvio de recursos públicos, recebimento de propinas, envio de dinheiro irregular para o exterior ou utilizem funções de estado para cometer ilícitos.
E quanta coisa a mais poderiam ter anunciado os candidatos, acoplando-se à tendência unânime da população de que o principal sujeito da política de direitos humanos precisa ser o cidadão comum?…
O DAY AFTER
A partir de segunda-feira dois tipos de reunião estarão acontecendo no país inteiro. De um lado, os vitoriosos, planejando o futuro. De outro, os derrotados, lamentando o passado.
Quem ganhar a eleição evitará ilações sobre a formação do ministério, mas não deixará, no recôndito da euforia, de estar escalando em silêncio a equipe que o acompanhará a partir do primeiro dia de janeiro.
Quem perder buscará garantir espaços para incluir-se na linha de frente da oposição naturalmente formada pela voz das urnas. Sobreviver será sua preocupação maior.
Os partidos estarão em efervescência, com vistas a aglutinar-se no próximo Congresso. Os governadores, de seu turno, pensarão em acomodar-se diante do novo quadro nacional, influindo ou insinuando-se.
Quanto aos integrantes do governo atual, já então arrumando as malas para voltar à planície ou conseguir permanecer no alto da montanha, precisarão aguardar com ansiedade redobrada. Em suma, nada de novo debaixo do sol.
Fonte: Tribuna da Imprensa
STF deve retomar julgamento sobre Lei da Ficha Limpa
Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje (27) à tarde a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano. O assunto é o primeiro item da pauta de julgamento do plenário, com o recurso de Jader Barbalho, cujo registro foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O julgamento sobre a lei será retomado do zero, como se nenhum ministro tivesse se posicionado sobre o assunto. A Lei da Ficha Limpa começou a ser julgada no final de setembro, em cima do recurso de Joaquim Roriz (PSC), então candidato ao governo do Distrito Federal.
Na ocasião, o placar ficou em 5 a 5 pela validade da norma nestas eleições. Não houve o voto do 11º ministro da Corte, já que a cadeira está vaga após a aposentadoria do ministro Eros Grau. Os ministros acabaram discutindo os possíveis desfechos para o impasse e chegaram a cogitar a espera da nomeação do novo ministro. Depois de adiar a proclamação do resultado, os ministros foram surpreendidos pela desistência de Roriz, que indicou a mulher, Weslian Roriz, para concorrer em seu lugar.
O motivo da impugnação de Barbalho é o mesmo de Roriz: renúncia de mandato para escapar de possível processo de cassação por quebra de decoro. Por esse motivo, o julgamento de hoje deve ser mais ágil. O julgamento de Roriz foi dividido em dois dias, totalizando cerca de 16 horas.
Fonte: Tribuna da Bahia
TRE adia decisão sobre pedido de cassação da prefeita de Barreiras
Miriam Hermes | Sucursal de Barreiras
A decisão do pedido de cassação da prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira (PR), e de sua vice, Regina Figueiredo (PSB), prevista para sair nesta terça-feira, 26, foi adiada pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, desembargador Mário Hirs.O desembargador terá que desempatar a votação dos juízes, que está 3 a 3, mas ele pediu vistas no processo antes de dar seu voto, o que interrompeu a sessão.
A prefeita e sua vice são acusadas de compra de votos por meio de doação de combustível durante uma carreata na campanha eleitoral de 2008. As duas, que romperam politicamente em abril deste ano, foram cassadas em 2009, mas voltaram ao cargo por conta de uma liminar.
A acusação disse que, se o TRE julgar pela cassação, uma nova eleição só será convocada após a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o caso.
Fonte: A Tarde
Dilma tenta reverter tendência pró-Serra em Vitória da Conquista
Juscelino Souza | Agência A TARDE
Vitória da Conquista (Ba) - Um discurso rápido, com 20 minutos de duração, intercalado com afagos ao eleitorado local e ataques leves ao adversário José Serra (PSDB), marcou a passagem de Dilma Rousseff (PT) em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador.
