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quinta-feira, abril 28, 2011

Juízes federais do Paraná aderem à paralisação nacional

Profissionais não realizam audiências, mas permanecem despachando os casos urgentes. Segundo juiz federal Fabiano Bley Franco, adesão é quase total

27/04/2011 | 16:41 | Fernanda Trisotto

Os juízes federais do Paraná aderiram à paralisação nacional da categoria. De acordo com o juiz federal Fabiano Bley Franco, da 2ª Vara Federal de Execuções Fiscais de Curitiba, a adesão tem sido quase que total. “Os juízes estão em seus gabinetes, mas não realizaram audiências, que foram transferidas. Eles só estão despachando os casos urgentes”, explica. O Paraná tem em torno de 120 juízes federais.

De acordo com Franco, a paralisação está sendo realizada para chamar a atenção da sociedade e autoridades para os problemas e reivindicações da classe. Entre as reivindicações, a mais urgente é a votação do Projeto de Lei Complementar 3/2010, que está parado no Senado. O projeto aumenta a segurança dos juízes federais, que julgam crimes de corrupção e tráfico internacional de entorpecentes. “Esse tipo de criminoso é perigoso e poderoso, inclusive financeiramente e sua condenação traz um risco. Muitos juízes e suas famílias estão ameaçados de morte, especialmente na região de fronteira”, conta Franco. Segundo o juiz, o problema é mais grave nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de Foz do Iguaçu, no Paraná.

As outras reivindicações dos magistrados dizem respeito à simetria de direitos e prerrogativas com o Ministério Público, que já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2010; a estruturação das turmas recursais, que julgam recursos da vara de juizados especiais – especialmente causas previdenciárias – e não têm estrutura para auxiliar os juízes; e aumento salarial de 14,79%. Segundo Franco, desde 2005, com a regulamentação do teto constitucional, a magistratura recebeu apenas 8,8% de reajuste salarial, aquém dos índices de inflação do período, que registraram variação superior a 35%.


Mobilização

O ato de paralisação conta com palestras na sede da Justiça Federal em Brasília, com a participação de sindicalistas da Itália, da Europa e de Portugal. Cerca de 100 juízes devem ir a Brasília. O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, afirmou que caso as principais demandas que motivam a paralisação não sejam atendidas, a entidade volta a realizar assembleia extraordinária em 90 dias para decidir os rumos do movimento.

Conselho de Ética tem sete senadores denunciados

Vida Pública

Quinta-feira, 28/04/2011

Waldemir Barreto/Ag. Senado

Waldemir Barreto/Ag. Senado / José Sarney tem 13 aliados entre os integrantes do Conselho de Ética do Senado José Sarney tem 13 aliados entre os integrantes do Conselho de Ética do Senado
Senado

Famoso por “engavetar” denúncias assume conselho

Sete dos trinta integrantes da Comissão de Ética respondem a processos no Supremo

Publicado em 28/04/2011 | André Gonçalves, correspondente - Brasília

Com 7 dos 30 integrantes envolvidos em processos no Supremo Tribunal Federal (STF), o Conselho de Ética e Decoro Par­­­lamentar do Senado começou a trabalhar ontem com a eleição de um presidente conhecido por ajudar a “engavetar” denúncias polêmicas. Colega de partido e aliado maranhense de José Sarney (PMDB-AP), o senador João Al­­­berto ocupa o cargo pela terceira vez. Ele foi escolhido, em votação secreta, com 14 votos – houve um voto em branco.

Jayme Campos (DEM-MT) foi eleito para a vice-presidência. Há duas ações contra o mato-grossense no STF. Uma por peculato e crime contra a lei de licitações, outra sobre uso de documento falso.

Agressão a jornalista

Advogado-geral do Senado vai analisar ação contra Requião

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou ontem a representação movida pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal contra o paranaense Roberto Requião (PMDB) ao advogado-geral do Senado, Alberto Cascais. A entidade pede que Requião seja punido com as sanções de advertência e censura por ter ameaçado fisicamente e tomado o gravador de um repórter no plenário da Casa na última segunda-feira. Cascais será responsável pelo parecer sobre a procedência da ação.

O advogado foi reconduzido ao cargo no mês passado por indicação de Sarney. Em 2008, contudo, ele foi exonerado pelo então presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), por ter elaborado um parecer que permitia que os senadores conti­­nuassem contratando parentes sem concurso para trabalhar em seus gabinetes. Na época, a Procuradoria-Geral da República entrou com uma ação no STF contra o texto, o que gerou mal-estar no Senado.

Anteontem, Requião foi envolvido em um novo caso de nepotismo. O filho dele, Maurício Thadeu de Mello e Silva, foi exonerado do cargo de chefe de gabinete do deputado federal João Arruda (PMDB), que é sobrinho do senador. Apesar do parentesco entre primos ser de quarto grau (o que não está vedado pela súmula antinepotismo editada pelo STF em 2008), a direção-geral da Câmara determinou a demissão de Maurício Thadeu por ele ser filho de Requião.

Cascais não informou quando pretende terminar seu parecer sobre o episódio do gravador. Se o processo tiver sequência, será levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. “Não posso falar nada sem ouvir as duas partes envolvidas. Não me adianto porque nem li sobre o que aconteceu”, disse ontem o recém-eleito presidente do órgão, senador João Alberto (PMDB-MA). (AG)

Todos os processos recebidos pelo conselho nas gestões anteriores de João Almeida foram engavetados. “Se a oposição diz que fui engavetador, por que não recorreu ao plenário? Qualquer senador pode recorrer ao plenário do Senado [de uma decisão do conselho] e se não recorreu é porque não havia motivo”, justificou o maranhense.

O órgão existe desde 1993 e já julgou cerca de 20 processos e apenas cinco chegaram ao plenário (última instância na definição das punições). Em 2000, o conselho foi palco dos debates que levaram à cassação de Luiz Estevão (único senador cassado na história do Senado). Em 2007, decidiu pela procedência de duas de cinco representações contra Renan Calheiros (PMDB-AL), que agora também é membro titular do grupo.

Na primeira vez, o alagoano foi julgado pelo suposto uso de um lobista de uma empreiteira com contratos com o governo para dar dinheiro à jornalista Monica Veloso, com quem Calheiros tem uma filha. Escapou da cassação por 40 votos a 35 (houve seis abstenções). Depois, pela acusação de utilizar “laranjas” para a compra de uma rádio e um jornal em Alagoas – foi absolvido por 48 votos a 29 (foram novamente seis abstenções).

Calheiros manteve o mandato, mas teve de renunciar à presidência da Casa. Ontem, ele não quis falar sobre o fato de já ter sido alvo de investigação do conselho. Apenas ressaltou que já integrou o órgão na legislatura passada e que não há novidade na nomeação.

A atual composição do conselho, entretanto, é uma vitória pessoal dele e de Sarney. Em 2009, o atual presidente do Senado foi alvo de 11 representações – a maioria ligada ao escândalo dos atos secretos. Todas foram arquivadas sem investigação, com anuência do PT, em uma decisão que levou ao pedido de desfiliação dos então senadores Marina Silva (hoje no PV) e Flávio Arns (atualmente no PSDB).

