Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, maio 02, 2020

Pronunciamento de Moro na TV já indicava diversos crimes de Bolsonaro, diz desembargador


SINDPESP
Bolsonaro é presidente, não é dono do país, diz Ivana David
Marcelo GodoyEstadão
O relato de que o presidente Jair Bolsonaro tenta influenciar investigações sobre organizações criminosas é suficiente para que seja enquadrado por obstrução de Justiça, conforme o artigo 2º da lei 12.250. A opinião é da desembargadora Ivana David, que foi juíza-corregedora, dirigiu o Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo e tem experiência no combate ao crime organizado.
Além da obstrução de Justiça, a desembargadora paulista enxerga ainda que, sendo verdadeiro o relato do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, Bolsonaro cometeu ainda os crimes de falsidade ideológica, advocacia administrativa, prevaricação, corrupção e incorreu ainda no crime de responsabilidade e na quebra de decoro no exercício do cargo.
JUIZ NÃO TERGIVERSA – “Moro está certo. Um juiz não tergiversa com a lei. Ele foi juiz por 22 anos e sempre lutou por uma polícia de Estado e não de governo”, afirmou a magistrada. Ivana. Para ela, a obstrução de Justiça está devidamente configurada no relato do ex-ministro. Essa obstrução pode ter ocorrido nas investigações sobre o esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Rio, no inquéritos sobre as fake news e nas investigações sobre milícias.
De acordo com ela, tanto no caso da obstrução quanto no caso da falsidade ideológica será necessário ao Ministério Público provar o dolo, a intenção do presidente de cometer os crimes. Ainda segundo a magistrada, quando o presidente diz que a queria substituir Maurício Valeixo sem razão, apenas como escolha política, isso configuraria a quebra de decoro.
DONO DO PAÍS? – “Jair Bolsonaro foi eleito presidente e não dono do país. Falta limite ao presidente, mas acima dele está a Constituição”, acentuou.
A desembargadora afirmou ainda que Maurício Valeixo, o ex-diretor-geral da Polícia Federal, que foi demitido por Bolsonaro, “é incapaz de pôr um inquérito na gaveta”. E advertiu que “a Polícia Federal hoje tem meios para investigar essas redes virtuais, como a infiltração virtual.”

Em destaque

Injustiça a um magnífico reitor, em meio à mediocridade da política brasileira

Publicado em 14 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email José Carlos Azevedo, um reitor notável na UnB Vi...

Mais visitadas