Estima-se que 30% a 35% das mulheres em idade fértil sejam vítimas da tensão pré-menstrual (TPM). Terror de maridos e afins, a TPM pode provocar também grandes prejuízos à carreira profissional daquelas que sofrem alterações mais bruscas dos níveis de hormônio a cada ciclo de menstruação. Mas, o que poucas vítimas de TPM crônica sabem é que o mal tem cura e é possível conviver com a síndrome. Novos tipos de medicamentos têm revelado eficácia no controle dos sintomas.
Entre eles, humor alterado, irritabilidade e agressividade, acompanhados de dores, sintomas que são capazes de interferir em qualquer relação. Uma vez diagnosticada, a TPM, moderada ou severa, pode ser tratada com uma droga lançada recentemente, o Dieloft TPM. Ministrado durante 14 dias, o medicamento mantém o equilíbrio hormonal, reduzindo os efeitos da síndrome. Novos contraceptivos, com menor concentração hormonal, também têm se mostrado eficazes no controle dos sintomas.
A TPM é provocada pela descarga hormonal que precede a liberação de óvulos, predominantemente do hormônio progesterona. Paralelamente, há uma diminuição da serotonina, substância produzida pelo organismo e que causa sensação de bem-estar. “A progesterona exacerba a dor e a mulher se torna mais suscetível à irritabilidade”, destaca a ginecologista Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Contudo, antes da mulher procurar qualquer tipo de terapia, a ginecologista aconselha que o primeiro passo a dar é buscar o autoconhecimento. “Eu recomendo que ela anote num diário todos os sintomas que sente durante o mês: dores de cabeça, cólicas, inchaço, irritação. Se eles desaparecem logo após a menstruação, não se trata de TPM, pode ser um problema psíquico. Mas, se eles vão embora quando a menstruação chega, é preciso investigar para acertar no tratamento”, explica.
Exercícios físicos como terapia
Para os casos mais leves, contudo, o tratamento dispensa medicação, mas requer alguns cuidados. Mara recomenda exercícios físicos para elevar os níveis de serotonina, evitar sal e café, para reduzir os inchaços e a ansiedade, falar apenas o necessário durante os períodos mais críticos, para evitar declarações agressivas, e adiar decisões importantes, a fim de não correr o risco de sair do emprego ou terminar um relacionamento movida por impulso. E o mais importante: pratique o sexo. “A relação sexual, quando seguida de orgasmo, não somente reduz a tensão, mas também a irritabilidade e a congestão pélvica”, garante a ginecologista.
Fonte: Correio da Bahia
Certificado Lei geral de proteção de dados
segunda-feira, maio 12, 2008
Vazou, mas quem mandou?
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Passou o fim de semana e a pergunta não foi respondida: quem vazou o dossiê sobre os gastos do governo Fernando Henrique com cartões corporativos foi o secretário de Controle Interno da Casa Civil, mas quem mandou? Nessa estranha lógica que comanda a ilegalidade em todo o País, deve-se buscar para baixo e não para cima. Terá sido o contínuo que serve cafezinho no quarto andar do Palácio do Planalto? Algum motorista de alguma autoridade desconhecida?
Não temos poupado aqui, há tempos, o ex-ministro José Dirceu, por todas as lambanças que fez. Mas é piada centralizar o noticiário no fato de que José Aparecido Nunes Pires foi nomeado para a função pelo ex-chefe da Casa Civil. Há quantos anos ele deixou o cargo? Quem foi responsável pela manutenção do indigitado funcionário? A quem ele respondia, em especial quando se decidiu organizar o tal banco de dados a respeito dos gastos do governo anterior?
Não duraram 24 horas o estado de euforia que cercou o depoimento de Dilma Rousseff no Senado. De novo, ela volta ao olho do furacão, porque se determinou ou se concordou com o vazamento, o fato só não será pior do que se não soubesse de nada. Ignorar o que se passa à sua volta é prerrogativa do chefe maior, e, se ela segue seu exemplo, pior para todos.
A gente fica pensando se tivéssemos mesmo oposição no País, onde estariam hoje as instituições? Certamente em frangalhos, caso encontrássemos Carlos Lacerda ou, mesmo, o PT dos velhos tempos, empenhados em elucidar a mais nova trapalhada dos tempos modernos.
Sustentável para quem?
Um dia depois do lançamento pelo presidente Lula do programa Amazônia Sustentável, simples reunião dos planos há décadas lá executados, prepara-se o senador Pedro Simon para fulminar as ilusões governamentais. Sustentável para quem, a Amazônia? Só se for para os estrangeiros, porque eles continuam adquirindo imensas glebas na floresta. E autorizados por lei sancionada pelo presidente Lula, no início de seu primeiro governo.
Qualquer gringo pode candidatar-se à posse de até 90 mil hectares amazônicos por 40 anos, renováveis por mais 40, lá se tornando verdadeiros reizinhos, podendo explorar madeira, ou seja, queimar a região, além de poderem prospectar e retirar do subsolo o que bem entenderem, sem falar na manipulação medicinal da flora para patentear suas riquezas além de nossas fronteiras.
Além disso, para obter empréstimos em bancos estatais, oferecerão como garantia as terras arrendadas até a terceira geração. O grave, dirá Pedro Simon num contundente discurso programado para amanhã, é que tudo acontece sob a égide do governo Lula, com o aval dos companheiros.
São todas governamentais
Para confirmar a farsa da existência das ONGs que se dizem não governamentais, mas mamam nas tetas do governo, eclodiu a crise envolvendo o deputado Paulo Pereira da Silva, do PDT. A pergunta que não quer calar é sobre a reação de Leonel Brizola se estivesse entre nós. Porque a lambança promovida pelas ONGs fajutas, em muito maior número do que as sérias, transformaram-se num meio de vida para os parasitas agarrados ao poder.
E olhem que o número de ONGs conduzidas pelo PDT é infinitamente inferior ao daquelas funcionando sob os auspícios do PT. Tem gente ganhando dinheiro aos montes, o que faz parte do sistema capitalista, mas dinheiro do governo, o que caracteriza corrupção da grossa, em especial quando se trata de entidades-fantasma, que nem serviços prestam à população.
Fôssemos um país sério e o Congresso já teria votado lei determinando que nenhuma ONG, direta ou indiretamente, poderia receber recursos do poder público, mesmo através de entidades financeiras ou empresariais dirigidas pelo governo. Nem Banco do Brasil, nem Petrobras, nem Caixa Econômica e, muito menos, nem o BNDES. Constituem-se empresas não governamentais, que vão buscar doações na iniciativa privada.
O problema é que em maioria as ONGs têm sido fundadas e são geridas por companheiros e penduricalhos, estes encontrados em todos os partidos da base de apoio oficial. Trata-se de expediente mais simples do que sair atrás de nomeações para o serviço público, feitas aos montes, porém mais complicadas. As ONGs sequer estão obrigadas a prestar contas do dinheiro que recebem do governo. Negócio melhor que o dos cartões corporativos.
Reorganização
Em linguagem militar existe uma situação denominada "parada para reajustamento de dispositivo". Ela acontece quando a tropa acaba de avançar e conquistar terreno adversário, em meio à natural confusão da conquista. Mas também ocorre no sentido oposto, ou seja, depois de um recuo ou de uma retirada tática necessária. É preciso reorganizar os pelotões, companhias e batalhões dispersos para que se contem as baixas e se tenha a relação do material bélico perdido ou aproveitável.
Assim estão as oposições, postas a correr depois do recente depoimento de Dilma Rousseff no Senado. Mesmo atirando, depois de conhecido o autor do vazamento do dossiê, não há como negar que os oposicionistas estão perdendo a batalha. Assim, necessitam de tempo para se recompor. Está sendo organizado um conciliábulo, de preferência secreto, com a participação dos principais líderes do PSDB, DEM e legendas menores, sem esquecer os dissidentes do PMDB. Torna-se necessário rever planos e revisar táticas, para manter viva a estratégia capaz de conduzir as oposições à vitória em 2010. Fora daí, será preferível a rendição, para poupar vidas.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Passou o fim de semana e a pergunta não foi respondida: quem vazou o dossiê sobre os gastos do governo Fernando Henrique com cartões corporativos foi o secretário de Controle Interno da Casa Civil, mas quem mandou? Nessa estranha lógica que comanda a ilegalidade em todo o País, deve-se buscar para baixo e não para cima. Terá sido o contínuo que serve cafezinho no quarto andar do Palácio do Planalto? Algum motorista de alguma autoridade desconhecida?
Não temos poupado aqui, há tempos, o ex-ministro José Dirceu, por todas as lambanças que fez. Mas é piada centralizar o noticiário no fato de que José Aparecido Nunes Pires foi nomeado para a função pelo ex-chefe da Casa Civil. Há quantos anos ele deixou o cargo? Quem foi responsável pela manutenção do indigitado funcionário? A quem ele respondia, em especial quando se decidiu organizar o tal banco de dados a respeito dos gastos do governo anterior?
Não duraram 24 horas o estado de euforia que cercou o depoimento de Dilma Rousseff no Senado. De novo, ela volta ao olho do furacão, porque se determinou ou se concordou com o vazamento, o fato só não será pior do que se não soubesse de nada. Ignorar o que se passa à sua volta é prerrogativa do chefe maior, e, se ela segue seu exemplo, pior para todos.
A gente fica pensando se tivéssemos mesmo oposição no País, onde estariam hoje as instituições? Certamente em frangalhos, caso encontrássemos Carlos Lacerda ou, mesmo, o PT dos velhos tempos, empenhados em elucidar a mais nova trapalhada dos tempos modernos.
Sustentável para quem?
Um dia depois do lançamento pelo presidente Lula do programa Amazônia Sustentável, simples reunião dos planos há décadas lá executados, prepara-se o senador Pedro Simon para fulminar as ilusões governamentais. Sustentável para quem, a Amazônia? Só se for para os estrangeiros, porque eles continuam adquirindo imensas glebas na floresta. E autorizados por lei sancionada pelo presidente Lula, no início de seu primeiro governo.
Qualquer gringo pode candidatar-se à posse de até 90 mil hectares amazônicos por 40 anos, renováveis por mais 40, lá se tornando verdadeiros reizinhos, podendo explorar madeira, ou seja, queimar a região, além de poderem prospectar e retirar do subsolo o que bem entenderem, sem falar na manipulação medicinal da flora para patentear suas riquezas além de nossas fronteiras.
Além disso, para obter empréstimos em bancos estatais, oferecerão como garantia as terras arrendadas até a terceira geração. O grave, dirá Pedro Simon num contundente discurso programado para amanhã, é que tudo acontece sob a égide do governo Lula, com o aval dos companheiros.
