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terça-feira, março 19, 2019

Ao “despachar” no Planalto, Carlos Bolsonaro queria apenas irritar o vice Mourão


O deputado federal Hélio Lopes e o vereador Carlos Bolsonaro Foto: Reprodução/Instagram
Carlos Bolsonaro fez até uma selfie com o deputado Hélio Lopes
Karla Gamba e Daniel GullinoO Globo
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro está em Washington para uma visita oficial ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um dos seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) esteve no Palácio do Planalto na manhã desta segunda-feira realizando conversas, de acordo com ele, sob orientação de Bolsonaro. Enquanto isso, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, participava de um almoço com o governador de São Paulo, João Doria, na sede do governo paulista.
Por volta das 11h25, Carlos deixou o Planalto pela entrada principal do prédio e caminhou rumo ao Congresso. Em seguida postou em seu Twitter que estava em Brasília para “desenvolver linhas de produção solicitadas pelo presidente” e que se encontrou com deputados federais, sem citar quais parlamentares teria encontrado.
FORA DA AGENDA – Um dos deputados foi Hélio Lopes (PSL-RJ), próximo da família Bolsonaro, conforme o próprio Hélio publicou mais tarde em uma rede social.
A visita de Carlos não constava na agenda de nenhum dos ministros do Palácio do Planalto, nem do presidente em exercício, Hamilton Mourão. O Globo conversou com assessores que trabalham no andar do gabinete presidencial mas, segundo relatos, ninguém viu por onde o vereador circulou dentro do prédio. A Secretaria de Comunicação do Planalto também não informou qual foi a agenda de Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Depois, em outra publicação, Carlos disse que discutiu em Brasília a reforma da Previdência e “outros assuntos”. Segundo o calendário da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, não havia sessão prevista para esta segunda-feira.
MOURÃO E DÓRIA – Desde fevereiro, Mourão pretendia se encontrar com Doria. No fim daquele mês, uma reunião foi agendada, mas as chuvas em São Paulo fizeram o voo do general atrasar, e o encontro acabou cancelado. Ao deixar a sede do governo paulista, Mourão justificou a visita a Doria como uma agenda de governo para conhecer as demandas do estado junto ao governo federal.
“Nosso relacionamento com os estados busca ver as necessidades para atração de investimentos, facilitar essas ligações para fora do país. Com isso, governo federal cumpre um grande papel com os entes da federação”, disse o vice-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O objetivo de Carlos Bolsonaro era apenas afrontar o vice-presidente na ausência dele, deixar claro que Mourão não manda nada e que os filhos de Bolsonaro continuam no poder, como “príncipes-regentes”. Detalhe: na incursão pelo Planalto, Carlos estava acompanhado do primo Leonardo, apelidado de Léo Índio, que não é funcionário do governo mas dispõe de um crachá amarelo, que lhe dá acesso a todos os andares do Planalto, por onde circula livremente, como “olheiro” da família Bolsonaro, vejam o grau de esculhambação que se tornou esta república. Mas a estratégia de Carlos Bolsonaro não adiantará nada, pois Mourão é cascudo e não dá a menor confiança aos filhos do presidente e muito menos ao sobrinho. E o Planalto vive momentos de ópera-bufa. (C.N.)

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