Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

segunda-feira, dezembro 27, 2010

A hipocrisia e a covardia de Michel Temer, exaltando Quércia depois de morto

Helio Fernandes

É lógico, a corrupção tem que ser combatida, não por causa da ÉTICA e da MORAL, e sim pelo DESPERDÍCIO de dinheiro. Se houvesse a obrigação de “folha corrida”, como se falava antigamente, nenhum governo poderia ser formado, nomeado, constituído.

Collor sofreu impeachment, não quero discutir isso agora. Mas FHC foi quinhentas vezes mais corrupto, sendo que DOOU e ENTREGOU o país, comprou o segundo mandato, ainda queria o terceiro, como Menem (Argentina) e Fujimori (Peru), tão desregrados quanto FHC.

Há dezenas de anos prego a RENOVOLUÇÃO, nada estaria como está. E a primeira das reformas (que jamais será feita) deveria ser a dos partidos. As cúpulas não deixam, pois elas é que CONTAMINARAM e DESTRUÍRAM a representatividade.

Num regime não tão corrupto ou execrável, Michel Temer nunca chegaria perto do que chegou. Jamais passou de deputado (e até várias vezes, suplente que assumiu). Foi combatido duramente a vida inteira por Orestes Quércia, que foi tudo. Não respondeu.

Não quero fazer acusação ou “compensação” de atentados à moral. Mas agora o vice vem a público “chorando a morte do meu amado Quércia”. Por que essa exibição da falta de caráter que ninguém desconhece?

***

PS – Como o “macaco” famoso da televisão, eu só queria entender: CORRUPÇÃO é palavra usada apenas para a apropriação de dinheiro?

PS2 – E o desapreço pelo povo, o desprezo por toda a comunidade (que é a chave da vida de Temer) não vale nada? Já disse ontem: não quero absolver Quércia. Mas essa corja que domina a vida pública desde 1930, jamais será desautorizada historicamente? (Condenada pessoalmente, sei eu não será).

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Faltam 4 dias para a posse, Dona Dilma aparenta completa tranquilidade. Na véspera do Natal, estava em Porto Alegre, “desceu 1 minuto” para cumprimentar repórteres. Marcou ponto?

Helio Fernandes

A expectativa geral não é nem de longe o ministério. Quando há dias, perguntava aqui mesmo se “seria Dona Dilma estrategista”, me referia precisamente a essas articulações. Era um terreno minado, cheio de obstáculos naturais e armadilhas nem tanto.

Toda e qualquer transição, tem o óbvio: o desespero dos derrotados, a arrogância dos vitoriosos. Neste caso, junta-se mais o ainda presidente, que faz a patética proclamação não escrita, de que “gostaria de ficar mais algum tempo”. E que o porta-voz Gilberto Carvalho ratifica; “Se houver dificuldade, Lula pode voltar”.

Não existe governo sem dificuldades, nem mesmo nas ditaduras. Estas dificuldades estarão na razão direta dos avanços e até mesmo dos retrocessos. Não é contradição e sim a reafirmação de que governar é contrariar interesses. Ou então, o que raramente acontece, satisfazer vontades e necessidades do povo. Aí, a elite endinheirada ou enriquecida, protesta imediatamente. Não se quer, não se exige , não se espera o empobrecimento dos ricos, e sim o enriquecimento dos pobres. Mesmo porque não existe fórmula para isso, nem à vista nem a prazo. (A elite do dinheiro é fanática pelo “Bolsa Família”. Uma multidão não precisa trabalhar, a culpa não cai em cima deles).

Lula conseguiu o que ninguém admitia. Isolado na fortaleza do Poder, e protegido pelos donos de órgãos de comunicação. Está deixando o governo, com a mesma cicatriz-tatuagem de Vargas: “PAI dos pobres e MÃE dos ricos”. Lula é hoje o ÍDOLO maior desses “proprietários da opinião pública”, que bradavam: “Lula quer acabar com a LIBERDADE DE EXPRESSÃO”.

Pode ter sido um jogo de cartas marcadas entre o presidente que sai e a presidente que entra. No auge e no apogeu do grupo dos “DIREITOS HUMANOS”, tudo se encaminhava para isso. Todos eles, que pregavam abertamente a censura total e irreversível, foram esquecidos, abandonados, demitidos sem decreto no Diário Oficial.

Não existe o inesperado em matéria de Poder, tudo é programado, planejado, executado, da forma exibida ou da forma contrária, ninguém se lembra de mais nada. Logo depois de vitoriosa, Dona Dilma começou a se pronunciar como ESPECIALISTA na PRIMEIRA EMENDA. A impressão: não tivesse feito outra coisa na vida, a não ser estudar, absorver e admirar a Constituição dos EUA.

E Lula? Não está aí para coisa alguma, não perde o sono com qualquer problema, existente ou agravado e fundamentado por ele mesmo. E o secretário particular que permanecera? Agora sem função específica, mas não intocável como imagina.

Dentro do ponderável, Dona Dilma surpreenderá muita gente. O imponderável nunca está sujeito a análise ou formulação, acontece e pronto. Em 1945, Vargas queria “Constituinte com Prestes”. Em 1950, Golbery e Lacerda quase impedem a sua posse. Nesse distante 1951, ninguém imaginava que o 1954 estava tão próximo e tão fora de expectativa.

***

PS – Gostaria de imaginar qual seria (ou será) o primeiro grande impacto de Dilma sobre a opinião pública. Falo em matéria de choque, de confirmação de planos, projetos, compromissos.

PS2 – Também seria esclarecedor, qual Ministro ficaria mais íntimo e mais assíduo com Dona Dilma. Os da “casa”, do Planalto (principalmente Palocci reabilitado) não contam. Mas nenhuma dúvida: no mesmo cargo, Palocci não terá nem 20 por cento da influência e importância de Dona Dilma.

PS3 – Dilma jamais repetirá Lula em relação a Palocci ou a qualquer outro: “Espero que ele me dê sinal verde para reduzir os juros”. Pode até não haver perseguição. Mas não esperem concessão da parte dela.

PS4 – A camisa 10, com o nome de Dilma, será vestida unicamente por ela. Não dividirá o Poder com ninguém, para errar ou para acertar. Meirelles sabia disso, tentou escapar da guilhotina, só que ele é especialista em FMI e não em Revolução Francesa.

PS5 – Palocci tem dois sonhos ou obsessões. Ficar os 4 anos na Casa Civil, e depois, seja o que Deus quiser. E quem será a Erenice Guerra de Palocci? Com a reputação que trouxe do município, e “consolidou” na Fazenda, pode ser um caseiro qualquer.

Helio Fernandes /Tribuna da Imprensa|

Os legisladores de Brasília

Carlos Chagas

Dos 81 senadores, 27 foram eleitos em 2006 e vão continuar até 2014. Eles ou seus suplentes. E 54 senadores foram recém-eleitos em outubro, dentro da renovação dos dois terços. Ficarão até 2017, eles ou seus suplentes.

Os 513 deputados eleitos em 2006 precisaram renovar seus mandatos em outubro. Nem todos, pois se uns desistiram, outros tentaram novas funções, valendo registrar que 280 conseguiram manter suas cadeiras, ou seja 233 novos deputados estarão assumindo junto com os velhos, em fevereiro.�

Somados aos senadores, os deputados perfazem 594 parlamentares prontos para oferecer sua experiência ao aprimoramento do arcabouço legislativo nacional.

Conforme Jean Jacques Russeau, no “Contrato Social”, os legisladores precisam “de uma inteligência superior, que vê todas as paixões humanas sem experimentá-las, que fazem por merecer uma glória apenas distante, talvez até mesmo trabalhando em silêncio num século, para benefício do seguinte”.

Confere? Se quiserem, acrescente-se às qualidades que deveriam ser inerentes a todo parlamentar as exigências feitas por Maximilian Robespierre, referidas em sua excepcional biografia escrita por Ruth Scurr:

“Seriam necessários filósofos tão iluminados quanto intrépidos: que vivenciaram as paixões do homem, mas cuja principal paixão seria o horror à tirania e o amor pela humanidade; pisando sobre a vaidade, a inveja, a ambição e todas as fraquezas das almas mesquinhas, inexorável quanto ao crime armado com poder, indulgente quanto ao erro, simpático à miséria e terno e respeitoso com o povo.”

Pois é. Nem na França revolucionária encontraram-se modelos para preencher tais requisitos, já que Rousseau havia morrido sem conviver com o Terceiro Estado, nem com a Assembléia, muito menos a Convenção e o Diretório. E Robespierre, incorruptível, foi logo depois responsável pelos dois anos de terror que levaram dezenas de milhares de cidadãos à guilhotina.

Entre nós, fica o problema: qual o papel de nossos 594 legisladores prestes a jurar ou renovar o juramento de aprimorar as instituições? Senão filósofos, serão ao menos iluminados? Intrépidos a que ponto? Sem paixões? Com amor à humanidade, despojados de vaidade, inveja e ambição? Inimigos do crime urdido nos escalões do poder, preocupados com a miséria, dedicados ao povo?

É bom lembrar que felizmente sem o sangue que afogou Paris, os legisladores de Brasília devem acautelar-se com as consequências do que aconteceu por lá. Os parlamentares franceses apenas prepararam o palco para a entrada de Napoleão. Os nossos correm o risco de seguir caminho parecido. O corso daqui dos trópicos nasceu em Garanhuns, criou-se em São Paulo, está prestes a mudar-se para São Bernardo e terá chances de repetir o Dezoito Brumário…

MELHOR NO PRIMEIRO MINUTO

Marcadas absurdamente pela Constituição para o primeiro dia de janeiro, as posses de presidente da República e de governadores estaduais têm gerado cansaço, atrasos no relógio, ausências e muita improvisação. De que maneira os governadores do Norte e do Nordeste, por exemplo, mesmo na parte da manhã, prestarão juramento nas Assembléias, assumirão e receberão os cargos nos palácios e conseguirão viajar a Brasília a tempo de assistir, de tarde, a entrega do poder a Dilma Rousseff? Uma correria dos diabos, sujeita aos percalços da natureza e do tráfego aéreo.