Dilma subiu ao palanque armado na Praça barão do Rio Branco exatamente às 20h48, uma hora e 48 minutos depois do anunciado na programação oficial. A chuva fina que começou em seguida não tirou o ânimo da platéia, que chegou a interromper o discurso duas vezes aos gritos de “Dilma, Dilma”.
Saudando o público, a petista fez jogo de palavras com o nome da cidade, dizendo que estava ali para falar de “vitórias” e “conquistas” e que, em 31 de outubro, o eleitor iria responder “ao ódio, a falsidade e as mentiras com amor”.
“No próximo domingo, diante da urna, vão estar presentes em nossas cabeças todas as conquistas e vitórias dos últimos oito anos do presidente Lula”, salientou. Referindo-se às mulheres, prometeu, se eleita, não errar como governante. “A mulher sabe governar bem, pois já governa sua casa, cria seus filhos, lava roupa, faz comida e cuida da roça”.
Das poucas promessas que fez na cidade, destacou a erradicação da pobreza e aumento no número de empregos formais. “Dizem que acabar a pobreza é impossível, mas fomos nós que tiramos 28 milhões de brasileiros da situação de pobreza extrema e isso é mais que a torcida do Bahia”.
Tucano - A programação da visita foi aberta pelo governador Jaques Wagner e comitiva logo no aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo. Cerca de 100 prefeitos, incluindo o tucano Eduardo Vasconcelos, de Brumado (que deve responder a processo interno por quebra de fidelidade partidária), se juntaram ao grupo, também formado por deputados federais e estaduais.
Num rápido encontro com jornalistas, no saguão, Wagner falou sobre o posicionamento do eleitorado conquistense no primeiro turno e enfatizou o esforço do partido em alterar o cenário no próximo domingo. “Vitória da Conquista às vezes reserva surpresas, mas vamos virar o jogo aqui e eleger Dilma”, observou.
A concentração popular tomou as dependências do aeroporto e ruas adjacentes, reunindo mais de 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Por causa da aglomeração, o trânsito ficou engarrafado nas primeiras horas da tarde e foi difícil a locomoção, atrasando a carreata prevista para às 16h30 em mais de duas horas.
A militância “se virou” em carrocerias de caminhões e camionetes, pegou carona em motos e pedalou bicicletas. No vale-tudo pra tentar ver a carreata, lajes, sacadas, muros e telhados serviram como “camarote”, mas nem todos partilhavam a mesma preferência.
Em determinado trecho da carreata, um grupo de aproximadamente 50 pessoas começou a gritar o nome de Serra. Não houve registro de confrontos durante o trajeto, acompanhado de perto por viaturas da PM e do Sistema Municipal de Trânsito (Simtrans).
Muitos não acreditavam na visita da candidata ao município. É que, uma semana antes, emissoras de rádio e até militantes ecoaram pelas ruas a notícia da suposta aparição de Dilma na maior cidade do Sudoeste.
Desta vez, com a certeza da chegada, a cidade recebeu uma “enxurrada” de panfletos, cartazes e as cenas mais comuns eram de pessoas desfilando com bandeiras nos carros e nas mãos. Tudo para mudar o cenário do primeiro turno, quando Serra obteve 59.420 votos, contra 56.780 de Dilma.
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Eleitor desaprova debate e reforça tendência de voto
Vítor Rocha, do A TARDE
Se houve uma unanimidade entre as dez pessoas que assistiram juntas ao debate presidencial da Rede Record, no domingo, 25, a pedido de A TARDE, foi a crítica ao formato “engessado” aplicado pelas grandes redes de televisão. Para eles, o modelo favorece a ausência de propostas concretas e deságua em falta de clareza e objetividade dos candidatos sobre o que pretendem para o País.
Como resultado disso, ninguém externou mudança de convicção de voto, mas os três indecisos se mantiveram inclinados a votar na candidata oficial Dilma Rousseff (PT). Sobre a performance dos presidenciáveis, a avaliação dos eleitores condiz com a respectiva opinião a respeito dos concorrentes. Ou seja, a maioria avalia que o preferido se saiu melhor.
Três atribuíram a José Serra (PSDB) melhor desenvoltura, mas, antes do debate, já se declararam eleitores do tucano, sem possibilidade de mudar o voto.
