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quinta-feira, maio 22, 2008

Sanguinetti diz que Isabella não foi asfixiada

SÃO PAULO - O legista George Sanguinetti, contratado pela família do casal acusado de assassinar Isabella Nardoni, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, afirma que provará que a menina não foi asfixiada antes de ser jogada pela janela do 6º andar, na noite de 29 de março. "Não existe asfixia sem marcas externas na região cervical. É só fazer o teste. Aperte delicadamente o pescoço de alguém e veja a reação do organismo. Imagine com muita força!"

Na segunda-feira, Sanguinetti apresentará o seu parecer médico-legal. Apesar de seus argumentos serem favoráveis à defesa do casal, ele se defende. "Fui contratado para analisar os autos, não para defender ninguém. E também não tenho elementos para levar uma terceira pessoa à cena do crime." O médico pedirá aos "colegas de São Paulo" que "procedam retificações de algumas afirmações que eles não podem provar.

O que está fundamentado no trabalho da perícia é a defenestração, ou seja, a criança foi atravessada pela grade protetora e jogada. Até aí tudo bem, mas a esganadura e as agressões não estão fundamentadas", disse. O médico questionou também o motivo de a polícia não ter realizado no casal o exame de pele sob as unhas.

"Por que não foi feito o exame para buscar o tecido do pescocinho da criança embaixo das unhas dos possíveis agressores? Gente, é um exame tão básico, rotineiro na medicina legal e tão barato. Isso é feito para qualquer pessoa acusada de agressão. É só remover a sujeira debaixo das unhas e pronto", afirmou.

"O sujeito pode ter lavado as mãos o dia inteirinho que a gente encontra. E não foi feito. Agora, eles vêm com essa ilação de que a criança sofreu esganadura, que sofreu asfixia, que perdeu a consciência, que a circulação ficou lenta. Isso é novela. Eles não conseguiram provar. Nenhum perito pode dizer que a pressão subiu ou desceu, que a consciência diminuiu. Isso não existe. A perícia só pode afirmar o que se prova."

E voltou a criticar a investigação. "Já se sabe que ninguém estranho entrou no prédio, mas e quem estava lá a serviço, trabalhando? Será que essa pessoa tinha a chave do apartamento ou uma semelhante? Tinha de ter essa investigação dos moradores, dos funcionários, de todos que estavam no prédio. Poderia ter havido um trabalho mais profundo."

Os advogados de defesa não quiseram comentar as declarações do perito. Eles estão agora se preparando para o depoimento de Alexandre e Anna Carolina ao juiz Mauricio Fossen, da 2ª Vara do Júri, marcado para a próxima quarta-feira.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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