Vai uma sugestão: o primeiro dia de janeiro começa um minuto depois da meia-noite do dia 31 de dezembro. Por que os novos governadores não prepararem as cerimônias de posse para aquele momento, de madrugada, ficando livres para voar em seguida até a capital federal? Claro que haverá prejuízos relacionados com as comemorações de Ano Novo, mas sacrifícios, quem não haverá de fazê-los?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Posse de Dilma tem 30 autoridades internacionais confirmadas

Daniella Jinkings, da Agência Brasil

Brasília – No próximo sábado (1º), cerca de 20 mil pessoas devem acompanhar a cerimônia de posse da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Para garantir que tudo corra bem, foi realizado hoje (26) o último ensaio antes do evento, promovido pelo cerimonial do Itamaraty. Segundo o chefe do cerimonial, embaixador George Prata, o objetivo é fazer um “ajuste fino” para que não ocorram problemas.
Trânsito foi interrompido na Esplanada dos Ministérios para o ensaio geral

Para que o ensaio fosse feito, o trânsito foi interrompido na Esplanada dos Ministérios. A cerimônia de posse está prevista para começar às 14h10, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Dilma seguirá em direção ao Congresso Nacional dentro do Rolls-Royce presidencial. O carro já foi usado no ensaio desta tarde, entretanto, no lugar da presidenta eleita, estava a funcionária do Senado Juliana Rabelo.

O carro presidencial será acompanhado por batedores motorizados e agentes da Polícia Federal. De acordo com Prata, foram ensaiadas duas chegadas ao Congresso Nacional, onde ocorrerá o juramento à Constituição. Caso o tempo esteja ensolarado, Dilma entrará com o carro aberto e subirá pela rampa principal, no entanto, se houver chuva, ela entrará com o carro fechado pela chapelaria.

Do Congresso, Dilma seguirá para o Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial e discursar. “Tudo isso vai variar de acordo com o tempo. Ensaiamos as duas versões. Caso chova, ela não subirá pela rampa do Palácio do Planalto e fará o discurso dentro do palácio. A presidenta também adiantou que prefere ir sozinha no carro presidencial”, afirmou o embaixador.

Cerca de 1,3 mil homens das Forças Armadas vão fazer a segurança da cerimônia. Segundo o coronel do Comando do Planalto, Carlos José Penteado, as três Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica - estão envolvidas. “Estamos nos preparando há mais de seis meses. Este é o momento de levantarmos os problemas e corrigi-los”.

Depois da cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma recepcionará chefes de Estado, ministros e outras autoridades em um coquetel no Itamaraty. A previsão é que o evento termine às 21h. Segundo o chefe do cerimonial do Itamaraty, até o momento 30 autoridades internacionais, sendo 12 chefes de Estado estão confirmados para a cerimônia.

“Estão confirmados os chefes de Estado da Bolívia, Venezuela, Colômbia, do Peru, Uruguai, Paraguai, Suriname e Chile. A delegação da Argentina ainda não confirmou. Também devem vir o primeiro ministro da Coreia do Sul, o príncipe das Astúrias e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton”, disse.
Fonte: A Tarde

TJ-BA terá desafio de julgar 350 mil processos

Luciano da Matta/Agência A TARDE
O tribunal atingiu apenas 23% do objetivo inicial, com 24.262 sentenças proferidas
Valmar Hupsel Filho l A TARDE*

Até o final de 2011 o Tribunal de Justiça da Bahia terá o desafio de julgar mais de 350 mil processos referentes ao “estoque” acumulado pelo não cumprimento da Meta 2 de 2009 e 2010. Estipulada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para dar mais celeridade à Justiça, a Meta 2 determina que as Cortes estaduais julguem até o final do ano todos os processos distribuídos até 31 de dezembro de 2006. No caso de processos trabalhistas, eleitorais, militares e da competência do tribunal do Júri, o prazo para julgamento dos processos têm data de até 31 de dezembro de 2007).

Apesar de ser um dos três tribunais que, em números absolutos, mais julgou processos no Brasil, atrás apenas Rio de Janeiro (32,9 mil) e São Paulo (105,9 mil), o TJ-BA atingiu apenas 23% do objetivo inicial, com 24.262 sentenças proferidas. Para cumprir a Meta 2 de 2010, os magistrados baianos tinham que julgar 103.438 processos. O desempenho do tribunal baiano foi menor que a média nacional, de 37%.

O juiz-assessor da presidência do TJ-BA, Ricardo Schmitt ressalta que além dos mais de 22 mil processos referentes à Meta 2 de 2010, a Corte baiana ainda julgou e deu baixa em mais de 300 mil processos referentes à Meta 2 de 2009, quando o objetivo era julgar processos distribuídos até 31 de dezembro de 2005.

Em 2009, o Judiciário baiano ficou em último lugar entre os tribunais estaduais em número de processos julgados. “Haviam muitos processos que constavam como ativos não estavam no sistema”, disse. O magistrado informa que o TJ-BA optou pela aquisição de um sistema novo para “ter uma base de dados mais confiável”.

Pendência - Schmitt acredita ser possível zerar todo o estoque de 350 mil processos distribuídos até 31 de dezembro de 2005 e 2006 – 70 mil da Meta 2 deste ano e 290 mil de 2009. “Se não zerarmos, chegaremos muito perto”, disse.

Em 2009, o TJ-BA deixou de cumprir 3 das 10 metas estipuladas pelo Conselho Nacional de Justiça e teve que incorporá-las ao trabalho deste ano. “Embora termos julgado mais de 300 mil processos, fechamos o ano de 2010 apenas com a Meta 2 pendente”.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta segunda-feira,

Dois catadores de latinhas acham mão ao revirar lixo

Da Redação

Dois catadores de lixo reciclável tomaram um grande susto, no início da noite deste domingo, 26, quando recolhiam latinhas de alumínio de uma lixeira instalada no passeio da Praça Municipal, em frente à Câmara de Vereadores de Salvador.

Ao revirar os sacos plásticos, eles encontraram uma mão humana entre os detritos. O membro foi recolhido por uma guarnição da Polícia Civil e encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT).

De acordo com um morador de rua, que não quis se identificar, a mão é de um homem que foi visto pela manhã, saindo aos gritos do Hotel Monte Carlo, na Rua Rui Barbosa, com a mão decepada. A história não foi confirmada pela polícia, que investiga o caso.

Segundo os policiais, será aberta uma investigação a fim de saber se trata de um crime de esquartejamento.

Fonte: A Tarde

domingo, dezembro 26, 2010

Dilma não terá céu de brigadeiro, prevê Ana Amélia

Jornalista de economia e senadora eleita Ana Amélia Lemos (PP-RS) confia na competência da presidenta para superar dificuldades nos mundo financeiro a partir de 2011. Elogia Aécio e Aloysio Nunes assim como Marta e outras mulheres na política



Fabio Góis

A senadora eleita Ana Amélia Lemos(PP-RS) entende que a futura presidente Dilma Rousseff (PT) vai ter um desafio ao conduzir a economia a partir do ano que vem.

“Os desafios para ela serão enormes, gigantes, porque ela não vai ter, como teve o presidente Lula, um céu de brigadeiro na economia. Vai ter de muitas demandas sérias, mas eu acredito e aposto na competência”, disse Ana Amélia, que foi jornalista da área de economia por 33 anos no Rio Grande do Sul, em entrevista durante cerimônia do Prêmio Congresso em Foco.

Ao lado de José Serra (PSDB) nas eleições passadas, Amélia é só elogios para Dilma, que assumiu a Casa Civil durante a crise do mensalão no governo Lula. “Estive num projeto com o José Serra, mas penso que ela, que comandou com braço forte a Casa Civil, depois da crise que viveu aquela área, pode fazer um grande governo.”

Amélia destaca as diferenças da presidenta com seu antecessor. “Ela é diferente do presidente Lula e o Brasil pode experimentar um novo tipo de gestão na administração política, especialmente na área administrativa do governar.”

A senadora eleita tem grandes expectativas que os colegas de plenário melhorem a imagem do Senado. Ela diz que a credibilidade ficou “abaladíssima” com a descoberta dos atos secretos em 2009, que chegavam a empregar parentes até do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-SP).

Para Amélia, alguns “novos” mas conhecidos parlamentares vao contribuir para combater esse quadro. Cita os nomes dos oposicionistas Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Itamar Franco (PPS-MG), e dos governistas Marta Suplicy (PT-SP), Roberto Requião (PMDB-PR) e Luiz Henrique (PMDB-SC).

Mesmo com a experiência de jornalista, Amélia afirma que a internet ainda é um mundo a ser explorado. Dá como exemplo entrevista anterior que concedeu ao Congresso em Foco em outubro passado. “Para minha surpresa, a repercussão foi muito grande”, contou ela.

