Da Redação
Quem é, quem é? Tem salário maior que o do governador Aécio Neves, de R$ 10.500. Maior até mesmo que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de R$ 11.420. É o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama? Nada disso. É o prefeito de Paracatu, Vasco Praça Filho (PMDB), que recebe contracheque mensal de R$ 16 mil. Aliado de Vasco, o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Wilson Martins de Melo (PR), justifica o valor: "um salário que cabe na realidade (financeira) do município", argumenta. Wilson é o único dos 10 parlamentares da cidade que fazia parte da legislatura encerrada no ano passado, quando a câmara aumentou o valor recebido pelo prefeito de R$ 12 mil para os atuais R$ 16 mil.
Em outra realidade, bem mais espartana, estão 1.100 dos 2.600 servidores da prefeitura que recebem salário mínimo, hoje em R$ 465. O contraste entre o que recebe o prefeito e os vencimentos dos servidores fez com que os funcionários entrassem em greve. A paralisação começou segunda e, conforme dados do diretor do Sindicato dos Servidores de Paracatu (Sindispar), Benedito do Carmo Batista, 70% do quadro está parado, o que daria cerca de 1.800 funcionários. "Estamos mantendo apenas os 30% exigidos pela legislação que fala sobre o direito de greve", afirma o diretor do sindicato. "Não tem nem cem pessoas paradas", rebate o presidente da Câmara.
Paracatu fica na Região Noroeste de Minas, a 480 quilômetros de Belo Horizonte, tem aproximadamente 90 mil habitantes e pode ter a "realidade financeira" citada pelo presidente da Câmara resumida na receita de R$ 128 milhões anuais originada principalmente com impostos gerados na mineração de ouro, cobre e zinco. E não foi só o prefeito o beneficiado pela tal "realidade financeira". Depois da decisão da legislatura passada da Câmara, secretários municipais passaram a receber R$ 8 mil, contra salário de R$ 4.925 percebido antes da alteração.
Cabo de guerra Para encerrar a greve, o sindicato pedia inicialmente reajuste de 25%. Com as negociações, reduziu a reivindicação para R$ 12,05%. O prefeito, no entanto, insiste em praticar aumento equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ou seja, em torno de 5,5%. Pela legislação municipal, qualquer que seja o índice, o percentual incidirá também sobre os vencimentos do prefeito e dos secretários. O sindicato afirma que o prefeito não quer receber representantes dos funcionários para nova rodada de negociação. Vasco Praça não foi encontrado por assessores para comentar a paralisação dos servidores e o salário que recebe.
Conforme o chefe de gabinete do prefeito, Roberto Mendonça, uma comissão nomeada por Vasco para tratar do reajuste está pronta para se reunir com os servidores "no momento em que quiserem". O chefe de gabinete disse ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita gastos com folha de pagamento do poder público, impede que o município dê reajuste superior ao INPC. Argumentou ainda que, com a crise, a arrecadação de Paracatu caiu, impedindo concessão de aumento maior. Com relação aos R$ 16 mil recebidos pelo prefeito, Roberto Mendonça disse que Vasco poderia reduzir o valor, "mas não tem motivos para isso".
Fonte: Estado de Minas (MG)
Nossos Comentários:
LUGAR QUE NÃO TEM IMPRENSA É UM ATRASO MESMO.
Em Minas região mais evoluída e que tem Jornais, um prefeito recebe, R$ 16 mil de salário, a imprensa divulga e leva logo ao conhecimento do povo. Aqui em Jeremoabo/Bahia onde não existe imprensa, e quando um site divulga irregularidades é censurado e processado, é a verdadeira Sodoma da impunidade, um prefeito tem um salário de mais de R$ 10 mil, e diárias, maior do que a do Presidente da República, do Governador e dos Ministros, e ninguém falam nada, também, falar o k?
Tudo isso porque é prefeito de uma cidade paupérrima, onde a maior fonte de renda é: Aposentadoria do INSS e Bolsa Família.
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