Partidos começam a definir alianças e cenário eleitoral fica mais claro
Sem conseguir lograr êxito nas negociações para tornar o apresentador Raimundo Varela, do PRB, seu vice, o pré-candidato do PSDB à prefeitura de Salvador, Antonio Imbassahy, teve que se contentar com uma parceria eleitoralmente mais modesta. O tucano anunciou oficialmente ontem, em coletiva no Hotel da Bahia, a chapa com o ex-vereador Miguel Kertzman, do PPS. Kertzman abriu mão da pré-candidatura para disputar as eleições na condição de vice do PSDB.
Na coletiva, as críticas ao prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), do qual Imbassahy foi aliado até o início do ano passado, deram o tom. O pré-candidato tucano e ex-prefeito de Salvador disse que a cidade não tem planejamento. Para o tucano, que tem sido alvo de duras críticas por parte do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) – o peemedebista acusou o ex-prefeito de não ter moral para avaliar a atual gestão –, a capital baiana “virou a cidade do improviso, do experimento”.
Imbassahy, que afirmou ter entregue a capital organizada ao atual gestor, lembrou ainda que João Henrique é considerado o pior prefeito entre as grandes cidades do país, citando dados do instituto Datafolha. Sobre a fracassada negociação com Raimundo Varela, pré-candidato do PRB à prefeitura, o ex-prefeito disse que caberia ao apresentador se pronunciar. O PRB vetou o acerto na última quarta-feira, em Brasília.
Vice - Kertzman, cujo partido também apoiou João Henrique, deu indiretas ao candidato a vice na chapa do prefeito, Edvaldo Brito, do PTB. “Não serei um gerenciador de crises nem um criador de casos, mas um gerenciador de propostas”, afirmou o socialista. A indireta se deve à passagem de Brito pela conturbada administração de Celso Pitta na prefeitura de São Paulo.
O deputado federal Jutahy Júnior, que foi aliado de primeira hora do prefeito João Henrique nas eleições de 2004, também criticou a administração do peemedebista. Ele ressaltou que o desempenho “péssimo” do peemedebista nas pesquisas de opinião é um reflexo de que a população de Salvador não está satisfeita.
Chapas e prévias – Com o anúncio de ontem, agora já são duas as chapas formadas para as eleições deste ano em Salvador – restando apenas a oficialização nas convenções. Além do PSDB-PPS, já anunciaram a composição o PMDB (João Henrique) e o PTB (Edvaldo Brito). O Democratas vai esperar uma definição do PR para anunciar qual será o candidato a vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto.
O PT define hoje o seu pré-candidato a prefeito, nas prévias que acontecem nas 20 zonais do partido. Disputam a indicação os deputados federais Nelson Pellegrino e Walter Pinheiro. O segundo tem o apoio da cúpula partidária, incluindo o governador Jaques Wagner. Mas Pellegrino, que já disputou a prefeitura de Salvador em três ocasiões, tem esperanças de que pode sagrar-se vencedor.
Estão aptos a votar nas prévias de hoje cerca de 6,4 mil filiados do partido. A expectativa do diretório municipal é que o resultado seja conhecido hoje mesmo, à noite. O horário de votação é das 9h às 17h. O PT espera ter o apoio do PSB da deputada federal Lídice da Mata, que também lançou a sua pré-candidatura.
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Candidatos participam de Parada em São Paulo
SÃO PAULO - A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), participarão da 12ª Parada do Orgulho GLBT, que acontece hoje, a partir das 12h. Segundo sua assessora, Marta, ex-prefeita de São Paulo, estará no carro M Tur, do Ministério de Turismo, o segundo a desfilar no dia do evento, acompanhada por convidados do governo federal. A ministra não fará nenhum pronunciamento oficial ou entrevista coletiva.