São todas governamentais
Para confirmar a farsa da existência das ONGs que se dizem não governamentais, mas mamam nas tetas do governo, eclodiu a crise envolvendo o deputado Paulo Pereira da Silva, do PDT. A pergunta que não quer calar é sobre a reação de Leonel Brizola se estivesse entre nós. Porque a lambança promovida pelas ONGs fajutas, em muito maior número do que as sérias, transformaram-se num meio de vida para os parasitas agarrados ao poder.
E olhem que o número de ONGs conduzidas pelo PDT é infinitamente inferior ao daquelas funcionando sob os auspícios do PT. Tem gente ganhando dinheiro aos montes, o que faz parte do sistema capitalista, mas dinheiro do governo, o que caracteriza corrupção da grossa, em especial quando se trata de entidades-fantasma, que nem serviços prestam à população.
Fôssemos um país sério e o Congresso já teria votado lei determinando que nenhuma ONG, direta ou indiretamente, poderia receber recursos do poder público, mesmo através de entidades financeiras ou empresariais dirigidas pelo governo. Nem Banco do Brasil, nem Petrobras, nem Caixa Econômica e, muito menos, nem o BNDES. Constituem-se empresas não governamentais, que vão buscar doações na iniciativa privada.
O problema é que em maioria as ONGs têm sido fundadas e são geridas por companheiros e penduricalhos, estes encontrados em todos os partidos da base de apoio oficial. Trata-se de expediente mais simples do que sair atrás de nomeações para o serviço público, feitas aos montes, porém mais complicadas. As ONGs sequer estão obrigadas a prestar contas do dinheiro que recebem do governo. Negócio melhor que o dos cartões corporativos.
Reorganização
Em linguagem militar existe uma situação denominada "parada para reajustamento de dispositivo". Ela acontece quando a tropa acaba de avançar e conquistar terreno adversário, em meio à natural confusão da conquista. Mas também ocorre no sentido oposto, ou seja, depois de um recuo ou de uma retirada tática necessária. É preciso reorganizar os pelotões, companhias e batalhões dispersos para que se contem as baixas e se tenha a relação do material bélico perdido ou aproveitável.
Assim estão as oposições, postas a correr depois do recente depoimento de Dilma Rousseff no Senado. Mesmo atirando, depois de conhecido o autor do vazamento do dossiê, não há como negar que os oposicionistas estão perdendo a batalha. Assim, necessitam de tempo para se recompor. Está sendo organizado um conciliábulo, de preferência secreto, com a participação dos principais líderes do PSDB, DEM e legendas menores, sem esquecer os dissidentes do PMDB. Torna-se necessário rever planos e revisar táticas, para manter viva a estratégia capaz de conduzir as oposições à vitória em 2010. Fora daí, será preferível a rendição, para poupar vidas.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Corregedor quer acelerar processo de Paulinho
Inocêncio admite enviar representação com pedido de cassação direto ao Conselho de Ética
BRASÍLIA - Diante das suspeitas cada vez mais graves contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, o corregedor da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), revelou ontem que pensa em encaminhar diretamente ao Conselho de Ética representação para abertura de processo de cassação.
Segundo Inocêncio, isso dispensaria a investigação prévia na corregedoria, que seria feita por uma comissão de sindicância nomeada por ele. Inocêncio aguarda apenas a chegada de documentos que serão enviados pela Procuradoria-Geral da República sobre a Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, para decidir o caminho da investigação na Câmara. "A situação do deputado é complicada", disse.
"Dependendo dos documentos oficiais que chegarem da procuradoria, vou mandar uma representação direto para o Conselho de Ética da Câmara. Tenho uma amizade muito grande pelo Paulinho, mas, acima da amizade, está o nome da instituição." A PF suspeita que Paulinho esteja envolvido no esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em conversas telefônicas gravadas na Operação Santa Tereza, o lobista João Pedro Moura, amigo e ex-assessor do deputado, fala em divisão de dinheiro e mais de uma vez diz: "Tem a parte do Paulinho." Moura está preso e a polícia acredita que comandava o esquema. "Cada dia aparece uma coisa nova", observou Inocêncio. "No início, as denúncias me pareceram vagas, o Paulinho se defendeu no plenário. Mas eu tinha um sentimento de que o Ministério Público não faria uma denúncia se não tivesse coisa mais concreta.
Agora, surgem fatos gravíssimos."Segundo o corregedor, os documentos foram pedidos ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e devem chegar à Câmara"na terça ou quarta-feira". "Se outros parlamentares estiverem envolvidos, também vão para o conselho", prometeu. O Conselho de Ética é a instância de investigação da Câmara para processos de cassação de mandato por falta de decoro parlamentar.
A conclusão do colegiado é submetida ao plenário da Câmara, que condena ou absolve os deputados. O corregedor explicou que passou a considerar a hipótese de levar o caso direto para o conselho diante de "revelações gravíssimas" que surgiram nos últimos dias. Inocêncio citou a descoberta de que Moura fez um depósito de R$ 37,5 mil na conta da ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, presidida pela mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira.
A PF investiga se as verbas desviadas do BNDES foram repassadas a ONGs, embora se destinassem principalmente a prefeituras. Paulinho e Elza alegam que a doação foi feita para pagamento de dívidas de um imóvel doado por Moura para a Meu Guri. Outro ponto, segundo Inocêncio, é que a Meu Guri recebeu R$ 1,2 milhão do BNDES.
A operação não-reembolsável foi aprovada em 2000 e os recursos liberados em 2002 e 2003, quando Moura integrava o conselho de administração do banco. Chamou a atenção do corregedor ainda a afirmação da procuradora da República Adriana Scordamaglia de que há suspeitas de envolvimento de outros políticos. "A procuradora não falaria se as investigações não apontassem fatos graves. Agora o que está aparecendo é uma promiscuidade danada."
Ele argumentou que a imagem da Câmara tem que ser preservada e por isso é importante dar agilidade às investigações. "Nós passamos e a Câmara sobrevive. Não podemos pôr a instituição sob risco. Vamos investigar sem preconceito, sem retaliação. Mas não podemos daqui a um ano ainda estarmos às voltas com essa conversa. Temos que dar uma resposta.
"Para Inocêncio, a investigação, seja pela comissão de sindicância ou pelo Conselho de Ética, deve ter como ponto de partida os depoimentos de Paulinho, Elza e Moura, do advogado Ricardo Tosto, representante da Força no conselho do BNDES e preso na Operação Santa Tereza, e do prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB).
"Eles precisam dar explicações à Câmara porque os fatos concretos estão aparecendo." O caso de Praia Grande é o que está mais avançado na investigação. A PF acredita ter provas de irregularidades na concessão de financiamento do BNDES de R$ 124 milhões.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Diante das suspeitas cada vez mais graves contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, o corregedor da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), revelou ontem que pensa em encaminhar diretamente ao Conselho de Ética representação para abertura de processo de cassação.
Segundo Inocêncio, isso dispensaria a investigação prévia na corregedoria, que seria feita por uma comissão de sindicância nomeada por ele. Inocêncio aguarda apenas a chegada de documentos que serão enviados pela Procuradoria-Geral da República sobre a Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, para decidir o caminho da investigação na Câmara. "A situação do deputado é complicada", disse.
"Dependendo dos documentos oficiais que chegarem da procuradoria, vou mandar uma representação direto para o Conselho de Ética da Câmara. Tenho uma amizade muito grande pelo Paulinho, mas, acima da amizade, está o nome da instituição." A PF suspeita que Paulinho esteja envolvido no esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em conversas telefônicas gravadas na Operação Santa Tereza, o lobista João Pedro Moura, amigo e ex-assessor do deputado, fala em divisão de dinheiro e mais de uma vez diz: "Tem a parte do Paulinho." Moura está preso e a polícia acredita que comandava o esquema. "Cada dia aparece uma coisa nova", observou Inocêncio. "No início, as denúncias me pareceram vagas, o Paulinho se defendeu no plenário. Mas eu tinha um sentimento de que o Ministério Público não faria uma denúncia se não tivesse coisa mais concreta.
Agora, surgem fatos gravíssimos."Segundo o corregedor, os documentos foram pedidos ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e devem chegar à Câmara"na terça ou quarta-feira". "Se outros parlamentares estiverem envolvidos, também vão para o conselho", prometeu. O Conselho de Ética é a instância de investigação da Câmara para processos de cassação de mandato por falta de decoro parlamentar.
A conclusão do colegiado é submetida ao plenário da Câmara, que condena ou absolve os deputados. O corregedor explicou que passou a considerar a hipótese de levar o caso direto para o conselho diante de "revelações gravíssimas" que surgiram nos últimos dias. Inocêncio citou a descoberta de que Moura fez um depósito de R$ 37,5 mil na conta da ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, presidida pela mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira.
A PF investiga se as verbas desviadas do BNDES foram repassadas a ONGs, embora se destinassem principalmente a prefeituras. Paulinho e Elza alegam que a doação foi feita para pagamento de dívidas de um imóvel doado por Moura para a Meu Guri. Outro ponto, segundo Inocêncio, é que a Meu Guri recebeu R$ 1,2 milhão do BNDES.
A operação não-reembolsável foi aprovada em 2000 e os recursos liberados em 2002 e 2003, quando Moura integrava o conselho de administração do banco. Chamou a atenção do corregedor ainda a afirmação da procuradora da República Adriana Scordamaglia de que há suspeitas de envolvimento de outros políticos. "A procuradora não falaria se as investigações não apontassem fatos graves. Agora o que está aparecendo é uma promiscuidade danada."
Ele argumentou que a imagem da Câmara tem que ser preservada e por isso é importante dar agilidade às investigações. "Nós passamos e a Câmara sobrevive. Não podemos pôr a instituição sob risco. Vamos investigar sem preconceito, sem retaliação. Mas não podemos daqui a um ano ainda estarmos às voltas com essa conversa. Temos que dar uma resposta.
"Para Inocêncio, a investigação, seja pela comissão de sindicância ou pelo Conselho de Ética, deve ter como ponto de partida os depoimentos de Paulinho, Elza e Moura, do advogado Ricardo Tosto, representante da Força no conselho do BNDES e preso na Operação Santa Tereza, e do prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB).
"Eles precisam dar explicações à Câmara porque os fatos concretos estão aparecendo." O caso de Praia Grande é o que está mais avançado na investigação. A PF acredita ter provas de irregularidades na concessão de financiamento do BNDES de R$ 124 milhões.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Dossiê: defesa de José Aparecido desconfia de secretária
BRASÍLIA - Contratado para defender o secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, apontado por sindicância interna como o responsável pelo vazamento do dossiê sobre gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o advogado Eduardo Toledo deu ontem sinais dos caminhos que vai seguir para livrar seu cliente de processo criminal.