Os outros sete participantes do evento perceberam equilíbrio de forças entre os dois candidatos. Destes, um se disse adepto de Serra, três decididos por anular o voto e outros três indecisos. Ninguém mudou de opinião, inclusive os indecisos, que continuaram pendentes à petista Dilma Rousseff.
Os dez participantes foram convidados de forma aleatória pelo Grupo A TARDE e a escolha não segue o perfil do eleitor médio da Bahia ou do Brasil. No primeiro turno das eleições, Dilma venceu com 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% de Serra. Na Bahia a vantagem foi maior para a petista: 62% a 20%.
Blocos - Na avaliação da maioria dos participantes, Serra se saiu melhor no primeiro bloco, mas Dilma equilibrou o debate e até se destacou no segundo e no terceiro bloco. Entre os pontos mais criticados pelos eleitores está a falta de resposta de Serra sobre questões importantes, como o ProUni, e a insegurança de Dilma, que gaguejou ao falar “sistema penitenciário”.
No início do programa, os serristas estavam mais otimistas e até tentavam convencer os outros. Abelardo dos Santos Filho, 48, advogado, morador da Federação, defendia: “Na democracia não pode haver continuísmo”. E logo na primeira imagem do tucano, Fernanda Fernandes, corretora de imóveis, do Costa Azul, elogiou: “Olha a carinha de alegre dele!”.
Carlos Vieira, 28, auxiliar jurídico, da Barros Silva, riu satisfeito quando Serra falou em “parceria estranha” entre o governo e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Os indecisos começaram a se manifestar no final do primeiro bloco. “Não tenho nenhuma razão para votar em Dilma, mas vários motivos para não votar em Serra”, comentou Amarildo Barbosa, 39, jornalista e morador de São Cristóvão. “Não quero voltar ao retrocesso”, justificou.
Cláudia Eleutério, 24, historiadora, do Imbuí, também criticou o tucano. “Achei ridículo quando ele disse ‘aquela mulher’. É machismo dele”, comentou, sobre frase de Serra em referência a Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil.
Já a antropóloga Hilda Braga, 54, também do Imbuí, reagiu favorável a Dilma quando ela garantiu não criminalizar os movimentos sociais, como o MST: “Chega de repressão neste País”.
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sunami mata mais de 100 pessoas e deixa centenas desaparecidas na Indonésia
Um tsunami que atingiu as ilhas remotas no oeste da Indonésia matou mais de 100 pessoas e centenas estão desaparecidas, disseram autoridades nesta terça-feira. A catástrofe ocorreu após um terremoto de magnitude 7,5, na noite de segunda-feira. O epicentro do tremor foi situado 78 quilômetros a oeste de Pagai do Sul, nas ilhas Mentawai, que ficam próximas à ilha de Sumatra.
No vilarejo litorâneo de Betu Monga, a maioria das casas foi destruída, segundo um funcionário regional do Departamento de Pesca.
- Das 200 pessoas que vivem no vilarejo, só 40 foram encontradas; 160 ainda estão desaparecidas, a maioria mulheres e crianças -, disse por telefone o funcionário Hardimansyah (que, como muitos indonésios, usa um só nome).
- Temos pessoas relatando ao posto de segurança daqui que não conseguiram segurar suas crianças, que elas foram arrastadas. Muita gente está chorando -, acrescentou.
Segundo Hardimansyah, 80% das casas foram danificadas na região, e há o risco de falta de alimentos. Um barco de turismo com oito a dez australianos perdeu contato por rádio depois do terremoto, segundo autoridades da Austrália.
O resort Macaronis, frequentado por surfistas na ilha de Pagai do Norte, também sofreu grandes danos. Em nota, a empresa World Surfaris disse que o resort “experimentou um grau de devastação que o tornou inoperável”.
Via Facebook, um surfista no local relatou que todos os chalés foram “varridos” pelo tsunami. No site Surfaid, um funcionário dessa organização de ajuda a surfistas disse que ondas de três metros atingiram o hotel, e que barcos explodiram após se chocarem uns contra os outros.
Esse funcionário, chamado Tom Plummer, afirmou que os ocupantes de uma embarcação foram atirados na selva e levaram mais de uma hora para encontrar o caminho de volta à praia.
