Nota da redação deste Blog - Devido a repercussão negativa que atingiu em cheio a administração municipal de Jeremoabo devido a realização de uma " vaquejada" em plena epidemia concernente ao COVID-19, o prefeito para justificar o injustificável, emitiu " nota de repúdio", que se não fosse trágica seria hilariante.
Ao publicar e comentar a nota do prefeito, falei logo que ali seria uma maneira de procurar um " bode expiatório" para justificar uma aberração que além de desrespeitar as leis, afrontou as demais autoridades existentes em Jeremoabo e até no mundo, já que desrespeitou protocolos e recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Só que o cidadão escolhido como " salvador da pátria," apesar de ser um cidadão humilde,é uma pessoa que não aceitou servir de cobaia, colocou a " boca no trombone", dando nome a todas as " "otoridades", que participaram e compartilharam do ato criminoso.
Desrespeitar o isolamento na pandemia do coronavírus é crime e pode render prisão.
Para encerrar esse comentário transcrevo parte de uma matéria do Professor, escritor e jornalista Landisvalth Lima:
O vídeo acima, postado por Mateus Molina no Facebook, é o flagrante mais cruel de como é difícil viver numa sociedade que se curva ao imediatismo, como se não houvesse amanhã. O fato aconteceu na cidade de Jeremoabo, localizada no Nordeste da Bahia. Uma vaquejada, realizada nesta sexta-feira (29) no Parque Antônio Flávio, coloca à prova todas as medidas difundidas de isolamento social. É a tese inconteste de que desafiamos a ciência, fato comum nos países com baixo nível educacional.
Também é um desafio às autoridades. O prefeito Derisvaldo José dos Santos – o Deri do Paloma – lançou nota de repúdio nas redes sociais afirmando que tomará todas as providências contra o evento, que ocorreu de forma ilegal e clandestina. Esperamos que algo seja feito. Caso contrário, ficará evidente a incompetência do alcaide, não só por ter deixado o fato acontecer debaixo do seu nariz, como por prevaricar diante desta bomba biológica em plena pandemia. Mas fica também uma pergunta: Como é possível realizar um evento com número considerável de pessoas, regado a som potente, numa cidade do porte de Jeremoabo e não ser interrompido?
O fato evidencia distanciamento entre governo e povo. Se foi realizado por pessoas com o intuito de desafiar as autoridades, estas precisam agir para não ficar a impressão de que há vacância nos cargos. Prefeito, secretário, delegado de polícia, policial militar, onde estavam todos? Ninguém para barrar o evento? Então leis, decretos, normas… Nada disso vale? A vaquejada realizada neste dia 29 de maio em Jeremoabo pode ser a resposta ao questionamento que ecoa em nossos ouvidos: Há ou não governo em Jeremoabo?