Um dos pontos é questionar a responsabilidade da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, principal assessora da ministra Dilma Rousseff. Embora cauteloso em relação à linha de defesa que vai adotar, Toledo levantou a hipótese de que Aparecido tenha recebido as informações de uma instância superior por força do cargo de chefia que ocupa, e não por ter participado da coleta de informações sobre gastos do governo tucano.
O questionamento sobre quem teria encaminhado as informações a Aparecido implica a investigação do papel de Erenice na elaboração do dossiê sobre os gastos do ex-presidente e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Aparecido e os demais secretários são subordinados a ela.
"Se ele (José Aparecido) recebeu, estaria dentro do cargo que ele desempenhava? Não estaria dentro de uma linha hierárquica?
A questão é se ele tomou conhecimento pelo cargo ou por outro motivo", argumenta. Em conversas com amigos petistas, Aparecido tem dito que é vítima de uma armação de pessoas ligadas a Erenice para incriminá-lo nesse episódio.
No governo, a preocupação é que o funcionário da Casa Civil cumpra a ameaça de revelar que cumpriu ordens de Erenice. No início da tarde de ontem, Toledo disse que ainda não viu os documentos da sindicância da Casa Civil nem o inquérito da Polícia Federal que investiga o vazamento do dossiê.
A seguir, os principais trechos da entrevista
PERGUNTA - Que linha de defesa que o senhor vai adotar?
EDUARDO TOLEDO - Ainda não tive acesso a nenhum documento. Dei entrada (ao pedido) na Casa Civil e na Polícia Federal e espero ter acesso na segunda-feira. Sem conhecer os documentos oficiais, não é possível dar uma versão. É prematuro tecer qualquer comentário.
Na sua conversa com José Aparecido Nunes Pires, ele reiterou que não enviou qualquer documento sobre gastos do governo Fernando Henrique?
Não vou entrar nessa questão agora. Tivemos uma conversa muito rápida. Haverá uma versão que será mantida, que não será alterada de acordo com os acontecimentos. José Aparecido tem falado em uma "armação" dentro da Casa Civil contra ele. É prematuro falar em complô, em interesses de grupos. Meu cliente será defendido do que lhe for imputado. Há duas questões principais no momento.
Quais são?
Primeira: as informações ainda estariam sob sigilo? Segunda: ele, na qualidade de chefe do Controle Interno, receberia (essas informações) em função do cargo ou de outra circunstância?
Então o José Aparecido de fato recebeu informações dos gastos por e-mail?
Eu não estou dizendo que ele recebeu. Estou tratando em tese. A questão mais relevante é se havia confidencialidade por força de lei ou de ato normativo. Ele receberia informações sem que tivesse buscado? Por ser chefe do setor?
O que eu digo é: se ele recebeu, estaria dentro do cargo que ele desempenhava? Não estaria dentro de uma linha hierárquica? A questão é se ele tomou conhecimento pelo cargo ou por outro motivo. E, efetivamente, (os dados) ainda estavam acobertados por sigilo funcional? A questão é a responsabilidade penal sobre o fato. Saber se há ilícito a fim de justificar uma ação penal.
Quando foi ao Senado, a ministra da Casa Civil já sabia do resultado da sindicância interna, que apontava José Aparecido como responsável pelo vazamento dos dados e omitiu essa informação dos senadores. Esse episódio é um agravante para ela?
Gostaria de me restringir ao meu cliente. Não sou advogado da ministra.
José Aparecido vai à CPI dos Cartões no Congresso?
Ir à CPI é uma obrigação legal. Se ele vai falar ou não, será uma decisão a tomar depois que tomar conhecimento do processo. É uma boa oportunidade, depois de tomar conhecimento, sempre lembrando que é preciso respeitar a dignidade humana.
Ele já foi intimado pela Polícia Federal?
Não tenho conhecimento. Ele está à disposição. Não há nenhum documento oficial em nossas mãos.
O senhor pensa em pedir a realização de nova perícia no computador utilizado por José Aparecido na Casa Civil?
Quando tiver conhecimento do que lhe é imputado, será avaliada a necessidade de requerer produção de provas.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Um dos pontos é questionar a responsabilidade da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, principal assessora da ministra Dilma Rousseff. Embora cauteloso em relação à linha de defesa que vai adotar, Toledo levantou a hipótese de que Aparecido tenha recebido as informações de uma instância superior por força do cargo de chefia que ocupa, e não por ter participado da coleta de informações sobre gastos do governo tucano.
O questionamento sobre quem teria encaminhado as informações a Aparecido implica a investigação do papel de Erenice na elaboração do dossiê sobre os gastos do ex-presidente e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Aparecido e os demais secretários são subordinados a ela.
"Se ele (José Aparecido) recebeu, estaria dentro do cargo que ele desempenhava? Não estaria dentro de uma linha hierárquica?
A questão é se ele tomou conhecimento pelo cargo ou por outro motivo", argumenta. Em conversas com amigos petistas, Aparecido tem dito que é vítima de uma armação de pessoas ligadas a Erenice para incriminá-lo nesse episódio.
No governo, a preocupação é que o funcionário da Casa Civil cumpra a ameaça de revelar que cumpriu ordens de Erenice. No início da tarde de ontem, Toledo disse que ainda não viu os documentos da sindicância da Casa Civil nem o inquérito da Polícia Federal que investiga o vazamento do dossiê.
A seguir, os principais trechos da entrevista
PERGUNTA - Que linha de defesa que o senhor vai adotar?
EDUARDO TOLEDO - Ainda não tive acesso a nenhum documento. Dei entrada (ao pedido) na Casa Civil e na Polícia Federal e espero ter acesso na segunda-feira. Sem conhecer os documentos oficiais, não é possível dar uma versão. É prematuro tecer qualquer comentário.
Na sua conversa com José Aparecido Nunes Pires, ele reiterou que não enviou qualquer documento sobre gastos do governo Fernando Henrique?
Não vou entrar nessa questão agora. Tivemos uma conversa muito rápida. Haverá uma versão que será mantida, que não será alterada de acordo com os acontecimentos. José Aparecido tem falado em uma "armação" dentro da Casa Civil contra ele. É prematuro falar em complô, em interesses de grupos. Meu cliente será defendido do que lhe for imputado. Há duas questões principais no momento.
Quais são?
Primeira: as informações ainda estariam sob sigilo? Segunda: ele, na qualidade de chefe do Controle Interno, receberia (essas informações) em função do cargo ou de outra circunstância?
Então o José Aparecido de fato recebeu informações dos gastos por e-mail?
Eu não estou dizendo que ele recebeu. Estou tratando em tese. A questão mais relevante é se havia confidencialidade por força de lei ou de ato normativo. Ele receberia informações sem que tivesse buscado? Por ser chefe do setor?
O que eu digo é: se ele recebeu, estaria dentro do cargo que ele desempenhava? Não estaria dentro de uma linha hierárquica? A questão é se ele tomou conhecimento pelo cargo ou por outro motivo. E, efetivamente, (os dados) ainda estavam acobertados por sigilo funcional? A questão é a responsabilidade penal sobre o fato. Saber se há ilícito a fim de justificar uma ação penal.
Quando foi ao Senado, a ministra da Casa Civil já sabia do resultado da sindicância interna, que apontava José Aparecido como responsável pelo vazamento dos dados e omitiu essa informação dos senadores. Esse episódio é um agravante para ela?
Gostaria de me restringir ao meu cliente. Não sou advogado da ministra.
José Aparecido vai à CPI dos Cartões no Congresso?
Ir à CPI é uma obrigação legal. Se ele vai falar ou não, será uma decisão a tomar depois que tomar conhecimento do processo. É uma boa oportunidade, depois de tomar conhecimento, sempre lembrando que é preciso respeitar a dignidade humana.
Ele já foi intimado pela Polícia Federal?
Não tenho conhecimento. Ele está à disposição. Não há nenhum documento oficial em nossas mãos.
O senhor pensa em pedir a realização de nova perícia no computador utilizado por José Aparecido na Casa Civil?
Quando tiver conhecimento do que lhe é imputado, será avaliada a necessidade de requerer produção de provas.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Grampos intrigam investigadores da PF
SÃO PAULO - Grampos federais que pegaram o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, intrigam os investigadores que participam da Operação Santa Tereza, uma missão conjunta da Polícia Federal com a Procuradoria da República que apura suposto esquema de fraudes com recursos desviados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
São ligações telefônicas, que a PF interceptou com autorização judicial, nas quais o parlamentar fala com o coronel da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior. Suposto operador do esquema e importante personagem nos bastidores do PDT e da Força Sindical, Consani é homem de confiança e araponga de Paulinho.
"Um serviço"
As escutas mostram que, nos telefonemas, eles conversam sobre um certo "serviço" do qual Paulinho teria se arrependido, mas não chegam a comentar detalhes do assunto, nem a natureza do tal trabalho. A PF interrogou o coronel no dia 24 de abril, data em que ele foi capturado.
Ao ser indagado sobre o "serviço" para o deputado, Consani se esquivou e disse apenas que não se lembrava de que haviam falado. Paulinho caiu no grampo muitas vezes porque fez contato ou foi chamado pelo telefone por alguns acusados da Santa Tereza, entre eles o coronel. As conversas foram gravadas pelos federais no auge da operação, entre os meses de março e abril.
No começo, o alvo do grampo era exclusivamente o coronel Consani. Paulinho não estava sob monitoramento, porque a PF não tem competência legal para investigar parlamentares, exceto se receber uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os passos do coronel foram seguidos durante quase cinco meses. Ele foi preso no dia em que a Operação Santa Tereza foi às ruas, mas já está em liberdade.
O Ministério Público Federal o acusa formalmente, perante a Justiça, por formação de quadrilha e participação na trama que desviava recursos do BNDES. A PF sugeriu e a Procuradoria da República requereu à Justiça a quebra do sigilo bancário do militar e da mulher dele. A PF avalia que são fortes os laços entre Consani e Paulinho.
Em relatório da investigação, a PF sustenta que Consani "atualmente trabalha como assessor do deputado Paulo Pereira da Silva e também para a casa noturna WE, da qual recebe pagamentos mensais". Ao coronel coube a missão de bisbilhotar a vida de um desafeto de Paulinho no partido.
No dia 8 de fevereiro, às 11h46, o grampo flagrou o coronel conversando com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, sobre um oponente de Paulinho. "Paulinho me pediu para fazer esse levantamento, pois estava preocupado com a imagem negativa do partido num ano eleitoral", disse o coronel.
O grampo pegou uma conversa dos dois às 23h53 da noite de 23 de março. O deputado perguntou ao coronel se ele se lembrava "daquela conversa que nós tivemos no escritório". Na PF, Consani disse que a reunião havia ocorrido em um escritório em Pinheiros e nele "trataram de assunto de que deveria estar havendo alguma coisa contra a pessoa de Paulo Pereira da Silva".