Desde esses engavetamentos em massa, o Conselho permaneceu inativo. A recomposição só ocorreu após a representação feita anteontem pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal contra o senador Roberto Re­­quião (PMDB). Na segunda-feira, o paranaense tomou o gravador das mãos de um repórter da Rádio Bandeirantes, de São Pau­­lo, e o ameaçou, perguntando se ele pensava em “apanhar”.

Graças ao episódio, também foi escolhido o novo corregedor, Vital do Rego (PMDB-PB). O corregedor atua junto ao Conselho, encaminhando ou não as denúncias movidas contra os senadores.
Fonte: Gazeta do Povo

PM mata um por dia em confrontos na Grande SP

Léo Arcoverde e Jorge Soufen Junior
do Agora

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) registrou 17 casos de resistência seguida de morte na Grande São Paulo envolvendo PMs entre o último dia 7 e anteontem. Foram ao menos 19 mortes (em um dos registros, houve três vítimas). O levantamento aponta que, em média, policiais militares mataram uma pessoa por dia em supostos confrontos.

Desde o último dia 7, resolução da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) prevê que todos os casos de resistência seguida de morte sejam investigados pelo DHPP, da Polícia Civil. Antes, as investigações eram feitas nos distritos policiais da região dos assassinatos.

No primeiro trimestre deste ano, segundo dados da SSP, PMs mataram 87 pessoas em 90 dias na Grande SP. Os números apontam que a resolução não diminuiu os assassinatos cometidos pela PM.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta

Fotos do dia

A ex-BBB Talula está na capa da "VIP" de maio Pedestre anda pela rua para desviar de lixo em calçada na Vila Brasilândia Carros da Fórmula Indy no Parque Anhembi para etapa que acontece no domingo
Lixo acumulado em rua de Suzano, que está sem coleta desde segunda Marcos Assunção treina para enfrentar o Corinthians no Paulistão Messi comemora o primeiro gol do Barça na vitória sobre o Real Madrid

Leia Notícias do seu time


Justiça antecipa os atrasados do INSS

Gisele Lobato e Luciana Lazarini
do Agora

A Justiça antecipou o pagamento dos atrasados do INSS, que estava previsto para ocorrer em maio. Tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa Econômica Federal confirmaram que já estão liberando o dinheiro para os segurados.

Os R$ 2,9 bilhões serão divididos por cerca de 61.165 segurados no país --desse total, 16.500 estão em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

Pode receber agora quem teve um precatório acima de R$ 27.900 solicitado entre 1º de julho de 2009 e 30 de junho de 2010. Se o pedido ocorreu após esse data, o dinheiro só será pago em 2012.

* Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta

G1 - Vaga de deputado licenciado é de suplente da coligação, decide STF - notícias em Política

G1 - Vaga de deputado licenciado é de suplente da coligação, decide STF - notícias em Política: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

quarta-feira, abril 27, 2011

Folha.com - Poder - Maioria do STF decide que suplente da coligação deve tomar posse - 27/04/2011

Folha.com - Poder - Maioria do STF decide que suplente da coligação deve tomar posse - 27/04/2011: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Folha.com - Poder - Juízes não podem fazer greve, diz presidente do TST - 27/04/2011

Folha.com - Poder - Juízes não podem fazer greve, diz presidente do TST - 27/04/2011: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Gerivaldo Neiva - Juiz de Direito: O normativismo tomou as ruas e engoliu o Direito

Gerivaldo Neiva - Juiz de Direito: O normativismo tomou as ruas e engoliu o Direito: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Segurança para os juízes - Migalhas: Peso - 27/04/2011

Segurança para os juízes - Migalhas: Peso - 27/04/2011: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Conjur - Paralisação de juízes federais é por Judiciário independente

Conjur - Paralisação de juízes federais é por Judiciário independente: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Nos jornais: Dilma negocia com TCU para acelerar aeroportos

Folha de S. Paulo

Dilma negocia com TCU para acelerar aeroportos

O governo negocia com o TCU (Tribunal de Contas da União) mudanças na atuação do órgão para evitar que os fiscais provoquem novos atrasos em obras de ampliação dos aeroportos do país. A ideia é criar um mecanismo de acompanhamento dessas obras que permita ao governo e ao TCU se antecipar a problemas e corrigi-los rapidamente, evitando que projetos sejam paralisados no processo de fiscalização. O governo negocia um convênio entre a Secretaria de Aviação Civil e o TCU, que treinaria os funcionários da secretaria envolvidos diretamente com os projetos e começaria a fiscalizar as obras antes dos prazos previstos pela legislação.
O governo diz que assim será possível acelerar as obras de expansão dos aeroportos, que estão atrasadas. De dez obras que já deveriam ter começado, seis ainda estão paradas, como a Folha informou há duas semanas. O objetivo imediato do governo é evitar atrasos que comprometam a realização da Copa de 2014. Se a mudança der os resultados esperados, o governo poderá usar o modelo mais tarde para acelerar outras grandes obras.

Dilma diz que alta de preços traz "imensa preocupação"

No mesmo dia em que economistas do mercado financeiro elevaram pela sétima vez consecutiva a previsão para a alta de preços neste ano, a presidente Dilma Rousseff prometeu ontem um combate acirrado à inflação. Segundo a presidente, ela traz "imensa preocupação" ao governo federal. Dilma fez as afirmações ao deixar o posto médico do Palácio do Planalto, onde participou da campanha de vacinação contra gripe.
A presidente fez comentários sobre a vacina e começou a deixar o local. Questionada sobre a inflação, disse: "Volto só para falar isso".
Ela, no entanto, não contou se haverá novas medidas para segurar os preços. "Nós temos imensa preocupação com a inflação. Não haverá hipótese alguma de que o governo se desmobilize diante da inflação. Todas as nossas atenções estão voltadas para o combate acirrado da inflação", afirmou.

Cortes no Orçamento atingem verbas da PF para operações

Os cortes no orçamento da Polícia Federal obrigarão o órgão a reduzir em 35% suas despesas, em relação a 2010, com deslocamento de policiais em operações. Os cortes ocorrem devido ao contingenciamento de gastos do governo, anunciado em fevereiro. Na semana passada, a Folha revelou que os cortes já prejudicam ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas na fronteira. Conforme portaria assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os gastos com "diárias, passagens e locomoção" a partir do Funapol (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades da PF) estão limitados a R$ 58 milhões em 2011. O caixa do Funapol é usado para pagar o transporte, a hospedagem e a alimentação de policiais "em missão" ou "operações oficiais".