Leia aquela entrevista: “Ninguém pode pensar em amordaçar a imprensa”

Fonte: Congressoemfoco

Manchetes dos jornais: Brancos e negros têm acesso desigual ao SUS

O GLOBO

Brancos e negros têm acesso desigual ao SUS
Idealizado como sistema de atendimento universal, o SUS revela um pouco do abismo racial no país. Dados do Relatório das Desigualdades Raciais, estudo produzido pelo economista Marcelo Paixão, da UFRJ, mostram que brancos e negros têm acesso desigual à saúde pública. Entre mães de filhos brancos, 71% fizeram mais de 7 consultas pré-natais. No caso de mães de filhos pretos e pardos, o percentual cai para 42,6%. A incidência de tuberculose e hanseníase entre homens pretos e pardos é 45% maior que entre brancos. Beneficiários de 55,2% dos atendimentos do SUS, pretos e pardos se dizem mais insatisfeitos – embora, para esta população, normalmente mais pobre, o sistema tenha importância 19,5% maior do que a declarada pelos brancos. O relatório se baseia nos resultados do Pnad.

PMDB se queixa do espaço perdido para o PT no Ministério
A redução dos recursos orçamentários administrados pelo PMDB no futuro governo de Dilma Rousseff deu início a uma rebelião silenciosa na bancada do partido. Apesar de integrar a chapa com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), a legenda não se conforma por ter perdido espaço para o PT. No futuro governo, os petistas passarão a gerenciar um orçamento de cerca de R$250 bilhões, enquanto o PMDB ficará com R$84,9 bilhões, já descontando o Ministério da Previdência, porque os recursos da pasta são comprometidos praticamente em sua totalidade com o pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais.
Os peemedebistas incluem na conta os orçamentos dos ministérios da Saúde, de R$77,1 bilhões, e das Comunicações, de R$4,4 bilhões, que foram para o PT, e o da Integração Nacional, de R$5,4 bilhões, que foi para o PSB.
SAE, uma pasta sem orçamento
Em troca, o PMDB passou a administrar pastas de menor expressão, como Turismo e Previdência, além de uma pasta sem orçamento, a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Mesmo descontando os orçamentos dos ministérios técnicos, como Fazenda e Planejamento, o PT somará, ainda, cerca de R$215 bilhões. Além da Saúde, que tem parte da verba bloqueada para o custeio do Sistema Único de Saúde, o PT continuará controlando o Ministério da Educação, que chegará a R$63,6 bilhões. Há ainda o Ministério do Desenvolvimento Social, com R$43,1 bilhões, sendo que apenas o Bolsa Família responde por R$13,4 bilhões.
O PMDB ficará com R$84,9 bilhões mas, como compensação, concentrará em suas mãos alguns campeões de emendas parlamentares, como o Ministério do Turismo, que teve sua verba inflada em quase R$2,8 bilhões na passagem do Orçamento pelo Congresso. Há também o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Agricultura.

Marina usará institutos para tentar voltar em 2014
Depois de deixar o Senado em 31 de janeiro, Marina Silva usará dois institutos para levar adiante o projeto de disputar a Presidência novamente em 2014. Marina ficará sem mandato no Senado. Apesar de ter afirmado em seu discurso de despedida do Congresso que, "a priori", não se colocará como presidenciável, seus aliados já traçam os planos para a verde continuar nos holofotes e manter o capital político dos quase 20 milhões de votos obtidos em outubro.
Marina planeja continuar morando em Brasília para ficar próxima dos filhos, radicados na cidade. Trabalha para criar na capital o Instituto Marina Silva, responsável por guardar o acervo acumulado nos dois mandatos de senadora e na passagem pelo Ministério do Meio Ambiente (2003-2008). A expectativa é que surjam convites para palestras no Brasil e no exterior. Um aliado acredita que ela irá se sustentar financeiramente com o dinheiro arrecadado nas palestras. Devem acompanhar Marina no projeto seus assessores mais próximos do gabinete no Senado, como Carlos Vicente, Pedro Ivo e Jane Villas Boas.

São Bernardo se prepara para receber Lula
A vontade dos amigos era fazer um megaevento para receber de volta o cidadão mais ilustre de São Bernardo do Campo. Até uma comissão de 30 pessoas foi formada. Mas, após muitas considerações, a euforia foi contida e ficou então marcada uma recepção mais modesta para o sábado, quando Luiz Inácio Lula da Silva volta à cidade, assim que deixar a Presidência.
As boas-vindas vão começar por volta das 20h, em frente ao condomínio residencial onde ele voltará a morar.
O entusiasmo dos amigos de Lula teve de ser mediado por essa comissão, que reúne representantes dos diretórios petistas dos sete municípios da região do ABC paulista, vários sindicatos e entidades do movimento social.
- Isso estava virando uma loucura. Em toda esquina da cidade tinha um grupo organizando uma festa - contou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Para amigos, presidente não vai ficar em casa
Amigo do presidente Lula, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), um dos que presidiram o Sindicato dos Metalúrgicos onde Lula começou sua trajetória política, conta que a cidade está eufórica com a volta do seu cidadão mais ilustre. Mas, passado esse clima, o prefeito considera que será muito difícil ele conseguir "voltar ao passado".
- Ele gostaria, e nós todos de São Bernardo gostaríamos, que ele voltasse como era no passado. Mas a gente sabe que não vai ser mais assim. Mesmo querendo, não dá. Lula é hoje um cidadão do mundo, não vai conseguir ficar aqui como antigamente - disse.

Hemorragia de José Alencar é controlada
Os médicos que acompanham o vice-presidente José Alencar informaram ontem que a hemorragia gástrica apresentada por ele foi controlada, mas que seu estado de saúde ainda é grave. Após passar por sessões de hemodiálise e transfusão de sangue, no hospital Sírio-Libanês, onde permanece na UTI, Alencar voltou a manifestar interesse em participar da cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília, no próximo sábado, mas a equipe médica continua cautelosa.
- Se fosse hoje, ele não iria. Mas vamos esperar até sexta-feira para fazer uma nova avaliação - disse o cardiologista Roberto Kalil, descartando inclusive o uso de um avião equipado com UTI para eventual viagem do vice-presidente a Brasília .
Segundo boletim médico divulgado às 13h30m, Alencar não apresentou sangramento intestinal nas últimas 20 horas e seu quadro clínico teve melhora. A equipe, ainda assim, descarta a possibilidade de nova cirurgia. A partir de agora, o tratamento será feito exclusivamente com medicamentos. Na última quarta-feira, os médicos decidiram interromper uma cirurgia feita às pressas e que já durava mais de três horas porque tumores na região abdominal dificultavam a localização da área que sangrava.


FOLHA DE S. PAULO

Cresce diferença entre salário público e privado
Os mesmos dados que mostram a queda do desemprego e o aumento da renda ao longo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também apontam, ao serem decompostos, o aumento da desigualdade entre o emprego público e o trabalho no setor privado.
Segundo levantamento feito pela Folha a partir das pesquisas mensais de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os rendimentos médios dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, que já eram superiores, cresceram ainda mais que os da iniciativa privada nos últimos oito anos.
As diferenças começaram a se acentuar em 2006, ano em que a administração petista lançou o primeiro de dois pacotes de reajustes salariais generalizados para os funcionários do Poder Executivo. Governadores e prefeitos também aproveitaram os ganhos de receita para beneficiar o funcionalismo.
Em valores corrigidos pela inflação, o rendimento médio mensal no setor privado, incluindo assalariados, autônomos e empregadores, era de R$ 1.173 em dezembro de 2002, às vésperas do início do governo Lula.
De lá para cá, um aumento de 13% levou o valor a R$ 1.323 em novembro passado, pela pesquisa feita nas seis principais regiões metropolitanas -São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife.
No mesmo período, a renda no serviço público, formada basicamente por salários, teve expansão de 31% acima da inflação, passando de R$ 1.909 para R$ 2.494.

No Congresso em Foco: Serviço público paga mais que iniciativa privada

Crescimento e carga tributária permitiram reajustes
O crescimento da economia e da carga tributária permitiu à administração petista acomodar nas contas federais um aumento dos gastos com pessoal de mais de 60% acima da inflação em oito anos, contra pouco menos de 4% nos oito anos anteriores.
Em 2011, de acordo com as previsões orçamentárias, as despesas chegarão a R$ 199,6 bilhões, considerando no cálculo a contribuição patronal para a aposentadoria dos servidores.
Pelo mesmo critério, o quadro de pessoal consumia R$ 79 bilhões em 2003, último Orçamento elaborado pelo governo FHC, e R$ 37,9 bilhões em 1995, quando a previsão de gastos vinha do governo Itamar.
Medidos como proporção do Produto Interno Bruto, os valores não chegam a mostrar um cenário de descontrole: de 2003 para 2011, há uma alta de 4,6% para 5,1% do PIB, ainda abaixo dos 5,4% de 1995.