- Havia muitos destroços boiando na água, inclusive banquetas de bar e outras peças do mobiliário do Macaronis Resort -, relatou ele.
Hendri Dori Satoko, chefe do governo regional na área afetada, afirmou à Metro TV que alguns dos 380 desaparecidos podem estar refugiados em áreas mais altas.
A polícia das ilhas Mentawai disse estar buscando os desaparecidos e montando postos de emergência.
- Estamos prevendo que as pessoas vão precisar de mantimentos e abrigo. A chuva está caindo muito forte, o vento está muito forte -, disse o policial Ronald, na delegacia da localidade de Sikakap.
Mudjiarto, chefe da unidade de reação a desastres do Ministério da Saúde, disse à Reuters que dois corpos foram encontrados perto da ilha Sipora, e que várias pessoas continuam desaparecidas.
Na ilha de Pagai do Sul, as ondas penetraram cerca de 600 metros pelos vilarejos; em Pagai do Norte, o mar chegou a cobrir os telhados, segundo o relato dele.
Vulcão
Em Sleman, também na Indonésia, o vulcão do Monte Merapi entrou em erupção nesta terça-feira, informou o chefe da agência de vulcanologia do país, um dia após milhares de moradores terem sido retirados de vilarejos próximos, na ilha de Java.
Não há informação sobre vítimas. As autoridades tentam desde segunda-feira retirar mais de 11 mil pessoas que moram em vilarejos nos arredores do vulcão.
Lula e Serra lamentam morte de Tuma; veja repercussão
À notícia da morte do senador Romeu Tuma, às 13h desta terça, 26, seguiram-se as mensagens de pesar e condolências à família do ex-delegado. Políticos e instituições divulgaram notas lamentando a perda de Tuma ao longo do dia. O Senado ainda lhe dedicou uma sessão solene nesta tarde.
Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou em nota a dedicação de Tuma à vida pública e sua atuação como senador, além de solidarizar-se com a da família. Informou ainda que encaminhará o ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Armando Felix, para representá-lo na cerimônia fúnebre do senador.
Serra. Ao comentar a morte do senador Romeu Tuma, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ter perdido 'um amigo'. 'Lamento muito. Fui colega dele no Senado. Um homem sereno, duas vezes senador por São Paulo. Quero mandar meu abraço a sua família, a sua esposa, seus irmãos, e seus filhos. Éramos amigos pessoais. Além de político importante, perco um amigo', afirmou o candidato, depois de fazer uma visita ao estádio do Maracanã, que está em obras para a Copa de 2014.
Senado. Senadores lamentaram a perda da figura ao mesmo tempo 'rígida e cordial' durante sessão realizada na tarde desta terça-feira. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que Tuma 'considerado uma pessoa contraditória. Havia, de um lado, o policial rígido, duro, conhecido por muitos como 'xerifão'; e, de outro, alguém de grande cordialidade'.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) também destacou as mesmas características em Tuma e afirmou que nunca tinha entendido a escolha do senador pela carreira policial, por ter um perfil avesso à profissão. 'Eu não entendia. Tuma foi o chefão da Polícia Nacional na época da ditadura, ocupou sempre os cargos mais altos na polícia. Mas lembro que todos os réus que estiveram sob seu jugo cumpriram as penas à sua maneira, com carinho, bondade e respeito', disse Simon.
A sessão foi presidida pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) e contou também com as homenagens dos senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Gim Argello (PTB-DF).
Twitter. Tão logo circulou notícia da morte do senador Romeu Tuma políticos de partidos diversos comentaram via Twitter o fato. O companheiro de Senado, Demostenes Torres (DEM-GO), escreveu: 'Lamento com muito pesar o falecimento do senador Romeu Tuma. Fiquei mais pobre de amigos.'
Delcídio Amaral, senador pelo PT-MS, também postou mensagem. 'Triste com a perda do amigo, companheiro e conciliador, o senador Romeu Tuma. O Senado e o Brasil perdem uma grande figura humana.' O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma e deputado federal pelo PMDB, Michel Temer, anotou: 'Lamento o falecimento do senador Romeu Tuma. Minha solidariedade à família'.