Serrista deixa PSDB e ataca Alckmin

Fundador do PSDB e aliado do ex-governador José Serra, o secretário municipal de Esportes de São Paulo, Walter Feldman, anunciou ontem que deixará o partido. Apesar de esperada -pois ele é uma espécie de patrono dos seis vereadores paulistanos que iniciaram a debandada da legenda na semana passada-, a saída aprofunda a crise que toma conta do PSDB em São Paulo. Feldman deixou o PSDB acusando o governador Geraldo Alckmin de ter dividido o partido. Para o vereador, o episódio mais evidente foi em 2008, quando Alckmin concorreu à Prefeitura de São Paulo, contra Gilberto Kassab, que concorria com o apoio de Serra. "Kassab foi leal a Serra e tinha o direito de ser candidato com apoio do PSDB. Alckmin rompeu com essa aliança. Ele não foi generoso, amplo e sábio, mas nós é que passamos a ser chamados de traidores", disse Feldman.

Lula dá aval para volta de Delúbio ao PT

Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a corrente do PT Construindo um Novo Brasil -majoritária no partido- dará largada, depois de amanhã, ao processo de refiliação de Delúbio Soares. Ex-tesoureiro do PT, Delúbio deixou o partido em 2005 em meio ao mensalão. Sua volta só deve ser discutida formalmente no sábado pelo Diretório Nacional da sigla. Mas, após sinal verde de Lula, foi oficialmente incluída na pauta da reunião preparatória que a CNB realiza nesta quinta-feira. Segundo petistas, Lula deu apoio à articulação ontem, durante reunião com o coordenador do grupo, Francisco Rocha, o Rochinha. Embora a decisão seja do diretório, o destino de Delúbio será traçado pela CNB, que -com 56% das cadeiras- tem voto suficiente para aprovar a refiliação.

"Eu estou aflita para conversar com a presidente"

"Eu tenho tanto pra lhe falar...". É entoando versos de Roberto Carlos que a senadora Kátia Abreu (TO), 49, de saída do DEM para fundar o PSD, responde se tem interesse em conversar com a presidente Dilma Rousseff.
Apesar disso, ela nega que a nova sigla -da qual pode ser presidente nacional- vá integrar a base dilmista. Caberá à futura direção, diz, estabelecer os princípios doutrinários. Mas admite que, com filiados de tão diferentes origens, a legenda terá de ter "tolerância com o intolerável" -para, em seguida, explicar que isso não se estende a questões éticas.

Promotora do DF é acusada de usar laudo médico falso

Autor do pedido de prisão da promotora de Justiça do Distrito Federal Deborah Guerner, o Ministério Público Federal diz que ela apresentou laudos médicos falsos em mais de dez oportunidades a quatro diferentes órgãos. Na maioria das vezes, ela apresentou os documentos para não atender às intimações da Justiça e dos investigadores, sob alegação de que sofria de problemas mentais. Presa desde a última quarta-feira, a promotora completou 49 anos ontem na sala especial que ocupa na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ela e o marido, o empresário Jorge Guerner, foram presos sob suspeita de fraude processual. São acusados de forjar quadro de insanidade de Deborah para dificultar o andamento do processo. Pesou no pedido de prisão o fato de terem viajado à Itália sem comunicação prévia. Ontem, a defesa do casal entrou com pedido de revogação da prisão.

O Globo

Após 30 anos, nova testemunha

Na noite de 30 de abril de 1981, Mauro César Pimentel esqueceu a carteira no Fusca do amigo que o acompanhava no Riocentro. Foi buscar, e, na volta, passou pelo Puma que tinha ficado estacionado na frente do Fusca. Viu então o homem no banco do carona do Puma mexer numa espécie de cilindro que estava em seu colo. No banco de trás do carro, mais dois cilindros iguais ao da frente. Mauro foi até onde tinha ficado seu amigo - e ouviram uma explosão, tão próxima a ponto de eles terem que se jogar no chão. Tinha acabado de passar para a História a bomba do Riocentro, que matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário - o homem no banco do carona que Mauro viu manusear o cilindro - e vitimou o capitão Wilson Machado, numa ação de insatisfeitos da direita com a então abertura política no país. Mais tarde, diz Mauro, os cilindros do banco de trás sumiram. Na época, a imprensa chegou a publicar informações de que teria havido duas outras bombas dentro do Puma, que teriam sido desativadas por peritos no local. Hoje corretor de imóveis, com 49 anos, Mauro Pimentel nunca havia contado sobre o que testemunhara. Resolveu falar após ver as reportagens publicadas pelo GLOBO anteontem e ontem revelando a existência de uma agenda de telefones de Guilherme do Rosário com nomes de integrantes dos meios militar e policial.

- Na época, eu tinha acabado de cumprir o serviço militar obrigatório e estava indo para a Polícia Militar. Até cheguei a comentar com um sargento do Exército do qual eu era mais próximo, e ele disse: "Se você quer seguir com a sua vida, nunca fale isso com ninguém". Nunca tinha falado nada nem para a minha mulher. Mas, agora, percebi que já se passou tempo suficiente, que eu podia falar sem que minha vida fosse prejudicada por causa disso - conta Mauro, que foi da PM de 1982 a 1996, quando pediu baixa para ir trabalhar como gerente de segurança em empresas da iniciativa privada.

'Informações demonstram a importância de uma Comissão da Verdade'

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, vai utilizar as informações publicadas pelo GLOBO sobre o conteúdo da agenda de Guilherme Pereira do Rosário, sargento que morreu na explosão da bomba no Riocentro há 30 anos, para pressionar o Congresso pela instalação da Comissão da Verdade. De acordo com a ministra, essas informações "demonstram a importância da comissão". Ao GLOBO, Maria do Rosário também criticou o fato de os inquéritos abertos sobre o caso Riocentro no Superior Tribunal Militar não terem analisado o conteúdo da agenda do sargento.

Fundador do PSDB, Feldman sai e ganha posto de Kassab em Londres

A crise que atinge o PSDB em São Paulo levou ontem a uma nova baixa no partido. Um dos fundadores do PSDB, o ex-deputado Walter Feldman (SP) anunciou que deixará a sigla. A iniciativa engrossa um movimento iniciado na semana passada com a debandada de seis vereadores da capital paulista. Feldman não informou qual será o seu novo partido, mas é provável que reforce as fileiras da legenda recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD. Ele é secretário de Esportes da prefeitura paulistana e, na próxima quarta-feira, deixará o cargo para assumir um posto ainda mais cobiçado. O ex-deputado será um correspondente da prefeitura em Londres para acompanhar a preparação para as Olimpíadas de 2012, com salário de 4.400 libras esterlinas (aproximadamente R$12 mil). Os Jogos Olímpicos de 2016 serão no Rio de Janeiro.

Após pressão, Dilma dará comando do Conselhão para Moreira Franco

Depois de forte pressão do PMDB, a presidente Dilma Rousseff decidiu transferir o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). O anúncio será feito hoje, pela própria Dilma, na primeira reunião do Conselhão em seu governo.

A transferência do Conselhão significou um golpe para o PT. O órgão estava subordinado à Secretaria de Relações Institucionais, cujo titular é o ministro Luiz Sérgio (PT-RJ), e os petistas resistiam em esvaziar a pasta cuja missão é fazer a interlocução política com o Congresso. O decreto com a transferência será publicado no Diário Oficial.

