Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, maio 07, 2021

Ministros se reúnem com embaixador da China para amenizar acusações feitas por Bolsonaro


Marcelo Queiroga (Saúde) em visita ao centro de distribuição de vacinas do Ministério da Saúde, em Guarulhos - BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Queiroga e o chanceler Carlos Franca se desculpam hoje com o embaixador

Julia Lindner e André de Souza
O Globo

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o chanceler Carlos França vão se reunir nesta sexta-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. De acordo com Queiroga, o intuito é “ampliar as relações” entre os países “independente de quaisquer fatos”. O encontro ocorre dois dias após o presidente Jair Bolsonaro insinuar que os chineses podem ter criado o novo coronavírus em laboratório como parte de uma “guerra química”.

— Vamos continuar trabalhando para manter as boas relações que o Brasil tem com a China, no que tange a questão da saúde eu e o ministro Carlos França estamos trabalhando juntos. Amanhã nós temos uma audiência agendada com o embaixador chinês. E estou muitas esperanças que consigamos ampliar essas relações com a China independente de quaisquer fatos — disse Marcelo Queiroga durante depoimento à CPI da Covid.

RELAÇÕES ABALADAS – Queiroga falou sobre o encontro ao ser indagado pelo senador Humberto Costa (PT-CE) se a fala de Bolsonaro contra a China ajuda ou atrapalha o esforço que tem sido feito pelo Ministério da Saúde para a aquisição de vacinas e insumos.

— Eu imagino que ajudou muito a fala do presidente e o senhor vai chegar amanhã na Embaixada da China e vai ser recebido de braços abertos — ironizou Humberto Costa, após a resposta.

De fato, as declarações de Bolsonaro sobre a China repercutiram negativamente na CPI. Logo no início da sessão, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou requerimento para que o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, seja ouvido no colegiado para explicar se há, de fato, indícios de uma guerra química como apontado por Bolsonaro.

QUEIROGA IMPRENSADO – Tasso perguntou a Queiroga se ele tinha conhecimento de alguma informação que aponte a origem do coronavírus como uma guerra química proveniente da China. “Eu desconheço esses aspectos. O que posso dizer em relação à China é que nossa relação com o embaixador da China é a melhor possível” — disse Queiroga.

O senador cearense insistiu se Queiroga sabia se, nas instituições mundiais de credibilidade, há algum indício de que isso seja produto de alguma guerra química. “Desconheço indícios de guerra química” — respondeu o ministro.

Queiroga chegou a dizer que Bolsonaro não mencionou a China. Jereissati rebateu, argumentando que, mesmo sem mencionar o nome do país, as declarações do presidente apontavam, sim, para a China.

Em destaque

Deri do Paloma e a Entrevista na Jeremoabo FM: Uma Defesa Inconvincente

Deri do Paloma e a Entrevista na Jeremoabo FM: Uma Defesa Inconvincente Na entrevista concedida hoje à Jeremoabo FM, o ex-prefeito Deri ...

Mais visitadas