Já a assessoria de Kassab afirma que, segundo sua agenda, o prefeito estará na coletiva da Parada, a partir das 9h30, e a seguir participará da abertura do evento. A assessoria disse ainda que o prefeito permanecerá pouco tempo na Parada, já que, às 11h30, Kassab tem um compromisso marcado em São Miguel Paulista.
Kassab e Marta devem disputar a prefeitura de São Paulo nas próximas eleições municipais, marcadas para outubro. Até o momento, a pesquisa Datafolha mostra que a ministra e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) continuam tecnicamente empatados na liderança da corrida pela prefeitura de São Paulo. Marta tem 30%. Alckmin, 29%. Com 15%, o prefeito Kassab segue isolado na terceira colocação. O levantamento, realizado no dia 15 de maio, entrevistou 1.087 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Preferência - Ontem, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, considerou Geraldo Alckmin, Marta Suplicy e Gilberto Kassab fortes candidatos a ocupar a prefeitura de São Paulo, mas destacou sua preferência pelo tucano e os limites da candidatura petista. Na segunda-feira o PTB anunciou uma aliança com o PSDB de Alckmin para as eleições municipais e deve indicar o vice na chapa.
De acordo com o político, os 30% de intenções de votos obtidos pela ex-prefeita e atual ministra do Turismo na última pesquisa Datafolha, publicada em 17 de maio, devem ser o patamar máximo da candidatura petista. “A Marta tem o teto dela, ela bate nos 30%”. O petebista também afirmou que o povo quer a candidatura de Alckmin, por isso é estranho que os vereadores do PSDB não sigam o candidato tucano.
Ele se referiu a divergências internas que levam parte do PSDB a apoiar o candidato do DEM, Gilberto Kassab, vice-prefeito e que assumiu quando José Serra (PSDB) deixou a prefeitura para tomar posse como governador do estado. O nome de Campos Machado, presidente estadual do PTB-SP, reconduzido ao cargo ontem em convenção, é apontado como favorito a vice de Alckmin.
No entanto, estão no páreo outros dois petebistas, o senador Romeu Tuma e o deputado federal Arnaldo Faria de Sá. A definição do nome deve sair em 15 dias. Alckmin, que discursou neste sábado na convenção do PTB, no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, em São Paulo, não manifestou preferência por qualquer um dos três nomes. (Folhapress e AE)
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Eleições custarão R$500 milhões ao país
SÃO PAULO - A preparação da estrutura para as eleições municipais de outubro vão custar cerca de R$500 milhões, divulgou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Serão dois milhões de mesários, mais de 15 mil técnicos da área de tecnologia da informação e 380 mil seções eleitorais. Além dos gastos com alimentação dos mesários e dos técnicos no dia do pleito, existe também a despesa com trabalho de engenharia logística, desde a fabricação das urnas eletrônicas até a entrega do aparelho às seções eleitorais.
De acordo com nota divulgada hoje pelo TSE, ao sair da fábrica a urna é entregue aos tribunais, sempre acompanhada por um servidor da Justiça Eleitoral, responsável pela integridade do patrimônio “A movimentação das urnas até os municípios mais distantes do país é o maior desafio da Justiça Eleitoral. As dimensões continentais do Brasil já representam obstáculos à locomoção das urnas e estes obstáculos sempre existiram”, afirma o tribunal num dos trecho da nota.
Ainda na fábrica, as urnas são testadas para garantir resistência à locomoção e aos mais diversos tipos de transporte. “O deslocamento das urnas mobiliza desde aviões, automóveis e barcos até “voadeiras”, que são pequenos barcos usado no Norte do país para atingir as populações ribeirinhas, e os jegues, muito usados para se chegar às regiões mais distantes do Nordeste”, descreve a nota do TSE. Segundo o TSE, depois das eleições, há ainda o cuidado no armazenamento das urnas tanto em relação à umidade e à temperatura quanto no que se refere aos dados contidos nos equipamentos. As informações são da Agência Brasil. (Folhapress)
Fonte: Correio da Bahia
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