A mudança de comando do Conselhão ocorreu depois de uma cobrança do vice-presidente, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB. Havia forte incômodo no comando do partido com o esvaziamento da pasta de Moreira Franco.

Governo vai liberar parte dos restos a pagar

O governo decidiu fechar um acordo com a base aliada que permitirá liquidar pelo menos metade dos R$18 bilhões dos chamados restos a pagar de 2007 a 2009, que seriam cancelados no próximo dia 30. Para alterar o decreto editado pelo ex-presidente Lula em dezembro cancelando estes recursos, o governo editará, esta semana, outro decreto. Hoje, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, vai ouvir as demandas dos parlamentares para, depois, decidir o novo prazo para o pagamento de verbas orçamentárias de anos anteriores: até agosto ou até dezembro.

Juiz que fizer paralisação vai ter salário descontado

Os juízes federais que aderirem à paralisação da categoria, marcada para amanhã em todo o país, terão o dia descontado do salário. A decisão foi tomada ontem pelo Conselho da Justiça Federal, por sugestão do presidente, ministro Ari Pargendler. O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, chamou a determinação de "ilegal e inconstitucional". Ele anunciou que a entidade vai recorrer, mas ainda não decidiu a qual órgão.

- O ato do conselho é ilegal e inconstitucional. Os juízes federais não estão fazendo greve, e sim uma paralisação. A Justiça ficará aberta o dia todo na quarta-feira. Todos os casos urgentes serão atendidos, sem exceção. Ainda que fosse uma greve, é um direito assegurado a todo cidadão brasileiro desde a redemocratização do país, está escrito na Constituição de 1988. Na Europa, esses movimentos jamais foram declarados ilegais - afirmou Wedy.

Especialistas afirmam que novo Código Florestal não se sustenta

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e outras entidades divulgaram ontem um estudo em que afirmam não haver sustentação científica para a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de reforma do Código Florestal. O texto de Aldo, que deve ser votado pela Câmara nos dias 3 e 4, prevê a redução da mata ciliar (que protegem os rios) dos atuais 30 metros a partir da margem para 15 metros, no caso de rios com menos de 5 metros de largura. Os cientistas argumentam que esta mudança poderá trazer "um impacto enorme" sobre as espécies de plantas e animais.

- Se for votado agora, não será bom para o Brasil. E os cientistas não estão calados - afirma Helena Nader, presidente da SBPC.

- Fomos fazer os cálculos e vimos que não se justifica a diminuição dessa proteção (rios). São áreas frágeis. A proposta (de Aldo) não tem fundamento científico - disse Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Requião toma gravador de repórter

Contrariado com uma pergunta do repórter Victor Boyadjin, da Rádio Bandeirantes, sobre a aposentadoria de R$24.117 que recebe como ex-governador do Paraná, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) arrancou o gravador das mãos do jornalista, durante a entrevista, no Senado. Requião saiu do plenário levando o gravador nas mãos e fazendo ameaças ao repórter.

- Quando o senador tirou o gravador da minha mão, achei que ele fosse desligá-lo. Mas ele saiu, levou o equipamento. Pedi que me devolvesse. Como começou a gritar e a me ameaçar, dizendo que estava louco para bater no moleque, não me senti seguro de acompanhá-lo - contou o radialista.

Só após um telefonema de um dos diretores da Rádio Bandeirantes para o gabinete de Requião é que o parlamentar aceitou devolver o gravador, mas sem o cartão de memória. Funcionários alegaram que o aparelho já estava daquele jeito quando o senador o pegou. Foi necessária a intervenção da Secretaria de Comunicação do Senado para que o chip do gravador fosse devolvido. Mas com a entrevista de Requião apagada, como o parlamentar havia previamente anunciado no Twitter.

Mais 175 morrem nas estradas no feriadão

O feriadão da Semana Santa foi menos violento nas estradas federais que o do carnaval, aponta balanço divulgado ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas BRs, houve quedas de 18% no número de mortes e de 7% nos totais de feridos e acidentes, em relação ao carnaval. Porém, no confronto com as médias diárias da Semana Santa de 2010, houve aumento. Este ano, foram 31 mortes por dia (em média) na Semana Santa, contra 28,5 no mesmo feriado em 2010. Ocorreram 675 acidentes diários, com 406 feridos, em 2011, e 588 acidentes e 357 feridos diários na Semana Santa do ano passado.

MEC aumenta duração de bolsas do ProUni

O Ministério da Educação aumentou o período de duração das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Portaria publicada ontem no Diário Oficial aumentou o prazo de validade das bolsas para o dobro do tempo de duração dos cursos. Antes, esse limite era de uma vez e meia. Assim, quem é bolsista numa faculdade que pode ser concluída em quatro anos passa a ter até oito anos para se formar. Antes, esse prazo era de seis anos. Segundo nota do MEC, a dilatação do prazo de validade dará mais oportunidades a quem precisa trancar a matrícula durante a faculdade. O ministério esclarece que estudantes que ganharam a bolsa após já terem cursado um ou mais semestres deverão desconsiderar esse período no cálculo do prazo.

Bancos desafiam BC e abrem guerra por crédito a servidor

Bancos públicos, entre eles o Banco do Brasil, e instituições privadas estão desrespeitando circular do Banco Central que proíbe a exclusividade na concessão do crédito consignado (com desconto em folha) para servidores. Esses bancos efetuam o pagamento dos salários, mas têm que garantir a liberdade para que os funcionários públicos possam tomar empréstimo onde encontrarem melhores condições. De olho num mercado de quase R$ 140 bilhões, os bancos estão exigindo exclusividade desses servidores. A disputa já foi parar na Justiça e envolve o funcionalismo em nove estados, incluindo três capitais (São Paulo, Manaus e Natal) e outras 40 cidades. O Banco do Brasil, que controla um terço desse mercado de consignado, é um dos maiores interessados em manter a exclusividade, contrariando o BC. O caso já foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O Estado de S. Paulo

Fundador do PSDB, Feldman deixa partido e culpa Alckmin pela crise

Tucano histórico e um dos escudeiros do governador Mário Covas, o ex-deputado Walter Feldman anunciou ontem sua saída do PSDB deixando claro, pela primeira vez, quem considera responsável pela crise interna do partido: o governador Geraldo Alckmin. "A candidatura (a prefeito, em 2008), de maneira equivocada, quebrou a aliança PSDB-DEM e fez o estrago que existe hoje. Depois de já ter sido candidato a prefeito, a governador, a presidente, e a prefeito e a governador de novo, mostrou uma sucessão única, onde apenas um candidato se coloca dentro do PSDB para disputar todas as funções." A mais recente baixa do PSDB deve aproximar ainda mais a crise do Palácio dos Bandeirantes. Mesmo os 6 dos 13 vereadores da sigla que anunciaram a desfiliação não chegaram a acusar diretamente o governador, preferindo mirar as críticas a secretários estaduais como José Aníbal (Energia) ou Julio Semeghini (Gestão), eleito presidente do diretório municipal.

