
Charge reproduzida do Google
Vicente Limongi Neto
Muito bom o artigo do jornalista Patrick Selvatti (Correio Braziliense – 15/12), anunciando a chegada do próximo Big Brother Brasil. Segundo Patrick, haverá uma casa de vidro, com candidatos ao BBB no Conjunto Nacional. O povo precisa de mais e frequentes casas de vidro, exorta Patrick.
O cotidiano do brasileiro clama por mais câmeras, espiando e fiscalizando o que homens públicos fazem e produzem em benefício do Brasil e dos brasileiros. Os resultados não seriam nada agradáveis.
MAIS CÂMERAS – O BBB da Globo durante meses isola candidatos. Ávidos por vultuoso prêmio. Nessa linha, imagens pouco republicanas escandalizariam a nação, se existissem câmeras do BBB em ministérios, em palácios de governos estaduais, na Esplanada, no Congresso Nacional e no Judiciário.
Patrick é feliz, implacável e irretocável quando analisa que “a casa de vidro, montada diante da Esplanada, funciona como espelho involuntário de uma verdade incômoda: a verdadeira casa mais vigiada do país ainda não é vigiada o suficiente. Enquanto isso não mudar, o Brasil seguirá assistindo à política como quem assiste um reality. Perplexo, indignado, mas quase sempre sem poder apertar o botão do paredão”.
PALANQUE VIRTUAL – Penas exageradas, absurdas, injustas ou não, para apenados do 8 de Janeiro, servem de palanque eleitoreiro para políticos obscuros, desagradáveis, deploráveis e cansativos. Só faltam chorar na gravata e nos microfones.
Alguns, ainda mais demagogos, mostram cartas que recebem de familiares dos presos e condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Como bem disse o isento, sereno e capacitado Alessandro Vieira, senador do MDB, os parlamentares usam e abusam das reclamações e das tristezas das famílias dos presos, como massa de manobra para tentarem sucesso nas urnas de 2026.