Dilmoteca básica
A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem na formação literária uma das mais marcantes diferenças em relação a seu antecessor, Lula. Em entrevista para compor o perfil biográfico, Dilma citou Proust e autores que vão de Jorge Amado ao poeta japonês Bashô.
No início deste ano, numa das sessões de entrevistas que concedeu à Folha, Dilma Rousseff falava sobre suas preferências no futebol. Declarou-se fã do Atlético, em Minas Gerais, e do Internacional, no Rio Grande do Sul.
Recordou-se de sua primeira vez no Maracanã, no Rio, em 1969. Um jogo do Flamengo. Estava na clandestinidade. "Eu fiquei assim abestalhada com as bandeiras. Você já viu as bandeiras?", perguntou e já respondeu: "É de perder o fôlego".
Mas foi uma memória seletiva. Não se lembrava do placar nem contra quem o Flamengo jogava. Com quem estava? Nenhuma lembrança.
Começou então a falar sobre como as imagens vão se colando -ou não- na memória das pessoas. "Eu fico pensando se sou eu ou se todo mundo é assim. Você sabe que eu nunca havia me lembrado disso até hoje?", disse.
A recordação veio porque a conversa era para compor um perfil biográfico. Naquele instante, esporte e cultura popular dominavam a entrevista. Foi quando ela citou suas referências literárias.
"Sobre a memória, quem tem razão era o [Marcel] Proust. Ele falava do sabor e do odor, dois sentidos primitivos que suportam um edifício imenso da recordação".
Descreveu o trecho do romance "Em Busca do Tempo Perdido", publicado no início do século passado, no qual Proust fala de comer madeleines e tomar chá -e como o cheiro e o sabor desencadeiam recordações.
De todas as diferenças entre a presidente eleita, Dilma Rousseff, e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, uma das mais marcantes é sólida formação literária da próxima ocupante do Palácio do Planalto.
Não há um autor favorito na prateleira de Dilma. "Depende da fase", diz. "Em matéria de poesia, eu gosto do João Cabral de Melo Neto, muito". Aí cita Cecília Meireles, Fernando Pessoa e completa: "Agora, eu consigo além disso gostar do Bashô. Sabe quem é Bashô?".
Com prazer, ela mesma responde: "Foi um monge japonês que inventou o haicai". A lista de citações não para. "Gosto apaixonadamente de uma mulher chamada Emily Dickinson, "a senhora de Amherst". Não tenho "um" gosto. Depende. Gostei do Proust para mais de metro. Agora, também adorei, aos 13 anos, quando meu pai me deu o Jorge Amado".
O que de Jorge Amado? "Foi "Capitães da Areia" , "São Jorge dos Ilhéus", todos os outros. Amei de paixão o Machado de Assis, mas também o Monteiro Lobato. A Emília, o Pedrinho, a Narizinho, o Visconde, a Cuca."

Lupi quer mínimo de R$ 560 no ano que vem
Confirmado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para permanecer no cargo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu o salário mínimo em R$ 560 em 2011, acima dos R$ 540 pregados pela equipe econômica de Dilma.
Folha - Há conflito com outros ministérios?
Carlos Lupi - Nunca tive briga. A opinião de um ministro é essa, a de outro é aquela, e quem decide é o Lula. Toda vez que tem conflito, o Lula entra para o lado do trabalhador. Em toda discussão de salário mínimo de que participamos, vencemos o Planejamento e a Fazenda.
Como é que o Lula poderia ser favorável a flexibilizar a legislação [trabalhista]? Como é que ele não ia fazer uma política regionalizada?
Como lidar com a necessidade de expansão dos empregos no Nordeste e os fluxos migratórios?
Está começando a mudar. As usinas de cana de açúcar de Pernambuco e Alagoas já estão pegando os trabalhadores de São Paulo. A geração de emprego e o ganho real de salário é que fizeram a diferença. É o ciclo virtuoso da economia. E por isso sou defensor de que o aumento do salário mínimo tem de ser de R$ 560, porque R$ 580, nesse momento, é uma puxada que não dá para suportar. Mas R$ 540 é muito pouco.

Congresso tem profusão de leis que prestam apenas homenagens
Oito leis foram publicadas no "Diário Oficial" da União no último 13 de abril. Sete tinham o único objetivo de prestar homenagens.
Nesta data, o aeroporto de Marabá (PA) passou a se chamar João Correa da Rocha, e a refinaria de petróleo em Pernambuco, Abreu e Lima. Rodovias foram batizadas no Ceará, no Rio Grande do Sul, em Goiás e em Minas Gerais.
Essa edição do diário exemplifica o que se tornou praxe no Legislativo: aprovar leis que dão nome a rodovias, criam datas nacionais e reconhecem heróis.
Elas passam pelo rito normal -aprovadas em comissões na Câmara e no Senado, avaliadas no governo e sancionadas pelo presidente.
Tentando evitar a prática, uma nova lei fixou critérios para criar datas festivas.


O ESTADO DE S. PAULO

No recesso da Câmara suplente custa até R$ 114 mil
Com a renúncia de deputados federais para ocupar vagas no Executivo, pelo menos 12 suplentes terão direito de assumir o cargo, receber o salário de janeiro, usar verba indenizatória, contratar assessores sem concurso público e usufruir de auxílio moradia. A Câmara está em recesso e só volta ao trabalho em fevereiro de 2011, quando tomam posse os deputados eleitos em outubro. O gasto do Legislativo com cada um desses parlamentares será entre R$ 102,5 mil e R$ 113,7 mil. Na montagem do ministério, a presidente eleita, Dilma Rousseff, escolheu quatro deputados que terão de se afastar da Câmara. De acordo com a legislação, o parlamentar que for tomar posse em Executivos estaduais ou no federal deve se afastar ou renunciar até a próxima sexta-feira

No Congresso em Foco: Com aumento, congressista vai custar R$ 1,9 milhão por ano

Decisão do Supremo gera confusão sobre quem deve assumir
Decisão tomada no início do mês por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) provocou atrito com a Câmara, deixou a assessoria jurídica da Casa atônita e suplentes desnorteados.
No último dia 9, o STF concedeu liminar, a pedido do PMDB, determinando que a vaga decorrente da renúncia em outubro do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) seja ocupada pelo primeiro suplente do partido do titular, ou seja, do PMDB.
A exigência contraria a regra adotada ao longo de todos os anos pela Câmara. Na substituição dos titulares, a Casa convoca o suplente seguindo a ordem da lista de eleitos encaminhada pela Justiça Eleitoral, o que leva em conta a coligação partidária.
No caso de Donadon, a Mesa da Câmara deu posse ao deputado Agnaldo Muniz (PSC), eleito primeiro suplente pela coligação Rondônia Mais Humana no ano de 2006.

Suely Caldas: A agenda de Dilma
Até as eleições de 2012 a presidente Dilma Rousseff terá um ano e meio para aproveitar a força política das urnas e fazer o Congresso aprovar uma agenda que Lula desistiu de tocar, mas é fundamental para a economia prosperar, para tornar mais limpa a prática política, para a dívida social recuar e para acabar com a miséria. Se conseguir, seu governo será bem avaliado e dará a ela cacife para ser reeleita em 2014, desta vez sem apadrinhamento algum. Será um período difícil, concentrado no prazo exíguo e, ao mesmo tempo, ampliado em múltiplos segmentos em que a ação do governo é fundamental e determinante para fazer o País avançar.
Dessa agenda tudo é prioritário, mas a reforma política se sobrepõe, porque ela abre caminho para facilitar, acelerar e viabilizar todo o resto. É uma espécie de mãe de todas as reformas.

Entrevista com Tarso Genro: ''Anistia a torturador foi o pior momento''
A seis dias de se tornar - em sua terceira tentativa - governador do Rio Grande do Sul, o ex-ministro Tarso Genro (PT) recorda, aliviado, o pior momento que viveu em toda sua vida política. Foi em abril passado, quando o Supremo Tribunal Federal entendeu que os benefícios da anistia também se aplicariam a indivíduos que torturaram durante o regime militar de 1964.
Uma de suas grandes causas, o combate aos abusos da ditadura, sofria um revés. Mas o troco, lembra ele, veio em seguida, quando a Corte Interamericana dos Direitos Humanos, da OEA, firmou um entendimento contrário - de que a Lei da Anistia não garantiria o perdão para os torturadores.
Depois de comandar a Prefeitura de Porto Alegre por duas gestões e passar por quatro ministérios do governo Lula, o futuro governador, hoje com 63 anos, amadureceu um plano para assumir o governo gaúcho: o modelo a ser seguido, para comandar um orçamento de R$ 30,8 bilhões, é o do próprio presidente, tanto na estratégia econômica como nas composições políticas. A respeito dessas alianças, admite que "a realidade do País é muito mais complexa do que aquela visão que tínhamos no início da nossa história". Ou seja, a ideia de um "campo popular" de um lado e "uma direita conservadora" de outro, não basta para governar. Daí o PT ter ao seu lado, em várias alianças nacionais, antigos adversários, como PP e PR. No caso gaúcho, para garantir o apoio e maioria na Assembleia, o governador eleito montou um governo de coalizão que inclui o PC do B, o PSB, o PDT, o PRB e o PTB.

No Senado, proposta limita ''farra da suplência''
No Senado, as mudanças relacionadas aos suplentes não devem ocorrer antes de 2015. A data foi estipulada em 2008, com o aval do senador Demóstenes Torres (DEM-PI), relator da proposta que põe fim à chamada farra da suplência - a facilidade com que pessoas conquistam mandatos de até oito anos sem receber votos para isso.
Atualmente os suplentes assumem sempre que o titular se licencia, renuncia ou morre. Segundo o projeto de Demóstenes, as vacâncias no Senado seriam preenchidas por dois critérios: no caso de o titular deixar o cargo até o penúltimo ano do mandato, deverá haver eleição para a escolha de um novo ocupante da vaga; e, se houver vaga aberta no último ano, esta será preenchida pelo candidato mais votado entre os não-eleitos.

Ex-presidente acusa vice por rombo no Grupo SS
Principal executivo do Grupo Silvio Santos até o mês passado, Luiz Sandoval aponta, pela primeira vez, os nomes de dois supostos responsáveis pela fraude bilionária no Panamericano: o ex-vice-presidente financeiro Wilson Roberto de Aro e o contador Marco Antônio Pereira da Silva. Em entrevista aos repórteres David Friedlander e Fausto Macedo, Sandoval conta que, quando o caso foi descoberto pelo Banco Central(BC), o contador admitiu ter maquiado os balanços para esconder o rombo de R$ 2,5 bilhões e disse ter agido a mando de Aro. Ao ser confrontado, afirma Sandoval, o ex-vice admitiu ter dado a ordem “para salvar o banco”. Procurado, Aro não se pronunciou. Pereira da Silva não foi localizado.