Justiça trabalhista proíbe MTA de retirar aviões do Brasil

A Justiça proibiu a Master Top Linhas Aéreas (MTA) de retirar dois aviões do Brasil. A empresa foi pivô da demissão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra em setembro. A decisão de apreender as duas aeronaves foi tomada na quinta-feira pelo juiz João Dionísio Viveiros Teixeira, da 4.ª Vara Trabalhista de Campinas (SP). Depois de perder os contratos com os Correios, a MTA entrou em grave crise financeira e agora ameaça retirar do Brasil todos os seus aviões. A apreensão das aeronaves, segundo o juiz, é necessária para garantir o pagamento de dívidas trabalhistas. De acordo com o magistrado, a MTA pode "esvaziar o seu patrimônio no âmbito das fronteiras brasileiras". Conforme revelou o Estado, a empresa pertence ao empresário argentino Alfonso Conrado Rey e está em nome de laranjas no Brasil em um negócio envolvendo o coronel da Aeronáutica Eduardo Artur Rodrigues. A MTA ganhou as manchetes por causa do tráfico de influência de Israel Guerra, filho de Erenice, a seu favor dentro dos Correios. Após o episódio, a Controladoria-Geral da União apontou irregularidades nos contratos entre MTA e Correios.

Sem presidente, partido analisa se vota anistia de Delúbio Soares

Com a polêmica em torno do afastamento de José Eduardo Dutra, dirigentes do partido vão discutir a conveniência de pôr na pauta da reunião do Diretório Nacional, na sexta-feira e no sábado, a anistia ao ex-tesoureiro Delúbio Soares. Único expulso do PT após o escândalo do mensalão, ele já tem apoio suficiente para retornar às fileiras petistas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ajudar Delúbio a voltar, mas avalia que o momento não é o mais adequado. Lula também está contrariado com as articulações para a substituição de Dutra e pediu a interrupção desses movimentos até sua conversa com o presidente licenciado do PT. Em março, Delúbio já contava com o aval de 59 dos 84 integrantes do diretório e a votação sobre o seu retorno era dada como certa para o fim deste mês. Agora, o veredicto sobre apreciar ou não o perdão a Delúbio dependerá das circunstâncias políticas.

Suíça inocenta ex-banqueiro no caso Alstom

A Justiça suíça inocentou o ex-banqueiro Oskar Holenweger, acusado de ter pago propinas milionárias a funcionários públicos no Brasil em nome da Alstom para garantir contratos públicos. A sentença foi dada na quinta-feira. O Tribunal Penal Federal da Suíça aceitou o argumento de que ele cumpria determinações da empresa e não sabia que, ao fazer as transferências, estava corrompendo funcionários públicos no Brasil. O juiz Peter Popp não só rejeitou o pedido de prisão como ordenou que a Justiça pague 335 mil a Holenweger por danos morais e custas do processo. Suas contas, congeladas há sete anos, foram liberadas. Há uma semana, o Ministério Público da Suíça apresentou documentos da Alstom indicando o pagamento de supostas propinas pela empresa francesa para financiar partidos e funcionários públicos brasileiros.

Investigação sobre propinas agora mira só a empresa

Embora Oskar Holenweger tenha sido inocentado, o processo não terminou. O Ministério Público suíço revelou ao Estado que parte de sua investigação acaba de ser repassada a um segundo processo, desta vez diretamente contra a Alstom, que sempre negou a irregularidade. Uma das revelações do processo que a partir de agora vão ser aproveitadas é o depoimento de um colaborador do esquema, Michel Cabane, à Justiça francesa. Ele confirma que "a Alstom e a Cegelec (sua subsidiária) estavam trabalhando juntas para organizar uma cadeia de pagamentos para tomadores de decisão no Brasil".

Correio Braziliense

O dragão da inflação contra a ex-guerrilheira

Dilma diz que todas as atenções do governo estão voltadas ao combate à inflação. Mas até agora nenhuma medida se mostrou eficaz para segurar os preços. No Distrito Federal, o preço da gasolina pega fogo. Depois de seguidas altas, já passou dos R$ 3. Ovo, tomate, cebola, pimentão, carne… Tudo está mais caro. E, pouco a pouco, um monstro que parecia banido do país voltou a por as garras de fora e desafia o governo. Em guarda, a presidente Dilma expressou preocupação com a fera. “Todas as nossas atenções estão voltadas para o combate acirrado à inflação”, disse, ontem, após tomar vacina contra a gripe. Para 2011, o governo estabeleceu como teto da inflação um IPCA — índice oficial que mede o custo de vida — de 6,5%. Pelas projeções do mercado, a mais de oito meses do fim do ano, o indicador já bate nos 6,34%. E caminha célere para superar a meta.

Lula de volta ao sindicalismo

De volta à ribalta da política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo requisitado para uma avalanche de eventos e de temas. As centrais sindicais apostam na festa de 1º de maio, no próximo domingo, como a volta formal dele à frente do movimento trabalhista. Já o PT o quer como mascate da reforma política e da sucessão de 2012, ano das eleições municipais. Diante de tantos pedidos, Lula está decidido a selecionar. Irá ao 1º de maio em São Paulo, mas ainda não confirmou se estará presente na reunião do diretório petista em Brasília, onde o assunto será a reforma política. Nesse universo, ele promete centrar fogo em dois pontos: O financiamento público exclusivo e a lista partidária, aquela em que o eleitor vota num partido e a legenda é quem diz a ordem dos deputados. O fato de centrar seu esforço nesses dois pontos tem lá suas razões, avisam alguns petistas. A principal delas é a de que o PT está convencido de que, se houvesse financiamento público, não haveria mensalão.

Conselhão no colo do PMDB

A presidente Dilma Rousseff anunciará hoje que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes), mais conhecido como Conselhão, ficará subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), pasta chefiada pelo ministro Moreira Franco. Ele assumiu o cargo no começo do ano de olho nessa mudança estrutural, para que a secretaria ganhasse corpo e mais influência. O anúncio será feito em cerimônia nesta manhã, no Palácio do Planalto, durante a 37ª reunião ordinária do colegiado. Na prática, quem sai perdendo é o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o próprio PT, que tinham o domínio sobre o conselho, até então vinculado à secretaria comandada por Sérgio. Agora, com a subordinação do órgão passando à SAE, quem fica fortalecido é o PMDB, sigla de Moreira Franco.

Reajuste e disputa nas urnas

Eleito em 14 de abril para presidir a Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho, atual chefe da Procuradoria Regional da 1ª Região, afirmou ao Correio que é a favor da possibilidade de integrantes do MP exercerem cargos eletivos no Legislativo e no Executivo. Uma resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) proíbe promotores e procuradores de atuar fora do órgão. O Conselho, porém, vai analisar, em maio, duas propostas que liberam integrantes do MP para funções no Executivo. As propostas são polêmicas e dividem o CNMP. Na entrevista, Camanho disse ainda que carreiras como a da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública não têm o direito, por força da Constituição, de serem equiparadas à do MP. O presidente eleito da ANPR atua na entidade há dois anos, na condição de diretor financeiro.