Segundo o coronel, "essa coisa não seria a operação policial, mas alguma espécie de perseguição política". Consani disse que Paulinho "estava com medo, pois sua filha afirmava que estava sendo seguida e os seguranças do partido tinham visto movimentação estranha em volta da sede do partido". Paulinho nega categoricamente participação nas fraudes com recursos do BNDES.
O deputado repudia suspeitas da PF de que teria sido beneficiário da partilha. Seu advogado, o criminalista Antonio Rosella, considera "um absurdo,uma loucura" as insinuações que pesam sobre seu cliente. O coronel Consani não atendeu a ligações da reportagem.
Fonte: Tribuna da Imprensa
São ligações telefônicas, que a PF interceptou com autorização judicial, nas quais o parlamentar fala com o coronel da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior. Suposto operador do esquema e importante personagem nos bastidores do PDT e da Força Sindical, Consani é homem de confiança e araponga de Paulinho.
"Um serviço"
As escutas mostram que, nos telefonemas, eles conversam sobre um certo "serviço" do qual Paulinho teria se arrependido, mas não chegam a comentar detalhes do assunto, nem a natureza do tal trabalho. A PF interrogou o coronel no dia 24 de abril, data em que ele foi capturado.
Ao ser indagado sobre o "serviço" para o deputado, Consani se esquivou e disse apenas que não se lembrava de que haviam falado. Paulinho caiu no grampo muitas vezes porque fez contato ou foi chamado pelo telefone por alguns acusados da Santa Tereza, entre eles o coronel. As conversas foram gravadas pelos federais no auge da operação, entre os meses de março e abril.
No começo, o alvo do grampo era exclusivamente o coronel Consani. Paulinho não estava sob monitoramento, porque a PF não tem competência legal para investigar parlamentares, exceto se receber uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os passos do coronel foram seguidos durante quase cinco meses. Ele foi preso no dia em que a Operação Santa Tereza foi às ruas, mas já está em liberdade.
O Ministério Público Federal o acusa formalmente, perante a Justiça, por formação de quadrilha e participação na trama que desviava recursos do BNDES. A PF sugeriu e a Procuradoria da República requereu à Justiça a quebra do sigilo bancário do militar e da mulher dele. A PF avalia que são fortes os laços entre Consani e Paulinho.
Em relatório da investigação, a PF sustenta que Consani "atualmente trabalha como assessor do deputado Paulo Pereira da Silva e também para a casa noturna WE, da qual recebe pagamentos mensais". Ao coronel coube a missão de bisbilhotar a vida de um desafeto de Paulinho no partido.
No dia 8 de fevereiro, às 11h46, o grampo flagrou o coronel conversando com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, sobre um oponente de Paulinho. "Paulinho me pediu para fazer esse levantamento, pois estava preocupado com a imagem negativa do partido num ano eleitoral", disse o coronel.
O grampo pegou uma conversa dos dois às 23h53 da noite de 23 de março. O deputado perguntou ao coronel se ele se lembrava "daquela conversa que nós tivemos no escritório". Na PF, Consani disse que a reunião havia ocorrido em um escritório em Pinheiros e nele "trataram de assunto de que deveria estar havendo alguma coisa contra a pessoa de Paulo Pereira da Silva".
Segundo o coronel, "essa coisa não seria a operação policial, mas alguma espécie de perseguição política". Consani disse que Paulinho "estava com medo, pois sua filha afirmava que estava sendo seguida e os seguranças do partido tinham visto movimentação estranha em volta da sede do partido". Paulinho nega categoricamente participação nas fraudes com recursos do BNDES.
O deputado repudia suspeitas da PF de que teria sido beneficiário da partilha. Seu advogado, o criminalista Antonio Rosella, considera "um absurdo,uma loucura" as insinuações que pesam sobre seu cliente. O coronel Consani não atendeu a ligações da reportagem.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Cúpula do DEM pode radicalizar enfrentamento com Planalto
BRASÍLIA - Apesar de PSDB e DEM sustentarem uma parceria na oposição ao governo, a luz amarela acendeu nas hostes tucanas depois da intervenção do líder democrata no Senado, José Agripino (RN), na sessão em que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) depôs na Comissão de Infra-estrutura, quarta-feira passada.
Os tucanos viram ali um sinal claro de que o DEM tende a radicalizar o enfrentamento com o governo Lula, o que fará do aliado um "franco atirador" com "vocação de partido nanico". Um deputado do PSDB, que naquela noite pegou uma carona de volta para casa com o líder na Câmara, José Aníbal (SP), testemunhou um desabafo do líder à ministra Dilma.
"Fazer referência à tortura e tentar criar similitude é incabível", disse Aníbal. Quando Dilma atendeu, foi direto ao ponto: "Estou telefonando para deixar o meu abraço solidário e dizer que achei que a senhora teve uma postura muito firme no depoimento".
Ao desligar, justificou-se ao carona: "Somos amigos. Sei o que ela passou quando estava na clandestinidade." No mesmo tom indignado de Aníbal, um senador da direção nacional do PSDB avalia que, nestes termos, a aliança com o DEM não terá viabilidade e não levará a lugar nenhum.
Setores do tucanato acham que o DEM monta uma agenda incompatível com o projeto de poder em torno dos governadores José Serra (SP) ou Aécio Neves (MG). Os dois presidenciáveis do PSDB, cada um a seu jeito, recusam atacar Lula e preferem contornar a popularidade do petista com um discurso pós-Lula. Enquanto dirigentes democratas sustentam que não há diferença ideológica entre os dois partidos e que DEM é até mais ousado que os tucanos na oposição, expoentes do tucanato insistem nas diferenças e revelam cansaço com a parceria.
Afinar mais
O novo líder da minoria de oposição no Senado, Mário Couto (PSDB-PA), admite que é preciso "afinar mais os discursos e as ações de tucanos e democratas". Diz que falta conversa e articulação, mas defende a aliança entre os dois partidos. "Se nos dividirmos, ficaremos mais fracos", preocupa-se.
Mas o que mais incomoda segmentos da cúpula tucana é a aliança em São Paulo. As insatisfações com o DEM passam pela sucessão presidencial que confronta Aécio e Serra, e pelas queixas de tucanos de Norte a Sul contra a hegemonia paulista.
Para o senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, o que está na centro da insatisfação de alguns é a velha prática dos cardeais, que restringem decisões importantes a um grupo de meia dúzia de tucanos ilustres.
"O sentimento real não é contra a hegemonia de São Paulo, nem qualquer outro estado, é a favor da democracia interna e de uma participação muito ampla nas decisões. Há um desejo interno muito grande de democracia. Quando alguém fala em prévias, todo mundo apóia", resume.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Os tucanos viram ali um sinal claro de que o DEM tende a radicalizar o enfrentamento com o governo Lula, o que fará do aliado um "franco atirador" com "vocação de partido nanico". Um deputado do PSDB, que naquela noite pegou uma carona de volta para casa com o líder na Câmara, José Aníbal (SP), testemunhou um desabafo do líder à ministra Dilma.
"Fazer referência à tortura e tentar criar similitude é incabível", disse Aníbal. Quando Dilma atendeu, foi direto ao ponto: "Estou telefonando para deixar o meu abraço solidário e dizer que achei que a senhora teve uma postura muito firme no depoimento".
Ao desligar, justificou-se ao carona: "Somos amigos. Sei o que ela passou quando estava na clandestinidade." No mesmo tom indignado de Aníbal, um senador da direção nacional do PSDB avalia que, nestes termos, a aliança com o DEM não terá viabilidade e não levará a lugar nenhum.
Setores do tucanato acham que o DEM monta uma agenda incompatível com o projeto de poder em torno dos governadores José Serra (SP) ou Aécio Neves (MG). Os dois presidenciáveis do PSDB, cada um a seu jeito, recusam atacar Lula e preferem contornar a popularidade do petista com um discurso pós-Lula. Enquanto dirigentes democratas sustentam que não há diferença ideológica entre os dois partidos e que DEM é até mais ousado que os tucanos na oposição, expoentes do tucanato insistem nas diferenças e revelam cansaço com a parceria.
Afinar mais
O novo líder da minoria de oposição no Senado, Mário Couto (PSDB-PA), admite que é preciso "afinar mais os discursos e as ações de tucanos e democratas". Diz que falta conversa e articulação, mas defende a aliança entre os dois partidos. "Se nos dividirmos, ficaremos mais fracos", preocupa-se.
Mas o que mais incomoda segmentos da cúpula tucana é a aliança em São Paulo. As insatisfações com o DEM passam pela sucessão presidencial que confronta Aécio e Serra, e pelas queixas de tucanos de Norte a Sul contra a hegemonia paulista.
Para o senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, o que está na centro da insatisfação de alguns é a velha prática dos cardeais, que restringem decisões importantes a um grupo de meia dúzia de tucanos ilustres.
"O sentimento real não é contra a hegemonia de São Paulo, nem qualquer outro estado, é a favor da democracia interna e de uma participação muito ampla nas decisões. Há um desejo interno muito grande de democracia. Quando alguém fala em prévias, todo mundo apóia", resume.
Fonte: Tribuna da Imprensa
PF desmonta quadrilha acusada de desviar dinheiro no MA
A Polícia Federal, juntamente com a Controladoria-Geral da União e Ministério Público Federal, deflagrou nesta sexta-feira (9/5) a Operação Nêmesis, que investiga esquema de desvio de suprimentos de fundos no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (Nems) no Maranhão. Cerca de 50 policiais federais e seis auditores da CGU cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão.
A investigação apontou para a existência de uma quadrilha composta por funcionários do Nems e especializada no desvio de valores dos Suprimentos de Fundos obtidos mediante fraude ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Estima-se que o grupo tenha desviado dos cofres públicos mais de R$ 500 mil. A quantia pode chegar a R$ 1,5 milhão se forem levados em consideração os valores de diárias que também eram fraudadas, segundo a Polícia Federal.
Ainda de acordo com a PF, o esquema fraudulento é encabeçado pela chefe do Setor Financeiro do Núcleo Estadual do Ministério da Fazenda (Nems) e seu marido. A Polícia conta que, como não existia o procedimento de Suprimento de Fundos que era necessário para a liberação do mesmo, inclusive com a aprovação do setor financeiro e do ordenador de despesas, a chefe solicitava a liberação do recurso no sistema Siafi que disponibilizaria a verba em uma conta do Banco do Brasil. Tal solicitação era forjada, tendo em vista que não existia o procedimento para requisição do recurso, muito menos a indicação do suprido e a liberação pelo ordenador de despesas e pelo setor financeiro. Outros funcionários também estariam envolvidos no esquema de fraude.
Para a PF, as investigações feitas comprovam a prática de crimes como falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de peculato, emprego irregular de verbas públicas, estelionato e formação de quadrilha.
