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quinta-feira, maio 02, 2019

De Havana 1962 a Caracas 2019, a presença das superpotências na América Latina


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A liberdade dos países latino-americanos ainda é hipotética
Pedro do Coutto
Em 1962 a 2019, um longo período de crises internacionais cujo desfecho oscilou sempre dependendo das superpotências. Em Cuba, foi o episódio que culminou com a retirada dos mísseis soviéticos que apontavam de Havana para a Flórida. Agora, um confronto das superpotências deslocou-se para a Venezuela. Tanto os Estados Unidos como a Rússia assinalam caminhos para superar crises.
A questão internacional vem de longe, na estrada do tempo a doutrina Monroe marca seu lugar na Geografia. A América para os americanos, destacou o presidente James Monroe.  Este posicionamento prevaleceu em 1962, mas agora novamente a questão projeta-se no cenário internacional.
MADURO CAIRIA – Não fosse a presença da Rússia e Nicolás Maduro já teria caído. A queda, no fundo do problema, envolve os Estados Unidos. Tanto assim que a Casa Branca apoiou, e continua apoiando, a posição de Juan Guaidó. O obstáculo para a queda de Maduro foi fixado pela Rússia de acordo com o noticiário internacional divulgado pelas agências AFP/EFE, edição de ontem de O Estado de São Paulo.
A Rússia assumiu uma posição a favor de Maduro na medida em que propõe um acordo capaz de evitar um banho de sangue na Venezuela, o que significa na realidade um apoio direto ao governo Maduro. Ao longo da História, os fatos comprovam que o desfecho de crises regionais só encontram solução em propostas internacionais. Em 1962, o ultimato de John Kennedy a Nikita Kruschev resultou na retirada dos mísseis de Havana. Agora, enquanto os EUA propõem a saída de Maduro, a política de Moscou defende sua permanência.
MAIORES RESERVAS – Afinal de contas, encontraM-se em jogo as maiores reservas de petróleo do mundo. Não só a Rússia mas também a China estão ao lado do ditador da Venezuela. A China segue calada. Cuba, ao lado de Maduro, participa do jogo de poder. Tanto assim que Washington defende a saída de militares cubanos da Venezuela.
Mais uma vez predomina no mundo o que foi chamado em 1962 de novo tratado de Tordesilhas. A divisão das áreas de influência permanece na sombra do lance de dados em busca do poder. Aí está uma linha divisória predominante.

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