Visão sombria sobre o código

Se a revisão do Código Florestal proposta pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), for aprovada sem alterações pelos deputados, o país perderá nos próximos anos pelo menos 83 milhões de hectares de áreas de preservação, reduzirá em 31% a já deficiente preservação nas margens de rios e encostas e não resolverá um dos principais problemas decorrentes do desmatamento desenfreado: os deslizamentos de terras. O quadro foi traçado por um estudo da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) realizado por 12 pesquisadores e divulgado ontem. Os estudiosos reuniram mais de 300 trabalhos científicos para rebater os principais pontos propostos por Rebelo para alterar o código. De acordo com a entidade, seriam necessários ao menos mais dois anos de estudos para se chegar a uma legislação minimamente sustentável.

Invasão no palácio

Uma mulher invadiu o Palácio do Planalto, na tarde de ontem, para tentar falar com a presidente Dilma Rousseff e cobrar melhores condições de moradia para pessoas de baixa renda. Ela se identificou na portaria como Eliane dos Santos Silva e foi recebida por um assessor da Presidência da República (PR). Porém, enquanto conversava em uma sala reservada no primeiro andar, saiu correndo e conseguiu subir ao segundo pavimento, onde fica o Salão Nobre. Eliane carregava uma criança de colo e começou a gritar e a chorar, pedindo para falar com Dilma Rousseff, que naquele momento despachava do terceiro andar. “Todo mundo tem direito à habitação. Direito para os pobres, não há. Para os ricos, sempre arranjam uma brechinha. Todo mundo aqui pensa que pobre é burro. Somente os ricos têm casa nesse país”, berrava a mulher.

Fonte: Congressoemfoco

Marco Maia brinca de tomar gravador

Fábio Góis

Virou motivo de chacota o ataque de nervos do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que ontem (segundo, 25) tomou à força o gravador de um repórter da Rádio Bandeirantes – e, não satisfeito, deletou o conteúdo do cartão de memória, devolvendo-o vazio ao jornalista. Antes de dar entrevista coletiva sobre a votação do novo Código Florestal Brasileiro (não mais será no dia 3 de maio, como estava previsto), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), “ameaçou” subtrair o equipamento de trabalho dos jornalistas que o rodeavam. Mas, antes da “ameaça”, perguntou:

“Alguém mais tomou um microfone, não? Ou eu vou ter de tomar um microfone?”, gracejou o deputado, equivocando-se em relação ao tipo de captador de sons. De fato rodeado por gravadores e microfones, no tipo de entrevista que os jornalistas chamam de “quebra-queixo”, o petista literalmente abraçou os aparelhos enquanto falava. Os profissionais da notícia riram fartamente da cena.

Entenda o episódio:
Requião toma gravador de repórter em plenário
Requião: "Já pensou em apanhar, rapaz?"

“Agora, eu quero pegar um gravador digital daqueles modernos! I-phone não tem aí? Se tiver I-phone, é melhor...”, acrescentou Marco Maia, arrancando risadas gerais – situação diferente daquela protagonizada por Requião, que hoje (terça, 26) subiu à tribuna do plenário para dizer que a imprensa brasileira tem feito “bullying público” ao direcionar perguntas indesejadas a autoridades, no que ele chamou de “estilo CQC” de reportagem.

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Fonte: Congressoemfoco

Senado confirma dispensa de servidora que foi ao Jô

Fábio Góis

O Senado formalizou nesta terça-feira (26) o afastamento da servidora Denise Ortega de Baère, que estava há 16 anos à frente da Secretaria de Taquigrafia do Senado (STAQ). Assinado pela diretora-geral, Doris Marize Peixoto, o ato de dispensa (4643/11) foi publicado 15 dias depois de a Casa ter anunciado o afastamento, como o Congresso em Foco adiantou em 12 de abril, com exclusividade.

Como mostrou a reportagem, Denise foi desligada do posto depois de ter comparecido ao Programa do Jô (Rede Globo), em 29 de março, quando levou uma servidora do serviço de taquigrafia para dar demonstrações da atividade, que consiste em registrar, por meio de símbolos, pronunciamentos diversos no âmbito institucional – com a própria Denise disse à reportagem, com a autorização formal do Senado. A Secretaria de Comunicação (SECS), no entanto, disse não haver relação entre a dispensa e a ida de Denise ao programa, e que a remoção foi “meramente administrativa”.

De acordo com a SECS, a demissão faz parte de uma “adequação administrativa” imprimida pela nova diretora-geral do Senado. Ainda segundo a assessoria, “não há novidade” no remanejamento de postos de chefia, até porque uma nova gestão administrativa está em curso sob o comando de Doris, ex-diretora de Recursos Humanos do Senado.

Saiba mais: Senado anuncia plano de gestão e redução de gastos

Apesar de ter sido exonerada, Denise permanece nos quadros do Senado – ela é servidora efetiva lotada como analista legislativa desde 25 de novembro de 1982. Denise recebia, além do salário, R$ 5.257,09 apenas para ocupar função comissionada número 4, como demonstra o “quadro de pessoal e estrutura remuneratória” da Casa. Segundo boletim administrativo publicado hoje (terça, 26), cumpre-se o ato “mantendo-a lotada no mesmo órgão, a partir de 12 de abril de 2011”, quando o Congresso em Foco veiculou a reportagem mencionada.

Fonte: Congressoemfoco

Petistas já discutem troca de comando

Agência Estado

O afastamento de José Eduardo Dutra da presidência do PT, desde 22 de março, deflagrou nos bastidores uma disputa interna por sua sucessão e atiçou o grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, já descontente com a condução do partido. Com problemas de saúde, Dutra está licenciado do cargo e não avisou ao PT se deixará definitivamente a direção do partido, embora tenha admitido a renúncia em conversas reservadas.

O Palácio do Planalto fará de tudo para manter Dutra no comando do PT. No partido, é ele o interlocutor de confiança tanto da presidente Dilma Rousseff como de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, que tem capitaneado as articulações para as eleições municipais de 2012.

Lula desautorizou os movimentos para substituir Dutra. Não admite discutir a sucessão no PT antes da hora e tem esperança na volta do afilhado político. "A orientação é para ninguém mexer nisso agora. Não podemos agir como urubus", disse um petista que esteve com Lula.

O ex-presidente deve conversar com Dutra hoje ou amanhã, no Rio. Quer saber o real estado de saúde do amigo - portador de forte depressão, agravada por transtorno de ansiedade - antes que ele tome a decisão final sobre seu destino político.

