O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (26), que um juiz não pode ter a ambição de decidir sobre tornar obrigatória a vacinação contra a Covid-19. A declaração é uma resposta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que disse ver com bons olhos a Justiça decidir a respeito da questão. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
"Entendo que isso [não] é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina. Nós queremos é buscar solução para o caso", afirmou Bolsonaro, para apoiadores que o acompanhavam na porta do Palácio da Alvorada. O registro foi feito por uma transmissão de um canal pró-governo.
Ainda nesta segunda, Bolsonaro afirmou que se reunirá com o general Eduardo Pazuello, atual ministro da Saúde. Na semana passada, Pazuello testou positivo para a Covid-19.
Vale lembrar que, na última semana, Bolsonaro encerrou um acordo que o ministro da Saúde havia feito para comprar 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, que é produzida pela farmacêutica Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O governador João Doria, de São Paulo, desafeto de Bolsonaro, apoiou Pazuello.
Nesta sexta-feira (23), o ministro Luiz Fux declarou que a judicialização do caso é necessária. No mesmo dia, o ministro Ricardo Lewandowski indicou a intenção de dar celeridade à discussão, aplicando o rito abreviado aos processos.
A aposta de Bolsonaro é a vacina produzida pela Universidade de Oxford (ING), em parceria com a AstraZeneca. Nesta segunda, a agência de Notícias Reuters publicou que o candidato a imunizante produz resposta imune em jovens e idosos, além de ter gerado pouca resposta adversa (lembre aqui).
Bahia Notícias