O senador Álvaro Dias, do PSDB-PR, foi dos primeiros a comentar a morte do companheiro, por volta das 14h. Em nota no seu blog, Dias relembra a trajetória de Tuma. Cristovam Buarque, senador pelo PDT-DF, após fazer discurso no Senado postou: 'Tuma era o mais cordial dos senadores desta legislatura'.
OAB-SP. O presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, recebeu com pesar a notícia da morte do senador. 'O Brasil perde um grande homem público, que mesmo tendo ocupado o cargo de diretor-geral do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) durante a ditadura foi reconhecido por todos, inclusive pelos presos políticos, como um homem de diálogo. Sempre se destacou na carreira policial e na política ao longo dos dois mandatos que cumpriu no Senado, demonstrando ser um homem probo e preocupado com os interesses públicos. Foi inscrito na OAB SP e sempre honrou os quadros da advocacia paulista. Manifesto meus sentimentos à esposa Zilda Tuma e aos filhos Romeu, Robson, Rogério e Ronaldo Tuma', afirmou D'Urso.
PSDB-SP. Em nota, o presidente do PSDB-SP Antonio Mendes Thame expôs também seu pesar pela morte do senador.'Neste momento de tristeza, queremos expressar nosso profundo pesar pela perda do estimado amigo e senador Romeu Tuma. Excepcional homem público, competente, íntegro e com uma extensa folha de serviços prestados, Tuma deixará, além de sua história, muita saudade. Aos familiares e inúmeros amigos que colecionou em vida, nossos mais sinceros votos de força e solidariedade', escreveu.
Fonte: estadao
terça-feira, outubro 26, 2010
Resultado de licitação do metrô de São Paulo já era conhecido seis meses antes
RICARDO FELTRIN
DE SÃO PAULO
A Folha soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô.
O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente.
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A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) --ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman.
O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório.
O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou "acertos".
O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU.
VÍDEO E CARTÓRIO
A Folha obteve os resultados da licitação no dia 20 de abril, quando gravou um vídeo anunciando o nome dos vencedores.
Três dias depois, em 23 de abril, a reportagem também registrou no 2º Cartório de Notas, em SP, o nome dos consórcios que venceriam o restante da licitação e com qual lote cada um ficaria.
O documento em cartório informa o nome das vencedoras dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, cuja proposta acabaria sendo rejeitada em 26 abril. A seguir, o Metrô decidiu que não só a Galvão/Serveng, mas todas as empresas (17 consórcios) que estavam na concorrência deveriam refazer suas propostas.
A justificativa do Metrô para a medida, publicada em seu site oficial, informava que a rejeição se devia à necessidade de "reformulação dos preços dentro das condições originais de licitação".
Em maio e junho as empreiteiras prepararam novas propostas para a licitação. Elas foram novamente entregues em julho.
No dia 24 de agosto, a direção do Metrô publicou no "Diário Oficial" um novo edital anunciando o nome das empreiteiras qualificadas a concorrer às obras, tendo discriminado quais poderiam concorrer a quais lotes.
Na quarta-feira passada, dia 20, Goldman assinou, em cerimônia oficial, a continuidade das obras da linha 5. O nome das vencedoras foi divulgado pelo Metrô na última quinta-feira. Eram exatamente os mesmos antecipados pela reportagem.
OBRA DE R$ 4 BI
Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. As linhas 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor.
Pelo edital, apenas as chamadas "quatro grandes" Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões.
OUTRO LADO
Em nota, o Metrô de São Paulo informou que vai investigar as informações publicadas hoje na Folha.
A companhia disse ainda que vai investigar todo o processo de licitação.
"É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo. A responsabilidade do Metrô, enquanto empresa pública, é garantir o menor preço e a qualidade técnica exigida pela complexidade da obra."
Ainda de acordo com a estatal, para participação de suas licitações, as empresas precisam "atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade" impostos por ela.
No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso "Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm". "Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública. Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas", diz trecho da nota.
O Metrô afirmou ainda que, "coerente com sua postura transparente e com a segurança de ter conduzido um processo licitatório de maneira correta, informou todos os vencedores dos lotes e os respectivos valores".
