Ingrid Soares
Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o domingo (25/10) para deixar o Palácio da Alvorada e dar uma volta de moto por Brasília. O chefe do Executivo estava acompanhado do secretário de governo, Eduardo Ramos. No passeio, Bolsonaro fez uma rápida parada próximo à Feira Permanente do Cruzeiro, onde saltou para cumprimentar apoiadores.
No entanto, acabou se aborrecendo, ao ser interpelado por um dos populares, que lhe pediu que barateasse o preço do arroz, item essencial na cesta básica que sofreu alta nas últimas semanas.
NA CANETADA? – “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”, pediu o homem.
O presidente então disparou: “Tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”.
Em setembro, Bolsonaro avisou que o governo federal não interferirá no mercado para baixar o preço do item. “Não vamos interferir no mercado de jeito nenhum, não existe canetaço para resolver o problema da economia”, justificou. No entanto, prometeu manter conversa com representantes de supermercados, aos quais pediu “sacrifício e patriotismo” e que o lucro desses itens nos estabelecimentos fosse “próximo de zero”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em permanente campanha pela reeleição, com os generais vindo de carona, tudo o que Bolsonaro faz é pensando em ganhar votos. Não entende a importância de ser presidente e a liturgia que o cargo requer. Comporta-se como se não fosse responsável pelos rumos do país. E os generais continuam grudados nele, como se fosse um governante de alta categoria, e não largam a carona que ele lhes oferece. (C.N.)