CORREIO BRAZILIENSE

O destino nas mãos de Dilma
O Brasil tem tudo para entrar no seleto grupo dos países mais ricos e industrializados do mundo. Mas, para isso, deverá aproveitar um fato histórico: nos próximos 20 anos, a população produtiva, entre 15 e 64 anos, será maioria no país. É ela que garantirá a riqueza a ser usufruída pelas gerações seguintes. O governo terá papel relevante nesse processo. Mas a máquina de crescimento será o setor privado: os mais de 4 milhões de empresas que empregam hoje 33 milhões de pessoas,
quatro vezes mais que o setor público, e garantem R$ 2 de cada R$ 3 produzidos na economia. As perspectivas são as melhores possíveis e as fronteiras estão escancaradas para uma enxurrada de investimentos. Tudo depende, porém, do que a presidente eleita,Dilma Rousseff, que sobe a rampa do Palácio do Planalto nesta semana, fará para atender as crescentes demandas da sociedade. Os brasileiros querem muito mais do que comida na mesa. Demandam serviços de qualidade e educação eficiente para conquistar salários melhores. Desejam viajar, ler, cuidar da aparência e poupar para o futuro.

Recuperação de Alencar surpreende os médicos
O vice-presidente da República, José Alencar, surpreendeu médicos e familiares na noite de Natal. De um quadro crítico de hemorragia digestiva que parecia não ter solução, ele apresentou melhora ontem a ponto de os médicos que cuidam de sua saúde já considerarem a hipótese de ele estar presente na posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, em Brasília, no próximo sábado. “Sua recuperação nas últimas 24 horas foi surpreendente”, disse ontem o médico Roberto Kalil Filho.
Alencar passou o Natal com sua família na unidade de tratamento intensivo (UTI) do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Houve ceia, troca de presentes e ele comeu até panetone na virada do dia 25. Faltando uma hora para o Natal, ele recebeu uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o desejou Feliz Natal e disse esperá-lo na cerimônia de posse.

Os frutos da Geração Petista
Emanuel (E) tem oito anos. Nasceu na mesma manhã em que Lula tomou posse como presidente da República. Ao longo desse período, aprendeu a ler numa escola, ganhou uma irmã e viu seus pais— que estão melhor financeiramente— se separarem. Ludmilla, por sua vez,veio ao mundo no dia em que Dilma foi eleita. O que será dela, que mora com os pais num pequeno barracão de fundos em Ceilândia?

No campo, o retrato é de avanços tímidos
Antes de chegar ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva criticava os donos do poder por incapacidade de distribuir propriedades de terra, pressionados pelos ruralistas. Oito anos depois, o retrato do campo brasileiro é de estagnação ou de avanços tímidos, com a política agrária, em muitos aspectos, voltada para o agronegócio, justamente o alvo das antigas críticas do petista. Para se ter uma ideia da relevância estratégica que o tema recebeu, nas 310 páginas do balanço dos oito anos produzidas pelo Executivo, só seis foram dedicadas ao setor.
O presidente não conseguiu atualizar os índices de produtividade nem assentar o número de famílias que o governo estabeleceu como meta em janeiro de 2003. Não reduziu, ainda, o número de latifúndios espalhados no país. Paradoxalmente, reduziu o conflito de terras e o interesse de famílias sem terra em busca de propriedades rurais, mas deixa o governo sob críticas dos principais movimentos sociais —MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Via Campesina. Mesmo desgostosos, apoiaram a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.

Mulher em primeiro plano
Encarregada pela organização das atividades culturais da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, no próximo sábado, na Esplanada dos Ministérios, a Fundação Cultural Palmares preparou uma festa em que as homenageadas serão as mulheres brasileiras. As cantoras Elba Ramalho, Zélia Duncan, Gabi Amarantos, Fernanda Takai e Mart’nália vão ser as responsáveis por comandar o evento na Praça dos Três Poderes, em frente ao Congresso, onde Dilma será empossada na condição de primeira mulher à frente do Executivo. Um grande palco, chamado “Centro-Oeste”, vai ser erguido para receber as cinco cantoras, que serão as principais atrações da noite da posse, no dia 1º. O show Cinco ritmos do Brasil está previsto para começar às 18h30, depois da transmissão do cargo e do discurso que Dilma fará ao povo, no parlatório do Palácio do Planalto.

PT e PMDB com força no 1º escalão
Os partidos do governador eleito, Agnelo Queiroz, e do vice, Tadeu Fillippeli, ficaram com a maioria dos cargos estratégicos. Hegemonia será ainda mais clara com o anúncio dos administradores regionais.

Ano de muitas oportunidades na Petrobras
Empresa começa em janeiro ciclo de renovação do quadro que deve se estender até 2013. Primeiro edital divulgado, com 838 vagas, prevê salários de até R$ 6.217,19. Mas especialistas avisam: a seleção será muito rigorosa.

Fonte: Congressoemfoco

Fotos do dia

Melanie Scheneider em ensaio para o site Morango Homens da Força de Pacificação durante ceia de Natal Decoração natalina ao longo de rio em Seoul
Crianças jogam futebol em quadra na rua Novo Oriente do Piauí, no bairro de Cangaíba Papa Bento 16 fala para milhares de fiéis na praça de São Pedro, no Vaticano Corpo do ex-governador Orestes Quércia é enterrado no cemitério do Morumbi

Leia Notícias do seu time



    • Corinthians
    • São Paulo
    • Palmeiras
    • Santos
    • Portuguesa
    • Guarani
    • Ponte preta
    • São Caetano
    • Santo André
    • Prudente
    • Guaratinguetá
    • Bragantino
    • Flamengo
    • Vasco
    • Fluminense
    • Botafogo
    • Grêmio
    • Internacional
    • Cruzeiro
    • Atlético Mineiro

Com alta dos juros, consórcio é vantajoso

Marcelle Souza
do Agora

Com taxas menores e parcelas mensais mais atrativas, o consórcio de veículos pode ser mais vantajoso diante das medidas para frear o crédito anunciadas pelo Banco Central. Isso porque a redução de crédito afetará diretamente o financiamento sem entrada e a longo prazo --o principal concorrente dos consórcios.

A Abac (associação das administradoras de consórcio) calcula que o crescimento do setor fique entre 7% e 10% em 2011. O cálculo considera a disposição dos bancos em aumentar as taxas de juros e as entradas para os financiamentos a longo prazo.

Nesse cenário, o consórcio oferece um custo menor. A operação possui uma taxa de administração que fica, em média, em 0,25% ao mês --inferior, portanto, aos juros do financiamento de carro que estão em 2% ao mês.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo

Veja 3 revisões do INSS aceitas em 2011

Ana Magalhães
do Agora

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) passou a aceitar no posto previdenciário três novas revisões neste ano que os segurados podem garantir no ano que vem. Duas delas já podem ser pedidas nos postos previdenciários e a revisão do teto, apesar de reconhecida neste ano, deverá ser paga em 2011.

A primeira correção aceita neste ano foi o acúmulo do auxílio-acidente com a aposentadoria. Quem começou a receber o auxílio-acidente entre julho de 1991 e novembro de 1997 e se aposentou depois de setembro de 2009 --ou ainda não se aposentou-- pode receber os dois benefícios simultaneamente, mesmo se a soma superar o teto (R$ 3.467,40, hoje).

O INSS passou a aceitar o acúmulo nos postos em junho, após orientação da AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que defende a Previdência na Justiça.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo

Quem te viu, quem te vê

Arquivo Pesssoal

Arquivo Pesssoal / Retratos da presidente: Dilma com o irmão, Igor; a turma do Colégio Sion; Passeata dos Cem Mil, no Rio; e invasão de tropas na Faculdade de Letras de Minas Gerais; em uma festa com o amigo Calino Pacheco; com Leonel Brizola, no governo do Rio Grande do Sul; ministra da Casa Civil; e na vitória pela Presidência Retratos da presidente: Dilma com o irmão, Igor; a turma do Colégio Sion; Passeata dos Cem Mil, no Rio; e invasão de tropas na Faculdade de Letras de Minas Gerais; em uma festa com o amigo Calino Pacheco; com Leonel Brizola, no governo do Rio Grande do Sul; ministra da Casa Civil; e na vitória pela Presidência
De Minas à Presidência

Reportagem da Gazeta do Povo visitou locais onde Dilma Rousseff morou, estudou, militou e atuou como administradora pública. Ouviu antigos e novos colegas. E, de hoje até próxima sexta-feira, conta a história da primeira mulher a ser eleita president

Publicado em 25/12/2010 | Rosana Félix e André Gonçalves, correspondente

A mulher que há quatro décadas queria derrubar o governo militar será, a partir de 1.º de janeiro, a comandante em chefe das Forças Armadas do Brasil. Dilma Vana Rousseff, 63 anos, ao assumir a Presidência também se torna a líder do Exér­­cito, da Marinha e da Aero­­náutica. Tal destino não era so­­nhado pela petista até pouco tempo atrás, nem quando na infância fantasiava o futuro. Pela educação que teve, ela poderia ser uma ótima dona de casa, assim como colegas do antigo colégio. Mas acontecimentos da História brasileira e as escolhas que fez nesses anos todos a levaram a outro caminho.

Caminho esse que os leitores da Gazeta do Povo passam a conhecer um pouco melhor com a publicação desta série. De hoje até sexta-feira – véspera da posse de Dilma –, o jornal apresenta a trajetória da primeira mu­­lher eleita presidente do Brasil. Desde os primeiros passos em Belo Horizonte até o triunfo que a levou ao Palácio do Planalto.