A contrariedade de Lula não é à toa. Desde o fim de março, petistas da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) - a mesma que ele integra, com Dirceu e o próprio Dutra - discutem a troca do presidente do PT, que tem mandato até 2013. Até agora, o mais citado para ocupar a cadeira, em caso de renúncia, é o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

Após tomar gravador, Requião diz que sofre bullying

Agência Brasil
O senador Roberto Requião se justifica em plenário por ter tomado o gravador das mãos do jornalistaAgência Estado

Ao mesmo tempo em que o Sindicato dos Jornalistas de Brasília protocolava no Senado uma representação contra o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que na segunda-feira, 25, tomou o gravador de um repórter e apagou seu disco de memória, o parlamentar foi à tribuna dizer que é vítima de "bullying" - a palavra de origem inglesa da moda, que significa o assédio e a violência de uma pessoa mais forte sobre uma mais fraca.

"Acho que é um momento correto para resolvermos esse problema e acabarmos com o abuso, com esse verdadeiro bullying que sofremos, nós, os brasileiros, parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes, absolutamente provocadora e irresponsável", disse Requião no discurso.

Na segunda, ao entrevistar Requião, o repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, perguntou sobre a aposentadoria de R$ 24 mil que o senador tem como ex-governador do Paraná. Dizendo-se provocado, Requião tomou o gravador do repórter.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticou a atitude de Requião. "Condenável em qualquer cidadão, o impedimento do livre exercício da atividade jornalística foi agravado neste caso pelo fato de ter partido de um homem público, em total desacordo com as mais básicas normas de civilidade e da convivência democrática", diz o presidente da entidade, Francisco Mesquita Neto.

Fonte: A Tarde

Negromonte ameniza tensão política

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi ao Senado, ontem, para conversar com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e aproveitou para amenizar o clima de tensão instalado no governo em função dos atrasos nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Copa do Mundo de 2014.

Em entrevista ao G1, Negromonte confirmou que a presidente Dilma Rousseff está preocupada com a situação das ações em torno do Mundial e do PAC, mas não fez nenhuma cobrança exagerada aos integrantes do governo.

“A presidenta é uma senhora educada, não puxa a orelha de ninguém. Logicamente que ela fica preocupada com o que está acontecendo, a questão de alguns atrasos. Tivemos uma reunião com ela ontem [segunda] e outros ministros para levar um relatório sobre como estariam as obras do PAC na área de mobilidade. Estamos fazendo um alerta a prefeitos e governadores para que acelerem projetos”, afirmou Negromonte.

O ministro das Cidades também negou que haja desorganização nas ações do governo relacionadas ao Mundial de 2014: “Tem muita organização, muita reunião, muito planejamento. O que falta realmente é ter algumas ações. Os estados têm problemas ambientais, problemas jurídicos, problemas em terrenos.

Então, prefeitos e governadores estão buscando as soluções”.
No dia 20 de abril, o ministro das Cidades disse que seis das 12 cidades brasileiras que irão sediar a Copa do Mundo de 2014 estavam com obras atrasadas.

“Nossa parte [do Ministério das Cidades] é mobilidade urbana e vamos ter que ter a responsabilidade de levar o torcedor até a catacra. São 12 capitais-sede da Copa. Boa parte está com problema. Eu diria meia dúzia”, disse, durante cerimônia de formatura de novos diplomatas, no Itamaraty.

Negromonte admitiu ainda que será preciso aumentar o ritmo de trabalho para concluir todas as obras de mobilidade urbana que viabilizarão o Mundial.

“Nós estamos monitorando essas obras, mas muitas têm problemas jurídicos, ambientais, problemas de licitação. Tem gargalos que estamos desobstruindo. Depois que iniciar essas obras, vamos ter que trabalhar de manhã, de tarde e de noite para avançarmos”, afirmou.

Segundo o ministro, a “única certeza” do governo é a de que a Copa tem data certa para ser realizada. “Existe uma preocupação de que não vai trazer prejuízo para o andamento das obras. A única certeza que temos é que a data da Copa não pode ser adiada”.

Critérios para as obras

O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) anunciou ontem que a presidente Dilma Rousseff autorizou a Secretaria da Aviação Civil a definir os critérios para a concessão das obras dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). O ministro disse ainda que o governo vai acelerar os estudos para a concessão das obras em Confins (MG) e Galeão (RJ).

Palocci lembrou que essa é uma das medidas analisadas pelo governo para acelerar os empreendimentos estratégicos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

“Para que a gente possa dar uma resposta a essas questões em um menor espaço de tempo possível”, disse, durante reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Economico e Social).

A Folha mostrou ontem que o governo analisa três modelos simultâneos de concessão para ampliar a capacidade dos aeroportos brasileiros em razão da Copa-2014 e da Olimpíada-2016. Além do sistema puramente privado, a ideia é viabilizar um regime misto de concessão, com a gestão conjunta entre empresas privadas e poder público.

O terceiro é uma espécie de modelo de permuta, no qual o governo concede um projeto específico ao setor privado -lojas de um terminal, por exemplo - em troca de investimentos em aeroportos deficitários ou pouco atrativos do ponto de vista comercial.

A presidente Dilma Rousseff está “muito preocupada” e ficou bastante irritada também ao constatar que nenhuma providência efetiva foi tomada em relação à construção do estádio que deverá sediar, em São Paulo, a abertura da Copa do Mundo de 2014.

Dilma ficou inconformada porque, diferentemente do que haviam lhe prometido o prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin, as obras não começariam mais em abril.

Dilma também ficou bastante contrariada com a constatação de que nada do que ela pediu que fosse providenciado e apressado em relação aos aeroportos foi executado.

Fonte: Tribuna da Bahia

Política FHC admite uma fusão entre o PSDB e o DEM

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu ontem que existe a possibilidade de fusão entre o PSDB e o DEM, mas ressaltou que as conversas são “preliminares”. Existem propostas nesse sentido. São aspectos delicados.

Acho que o mais importante é manter a coesão dos partidos e, desde logo, dizer: aconteça o que acontecer, vamos nos manter unidos com certos objetivos maiores. Não sei qual a tendência, se vai haver fusão ou não”, afirmou FHC.

Ele, no entanto, negou relatos de que se reuniria hoje com lideranças do PSDB para discutir a eventual fusão com a outra grande sigla oposicionista. “Se tem reunião marcada eu não estou sabendo”, brincou.

As declarações foram feitas durante evento no Instituto FHC, que debateu a situação política e econômica na Venezuela e recebeu várias lideranças de oposição ao presidente Hugo Chávez.

Mas o ex-presidente deixou claro que sua preocupação mais urgente é a debandada nas fileiras tucanas, em especial a saída do ex-deputado Walter Feldman do PSDB para o PSD, recém-criado por Gilberto Kassab.

“Eu acho lamentável a saída de qualquer pessoa, sobretudo de uma pessoa importante. No momento, nós devemos fazer um esforço pela coesão. Faço até mesmo um apelo. Não é o momento de ampliar divisões”, disse o presidente de honra da PSDB
Fonte: Tribuna da Bahia

A farra dos falsos desempregados

Roberta Cerqueira

A finalidade do seguro-desemprego é oferecer assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente, mas, na prática o que ocorre em muitos casos é o chamado “acordo” entre patrão e empregado com intuito de burlar a legislação e usufruir do benefício de maneira indevida.

