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quarta-feira, março 13, 2019

Washington Post nomeia correspondente no Brasil, alegando haver retrocesso no país


No Wall Street Journal, destaque para o cabo submarino no Brasil
Nelson de SáFolha
A cobertura no exterior da prisão dos policiais acusados de matar Marielle Franco não foi extensa nem destacada, na terça. A maior parte dos veículos se limitou a reproduzir agências como Associated Press e Reuters. Os despachos de ambas citaram desde logo que o condomínio de um deles é o mesmo de Jair Bolsonaro no Rio. New York Times e Guardian produziram relatos próprios, ainda que sem maior destaque.
O NYT, no texto enviado originalmente por seu correspondente, não citou Bolsonaro. Depois acrescentou o condomínio, mas dizendo que a polícia considera o fato “uma coincidência sem significado”.
MAIS DETALHES – O Guardian já na primeira versão ressaltou o condomínio, depois acrescentou a foto de Bolsonaro com um dos policiais —e, por fim, que um dos filhos dele namorou uma filha de um dos acusados.
A dias de embarcar para os EUA, o próprio Bolsonaro no início da noite, em tuíte contido, sem texto, postou vídeo em que cobra “o mais importante: quem mandou matar”.
O Washington Post anunciou que voltará a ter correspondente no país, justificando com “as questões que o Brasil enfrenta: uma mudança em direção à autocracia; tensões ferozes em torno de raça e violência; ameaças urgentes ao meio ambiente e, particularmente, à Amazônia”.
VENEZUELA – O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ordenou que todos os diplomatas americanos deixem a Venezuela. Encerrou o tuíte-comunicado dizendo que sua presença “se tornou um constrangimento para a política dos EUA” no país.
O NYT anotou que “a última frase pode ser lida como insinuando alguma forma de intervenção militar” em preparação, mas preferiu enfatizar a avaliação de que a retirada é um “revés” para Donald Trump.
No WSJ, a ‘nova frente de batalha’ dos EUA contra a China, em torno de cabos submarinos como aquele que ligou o Brasil à África
GUERRA SUBMARINA – O Wall Street Journal reporta que “foi aberta nova frente de batalha” entre EUA e China, “agora sob o Oceano”. Diz que “autoridades de segurança nos EUA se preocupam que os cabos” que a Huawei vêm depositando sejam “vulneráveis a espionagem”.
Mais especificamente, o problema é que “a gigante chinesa completou em setembro um cabo de seis mil quilômetros entre o Brasil e Camarões”, no Atlântico. E no Pacífico países como Papua Nova Guiné resistem à pressão feita contra cabos semelhantes.
Os mapas dos cabos da Huawei publicados pela longa reportagem do WSJ, como aqueles usados para espionagem americana e divulgados por Edward Snowden há cinco anos por Guardian e outros, focam o Brasil na costa do Atlântico.
BRASIL E HUAWEI – No site Teletime, o ministro da Ciência e Tecnologia, coronel Marcos Pontes, ao ser questionado sobre a crise entre EUA e Huawei, afirmou que a empresa chinesa não é alvo de investigação no Brasil, mas tratou de acrescentar:
“Eu não tenho a competência para, vamos dizer assim, determinar que uma empresa fique ou não no país.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É sempre bom ler a excelente coluna de Nelson de Sá, para saber como está a imagem do Brasil no Exterior. Nesse sentido, a nota mais importante é sobre os motivos de o Washington Post voltar a ter correspondente no Brasil. Mostra que a imagem do Brasil está péssima(C.N.)

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