O nome da operação
Nêmesis era a deusa do destino e da fúria divina contra os mortais que desrespeitavam leis morais e tabus. Ela castigava aqueles que cometiam crimes e ficavam impunes e recompensava aqueles que sofriam injustamente. Ela era representada por uma mulher alva alada que punia todos que transgrediam as regras morais e sociais impostas pela deusa da Justiça. O poder de Nêmesis não era retaliador, mas sim de restabelecimento da ordem justa. Nêmesis é, portanto, a deusa da Ética.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
A investigação apontou para a existência de uma quadrilha composta por funcionários do Nems e especializada no desvio de valores dos Suprimentos de Fundos obtidos mediante fraude ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Estima-se que o grupo tenha desviado dos cofres públicos mais de R$ 500 mil. A quantia pode chegar a R$ 1,5 milhão se forem levados em consideração os valores de diárias que também eram fraudadas, segundo a Polícia Federal.
Ainda de acordo com a PF, o esquema fraudulento é encabeçado pela chefe do Setor Financeiro do Núcleo Estadual do Ministério da Fazenda (Nems) e seu marido. A Polícia conta que, como não existia o procedimento de Suprimento de Fundos que era necessário para a liberação do mesmo, inclusive com a aprovação do setor financeiro e do ordenador de despesas, a chefe solicitava a liberação do recurso no sistema Siafi que disponibilizaria a verba em uma conta do Banco do Brasil. Tal solicitação era forjada, tendo em vista que não existia o procedimento para requisição do recurso, muito menos a indicação do suprido e a liberação pelo ordenador de despesas e pelo setor financeiro. Outros funcionários também estariam envolvidos no esquema de fraude.
Para a PF, as investigações feitas comprovam a prática de crimes como falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de peculato, emprego irregular de verbas públicas, estelionato e formação de quadrilha.
O nome da operação
Nêmesis era a deusa do destino e da fúria divina contra os mortais que desrespeitavam leis morais e tabus. Ela castigava aqueles que cometiam crimes e ficavam impunes e recompensava aqueles que sofriam injustamente. Ela era representada por uma mulher alva alada que punia todos que transgrediam as regras morais e sociais impostas pela deusa da Justiça. O poder de Nêmesis não era retaliador, mas sim de restabelecimento da ordem justa. Nêmesis é, portanto, a deusa da Ética.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
domingo, maio 11, 2008
Município condenado por acidente
A Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou o município de Governador Valadares a indenizar a varredora de rua M.E.L.O., vítima de um acidente envolvendo um veículo da prefeitura. De acordo com os autos, M.E.L.O. era servidora municipal contratada para a função de ajudante de produção (varredora de rua) pelo extinto Serviço Municipal de Obras e viação (Semov). No dia 23 de abril de 1998, após seu expediente, ao dirigir-se à sua residência, a mulher foi atropelada por um caminhão de propriedade da Semov. O motorista do veículo não prestou socorro à vítima. M.E.L.O. alegou que sofreu diversas lesões, inclusive uma fratura no tornozelo direito que a impossibilitou de retornar à vida normal. A servidora, que ainda prestou serviços para a Semov até 2000, alegou ainda que a autarquia não aceitou as suas justificativas pelas faltas e nem tomou quaisquer providências para a realização do procedimento de acidente de trabalho. Além disso, a Semov não transferiu os atestados médicos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que impossibilitou que a servidora recebesse benefício previdenciário. O município de Governador Valadares, por sua vez, alegou que tomou conhecimento do acidente e enviou todos os documentos ao INSS, solicitando cobertura assistencial e que esta foi indeferida por questões médicas. O município se defendeu ainda dizendo que não há prova de que o caminhão era de propriedade do Semov, pois nenhuma ocorrência foi registrada na ocasião. Em 1ª Instância, o município foi condenado a indenizar M.E.L.O. em R$75 mil por danos morais e R$13 mil pelos danos estéticos. Inconformada, a prefeitura recorreu ao TJMG pleiteando a diminuição do valor da indenização. Os desembargadores da Sétima Câmara Cível optaram por reformar parcialmente a sentença, arbitrando a indenização por danos morais e estéticos em R$30 mil. O relator do processo, desembargador Wander Marotta, entendeu que os valores fixados pela sentença de Primeira Instância eram exorbitantes. Em seu voto, o relator argumentou que a indenização “tem caráter compensatório e não pode constituir fonte de renda ilícita”. Os desembargadores Belizário de Lacerda e Alvim Soares votaram de acordo com o relator.
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom TJMG - Unidade Goiás
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom TJMG - Unidade Goiás
Mutirão judicial quer agilizar 45 mil recursos de processos previdenciários
São Paulo - Um mutirão para resolver cerca de 45 mil processos previdenciários em grau de recurso, que aguardam decisão na Justiça Federal em São Paulo, terá início amanhã (12) no Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF3), na capital.Todos esses processos são de pessoas que pedem aposentadoria por idade ou incapacitação para o trabalho, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.De acordo com o TRF3, todos os interessados identificados como aptos a um eventual acordo serão notificados por carta endereçada aos advogados que os representam na ação.Como esse mecanismo pode não ser eficaz em todos os casos, os interessados podem também checar a situação de seu processo no portal de internet do TRF3 e os processos aptos aparecerão com a mensagem Gabinete da Conciliação.Para fazer a consulta, é preciso previamente pesquisar ou saber o número do processo. A seqüência de opções para fazer a busca é: entrar em Consultas, depois Informações Processuais, Consultar Processo no TRF3 3ª Região.Parte dos processos em questão tem por base os direitos de aposentadoria por idade para os trabalhadores rurais. Outros são os que requerem benefício após os 65 anos de idade, os deficientes físicos ou incapacitados para o trabalho, previstos na Lei Orgânica da Assistência Social.O Programa de Conciliação Previdenciária será formalmente iniciado em cerimônia prevista para as 15h, na sede do tribunal na capital, com a presença da desembargadora federal Marli Ferreira, do ministro da Previdência, Luiz Marinho, de convidados e imprensa e não será aberto ao público.
Fonte: Agência Brasil »
Fonte: Revista Jus Vigilantibus
Fonte: Agência Brasil »
Fonte: Revista Jus Vigilantibus
Terceiro choque do petróleo já ameaça a economia mundial
Brasil enfrenta riscos com a disparada dos preços, mas situação do País é mais confortável hoje graças ao álcool.
Leandro Modé
A escalada dos preços do petróleo já leva muitos analistas a considerar factível uma hipótese que algum tempo atrás pareceria risível: que o mundo esteja caminhando para um terceiro choque da commodity. Seu impacto na economia global não seria tão forte como na década de 1970, quando ocorreram os dois choques anteriores. Mas uma redução no ritmo de crescimento é dada como certa. Se serve de consolo, o Brasil, segundo especialistas, está melhor preparado para enfrentar o cenário de águas turbulentas.Na semana passada, o barril do tipo leve (WTI) para entrega em junho bateu recorde todos os dias na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Ao final da sexta-feira, valia US$ 125,96, o maior valor da história, mesmo em termos reais, ou seja, descontada a inflação. A alta na semana foi de 8,3%. Em 2008, chega a 33% e, nos últimos 12 meses, a 81%. Já há até quem diga que a disparada pode ir mais longe. Na terça-feira, um relatório do Banco Goldman Sachs chacoalhou o mercado ao prever que a cotação pode bater nos US$ 200. "A chance de um barril entre US$ 150 e US$ 200 nos próximos 6 a 24 meses parece estar aumentando", afirmou um texto assinado pela equipe de analistas de petróleo. Os investidores prestaram atenção ao alarme porque esse mesmo time publicou um relatório em 2005 segundo o qual as cotações podiam alcançar US$ 105 nos anos seguintes - o que ocorreu. "Se estamos ou não vivendo o terceiro choque do petróleo depende da forma como conceituamos esse movimento", pondera o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), Adriano Pires. " Se considerarmos que em 1973 e 1979 os preços dispararam de um dia para o outro por causa da falta de oferta, a resposta é não", diz. "Mas, se interpretarmos esse nível de preço como conseqüência de oferta reprimida e da falta de novos investimentos em produção, seria um choque parecido com o de 1979."Ministro da Fazenda na época do primeiro choque, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e ex-deputado federal, Delfim Netto é menos cauteloso. "Provavelmente, sim", diz, em resposta à questão sobre o terceiro choque. Em uma economia global que já sofre os efeitos da recessão nos Estados Unidos e da desaceleração na Europa e no Japão, a disparada do petróleo é uma má notícia. No entanto, os especialistas não acreditam em crises mundiais como as que se sucederam aos choques das décadas de 70. "Haverá alguma desaceleração, mas nada dramático", avalia o professor da USP Simão Silber. "O mundo, que estava crescendo na faixa de 5% ao ano, vai se expandir 3,5%." O recuo deve-se ao provável aumento das taxas de juros globais, como, aliás, já ocorreu no Chile e Austrália, entre outros países. Em todos, a inflação subiu, em parte por causa dos preços da energia. "É a resposta clássica quando os preços aceleram", diz Marcelo Moura, professor do Ibmec São Paulo. O Brasil hoje está em situação totalmente distinta se comparado aos anos 70: tem reservas próximas de US$ 200 bilhões e é quase auto-suficiente na produção de petróleo, entre outras vantagens. Em compensação, como é mais integrado ao resto do mundo, também deve diminuir o ritmo de expansão.