Arquivo Pesssoal

Arquivo Pesssoal / Ampliar imagem

Para a produção da série, a reportagem visitou alguns dos locais onde Dilma morou, estudou, militou e atuou como administradora pública, tanto em Belo Horizonte como em Porto Alegre e Brasília. O objetivo foi resgatar histórias e reconstruir alguns períodos cruciais que moldaram a personalidade da presidente eleita.

Também foram feitas entrevistas com amigos, ex-colegas de luta armada, vizinhos e auxiliares. A maquiadora Rose Paz – uma das responsáveis pelo “upgrade” recente do visual de Dilma –, também conversou com a reportagem, quebrando um silêncio que durava desde quando a petista era ministra da Casa Civil.

Entretanto, a maioria das pessoas que são próximas a Dilma resolveu não falar. Passada a eleição e garantida a vitória, parentes e amigos preferiram manter a discrição. Os colegas de longa data, por outro lado, gostam de falar e têm orgulho do passado que os liga a Dilma.

Princípios

Todas as pessoas com as quais a reportagem conversou disseram que votaram na petista e/ou fizeram campanha aberta para ela. Mas há divergências, principalmente com a provável continuidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Ela tem uma visão política visando aos fins, os resultados. Na cabeça dela, e aí eu discordo um pouco, é preciso criar mais empregos, mais obras do PAC, e isso sem se importar se os rios estão sendo canalizados, por exemplo. O negócio é obra, obra, transposição do São Fran­­cisco”, afirma Apolo He­­ringer Lisboa, hoje médico e ambientalista e no passado líder do Polop (Orga­­­nização Política Operária), o primeiro grupo de resistência à ditadura militar do qual Dilma fez parte, em Belo Horizonte.

“O Brasil ainda não é justo. A justiça não é consumir, viajar de avião. É ter padrão de vida feliz. A perfumaria do consumo é importante para muita gente, mas o essencial é que a gente não tenha tanta violência, tanto trabalhador escravo no campo, tanta cracolândia por aí”, observa o livreiro Marco Antonio Meyer, também uma liderança do Polop. “Espero que a Dilma, que foi companheira, coloque em prática aqueles nossos ideais. Alguns precisam ser revistos, claro. Mas o básico é transformar o Brasil em uma sociedade justa. Essa é a semente da geração de 68, e a Dilma tem tudo para plantá-la.”

Transformação

A bandeira de Dilma continua a ser a redução da pobreza e da desigualdade de renda no Brasil, que era palavra de ordem nos movimentos contra a ditadura. Mas em outros aspectos ela mudou muito – inclusive no visual.

Quem acompanhou a transformação recente foi a maquiadora Rose Paz. O convívio permite revelações pessoais: a futura presidente é muito vaidosa, especialmente com a pele. Rose passou a trabalhar mais constantemente para a então ministra da Casa Civil a partir de 2007, ano em que Lula a teria escolhido para sucedê-lo. Ao longo dos três anos de convivência, o período mais difícil ocorreu em 2009, quando Dilma teve de tratar um câncer linfático. “A maquiagem mudou por causa dos efeitos do tratamento”, explica.

“Fico revoltada quando vejo nos jornais que a Dilma não gosta de se cuidar. Ela trata a pele desde os 25 anos. Mesmo hoje em dia poucas mulheres são assim”, diz a maquiadora. Segundo ela, a petista faz exercício diariamente, nunca dispensa filtro solar, evita ficar maquiada por muito tempo e sempre usa cremes no rosto para dormir.

Além disso, está sempre preocupada com o que veste. “Eu não diria que a Dilma é durona. Acho que, na verdade, ela é uma pessoa muito centrada, organizada, que sabe exatamente o que quer.”

Fontes

Para ajudar a recompor o período recente da História do Brasil, a reportagem consultou trechos da série Ilusões Armadas, do jornalista Elio Gaspari, e documentos do Arquivo Nacional e do Centro de Pesquisa e Docu­­­mentação de História Con­­­temporânea do Brasil (CPDOC). A Gazeta também usou como inspiração para os títulos desta e das próximas reportagens músicas do compositor Chico Buarque, um dos artistas que contestou a ditadura e foi exilado. Ele é um grande apoiador de Dilma, e trabalhou ativamente para ela na campanha eleitoral deste ano.

Fonte: Gazeta do Povo

Faltam 5 dias para Dona Dilma chegar de fato ao Planalto. De direito já está lá. É preciso apenas cumprir a transição, em todos os países, depois da eleição, sempre dois presidentes.

Helio Fernandes

Essa rotina intermitente, normalíssima de esperar o tempo passar, mas tão lentamente que provoca muita angústia, vai terminando. Mas falta cumprir o “constitucional”, embora o presidente que sai, esteja fazendo hora extra no exibicionismo, e deixando rolar lágrimas e saudades pelo futuro que não desvendou nem conquistou, mas faz questão de esclarecer: “Posso voltar”.

Todos podem voltar ou até irem, como ensinou o poeta, que desvendou para todos o caminho da libertação e da possível felicidade: “Vou embora pra Pasárgada, lá sou amigo do rei, tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei”.

Só que a Pasárgada de Lula é aqui mesmo, tudo aquilo que o poeta imaginou, se acumula num só personagem, o próprio Lula. Ele é o Rei, sabe de emoção própria qual é a “mulher” que deseja, e a “cama” já escolheu faz muito tempo, tudo sintetizado, sumarizado e divulgado, na esperança da volta.

O Planalto sem data é a fixação de Lula, está tão absorvido pela saída, que atravessa e atropela o caminho da mulher que quer entrar, foi designada por ele mesmo.

Nenhum presidente entrega o Poder com satisfação. Mas outra verdade, é que raramente um presidente, antes de sair já anuncia a preocupação de voltar. Lula decretou e acrescentou até um tom emocional, declarando: “Vou andar pelas ruas, sou povo, sempre estarei com o povo”. Eis uma frase que não precisa nem de interpretação, basta perguntar: “Até quando Lula pretende andar pelas ruas?”

Se alguém puder responder, terá a chave para decifrar o clima que começa no primeiro dia de 2011, e nem Lula percebe ou pode explicar até ONDE ou até QUANDO poderá se alongar.

E Dona Dilma? Intrépida, altiva e altaneira, “cumpre a parte que lhe cabe nesse latifúndio”. Como se vê, pode haver tumulto, angústia e ansiedade em volta dela, mas a percepção dos grandes poetas ameniza e emociona sua caminhada, que demora apenas mais 6 dias.

Nenhuma contrariedade nessa escolha do ministério-paulistério-mistério. Surpreendentemente chegou aos 37, apenas a repetição de um número? A certeza de que precisa mesmo de 37? Ou querendo mostrar que vai inovar muito mas não pelos caminhos tido como tradicionais? Para ela, até agora, nenhum problema que atingisse sua tranqüilidade, serenidade ou até exigindo hostilidade. E olhem que momentos e oportunidades não faltaram.

Enfrentou tudo aparentemente concordando totalmente, mas na verdade impondo, direta ou indiretamente, o que pretendia. E sua presença foi marcante precisamente com governadores, que em muitas fases históricas dominaram ou tumultuaram a República. E agora, pelo menos cinco deles tentaram influenciá-la.

Dois desses, satisfeitos, não exigiram nada, mas foram totalmente recompensados. Jaques Wagner, do seu partido, obteve tudo, só foi a Brasília uma vez. Até o PP, para manter o Ministério das Cidades, indicou um nome da Bahia, mas precisou do aval do governador.

O outro, Eduardo Campos, também reeeleito com verdadeira consagração, recebeu tudo o que pretendia, sem intimidação ou provocação, mas mostrando o que pode representar. E o governador de Pernambuco (do PSB) ainda se deu ao luxo de VETAR Ciro Gomes para vários cargos, deu por terminada sua atuação, assim: “Ciro Gomes ATIROU para todos os lados”. E por enquanto ficou sem nada.

Tarso Genro, governador eleito do Rio Grande do Sul, ministro com ela e como ela, reivindicou muito (um direito representativo dele) mas recebeu pouco. Os que podem ter cacife para 2014 dentro do PT, precisam ser vigiados, embora não hostilizados.

Eduardo Braga, também reeeleito, cheio de planos, queria o Ministério do Meio Ambiente. (Anunciei um ano antes, quando deixou o governo do Amazonas, com uma senatoria certa esperando).

O Meio Ambiente era do Carlos Minc, que quando se desincompatibilizou, deixou a competente Isabela Teixeira, preferiu que ela continuasse. Braga, ficou “amuado”, que palavra, Dona Dilma fingiu que não percebeu, ele ficou sem nada.

***

PS – Não surpreendentemente, o maior perdedor, evitadíssimo, foi o governador do Estado do Rio. Medíocre, vil e ignaro (royalties para o grande jornalista J. E. de Macedo Soares), tentou invadir o espaço da própria Dilma, saiu abalado e rastejando, nenhuma novidade.

PS2 – Se estivéssemos não na época de Natal e sim na Páscoa, cabralzinho seria o Judas deste sábado. Mas foi ridicularizado, humilhado e vilipendiado (merece as palavras), ao pretender implantar um ministro pela intimidação.

PS3 – E Dona Dilma (como eu havia confidenciado), não esqueceu o episódio, vergonhoso (para ele) e que se transformou politicamente em desastroso. Dona Dilma, como contei, nem atendeu mais os telefonemas dele. E nomeou um ministro do Estado do Rio, sem a menor ligação com cabralzinho. (Foi Luiz Sergio).

PS4 – O deputado do PT, não lembrado para nada, acabou Ministro das Relações Institucionais, embora o PT do Estado do Rio seja muito menor do que o PMDB.

PS5 – Desde 1998, quando Vladimir Palmeira ia ser governador, Dirceu e Lula, ainda sem terem chegado ao Poder, fizeram intervenção no Rio, com medo do prestígio do futuro governador. No Rio o PT acabou ali.

