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domingo, julho 21, 2024

Inquéritos no estilo dos trapalhões diminuem as chances de Bolsonaro ser preso


Bolsonaro provoca mais para posar de vítima. Por Fernando Brito

Charge do Duke (O Tempo)

Carlos Newton

Depois de provocar uma tremenda empolgação das massas petistas, com a Polícia Federal indiciando o ex-presidente Jair Bolsonaro em três inquéritos sucessivos, um a cada semana, com pedidos à Procuradoria-Geral da República para que proceda às respectivas denúncias e abra logo os processos contra o ex-chefe de governo, com possibilidade de prisão e tudo o mais, de repente vem um jato de água fria em pleno inverno.

Depois do vendaval sobre cartão de vacina, venda de joias e “Abin Paralela”, quando se aguardava o primeiro pedido de prisão preventiva de Bolsonaro, agora começam a ser publicadas notícias dizendo que não é bem assim.

ALARME FALSO – O caso considerado mais grave é o da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que se transformou num escândalo depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, liberou uma gravação que dizem ser incriminadora.

O áudio é de um encontro entre o então presidente Bolsonaro com o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem; o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional e as duas advogadas que defendiam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da “rachadinha”, e denunciavam irregularidades na ação da Receita Federal.

Mas foi alarme falso. A Abin investigou, concluiu que a Receita nada fez de errado e tudo parou por aí, o processo contra Flávio Bolsonaro foi anulado em outra esfera, no Superior Tribunal de Justiça, nada a ver com a Abin. De reprovável ali, apenas a reunião, realmente vexaminosa, que jamais deveria ter ocorrido.

TUDO ERRADO – O que parecia um escândalo não serve de prova, porque não houve interferência da Abin em nenhuma instituição. A espalhafatosa acusação de Moraes e da Polícia Federal não se sustenta.

Da mesma forma, há dificuldades para encontrar crime na venda das joias, porque elas foram recompradas e devolvidas ao Patrimônio da União. O crime, portanto, se desfez antes de ser investigado.

Também não está fácil incriminar Jair Bolsonaro por um crime cometido pelo tenente-coronel Mauro Cid no caso dos cartões de vacinação. Chegaram a prender o secretário da Saúde da Prefeitura de Duque de Caxias, mas não tiveram coragem de prender o ex-presidente.

FALTA O GOLPE – Na verdade, só resta o inquérito do golpe para jogar Bolsonaro numa prisão igual à de Lula, com chuveiro elétrico, TV a cabo e privacidade para receber visitas masculinas e femininas, pois a cela de Lula nem tinha grades, era uma sala de 15 metros quadrados.

Mas também está difícil, por mais que as leis sejam interpretadas e avacalhadas no Brasil, porque o tal golpe não aconteceu. Quando chamei de golpe da Viúva Porcina, que foi sem ter sido, a piada viralizou, fez mais sucesso do que as falas de Lula.

É claro que sempre existe a possibilidade de o Supremo arranjar uma saída jurídica, como na injustificável condenação de Bolsonaro por ter reunido o corpo diplomático, depois de o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, ter feito exatamente a mesma coisa, vejam a que ponto chegou a esculhambação na Justiça.

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P.S. – Se Bolsonaro será preso, só Deus sabe, como dizia Armando Falcão, o ex-deputado que Roberto Marinho emplacou como ministro da Justiça no governo do general Geisel. Mas Deus certamente tem coisas mais importantes para cuidar. (C.N.)

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