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quarta-feira, abril 12, 2023

Brizola e Darcy Ribeiro estavam certos, ao defender prioridade total à educação

Publicado em 12 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Fundação Darcy Ribeiro

Brizola e Darcy Ribeiro, dois políticos à frente do seu tempo

Carlos Newton

Como todas as pessoas com mais de dois neurônios já perceberam, na maioria dos países do mundo, incluindo os Estados Unidos, que ainda é considerado a maior potência, a vida não é mais caracterizada por fatos, o que importa são as narrativas. Existe um evidente retrocesso mundial, que se registra até mesmo nos evoluídos países nórdicos, que mesclaram ideologias e pragmatismo para consagrar o chamado socialismo democrático.

O retrocesso mundial se constata, porque no Ocidente todas as nações mais desenvolvidas socialmente registraram um curioso fenômeno. Ao mesmo tempo em que conseguiam aumentar a distribuição de renda e criavam o estado de bem-estar social, a população começou a diminuir.

APROVEITAR A VIDA – São contradições do destino, mas nesses países desenvolvidos a grande maioria dos jovens conseguia chegar ao ensino superior e decidia adiar o casamento, ter menos filhos e aproveitar mais a vida, uma reação muito compreensível, aliás.

Para manter a população estabilizada, sem aumento nem redução acentuada do número de habitantes, seria preciso que cada grupo de 10 mulheres tivesse 21 filhos. E isso não tem acontecido há décadas.

Assim, para balancear a situação e manter o pleno funcionamento da economia e dos serviços básicos, a única saída desses países foi aceitar imigrantes, que passaram a fazer o trabalho mais duro e de menor remuneração.

UNIÃO EUROPEIA – A criação da União Europeia, em 1993, foi uma forma de mitigar esse gravíssimo problema social, porque possibilitou que os países mais pobres fornecessem trabalhadores aos mais ricos.

Mesmo assim, continuou havendo escassez de mão-de-obra pouco qualificada no continente europeu, devido à redução do número de habitantes em praticamente todos os países.

O jeito foi aceitar trabalhadores das antigas colônias. Essa solução, porém, tornou-se um problema, porque motivou a explosão da imigração ilegal, com a chegada de velhas embarcações entulhadas de africanos e asiáticos desesperados, caindo pelas amuradas dos barcos, para morrer afogados ou de fome, e criou-se uma crise humanitária mundial.

LENTA MISCIGENAÇÃO – O mais incrível é que esses imigrantes não costumam fazer planejamento familiar, multiplicam-se como coelhos, a longo prazo serão maioria nas populações europeias. Estaria então havendo um “abrasileiramento” do Primeiro Mundo?, pode-se até perguntar.

No entanto, não é exatamente isso que está acontecendo. No Brasil, há cinco séculos ocorre uma saudável miscigenação, que possibilitou a essa gente bronzeada mostrar seu valor, como dizia o genial Assis Valente. Mas nos países desenvolvidos essa mistura de raças não se processa com a celeridade que ocorre no Brasil.

O resultado é a criação de guetos nas grandes cidades europeias, um problema que cresce e aparentemente não tem solução. Até mesmo em Estocolmo, capital da Suécia, já existem bairros onde a polícia não consegue fazer patrulhas, porque suas viaturas podem ser até incendiadas.

RESSURGE O NAZISMO – A atual fase de retrocesso mundial é tão enlouquecida que inclui até a revitalização do nazismo, como resposta aos problemas trazidos à Europa pela imigração africana, latina e asiática.

Bem, esta é realidade hoje. Há motivos para pessimismo? Sim, e com toda certeza, porque é impossível tentar conviver a miséria absoluta e a riqueza total, como se procura impor no Terceiro Mundo, incluindo o Brasil, melhor exemplo dessa inviabilidade.

Infelizmente, a situação somente vai melhorar a muito longo prazo, no decorrer de gerações. Mas acabará por acontecer, porque há um fator muito positivo nisso tudo. Os países desenvolvidos estão dando aos filhos de imigrantes o acesso à educação pública gratuita de alto nível, que é a base de tudo.

MERITROCACIA – Essa segunda geração intelectualizada de imigrantes vai ganhar espaço e disputar posições de destaque com os descendentes de seus colonizadores. Nas escolas e universidades do Primeiro Mundo, jovens de todas as raças e origens estarão estudando e vivendo juntos, propiciando a necessária e irrefreável miscigenação da espécie humana.

A evolução humana é inexorável. É só uma questão de tempo. A solução dos mais graves problemas sociais está no oferecimento de educação de qualidade a todas as crianças e jovens, como está ocorrendo nos países asiáticos. Vejam o exemplo do Vietnã, que acaba de ultrapassar o Brasil no ranking dos maiores exportadores.  

Ao desenvolver esse raciocínio, é claro que se constata que Leonel Brizola e Darcy Ribeiro tinham toda razão. O que falta ao Brasil, antes de mais nada, é retomar a qualificação do ensino público, algo que já existiu no país, mas se perdeu em algum ponto na curva da estrada da vida. Mas quem se interessa?


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