Fonte: Estadão
Leandro Modé
A escalada dos preços do petróleo já leva muitos analistas a considerar factível uma hipótese que algum tempo atrás pareceria risível: que o mundo esteja caminhando para um terceiro choque da commodity. Seu impacto na economia global não seria tão forte como na década de 1970, quando ocorreram os dois choques anteriores. Mas uma redução no ritmo de crescimento é dada como certa. Se serve de consolo, o Brasil, segundo especialistas, está melhor preparado para enfrentar o cenário de águas turbulentas.Na semana passada, o barril do tipo leve (WTI) para entrega em junho bateu recorde todos os dias na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Ao final da sexta-feira, valia US$ 125,96, o maior valor da história, mesmo em termos reais, ou seja, descontada a inflação. A alta na semana foi de 8,3%. Em 2008, chega a 33% e, nos últimos 12 meses, a 81%. Já há até quem diga que a disparada pode ir mais longe. Na terça-feira, um relatório do Banco Goldman Sachs chacoalhou o mercado ao prever que a cotação pode bater nos US$ 200. "A chance de um barril entre US$ 150 e US$ 200 nos próximos 6 a 24 meses parece estar aumentando", afirmou um texto assinado pela equipe de analistas de petróleo. Os investidores prestaram atenção ao alarme porque esse mesmo time publicou um relatório em 2005 segundo o qual as cotações podiam alcançar US$ 105 nos anos seguintes - o que ocorreu. "Se estamos ou não vivendo o terceiro choque do petróleo depende da forma como conceituamos esse movimento", pondera o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), Adriano Pires. " Se considerarmos que em 1973 e 1979 os preços dispararam de um dia para o outro por causa da falta de oferta, a resposta é não", diz. "Mas, se interpretarmos esse nível de preço como conseqüência de oferta reprimida e da falta de novos investimentos em produção, seria um choque parecido com o de 1979."Ministro da Fazenda na época do primeiro choque, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e ex-deputado federal, Delfim Netto é menos cauteloso. "Provavelmente, sim", diz, em resposta à questão sobre o terceiro choque. Em uma economia global que já sofre os efeitos da recessão nos Estados Unidos e da desaceleração na Europa e no Japão, a disparada do petróleo é uma má notícia. No entanto, os especialistas não acreditam em crises mundiais como as que se sucederam aos choques das décadas de 70. "Haverá alguma desaceleração, mas nada dramático", avalia o professor da USP Simão Silber. "O mundo, que estava crescendo na faixa de 5% ao ano, vai se expandir 3,5%." O recuo deve-se ao provável aumento das taxas de juros globais, como, aliás, já ocorreu no Chile e Austrália, entre outros países. Em todos, a inflação subiu, em parte por causa dos preços da energia. "É a resposta clássica quando os preços aceleram", diz Marcelo Moura, professor do Ibmec São Paulo. O Brasil hoje está em situação totalmente distinta se comparado aos anos 70: tem reservas próximas de US$ 200 bilhões e é quase auto-suficiente na produção de petróleo, entre outras vantagens. Em compensação, como é mais integrado ao resto do mundo, também deve diminuir o ritmo de expansão.
Fonte: Estadão
Conheça as diferenças entre as zonas erógenas femininas e masculinas e tenha mais prazer
Maria Vianna - O Globo Online
RIO - Em sua adaptação do clássico indiano "Kama Sutra", o terapeuta holístico Deepak Chopra afirma que valorizar o erotismo nas relações sexuais "nos permite não apenas atingir o ápice do prazer, mas também romper preconceitos e atingir novas percepções em diferentes áreas da vida". O conceito pode parecer complicado, mas o que Chopra quer incentivar com o livro "Kama Sutra - As sete leis espirituais do amor" (ed. Rocco) é que o leitor experimente novas carícias e celebre sua sensualidade, em vez de reprimir desejos e passar a vida reclamando do parceiro.
- A relação sexual prazerosa, segundo o "Kama Sutra", é aquela que une sete fatores: atração, fascinação, comunhão, intimidade, entrega, paixão e, finalmente, o êxtase - ensina Chopra em seu livro.
Para que isso aconteça, ele sugere que homens e mulheres conheçam melhor suas zonas erógenas - áreas do corpo onde o toque provoca excitação. O ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de sexualidade humana e ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC Paulista, concorda com o indiano, e enfatiza que são poucas as pessoas que têm a paciência e a falta de pudor para descobrir o que aumenta o tesão em si e no outro.
" A relação sexual prazerosa, segundo o Kama Sutra, é aquela que une sete fatores: atração, fascinação, comunhão, intimidade, entrega, paixão e, finalmente, o êxtase "
- O erotismo se tornou um jogo: a mulher mexe nos cabelos, pinta os lábios de vermelho, usa salto alto para arrebitar o bumbum, tudo isso para mostrar ao homem que está excitada. Por isso, os homens têm que ficar mais atentos aos carinhos que excitam ou não a mulher - explica o médico. Mulheres preferem toques suaves, homens gostam da agressividade
As zonas erógenas nas mulheres e nos homens costumam ser as mesmas, frisa Pellini, já que são áreas que tanto no corpo deles quanto no delas contêm mais terminações nervosas. A diferença é que, como as mulheres dão mais valor às preliminares e às sensações sutis, elas costumam precisar de mais estímulos em diferentes áreas do corpo para se sentirem excitadas, enquanto só o estímulo visual já é capaz de provocar a ereção no homem.
- Os homens costumam ser muito mais focados nos genitais, porque o componente hormonal os deixa muito mais preparados para a excitação instantânea.Ela costuma demorar mais porque, biologicamente, é mais seletiva. A exceção é a mulher apaixonada ou na fase da ovulação, que costuma se excitar com facilidade. Nessas fases, elas ficam mais masculinas, querem ir direto ao ponto - explica Pellini.
Ele ensina que as mulheres costumam valorizar as carícias da cintura para cima - cabelos, orelhas, nuca, ombros, pescoço e seios - enquanto os homens preferem os toques da cintura para baixo. E, claro, ambos valorizam as carícias na região genital, sendo que as mulheres costumam preferir os toques mais leves, enquanto os homens gostam de carícias com um pouco mais de pressão.
- Os homens costumam pensar em sexo oito vezes por hora. Uma mulher bonita desperta no homem seus desejos mais primitivos, e a maioria deles têm vontade de tocar nos testículos sempre que se sentem estimulados visualmente. Já a mulher é sempre mais racional, pensa nos prós e contras antes de 'esquentar' - avalia Pellini.
A sexóloga australiana Tracey Cox, autora dos livros "Atração" (ed. Fundamento) e "Supersexo" (ed. Ediouro) acredita que conhecer bem seu corpo é fundamental para chegar ao que ela chama de 'supersexo'. E, diz a especialista, para aproveitar todas as suas zonas erógenas, é preciso despir-se de preconceitos. Ela lembra que, além de compartilhar fantasias e sugerir novas posições, o casal também deve abandonar o mito de que os carinhos melosos e os chamegos devem, necessariamente, estar presentes em todas as relações.
" As mulheres gostam de dizer que os homens precisam 'ter pegada' "
- O mito do amor romântico pode ser uma barreira na hora de aproveitar uma noite de sexo inesquecível. Cuide de sua vida sexual e o lado amoroso tomará conta de si mesmo - ensina Cox no livro "Supersexo".
E a eterna polêmica do ponto G? Para Eliano Pellini, o verdadeiro ponto G das mulheres é o cérebro.
- As mulheres gostam de dizer que os homens precisam 'ter pegada'. E essa 'pegada' costuma ser um misto de cheiros compatíveis, admiração, vínculo instantâneo, interesses em comum e a percepção, mesmo que inconsciente, de que aquele homem poderia lhe dar filhos lindos. Ou seja, tudo começa na cabeça - resume o médico.
Fonte: Jornal Extra
RIO - Em sua adaptação do clássico indiano "Kama Sutra", o terapeuta holístico Deepak Chopra afirma que valorizar o erotismo nas relações sexuais "nos permite não apenas atingir o ápice do prazer, mas também romper preconceitos e atingir novas percepções em diferentes áreas da vida". O conceito pode parecer complicado, mas o que Chopra quer incentivar com o livro "Kama Sutra - As sete leis espirituais do amor" (ed. Rocco) é que o leitor experimente novas carícias e celebre sua sensualidade, em vez de reprimir desejos e passar a vida reclamando do parceiro.
- A relação sexual prazerosa, segundo o "Kama Sutra", é aquela que une sete fatores: atração, fascinação, comunhão, intimidade, entrega, paixão e, finalmente, o êxtase - ensina Chopra em seu livro.
Para que isso aconteça, ele sugere que homens e mulheres conheçam melhor suas zonas erógenas - áreas do corpo onde o toque provoca excitação. O ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de sexualidade humana e ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC Paulista, concorda com o indiano, e enfatiza que são poucas as pessoas que têm a paciência e a falta de pudor para descobrir o que aumenta o tesão em si e no outro.
" A relação sexual prazerosa, segundo o Kama Sutra, é aquela que une sete fatores: atração, fascinação, comunhão, intimidade, entrega, paixão e, finalmente, o êxtase "
- O erotismo se tornou um jogo: a mulher mexe nos cabelos, pinta os lábios de vermelho, usa salto alto para arrebitar o bumbum, tudo isso para mostrar ao homem que está excitada. Por isso, os homens têm que ficar mais atentos aos carinhos que excitam ou não a mulher - explica o médico. Mulheres preferem toques suaves, homens gostam da agressividade
As zonas erógenas nas mulheres e nos homens costumam ser as mesmas, frisa Pellini, já que são áreas que tanto no corpo deles quanto no delas contêm mais terminações nervosas. A diferença é que, como as mulheres dão mais valor às preliminares e às sensações sutis, elas costumam precisar de mais estímulos em diferentes áreas do corpo para se sentirem excitadas, enquanto só o estímulo visual já é capaz de provocar a ereção no homem.
- Os homens costumam ser muito mais focados nos genitais, porque o componente hormonal os deixa muito mais preparados para a excitação instantânea.Ela costuma demorar mais porque, biologicamente, é mais seletiva. A exceção é a mulher apaixonada ou na fase da ovulação, que costuma se excitar com facilidade. Nessas fases, elas ficam mais masculinas, querem ir direto ao ponto - explica Pellini.
Ele ensina que as mulheres costumam valorizar as carícias da cintura para cima - cabelos, orelhas, nuca, ombros, pescoço e seios - enquanto os homens preferem os toques da cintura para baixo. E, claro, ambos valorizam as carícias na região genital, sendo que as mulheres costumam preferir os toques mais leves, enquanto os homens gostam de carícias com um pouco mais de pressão.
- Os homens costumam pensar em sexo oito vezes por hora. Uma mulher bonita desperta no homem seus desejos mais primitivos, e a maioria deles têm vontade de tocar nos testículos sempre que se sentem estimulados visualmente. Já a mulher é sempre mais racional, pensa nos prós e contras antes de 'esquentar' - avalia Pellini.
A sexóloga australiana Tracey Cox, autora dos livros "Atração" (ed. Fundamento) e "Supersexo" (ed. Ediouro) acredita que conhecer bem seu corpo é fundamental para chegar ao que ela chama de 'supersexo'. E, diz a especialista, para aproveitar todas as suas zonas erógenas, é preciso despir-se de preconceitos. Ela lembra que, além de compartilhar fantasias e sugerir novas posições, o casal também deve abandonar o mito de que os carinhos melosos e os chamegos devem, necessariamente, estar presentes em todas as relações.
" As mulheres gostam de dizer que os homens precisam 'ter pegada' "
- O mito do amor romântico pode ser uma barreira na hora de aproveitar uma noite de sexo inesquecível. Cuide de sua vida sexual e o lado amoroso tomará conta de si mesmo - ensina Cox no livro "Supersexo".
E a eterna polêmica do ponto G? Para Eliano Pellini, o verdadeiro ponto G das mulheres é o cérebro.
