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quarta-feira, outubro 21, 2020

Repasse de R$ 690 mil do fundão eleitoral a ex-mulher de ministro do Turismo revolta candidatos do PSL

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Mais um escândalo de repasse de verbas públicas envolvendo a legenda

Ranier Bragon e Camila Mattoso
Folha

Mais de um terço dos candidatos que o PSL lançou para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte divulgou nesta terça-feira, dia 20, uma nota em que afirma que o partido está se envolvendo, mais uma vez, “em escândalo de repasse de verbas públicas”.

O motivo da revolta de 24 candidatos é o repasse, pela sigla, de R$ 690 mil do Fundo Eleitoral para a candidata a vereadora Janaina Cardoso (PSL), ex-mulher do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, cacique do partido em Minas Gerais.

“NA LAMA” – “O repúdio, além de ser ao ministro, ex-marido da candidata do próprio partido, também diz respeito à senhora Janaina Cardoso, em uma atitude, mais uma vez, que deteriora o PSL, e que joga na lama o nome de um partido, envolvido, mais uma vez, em escândalo de repasse de verbas públicas, o que deprecia não apenas as candidaturas, mas as histórias de outros candidatos, idôneos, patriotas e conservadores no mesmo cenário”, diz a nota, que é assinada inclusive pela presidente do PSL Mulher em Minas, Marcela Valente.

Em 2019 a Folha revelou, em diversas reportagens, a existência de candidaturas laranjas lançadas pelo PSL, em Minas e em Pernambuco, com o intuito de desviar verbas da cota feminina. Então presidente do PSL mineiro, Márcelo Álvaro foi denunciado pelo Ministério Público sob acusação de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.

O ministro nega ter cometido qualquer tipo de irregularidade.Na nota divulgada nesta terça-feira, os candidatos afirmam que o repasse apenas à ex-mulher de Álvaro Antônio, que disputa uma vaga na Câmara de Vereadores de BH, causa desigualdade na disputa entre os candidatos.

VELHA POLÍTICA – “Além disso, há um desrespeito. Em um pleito eleitoral, vence quem trabalha e constrói, através de sua luta, a conquista de uma cadeira, no caso da Câmara Municipal de Belo Horizonte, e que não seja através desse jogo da velha política, de enorme discrepância, feito com verba pública”.

Os candidatos dizem ainda que o repasse é imoral —”R$ 690 mil para cada um? Qual a razão para tal situação acontecer? O que está por trás de tudo isso? Os candidatos do PSL, em sua grande maioria, são favoráveis ao combate à corrupção e de respeito ao dinheiro público. Uma disparidade dessa não condiz com o entendimento dos candidatos e, por isso, a revolta se faz presente”.

A nota encerra dizendo que “quem combate a corrupção nas ruas também não pode ser conivente com situações extravagantes dentro do mesmo partido”. O dinheiro recebido por Janaina representa quase o limite legal de gastos permitido para a campanha de um vereador em Belo Horizonte, que é de R$ 692 mil. Procurados, Álvaro Antônio, o PSL de Minas e a candidata não se manifestaram até a publicação desta reportagem

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