Disse seguir "fielmente a lei 8.666" e que "os vencedores dos lotes foram anunciados na sessão pública de abertura de propostas". "Esse procedimento dispensa, conforme consta da lei, a publicação no 'Diário Oficial'".
Todos os consórcios foram procurados, mas só dois deles responderam ao jornal.
O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que "tomou conhecimento do resultado da licitação em 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública".
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, "só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como 'tatu' e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento".
"Uma vez que nenhum consórcio poderia conquistar mais que um lote, a probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande", diz.
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão diz ter concentrado seu foco no lote 7 para aproveitar "o equipamento da Linha 4, reduzindo o investimento inicial".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Colaborou ROGÉRIO PAGNAN, de São Paulo
Eleições 2010: antes, a tragédia; agora, a farsa
por FRANCISCO JOSÉ SOARES TEIXEIRA*
Karl Marx, em 18 de Brumário, 1852, livro escrito para explicar o golpe de Estado dado por Luis Napoleão, sobrinho do velho Napoleão, cita Hegel quando este afirma que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E acrescenta a sua famosa frase: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. Herbert Marcuse arremata para concluir que a repetição de um evento como farsa pode ser ainda mais terrível do que a tragédia original. É o que aconteceria, caso Serra vencesse as eleições de 2010.
A tragédia aconteceu com FHC, quando este institui o Real. Com esse plano, criou as condições sem as quais o capital não poderia se desenvolver livremente. Privatizou as empresas estatais; abriu as portas para a corrida e implantação de faculdades particulares; fez uso de vários expedientes legislativos (Projetos de Leis em regime de urgência de votação, portarias e normas do Ministério do Trabalho) para flexibilizar a legislação trabalhista; desindexou a política de reajuste salarial e, para coroar suas mediadas liberalizantes, criou a Lei de Responsabilidade Fiscal, um verdadeiro garrote, utilizado para extrair recursos do Tesouro para o pagamento da dívida pública.
Agora, vem Serra, figura insossa e pálida, conjurar ansiosamente em seu auxílio o espectro do governo FHC. Tempera a tragédia que foi aquele governo vestindo trajes lulista, para afirmar que, se eleito, vai aprofundar o programa social do presidente operário e fortalecer o patrimônio do povo brasileiro. Fortalecer! Que diabo isso quer dizer? Que não vai privatizar o que sobrou de estatais do governo FHC? Ou será que fortalecer significa deixar que instituições como o BNDES, BNB, Petrobras encontrem no mercado as condições de crescimento como assim fizera o presidente intelectual? Por que Serra não mostra sua cara e diz em alto e bom som que fortalecer é fazer o que seu “herói” do passado fez, ou seja: privatizar?
Figura caricatural, Serra é obrigado a fazer uso de expressões ambíguas e vazias de conteúdo. E não poderia ser diferente. Ele sabe que não pode mais repetir o governo do seu consorte de Partido. Afinal, tudo que o mercado exigiu, FHC já o fez. Por isso, se ganhasse as eleições, seu governo seria uma farsa ainda mais terrível do que a tragédia que fora aquele governo. É bom lembrar que gato escaldado tem medo de água fria. O povo brasileiro não vai pagar, nas urnas, para viver novamente a desgraça do Real. E já ri das bazófias desse fanfarrão “psdbista”. O eleitor bem que lhe poderia recitar uma frase de uma das fábulas de Esopo: Hic Rhodos, hic salta! Tal como o atleta alardeador de Esopo, que vivia a invocar testemunhas de que havia realizado, em Rodes, um salto prodigioso que sua constituição física por si já o desmentia, Serra também não pode provar o que diz que fez e vai fazer. E se pudesse, dessa incumbência está desobrigado. Seu governo, em São Paulo, é a prova mais eloqüente do que é capaz de promoter e não cumprir.
* FRANCISCO JOSÉ SOARES TEIXEIRA é Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará; é professor adjunto da Universidade Estadual do Ceará, permanente da Universidade Federal do Ceará e titular da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Email: acopyara@uol.com.br
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