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terça-feira, março 12, 2019

Dois policiais militares são presos no Rio pela morte da vereadora Marielle Franco


Resultado de imagem para marielle franco morteLucas VettorazzoFolha
A Polícia Civil do Rio prendeu na manhã desta terça-feira (12) dois suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em 14 de março do ano passado em um crime ainda não esclarecido. Integrantes da Delegacia de Homicídios e do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação para prender dois acusados de estarem no carro utilizado no crime. Um deles é policial militar reformado e o outro é ex-PM.
A ação foi feita com equipes reduzidas para evitar chamar atenção. Às 5h, equipes já cumpriam mandados de prisão em endereços dos suspeitos.
O CRIME – Segundo nota divulgada pelo Ministério Público do Rio, um dos presos é o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48. Ele seria um dos suspeitos de ter disparado a arma que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. Gomes levava Marielle e uma assessora de um evento da Lapa, centro, para a Tijuca, zona norte. No meio do caminho, em uma região do centro conhecida como Cidade Nova, um carro emparelhou com a do vereadora e uma pessoa disparou, segundo a polícia, uma arma automática.
De acordo com a promotoria, “a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado”. A denúncia da Promotoria identifica Lessa como executor do crime. O segundo suspeito preso foi o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 36. Ele estaria, segundo o Ministério Público, no carro quando os tiros foram disparados.
OUTRAS MEDIDAS – Além dos pedidos de prisão, o Ministério Público também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de Lessa. Também foi pedido à Justiça indenização por danos morais das famílias da vítima e pensão em favor do filho de Anderson Gomes até ele completar 24 anos.
A Folha apurou que os dois também foram denunciados por tentativa de homicídio da assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado. Segundo a denúncia, Marielle teria sido morta em razão de sua militância em favor dos direitos humanos. A operação desta manhã foi a primeira com a participação do Ministério Público do Rio, por meio do Gaeco, que é o grupo de combate ao crime organizado. Essa unidade investiga crimes principalmente relacionados às milícias no Rio.
BURACO DO LUME – A ação foi batizada de Lume, em referência ao Buraco do Lume, praça no centro do Rio em que parlamentares do PSOL costumam se reunir para falar de seus mandatos, toda sexta-feira. Marielle tinha um projeto no local chamado Lume Feminista.
“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Demorou um ano, a Mangueira fez sucesso na avenida e enfim parece que desvendaram o caso, que não era nada fácil de solucionar. Espera-se que haja provas materiais que possam sustentar a denúncia.(C.N.)

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