- As mulheres gostam de dizer que os homens precisam 'ter pegada'. E essa 'pegada' costuma ser um misto de cheiros compatíveis, admiração, vínculo instantâneo, interesses em comum e a percepção, mesmo que inconsciente, de que aquele homem poderia lhe dar filhos lindos. Ou seja, tudo começa na cabeça - resume o médico.
Fonte: Jornal Extra
Remédio até 40% mais barato pela internet
Gustavo Fernandes - Extra
RIO - As redes de farmácias do Rio estão usando a internet como mais uma opção na guerra de preços pelo consumidor. Na busca incessante para fazer o salário render mais, quem opta pelo mundo virtual pode obter descontos de até 40%, como no caso do Renitec, remédio para controlar a pressão arterial. A caixa com 30 comprimidos tem preço máximo ao consumidor de R$ 30,07, mas é encontrado nos sites das drogarias por R$ 18,04. (Veja a comparação dos preços de outros remédios)
Entres as redes que apostam na internet está a Onofre. Na maioria dos casos, os valores do site são mais baixos do que os utilizados nas próprias unidades da empresa. Mas, há exceções. Indicado para tratamento contra obesidade, o Cloridrato de Sibutramina genérico 10g com 30 comprimidos é encontrado por R$ 28,58 no site, mas sai por R$ 21,05 na unidade da Tijuca.
Outras redes como a Vita mantêm os mesmos preços no site e nas lojas. Mas, com o estoque ao alcance do mouse, o cliente consegue pesquisar a diferença de valores entre remédios de marca e genéricos.
Assim como no caso de produtos como roupas e eletroeletrônicos, os remédios comercializados pelo sistema online têm preços menores graças à economia das empresas com aluguel de lojas, impostos e encargos com funcionários. De acordo com o diretor comercial da Drogaria Onofre, Marcos Arede, a empresa aposta em uma central única de distribuição.
Para o consultor de varejo Marco Quintarelli, a estratégia adotada pelas farmácias é parecida com as ações executadas por supermercados. Para ele, a internet é mais uma opção de consulta para os clientes, que já dispõem de encartes promocionais e cartões de descontos.
- O brasileiro é acostumado a comparar preços entre supermercados. Basta adotar a mesma tática nas drogarias - diz.
Quem já coloca o conselho em prática é o balconista Jurandir Galdino, de 32 anos.
- Não dá para comprar em um só lugar - diz.
Fonte: Jornal Extra
RIO - As redes de farmácias do Rio estão usando a internet como mais uma opção na guerra de preços pelo consumidor. Na busca incessante para fazer o salário render mais, quem opta pelo mundo virtual pode obter descontos de até 40%, como no caso do Renitec, remédio para controlar a pressão arterial. A caixa com 30 comprimidos tem preço máximo ao consumidor de R$ 30,07, mas é encontrado nos sites das drogarias por R$ 18,04. (Veja a comparação dos preços de outros remédios)
Entres as redes que apostam na internet está a Onofre. Na maioria dos casos, os valores do site são mais baixos do que os utilizados nas próprias unidades da empresa. Mas, há exceções. Indicado para tratamento contra obesidade, o Cloridrato de Sibutramina genérico 10g com 30 comprimidos é encontrado por R$ 28,58 no site, mas sai por R$ 21,05 na unidade da Tijuca.
Outras redes como a Vita mantêm os mesmos preços no site e nas lojas. Mas, com o estoque ao alcance do mouse, o cliente consegue pesquisar a diferença de valores entre remédios de marca e genéricos.
Assim como no caso de produtos como roupas e eletroeletrônicos, os remédios comercializados pelo sistema online têm preços menores graças à economia das empresas com aluguel de lojas, impostos e encargos com funcionários. De acordo com o diretor comercial da Drogaria Onofre, Marcos Arede, a empresa aposta em uma central única de distribuição.
Para o consultor de varejo Marco Quintarelli, a estratégia adotada pelas farmácias é parecida com as ações executadas por supermercados. Para ele, a internet é mais uma opção de consulta para os clientes, que já dispõem de encartes promocionais e cartões de descontos.
- O brasileiro é acostumado a comparar preços entre supermercados. Basta adotar a mesma tática nas drogarias - diz.
Quem já coloca o conselho em prática é o balconista Jurandir Galdino, de 32 anos.
- Não dá para comprar em um só lugar - diz.
Fonte: Jornal Extra
Mídia infame
Na semana passada, estarreceram-me as interpretações dadas por alguns meios de comunicação sobre o episódio em que se envolveu Ronaldo na belíssima noite carioca. Que o fato foi pitoresco ninguém tem dúvida alguma, mas querer extrair do acontecido definições equivocadas a respeito das opções comportamentais do craque é um claro exagero. Quando não, sensacionalismo. Podemos admitir que ele tenha sido ingênuo ao não discernir entre uma mulher e um travesti, mas me digam: quem nunca se enganou em uma questão como esta? Sem pretender comparar as qualidades físicas das que com ele estiveram naquele motel com a que passo a me referir, diria que uma das mulheres mais lindas que já vi na vida foi Roberta Close. A qual, apesar da aparência mais que feminina, de ter sido escolhida a mais bela do País em determinada ocasião e capa das principais revistas masculinas nos anos 80, era definida como Homem em sua carteira de identidade no espaço dedicado ao sexo. Feliz ou infelizmente, jamais tive a chance de me aproximar dela, pois erraria feio, como Ronaldo. Depois da escolha equivocada, o cidadão Ronaldo foi claramente vítima de uma tentativa de extorsão, como, aliás, vários brasileiros já o foram nas mesmas condições, inclusive e, eventualmente, pelas mesmas pessoas. Agora, querer levar o assunto para outras plagas é pretender destruir um ser humano que em várias ocasiões demonstrou ser alguém muito maior do que a pequenez dessas ridículas linhas editoriais. Não falo do jogador, apenas do seu lado profissional, e sim do indivíduo que ultrapassou as fronteiras do campo de jogo para emprestar sua imagem vencedora em prol dos mais necessitados. E não venham me falar em demagogia, porque no rosto de quem se expõe transparece o compromisso com suas atitudes. E Ronaldo sempre se entregou verdadeiramente a essas causas, mesmo sem entender muito bem o resultado concreto de suas intervenções. Compará-lo a David Beckham é outra besteira da grossa. O inglês nasceu para ser bom moço, o que, inevitavelmente, leva os conservadores e reacionários a utilizá-lo como referência. Ronaldo não é um certinho, gosta do que é bom e aí se incluem sexo e mulheres. Além de festas, amigos, cervejas e gargalhadas. Como eu, aliás. Seria como me colocar na mesma cumbuca do meu irmão Raí, uma figura excepcional, da qual extraio muita coisa boa, graças ao privilégio de poder com ele compartilhar múltiplas ocasiões. Porém, somos muito diferentes, ainda que com o mesmo grau de compromisso com a nossa nação. Sou agressivo, ele não. Sou extrovertido, ele não. Gosto de estar com gente, de trocar experiências, de conviver com todo tipo de ser humano, e ele já tem mais dificuldade, gosta de estar só, de curtir sua genial sensatez, isolado e tranqüilo – nada de confusão. Por isso, ele é São Paulo e eu, Corinthians. Analogia absolutamente compatível com nossas personalidades. Ele fez a sala Raí no Morumbi e eu, um dia, espero, terei o boteco do Magrão, no sonhado estádio da fiel. Ronaldo sabe, mais do que ninguém, dos processos relativos à sua própria imagem. Tem plena consciência de que muitos dos nossos prazeres, mesmo distantes do longínquo maio de 1968 e suas conquistas libertárias, em particular no quesito sexo, são questionados pela face mais antiga da nossa sociedade, ainda que muitas vezes a mais promíscua de todas. Mesmo assim, e assino embaixo, não abre mão de usufruir como lhe cabe. Gostar de festas e mulheres não é crime nem para as igrejas que tentam nos converter em pequenos deuses humanos, desde que tenhamos o altruísmo de lhes oferecer o dízimo. Inverter essa lógica é muito mais que sacanagem, é má-fé. Levantar suspeitas de consumo de cocaína ou de qualquer outro tipo de droga e de homossexualismo é de extrema maldade, pois quem o acompanha, por jornais e revistas, que seja, sabe que em momento algum se viu em seu olhar qualquer sinal de estar drogado. E quem saiu e casou com as belezas que ele conquistou não pode gostar de travestis. Esta mesma mídia careta que o quer derrubar foi aquela que não soube valorizar o gesto de Leandro, em 1986, que abdicou de seu posto no Mundial do México, e por conseqüência de sua carreira, em solidariedade a um colega. A mesma mídia que não sabe participar da educação do nosso povo, pois a ela não interessa que isso aconteça. É infame, ridícula e absolutamente irracional. Que se dane!
Sócrates
Fonte: Carta Capital
Sócrates
Fonte: Carta Capital
Dilma e o enterro do dossiê
Havia tantos factóides pairando no ar que a “notícia” mais importante das nove horas de sessão com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, foi se seria ético ou não ela receber um colar. O presente lhe foi dado, com toda a adulação necessária, pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG). “Já que domingo é o Dia das Mães e a senhora é a mãe do PAC, trouxe essa lembrancinha”, disse o cabeludo parlamentar. Pipocaram os flashes. Os repórteres revoaram na direção da líder do PT, Ideli Salvatti, guardiã do agrado, para conferir do que se tratava. Era um colar de ouro branco com o mapa do Brasil cravejado de brilhantes. Rapidamente, Heráclito Fortes (DEM-PI) levantou a voz de barítono para protestar que, se o regalo custasse mais de 100 reais, a ministra não poderia aceitá-lo, conforme o código de ética dos servidores. Salgado acabou enfiando o colar no saco. Houve quem dissesse que esta foi a única vitória da oposição na quarta-feira 7. A ministra chegou pontualmente às 10 da manhã, de tailleur verde-oliva, preparada para a guerra. Ela havia sido convocada a depor, graças a uma manobra da oposição. Como não haviam conseguido trazê-la à CPI dos Cartões Corporativos, o estratagema foi atraí-la para outra comissão, sob a desculpa de falar do PAC, e aí apertá-la sobre o suposto dossiê a respeito dos gastos do governo Fernando Henrique. Logo de saída, José Agripino (DEM-RN) quis ser arguto e acabou escorregando na indelicadeza mais rasteira. A ministra disse ter mentido durante depoimentos dados sob tortura nos porões da ditadura. Ah, exclama Agripino, então ela é mentirosa. Com a voz embargada, a ministra disparou o primeiro dos petardos em direção à oposição, combalida já no round inicial. “É impossível a verdade ou o diálogo com pau-de-arara, choques elétricos. Eu tinha 19 anos, fiquei três na cadeia e fui barbaramente torturada. Me orgulho de ter mentido, porque salvei companheiros da tortura e da morte.” E a estocada final, com total aplomb: “Certamente, nós estávamos em momentos diversos das nossas vidas políticas, senador”. Agripino, prefeito biônico de Natal pela Arena em 1979, murchou. Daí para a frente, o assunto “dossiê” também minguou até quase desaparecer, enquanto a ministra repetia tratar-se de “banco de dados”. De súbito, o PAC adentrou no palco. Também de verde-oliva, num vestido estilo guerrilheira, Kátia Abreu (DEM-TO) parecia disposta ao duelo entre damas. “Não há novidade alguma no PAC. Achamos bom que Lula continue as obras que foram iniciadas no governo passado, mas não pirateiem”, bradou Abreu, impávida. Para não perder a forma, o tucano Arthur Virgílio voltou à carga com uma frase ambígua sobre o vazamento das informações, que para ele não são o cerne do problema. “Deu para mim, eu passo adiante.” Troca de olhares perplexos. A tudo a ministra da Casa Civil respondia com dureza, mas tranqüila. “A senhora não conhece a sistemática do BNDES. Nunca se investiu tanto”, respondeu à senadora Abreu. O dia seguinte foi de ressaca para os oposicionistas e comemoração para o governo. Álvaro Dias, o tucano que fez vazar as informações sigilosas à imprensa, subiu à tribuna do Senado para criticar Dilma Rousseff por ter “mistificado” nas respostas, mas reconheceu que a ministra saiu politicamente fortalecida do episódio. Agripino alegou ter sido mal interpretado pela imprensa em sua tentativa de ironizar o passado da ministra, e se apresentou como o primeiro governador do Nordeste a rejeitar a candidatura de Paulo Maluf no Colégio Eleitoral, contra a orientação do próprio partido, o PDS. “Rasguei as minhas carnes em nome do interesse do Brasil”, discursou. P.S.: Ao cabo de uma jornada que se pretendia épica, descobriu-se que o vazamento do suposto dossiê anti-FHC foi fruto da associação de um funcionário da Casa Civil com um assessor do senador tucano Álvaro Dias. Pergunta-se: como fica a teoria da chantagem montada no Palácio para intimidar a oposição?
