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sábado, agosto 22, 2009

Contra tudo e contra todos. E até contra si mesmo

Adonias Mangueira Fernandes“Sei não, professor Fernandes….Mas dessa vez acho que o senhor bateu todos os recordes de ironia…..parabéns…”
Roberto Abranches“30 anos de relacionamento permitem discordar de você, mas compreendo a tua posição”.
Amilcar Damasceno“Se não fosse você, Helio, eu nem escreveria, duvidaria dos termos e elogios ao Mercadante. Respeito-o mais ainda, discordando totalmente”.
Silvia Maria Almeida“Helio, que lição de jornalismo, que capacidade de ver e analisar. Apesar de tudo, tenho de manter minha restrição absoluta ao discurso do líder do PT, que não queria mesmo deixar o cargo”.
Raul Azevedo“Helio, certamente que você conhece o conceito de Voltaire sobre “não concordar mas respeitar o direito de dizer”. Desculpe, lógico, não elogiaria jamais a fala do Mercadante, mas compreendo integralmente tua posição”.
Maria Amelia Cavalcanti“Precisava usar todas aquelas palavras para rotularuma mudança de posição que estava decidida?”
Adonias Mangueira Fernandes“Sei não, professor Fernandes….Mas dessa vez acho que o senhor bateu todos os recordes de ironia…..parabéns…”
Fitzcarraldo Silva“Qual grande patriota brasileiro disse essa genial frase ao Lulla: ‘se me derem mais grana e mais pinto, eu fico!’. Cartas à redação.”
Alexandre Silva“Caro Hélio: o Mercantilizante joga para a torcida, sofismando a questão entre o ‘fico, mas não concordo’ e o ‘não concordo, mas fico’”.
Ana Georgina“Helio, não foi o próprio Mercadante que falou várias vezes e dias antes, que a renuncia era irrevogável? Não é mais? E você aceita e elogia?”
Honorio CabralMeu caro, acho que a isenção tem um limite, embora no caso você mereça ter ressaltada a generosidade. Só que nem o Mercadante merecem o seu respeito”.
Nilson da Silveira“Helio, você esqueceu. O Mercadante não tinha nada que ir conversar com o presidente Lula. Se ele disse que a renúncia era irrevogável, para que conversar? Para revogá-la?”
José Carlos Werneck“Respeito e prezo a sua opinião embasada em décadas de experiência.mas, ontem mesmo, num comentário que fiz no seu blog,disse que Mercadante não largaria o ‘osso’.”
Comentário de Helio FernandesImpressionante. Sobraram dezenas e dezenas de manifestações, nenhuma a favor de Mercadante, todas contra ele. E logicamente, com muita elegância, respeito e, digamos, até com tristeza, opondo restrições ao que o repórter escreveu.
Mas o importante é a isenção, de Mercadante, do repórter, de todos que leram, escreveram, protestaram. Todos no exercício de um direito legítimo de expressão. O maior de todos, o do cidadão, pois sem qualquer dúvida, a última palavra é dele.
Só que Aloisio Mercadante não é o primeiro a mudar de opinião, trocando a posição fácil de ter toda a coletividade a seu lado, para REVOGAR O IRREVOGÁVEL e se sacrificar em nome da coerência, mesmo com o risco de provocar a impressão da incoerência.
O volume dos protestos e das recriminações, não deixam dúvida: ele seria exaltado, elevado e glorificado se jogasse fora a liderança, que no clima atual não vale nada.
Os exemplos até historicamente maiores e mais importantes são inúmeros. Getulio Vargas chefiou ou liderou em 1930, uma revolução pela democracia, assumiu, ficou 15 anos como ditador, não deu lugar a ninguém.
No dia 29 de outubro de 1945, quando finalmente a ditadura foi derrubada, às 9 horas da manhã, Vargas retumbava: “Só saio do Catete morto”. Às 5 e 10 da tarde, saía bem vivo, do lado do cardeal, como era modo na época.
Em 1954, eleito pela primeira vez, quiseram tirá-lo do Poder tentando enganá-lo com uma possível licença de 30 dias. Foi para o quarto, soube da verdade (“não é licença coisa nenhuma”) em 5 minutos deu um tiro no coração, mudou o rumo do país, “saiu da vida para entrar na história”.
Jânio Quadros eleito com votação arrasadora, queria mais, “renunciou”, mudou o país sem se transformar um herói, mostrando seu lado majoritário de farsante. Vargas e Jânio sempre confirmaram as posições, ou tentaram se adaptar ou mudar?
Os famosos “Tenentes”, heróis de 1922, 1924, 1926, chegaram ao poder em 1930, abandonaram suas convicções de lutar pelo povo, se juntaram à ditadura, foram interventores ou governadores, ministros, embaixadores, generais, almirantes. Como eram muito jovens, chegaram à ditadura de 1964, que se instalou principalmente por causa da renúncia de Jânio.
Mercadante sabia sem dúvida alguma que Lula é um manipulador de pessoas e personagens, afinal estão juntos há 30 anos. Mas como resistir? O próprio Mercadante foi traído por Lula em 2003, quando tudo indicava que daria um salta na carreira política.
Muitos declaram, escrevem e assinam: “Mercadante não tinha nada que ir conversar com Lula”. Não sei se Mercadante conhece bem Rui Barbosa. Em 1896, afirmou e depois repetiu: Ninguém pode deixar de atender um chamado do presidente da República, mesmo que sejam adversários”. O que não era o caso de Lula e Mercadante.
Como deixar de atender um presidente, depois de conversar com ele 5 horas? Se não foi gravada, só saberemos detalhes ou trechos. Mas no dia seguinte (ontem), às 9 da manhã, Lula mandava uma carta para Mercadante, carta que Mercadante leu da tribuna, lógico, estava autorizado.
Pergunta inútil e sem resposta: Mercadante ganhou alguma coisa com esse ato de contrariar a todos, se mantendo na liderança que já nem existe? E ele mesmo contou a história dos pedidos da mulher e dos filhos, pedido ou apelo que teve de contrariar.
O Tribunal da Família é o mais alto que existe. Para um político, só existe outro que se iguala, é o Tribunal da Opinião Pública.
Mercadante contrariou os dois, desculpem, isso só com grandeza, desprendimento e generosidade.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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