PS6 – Como ficou a ver navios, cabralzinho podia ter preenchido o Ministério dos Portos. Nem isso conseguiu. Mas promete se vingar. Ha!Ha!Ha!

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Do jeito que está não vai dar


Há uma questão que não foi considerada pelo governo Lula, muito menos por seus antecessores mais recentes, agora transformada num nó que Dilma Rousseff precisará desatar, espera-se que jamais como Alexandre. Usar a espada poderia ter conseqüências ainda mais desastrosas, mas é preciso enfrentar a questão do crescimento desmedido da indústria automobilística. Quantos milhões de veículos são produzidos todos os anos, indo pequena parte para a exportação e incorporando-se a grande massa à frota nacional?

As estatísticas variam, mas não erra quem supuser quatro milhões de carros postos em nossas estradas a cada doze meses. E vem mais por aí, com fábricas antigas duplicando a produção e novas instalando-se por todo o território nacional. Maravilha em termos de criação de empregos, ainda que nem tanto assim, mas pesadelo para o poder público.

O rodoviarismo implantado por Juscelino Kubitschek e superdimensionado nos governos militares e seguintes tornou-se o maior sumidouro de recursos oficiais dos últimos cinqüenta anos. E não adianta nada. Quanto mais se gasta nas cidades e no interior com a ampliação e implantação de estradas, túneis, viadutos e anéis rodoviários, mais cresce a evidência de serem insuficientes.

Por mais irônico que pareça, o caos foi criado nos anos recentes de desenvolvimento econômico, aliados a uma publicidade exagerada por parte das montadoras. Reunidos credito fácil e estímulo ao cidadão comum para adquirir ou trocar de carro, o resultado está sendo a impossibilidade de continuarem as coisas como vão.

Em cidades como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e muitas outras, já não se anda. Muito menos se estaciona. Quantas horas perde o motorista para deslocar-se de um bairro a outro? Que danos podem ser calculados, menos em força de trabalho, até, mais nas estruturas psicológicas de quem fica parte do dia preso em engarrafamentos monumentais?

Sem esquecer, vale repetir, as obras que fazem a alegria das empreiteiras e a desgraça do tesouro nacional, consumindo recursos imprescindíveis à educação, à saúde pública e à segurança.

Algo precisa ser feito. Uma política de médio e longo prazo capaz de afastar a sombra do imponderável. Dirão os simplistas estar a solução em investimentos maciços nos transportes públicos, da recuperação da ainda destroçada malha ferroviária aos metrôs e corredores exclusivos para ônibus. Essa alternativa até preservaria boa parte dos empregos, além do que, parte da indústria automobilística poderia reciclar-se, adaptando-se para produzir ônibus, vagões e similares.�

Simples mas complicado, se for possível a contradição. Porque tão difícil quanto implantar essa mudança radical será alterar os costumes. Afinal, por que penalizar logo agora o esforçado cidadão que conseguiu economizar ou está disposto a enfrentar prestações a perder de vista para adquirir o seu carrinho?

Uma evidência, no entanto, prevalece: do jeito que está não vai dar. Dona Dilma que dê tratos à bola. Sem esquecer de uma ironia da História. O pai dessa febre rodoviarista foi nada mais nada menos do que Adolf Hitler. No auge do sucesso da invasão da União Soviética, o tresloucado líder previu que cada cidadão alemão teria a chance de visitar os territórios ocupados com o seu volkswagen, porque no futuro as estradas seriam mais importantes para o transporte de passageiros do que as ferrovias.

“Somente viajando por rodovias seria possível conhecer os países” – disse num devaneio hoje tornado catastrófico. Quem conta o episódio é o autor da mais nova biografia de Hitler, Ian Kershaw, um livro imperdível.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Na Bahia 1.185 farmácias estão na clandestinidade

Raul Spinassé/Agência A TARDE
Consumidor corre risco de comprar medicamentos mal armazenados ou produtos fora do prazo de validade
Tássia Correia l A TARDE

Pelo menos 22% das farmácias em funcionamento na Bahia são clandestinas. Diante deste dado, profissionais de saúde alertam: com a mercantilização cada vez mais intensa do setor, consumidores precisam redobrar os cuidados e a atenção, mesmo nos estabelecimentos regulares.

O levantamento do Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) apontou que são 4.184 estabelecimentos devidamente registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra 1.185 funcionando na clandestinidade.

A regularização envolve registro no conselho, autorização da vigilância sanitária para funcionamento, além de contratação de um farmacêutico responsável pelo estabelecimento. O descumprimento das exigências leva à média de 12 processos éticos julgados no CRF-BA por mês.

A maioria dos processos diz respeito à ausência de profissionais farmacêuticos nas lojas, que devem estar presentes durante todo o horário comercial. “Muitos não têm interesse em ter um farmacêutico o tempo todo porque uma das funções é justamente evitar que o comércio se sobreponha à saúde”, explica o presidente do CRF-BA, Altamiro José dos Santos.

Risco - A empresária Zenaide Souza, 47 anos, conta que já precisou de orientações de um farmacêutico e não encontrou o profissional. “Procurei pelo farmacêutico e ele não estava. Na dúvida, acabei tomando o medicamento mesmo assim”, relatou.

A falta do registro legal expõe consumidores a riscos que vão desde medicamentos mal armazenados a vendas de produtos fora do prazo de validade. “No interior do Estado e em farmácias menores a situação é mais grave. Já encontramos medicamentos que deviam estar refrigerados recebendo o calor do sol por todo o dia e sendo vendidos. Nosso procedimento é denunciar aos ministérios públicos e às vigilâncias sanitárias dos municípios, mas a fiscalização não dá conta”, admite o presidente do CRF-BA.

Clientes que verificarem irregularidades também podem registrar a denúncia nos órgãos competentes. Segundo avaliação de Santos, o número de farmácias na irregularidade é resultado de fragilidades na legislação e da mercantilização do setor de medicamentos. “Nada é exigido para abrir uma farmácia. Não estamos falando de um estabelecimento comercial, mas sim de saúde”, disse.

Em abril deste ano, uma farmácia de manipulação em Salvador foi denunciada e interditada por pagar porcentagens das vendas a médicos que a indicavam.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde deste domingo,

Diretor do TCM contrata empresa do filho

Rejane Carneiro/Agência A TARDE
Tribunal de Contas dos Municípios pagou empresa de filho de diretor do órgão
Aguirre Peixoto l A TARDE

A empresa Stylo’s Persianas, de propriedade do filho de um diretor do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), faturou R$ 26 mil em contratos com o próprio Tribunal desde 2002 e recebeu mais R$ 122 mil em pagamentos de outros órgãos do governo baiano no período.

A Stylo’s pertence ao filho de Francisco Ramos de Carvalho, que é diretor administrativo e de transportes do TCM – órgão cuja missão é fiscalizar a moralidade na administração pública. A empresa está registrada no nome de Cláudio Eduardo Ribeiro de Carvalho e sua sede fica na mesma residência de Francisco, só que no andar de cima. O diretor é funcionário de carreira do Estado, mas foi colocado à disposição do TCM.

Juristas ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato avaliaram que o caso pode violar os princípios da moralidade e da impessoalidade na administração pública. O Código de Ética do Servidor Público (Decreto 1.171 de 1994) veda ao servidor “o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem”. Os juristas ressaltam, entretanto, que seria necessária uma análise mais minuciosa do caso para uma conclusão.

Os maiores pagamentos à empresa vieram da Secretaria de Governo do Estado da Bahia, no valor de R$ 27 mil. Depois estão os R$ 26 mil do TCM e também faturas de
R$ 20 mil contratadas pelo Departamento de Ciências Exatas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Os dados constam do Sistema de Informações Contábeis e Financeiras (Sicof).

Contratos negados - Tanto Francisco Ramos de Carvalho como seu filho Cláudio dizem que não existem contratos da Stylo’s com o TCM. Cláudio afirmou que fez serviços somente para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) – que fica no mesmo prédio do TCM. Ele diz que não há influência de seu pai para a realização dos serviços em outros órgãos.

O presidente do TCM, conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto, foi procurado pela reportagem, mas a assessoria de imprensa do orgão informou que em razão do recesso de fim de ano o conselheiro não foi localizado para comentar o caso.

O governo baiano, por meio da assessoria, afirmou que não há problemas na contratação de serviços da empresa pelos órgãos do Estado. A explicação é que o TCM não é órgão do Executivo e, por isso, não haveria impedimento de uma empresa pertencente ao filho de um diretor do TCM contratar com o Executivo.'

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde deste domingo,

Mantida condenação de ex-prefeito gaúcho por desvio de recursos de hospital

O ex-prefeito de Bento Gonçalves (RS) Fortunato Janir Rizzardo segue condenado a cinco anos, um mês e quinze dias de reclusão, em regime semiaberto. A decisão é da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou recurso do político. Rizzardo foi condenado por desvio estimado em R$ 2,9 milhões, em valores de 2004. As verbas federais deveriam ter sido aplicadas na construção de um hospital psiquiátrico na cidade, em 1990.

O governo federal havia repassado ao município US$ 1,6 milhão, em janeiro de 1990, referente à primeira parcela de convênio firmado para a obra. A Construtora Lix da Cunha S/A, vencedora da licitação, subcontratou a terraplenagem pelo equivalente a US$ 163 mil.

Mas a prefeitura municipal transferiu, antes mesmo da realização desse serviço, o valor integral à construtora, usando planilhas de medição e atestados falsos. O hospital nunca foi construído. Segundo a denúncia, o prefeito e o vice tinham total ciência de que não havia contraprestação pelos pagamentos realizados.