Fonte: Carta Capital
Fonte: Carta Capital
Oposição busca apoio dos três independentes
Senadores pretendem convocar Dilma por meio da CCJ
Márcio Falcão
brasília
A oposição já fez as contas e sabe que um novo depoimento da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Senado, depende de três parlamentares governistas considerados independentes. O mapa elaborado por assessores do PSDB mostra que as chances mais reais dos oposicionistas conseguirem emplacar uma nova intimação para a ministra está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por lá, a relação de forças entre governistas e oposicionistas é mais equilibrada.
O requerimento de convocação de Dilma na CCJ, feito pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), está a pelo menos três semanas na pauta da comissão, mas ainda não foi votado pelos senadores. Ao todo, na CCJ, são 23 senadores, sendo nove oposicionistas e 14 governistas. A oposição, no entanto, trabalha neste fim de semana para fechar o apoio dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Jefferson Peres (PDT-AM). Jarbas já é considerado voto certo. Na última semana, o peemedebista foi à tribuna reclamar que o primeiro depoimento da ministra em nada contribuiu para esclarecer o episódio do dossiê.
- A ministra não desmentiu até hoje um encontro que teve em São Paulo, com empresários, onde se referiu ao dossiê, dizendo que ‘a oposição se comportasse, que o FH se comportasse porque ela possuía em mão provas de comportamento inconveniente do governo em relação aos cartões corporativos e outras coisas’. Falou em dossiê claramente - disse Jarbas.
Retorno inevitável
Diante do cenário que aponta o vazamento do dossiê com gastos sigilosos do casal Fernando Henrique Cardoso pelo secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, o líder do PSDB acredita ser inevitável o retorno de Dilma ao Congresso para falar exclusivamente do dossiê.
– Não é possível que ela vá amarelar. Acho até que os governistas devem repensar os últimos acontecimentos e apoiar por unanimidade uma nova convocação da ministra, afinal ela não disse a verdade? Não falou que não tinha dossiê? O dossiê está aí. Tanto existe que foi vazado – disse Virgílio.
`No plenário
Além da possibilidade de convocar a ministra na CCJ ou em outras comissões permanentes do Senado, regimentalmente, os oposicionistas podem tentar recorrer ao plenário - o que não é interessante, uma vez que os governistas têm maioria. Outra ofensiva da oposição contra Dilma deve ganhar forma na terça-feira. Os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Cartões votam requerimentos de convocação de José Aparecido. Para incomodar ainda mais Dilma, os oposicionistas pretendem ouvir a versão do dossiê da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da chefe da Casa Civil, a quem tucanos e democratas atribuem a culpa pela feitura do dossiê contra FHC.
– A doutora Erenice está por um fio. Eu tenho uma opinião: Erenice Guerra chefiou a feitura do dossiê e sua posição no governo é insustentável. Dilma, se estou certo na primeira premissa, sabia de tudo. Se eu não estou certo, ela pode vir esclarecer isso aqui – completa Virgílio.
Os governistas, por outro lado, insistem na blindagem de Dilma e querem colocar no banco dos depoentes da CPI o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e seu assessor André Eduardo Fernandes, que teria recebido o e-mail de José Aparecido com o material do dossiê.
– Precisamos ouvir o senador, mas ele tem outros espaços também, como a tribuna, e não necessariamente a CPI. Agora, o assessor precisa esclarecer se ele mexeu no material e, portanto, é o responsável pela montagem do dossiê – afirmou o senador João Pedro (PT-AM), que assumiu a linha de defesa da ministra Dilma e do governo contra os ataques oposicionistas.
Fonte: JB Online
Márcio Falcão
brasília
A oposição já fez as contas e sabe que um novo depoimento da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Senado, depende de três parlamentares governistas considerados independentes. O mapa elaborado por assessores do PSDB mostra que as chances mais reais dos oposicionistas conseguirem emplacar uma nova intimação para a ministra está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por lá, a relação de forças entre governistas e oposicionistas é mais equilibrada.
O requerimento de convocação de Dilma na CCJ, feito pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), está a pelo menos três semanas na pauta da comissão, mas ainda não foi votado pelos senadores. Ao todo, na CCJ, são 23 senadores, sendo nove oposicionistas e 14 governistas. A oposição, no entanto, trabalha neste fim de semana para fechar o apoio dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Jefferson Peres (PDT-AM). Jarbas já é considerado voto certo. Na última semana, o peemedebista foi à tribuna reclamar que o primeiro depoimento da ministra em nada contribuiu para esclarecer o episódio do dossiê.
- A ministra não desmentiu até hoje um encontro que teve em São Paulo, com empresários, onde se referiu ao dossiê, dizendo que ‘a oposição se comportasse, que o FH se comportasse porque ela possuía em mão provas de comportamento inconveniente do governo em relação aos cartões corporativos e outras coisas’. Falou em dossiê claramente - disse Jarbas.
Retorno inevitável
Diante do cenário que aponta o vazamento do dossiê com gastos sigilosos do casal Fernando Henrique Cardoso pelo secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, o líder do PSDB acredita ser inevitável o retorno de Dilma ao Congresso para falar exclusivamente do dossiê.
– Não é possível que ela vá amarelar. Acho até que os governistas devem repensar os últimos acontecimentos e apoiar por unanimidade uma nova convocação da ministra, afinal ela não disse a verdade? Não falou que não tinha dossiê? O dossiê está aí. Tanto existe que foi vazado – disse Virgílio.
`No plenário
Além da possibilidade de convocar a ministra na CCJ ou em outras comissões permanentes do Senado, regimentalmente, os oposicionistas podem tentar recorrer ao plenário - o que não é interessante, uma vez que os governistas têm maioria. Outra ofensiva da oposição contra Dilma deve ganhar forma na terça-feira. Os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Cartões votam requerimentos de convocação de José Aparecido. Para incomodar ainda mais Dilma, os oposicionistas pretendem ouvir a versão do dossiê da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da chefe da Casa Civil, a quem tucanos e democratas atribuem a culpa pela feitura do dossiê contra FHC.
– A doutora Erenice está por um fio. Eu tenho uma opinião: Erenice Guerra chefiou a feitura do dossiê e sua posição no governo é insustentável. Dilma, se estou certo na primeira premissa, sabia de tudo. Se eu não estou certo, ela pode vir esclarecer isso aqui – completa Virgílio.
Os governistas, por outro lado, insistem na blindagem de Dilma e querem colocar no banco dos depoentes da CPI o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e seu assessor André Eduardo Fernandes, que teria recebido o e-mail de José Aparecido com o material do dossiê.
– Precisamos ouvir o senador, mas ele tem outros espaços também, como a tribuna, e não necessariamente a CPI. Agora, o assessor precisa esclarecer se ele mexeu no material e, portanto, é o responsável pela montagem do dossiê – afirmou o senador João Pedro (PT-AM), que assumiu a linha de defesa da ministra Dilma e do governo contra os ataques oposicionistas.
Fonte: JB Online
Assinar:
Postagens (Atom)
Em destaque
Polícia prende suspeito de participar de ataque a assentamento do MST em SP
Foto: Reprodução/TV Globo Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa dois mortos e seis feridos 11 de janeiro de 2025 | 20:31 Pol...
Mais visitadas
-
, Herança de Descaso: Prefeito Denuncia Bens Dilapidados e Anuncia Auditoria de 30 Dias Ao assumir a prefeitura, o prefeito Tista de Deda se...
-
Auditoria Já: O Primeiro Passo para Uma Gestão Transparente em Jeremoabo Com a recente transição de governo em Jeremoabo, a nova administraç...
-
Aproveito este espaço para parabenizar o prefeito eleito de Jeremoabo, Tista de Deda (PSD), pela sua diplomação, ocorrida na manhã de hoje...
-
. MAIS UMA DECISÃO DA JUSTIÇA DE JEREMOABO PROVA QUE SOBREVIVEM JUÍZES EM BERLIM A frase “Ainda há juízes em Berlim”, que remonta ao ano d...
-
O último dia do mandato do prefeito Deri do Paloma em Jeremoabo não poderia passar sem mais uma polêmica. Desta vez, a questão envolve cob...
-
Diplomação do Prefeito Eleito Tista de Deda, Vice e Vereadores Será no Dia 19 de Dezembro de 2024. A diplomacao do prefeito eleito de Jere...
-
Justiça aponta fraude e cassa mandato de vereador na Bahia Seguinte fraude seria na cota de gênero em registro de candidaturas de partido ...
-
O Cemitério de Veículos da Prefeitura: Um Crime Contra a Sociedade As imagens que circulam revelam uma realidade chocante e inaceitável: um ...
-
Tudo na Vida Tem um Preço: O Apoio Necessário ao Novo Gestor de Jeremoabo Os Jeremoabenses estão diante de um momento crucial. A eleição do ...