CIDADE DE GAZA - A aprovação da resolução do Conselho de Segurança da ONU por um imediato cessar-fogo na Faixa de Gaza não diminuiu a intensidade da ofensiva israelense no território, nem paralisou os ataques de foguetes do Hamas sobre Israel. De acordo com fontes militares e testemunhas, Israel realizou pesados bombardeios em Gaza e novos disparos de foguetes foram feitos pelo Hamas nas horas seguintes à aprovação do texto da resolução pelo Conselho.
Uma série de ataques aéreos e terrestres das forças israelenses matou pelo menos 12 civis palestinos em Gaza, segundo os serviços médicos de emergência. O Exército israelenses disse que seis foguetes foram disparados contra o sul de Israel, ferindo uma pessoa. De acordo com os militares, quatro foguetes Grad atingiram Beersheba, a cerca de 40 quilômetros de Gaza, bem como o porto de Ashdod.
Massacre
Forças israelenses levaram cerca de 110 palestinos a se abrigarem numa casa e 24 depois bombardearam o local repetidamente, matando cerca de 30 pessoas. O relato do massacre, que teria ocorrido no dia 4 de janeiro, foi feito às Nações Unidas por testemunhas.
"De acordo com várias testemunhas, em 4 de janeiro soldados israelenses a pé evacuaram aproximadamente 110 palestinos para dentro de uma casa unirresidencial em Zeitun (metade das quais eram crianças), alertando-as para ficarem a portas fechadas", disse a ONU."Vinte e quatro horas depois, as forças israelenses bombardearam a casa repetidamente, matando cerca de 30."
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) considerou o massacre "um dos mais graves incidentes desde o início das operações" pelas forças israelenses em Gaza, no dia 27 de dezembro. "Os que sobreviveram e conseguiram caminhar por dois quilômetros até a estrada Salah Ed Din foram transportados para o hospital em veículos civis", informou o órgão, num relatório sobre a situação na Faixa de Gaza. "Três crianças, a mais jovem delas com apenas cinco meses de idade, morreram antes de chegar ao hospital."
Um porta-voz militar de Israel disse que a denúncia está sendo investigada, bem como outras queixas de que civis foram alvejados e de que as tropas se recusaram a ajudar civis feridos
Fonte: Tribuna da Imprensa
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