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domingo, março 17, 2019

Para nomear nas estatais, deputados têm de assumir por escrito apoio ao governo


Resultado de imagem para toma lá dá cá  chargesPedro do Coutto
Na edição de ontem de O Estado de São Paulo, reportagem de Naira Trindade e Vera Rosa revelou que o governo decidiu condicionar indicações de deputados para diretorias de empresas estatais, exigindo que assegurem apoio ao Palácio do Planalto, especialmente no caso da reforma da Previdência. O documento de compromisso, como está no título, destina-se a nomeação nos escalões de segundo e terceiro postos administrativos.
A ideia é que os parlamentares firmem um documento que permite que as indicações possam ser cobradas, caso o nomeado venha a se envolver em alguma irregularidade após assumir o posto.
CORTINA DE FUMAÇA – Entretanto, essa condição para que indicados sejam exonerados representa uma cortina de fumaça envolvendo a troca de nomeações por votos. Isso porque, se o nomeado para a diretoria de uma estatal cometer uma irregularidade ou uma ilegalidade, para demiti-lo não há necessidade de documento prévio reconhecendo a procedência de ações na área governamental.
A reportagem de O Estado de São Paulo acentua que as articulações com parlamentares para aprovar a reforma previdenciária encontram-se na esfera de atuação do Ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. No fundo o objetivo é trocar as nomeações por votos a favor do projeto do governo, num regime de mão dupla.
RESISTÊNCIAS – A matéria destaca ainda que a iniciativa criou resistências no Congresso Nacional, uma vez que os autores de indicações se responsabilizem pelo desempenho de dirigentes das estatais e das autarquias.
Ficou claro que, se o parlamentar votar contra a reforma da Previdência ou se omitir, não comparecendo a sessão do plenário os indicados, perderão os cargos nos quais foram colocados.
FALTA DE CONFIANÇA – A troca de votos por diretorias representa uma falta de confiança do governo no comportamento dos deputados e senadores.  De outro lado, fica clara uma contradição na área do Executivo.
Além disso tudo, o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, em uma entrevista ao O Globo disse  que “sonha em privatizar a estatal ” e anunciou que até abril pretende vender ativos da Petrobrás num montante de 10 bilhões de dólares.
Roberto Castelo Branco afirmou que, em sua opinião, o BNDES deveria ser fechado. As reportagens econômicas na minha opinião devem tentar ouvir o presidente do Banco, Joaquim Levy.

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