Prescrição

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) fixou a pena de Rizzardo em cinco anos, um mês e quinze dias de reclusão, em regime inicial semiaberto. Isso porque afastou outra penalidade, correspondente a três anos, dez meses e quinze dias, em razão da prescrição da primeira liberação de verbas. Mesmo assim, restou o desvio estimado, em 2004, em R$ 2,9 milhões.

A pena ficou acima da mínima prevista em lei. A Justiça Federal gaúcha entendeu serem desfavoráveis a culpabilidade do réu (responsável pela licitação fraudulenta e pelo plano de desvio), os antecedentes, a motivação (lucro fácil, omissão nas declarações oficiais e provável envio ao exterior), as circunstâncias (preparo, inclusive com gozo de férias no momento da abertura da licitação) e as consequências, classificadas como gravíssimas (desvio total de R$ 4,7 milhões, calculados em 2004, e privação da cidade do único hospital público de que passaria a dispor).

Denúncia

Para a defesa, a denúncia seria genérica e não indicaria as condutas atribuídas ao ex-prefeito. A pena fixada também seria exagerada e não fundamentada. Mas a ministra Laurita Vaz considerou suficiente a fundamentação. O crime prevê pena entre 2 e 12 anos de reclusão, e no caso estaria comprovada a especial reprovação social da conduta do ex-prefeito.

A relatora considerou também que a denúncia permitiu aos acusados ter claro conhecimento das ações ilícitas atribuídas a eles, garantindo a ampla defesa e o contraditório.

Superior Tribunal de Justiça - O Tribunal da Cidadania

sábado, dezembro 25, 2010

Negromonte pagou voos com verba indenizatória

Parte dos nomes que ocuparão ministérios no governo de Dilma Rousseff (PT) têm alguma mácula no currículo. Escolhido para o Ministério das Cidades, o deputado Mário Negromonte utilizou os serviços da empresa de táxi aéreo Aero Star em 2010, pagando os deslocamentos com verba indenizatória da Câmara. Ele pagou R$ 151,2 mil até novembro. A mesma empresa também aparece na prestação de contas do parlamentar ao TSE como prestadora dos mesmos serviços, pelos quais recebeu R$ 64,5 mil entre agosto e setembro. Por meio de sua assessoria, Negromonte disse que não vê irregularidades no fato de a mesma empresa receber recursos da Câmara e de sua campanha. Já a deputada Maria do Rosário, que ocupará a Secretaria Especial de Direitos Humanos, usou na campanha os serviços da gráfica V&C, que, durante o ano, recebeu da Câmara (verba indenizatória) R$ 68,4 mil para divulgação da atividade parlamentar. Pelos serviços prestados à campanha da deputada, a gráfica recebeu R$ 241 mil, segundo os documentos enviados à Justiça Eleitoral. (A Tarde)/Política Livre

Maio: Ficha Limpa avança, e STF condena parlamentar

Após forte pressão popular, Câmara e Senado proíbem candidatura de políticos com condenação em órgão colegiado. De maneira inédita, Supremo condena dois parlamentares. Veja outros destaques do mês

Edson Sardinha

Foi preciso fazer muita força: manifestar nas ruas, lavar a rampa do Congresso, criar até um hino para defender a causa e, principalmente, aumentar a pressão sobre os 594 parlamentares. Mas o esforço rendia frutos. O projeto Ficha Limpa vencia todas as resistências na Câmara e no Senado em maio para se transformar em lei no começo de junho.

Maio também foi marcado por outras duas importantes viradas. Pela primeira vez, a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, aparecia à frente do tucano José Serra nas pesquisas de intenção de voto, abrindo caminho para sua eleição à Presidência em outubro. Também de maneira inédita, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenava naquele mês um parlamentar. E, para a surpresa geral, considerava culpados dois deputados no intervalo de apenas uma semana.

Sob outro tipo de pressão, dessa vez dos aposentados, os parlamentares também aprovavam em maio o reajuste de 7,72% para as aposentadorias e punham fim ao chamado fator previdenciário (cálculo redutor dos rendimentos da classe dos aposentados e pensionistas). Enquanto isso, as negociações para a votação do piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares voltavam à estaca zero.

Eleições 2010

Com a proximidade do início do período eleitoral, os pré-candidatos também movimentavam o tabuleiro presidencial. O PMDB oficializava a indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), como vice da chapa de Dilma. A senadora Marina Silva (PV) confirmava o empresário Guilherme Leal (PV), da Natura, como seu companheiro de campanha.

Grande fato das eleições de 2010, a aprovação da Ficha Limpa em maio deixou no ar algumas dúvidas até hoje não totalmente dirimidas sobre sua aplicação. A principal delas é sobre a validade da lei já neste ano, como já mostrava o Congresso em Foco.

Um dos políticos mais conhecidos que viriam a ser atingidos pela Ficha Limpa, o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) era retratado naquele mês como “o rei do Valle de los Caídos”, em reportagem do Congresso em Foco. O título fazia referência ao apelidado dado pelos deputados ao local onde o peemedebista costumava se sentar.

A matéria mostrava que, mesmo sumido do plenário e das comissões, Jader continuava um político poderoso, que controlava um orçamento público de R$ 7 bilhões por meio de aliados. Candidato ao Senado, ele acabou barrado pela Ficha Limpa.

Dupla condenação

O dia 13 de maio de 2010 entrou para a história como a data em que, de maneira inédita, o Supremo Tribunal Federal condenou um parlamentar. O deputado Zé Gerardo (PMDB-CE) foi condenado por crime de responsabilidade a prestar serviços à comunidade por dois anos e dois meses e a pagar 50 salários mínimos (cerca de R$ 25,5 mil) de multa.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), Zé Gerardo, quando administrava a prefeitura de Caucaia (CE), entre 1997 a 2000, recebeu R$ 500 mil, em recursos públicos federais, para a construção de um açude na cidade. A verba foi liberada por meio de um convênio com o Ministério do Meio Ambiente. Porém, segundo o MPF, o dinheiro foi usado para a construção de passagens molhadas, espécie de ponte erguidas com pedras em áreas alagadas. Candidato à reeleição, Zé Gerardo acabaria barrado pela Lei da Ficha Limpa.

No dia 20 de maio, o STF voltou a surpreender ao condenar o deputado Cássio Taniguchi (DEM-PR) também por crime de responsabilidade. No entanto, como os ministros declararam o caso prescrito, ele não precisou cumprir os seis meses de prisão a que foi sentenciado por mau uso do dinheiro público. O Ministério Público Federal acusou o parlamentar de autorizar o pagamento de R$ 4,9 milhões em precatórios de desapropriação de imóveis não incluídos no orçamento da prefeitura de Curitiba.

O Congresso em Foco revelava, ainda, novos detalhes do escândalo que derrubou o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Responsável pelo acordo de delação premiada do ex-secretário Durval Barbosa, a promotora Alessandra Queiroga contou, em entrevista exclusiva ao site, bastidores de todo o processo que resultou na renúncia e na prisão do ex-governador.

Leia algumas das principais matérias de maio:

Ficha Limpa:

Ficha limpa: uma decisão que ficou sub judice

Paulo Maluf já está na mira do ficha limpa

Senado aprova projeto ficha limpa

Quem tentou desfigurar o ficha limpa

Veja a lista dos deputados favoráveis ao ficha limpa

Eles estavam lá, mas não votaram o ficha limpa

Quem aprovou o ficha limpa: veja como os deputados votaram

Após tentativa de adiamento, deputados aprovam Ficha Limpa

Manifestantes lavam rampa do Congresso pelo "Ficha Limpa"

Cante o Hino do Ficha Limpa

Quer limpar o Congresso? O dia é hoje

Manifestações em prol da ficha limpa marcam fim de semana

Márlon Reis: “ficha limpa já mudou a política”

Mensalão do Arruda:

Esquema de Durval começou no governo Roriz

Durval resolveu não cair sozinho

Exclusivo: promotora da Operação Pandora fala

Quem vazou a operação para Arruda?

Bandarra e Arruda tinham relações “inapropriadas”

Pedida a cassação de Eurides, a deputada da bolsa

Aposentados:

Senado aprova reajuste de 7,72% para aposentados

Câmara derruba fator previdenciário, em primeira votação

Câmara rejeita reajuste de 8,77% a aposentados

Deputados condenados:

Supremo condena deputado por crime de responsabilidade

Cassio Taniguchi é condenado pelo STF

Eleições 2010:

Executiva do PMDB confirma Temer como vice de Dilma

Dilma já previa ultrapassagem sobre Serra

Presidente da Natura será o vice de Marina Silva

Dilma ultrapassou Serra, aponta Vox Populi

Jader: o rei do ‘Valle de los Caídos’

Vale a pena ler de novo:

Gilberto Carvalho ajudou líbio acusado de fraude

Projeto adverte: 'Essa mulher foi retocada'

O piloto é particular, o dinheiro é público

Ministério Público investiga Mares Guia

COB tenta impedir até propaganda de supermercado

Plano premia servidor por requisito exigido em concurso

Ricardo Teixeira bate boca com deputado

Câmara aprova MP de plano de carreira de servidores

Efraim é denunciado por contratação de funcionários fantasmas

Câmara manda processar deputado Paulo Roberto

João Carlos Martins, o maestro da felicidade

Negociação sobre PEC 300 volta à estaca zero

Leia tudo sobre a retrospectiva de 2010

Fonte: Congressoemfoco

Em destaque

Piada do Ano! Tribunal Internacional quer prender Netanyahu e os líderes do Hamas

Publicado em 20 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Sabe quando conseguirão prender Netanyahu? Nunca. De...

Mais visitadas