Eles estão abrigados na siderúrgica Azovstal, em Mariupol
Por Natalia Zinets
Kiev - A Ucrânia espera retirar nesta sexta-feira (29) civis que estão escondidos em uma enorme siderúrgica com os últimos combatentes, defendendo a cidade de Mariupol, no Sul do país. "Uma operação está planejada hoje para tirar os civis da siderúrgica", disse o gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy, sem dar detalhes. A Rússia não comentou imediatamente as declarações da Presidência ucraniana.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, após se encontrar com Zelenskiy em Kiev, na quinta-feira, que intensas discussões estavam em andamento para permitir a retirada de pessoas da siderúrgica de Azovstal, que foi atacada pelas forças russas que ocupam Mariupol.
"Estamos dependendo da boa vontade de todas as partes e estamos nisso juntos", disse o coordenador de crise das Nações Unidas, Amin Awad, à Reuters na manhã desta sexta-feira.
Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou "em princípio" com o envolvimento da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na operação de retirada de Azovstal.
O conselho municipal de Mariupol disse que cerca de 100.000 moradores, em toda a cidade, estão "em perigo mortal" por causa dos bombardeios russos e das condições insalubres, e descreveu uma escassez "catastrófica" de água potável e alimentos.
A Rússia declarou vitória em Mariupol na semana passada, mas centenas de forças ucranianas permanecem no vasto complexo industrial da siderúrgica de Azovstal. Civis também estão abrigados no local.
Reportagem adicional de Leonardo Benassatto
Reuters / Agência Brasil