O governo federal quer acabar com a farra dos “falsos desempregados” e prepara uma nova regulamentação com intuito de restringir o auxílio a reincidentes.

Introduzido no país em 1986, o seguro-desemprego se tornou oneroso para os cofres públicos, segundo o governo, que calcula cerca de 7 milhões de pessoas estão sendo beneficiadas pelo programa.

Os custos preocupam o Palácio do Planalto que planeja corte do pagamento para quem for receber o pagamento a partir da terceira vez. Se reincidente, para receber o benefício, o cidadão terá de comprovar participação em algum curso profissionalizante promovido por órgãos do governo.

Quem anunciou as possíveis mudanças foi o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o Fórum de Comandatuba, no interior da Bahia, onde empresários e políticos de todo o país se reuniram. De acordo com ele, o objetivo é incentivar o ensino profissionalizante no Brasil, reduzir o desemprego e baixar a reincidência de desempregados no seguro, sem mais ônus para o governo.

Atualmente, tem direito à assistência o trabalhador dispensado sem justa causa, que estiver desempregado na época do requerimento do benefício, que tenha recebido salários consecutivos no período de seis meses anteriores à data de demissão, empregado de pessoa jurídica, por pelo menos seis meses nos últimos 36 meses, não possua renda própria para o seu sustento e de sua família, não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social – exceto pensão por morte ou auxílio-acidente, aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador, por pescadores profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies e trabalhadores resgatados da condição de escravidão.

Depois de trabalhar por um ano e três meses como ajudante de cozinha de um restaurante em Salvador, Eliete dos Santos Silva, 48 anos, acabou dispensada devido a um corte de gastos da empresa.

“Graças a Deus existe o seguro-desemprego, pelo menos vou ter dinheiro pagar as últimas prestações da minha geladeira nova”, conta ela, que recebe o benefício pela primeira vez. “Nunca havia trabalhado de carteira assinada”, justifica.

Diferentemente dela, muita gente faz acordo – ou provoca uma demissão, que não seja justa-causa – com intuito de ter direito ao auxílio e só depois de receber a última parcela retorna ao mercado de trabalho.

O motorista João Figueiredo, 41, solicitou o auxílio pela quarta vez. “Vou receber cinco parcelas de R$ 545”, diz ele que comprou um táxi e está trabalhando por conta própria. “É meu direito e eu quero receber o seguro”, acrescentou.

Sem querer se identificar, um jovem de 23 anos contou a reportagem da Tribuna que todo fim de ano provoca uma demissão no trabalho com intuito de passar o verão desempregado, recebendo o auxílio do governo federal. “Aproveito as festas de fim de ano e ainda recebe o seguro”, relata.

Bahia: 27 mil foram beneficiados em 2010

Na Bahia, segundo estatísticas do Ministério do Trabalho, em 2009, 30.165 pessoas deram entrada ao pedido de seguro-desemprego, 29.191 foram beneficiadas (97,94%), 2.141 foram notificadas e tiveram suas solicitações revisadas. Em 2010 estes números caíram, respectivamente para 28.117 entradas, 27.702 beneficiários e 1.644 notificados.

Em 2011 o MT disponibilizou em seu portal apenas os dados referentes aos meses de janeiro e fevereiro. No primeiro mês do ano foram 2.833 requerimentos de seguro, com 2.600 beneficiários e 202 notificados. No mês seguinte, 2.274 requerentes, 2.600 beneficiados e 200 notificações.

“A gente sabe que mesmo com todo o controle, tem muita gente que frauda o sistema e acaba recebendo o seguro estando trabalhando”, lembra o superintendente substituto e chefe da Agência Avançada da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Carlos Melo, concordando que haja uma fiscalização mais eficaz. “Não sei como o governo vai fazer isso, mas, é bom que faça”, diz.

Quando requerer?
O Trabalhador tem do 7º ao 120º dia após a data da demissão do emprego, para fazer o respectivo requerimento.

Onde requerer?
Nas DRTs (Delegacia Regional do Trabalho), no SINE (Sistema Nacional de Emprego) ou nas agências credenciadas da CAIXA, no caso de trabalhador formal.

Como requerer?
O trabalhador deverá comparecer em um dos locais de sua preferência, com os seguintes documentos:- Comunicação de Dispensa - CD (via marrom) e Requerimento do Seguro;- Desemprego - SD (via verde);- Termo de rescisão do Contrato de Trabalho – TRCT;- Carteira de Trabalho;- Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento ou Certidão de Casamento com Protocolo de requerimento da Carteira de Identidade ou Carteira Nacional de Habilitação – CNH (modelo novo), dentro do prazo de validade, ou Passaporte, ou Certificado de Reservista.- Comprovante de inscrição no PIS/PASEP;- Documento de levantamento dos depósitos no FGTS ou extrato comprobatório dos depósitos;- Cadastro de Pessoa Física – CPF.- Comprovante dos 2 últimos contracheques ou recibos de pagamento para o trabalhador formal

Fonte: Tribuna da Bahia

Supremo, dependendo do acórdão, pode ter anulado a Lei Ficha Limpa

Pedro do Coutto

O Supremo Tribunal Federal ainda não publicou o acórdão da decisão que tomou, com o desempate proporcionado pelo voto do ministro Luís Fux, sobre a aplicação da Lei Ficha Limpa, projeto de iniciativa popular que reuniu 1 milhão e 800 mil assinaturas em 2010. E foi aprovado por unanimidade tanto pela Câmara quanto pelo Senado Federal. E, dependendo do texto do acórdão, lembra o conselheiro aposentado do TCE-RJ, Humberto Braga, pode não só ter suspendido a validade relativamente às eleições de 2010, como também tê-la invalidado de modo definitivo com base no passado, e só a reconhecê-la a partir de hoje, por exemplo, ou melhor, a partir do momento em que o texto final for publicado.

Isso porque – acentua HB – o voto do ministro Celso de Melo não foi apenas quanto a vigência. Foi sobretudo quanto ao princípio da irretroatividade. Para ele, a lei só retroage para liberar, nunca para restringir. Então os que tiverem sido condenados antes dela, permanecem livres e imunes à luz da Constituição. Não ficam imunes em relação ao Código Penal. Mas para se tornarem de fato inelegíveis deverão ser condenados.

A matéria, como se vê, a partir do voto do ministro Luis Fux, ganhou o amplo campo da controvérsia. O problema terá que ser decidido novamente pelo STF. Seu presidente, Cezar Peluzo, terá que colocar o tema de novo em pauta para que seja analisado sob diversos ângulos. Caso de tese, antítese, síntese, de acordo com o princípio hegeliano. Hegel vivei há cerca de 200 anos. Foi um gênio luminoso que inspirou a grandes figuras universais. Uma delas Karl Marx.

Os ministros que votaram pela aplicação imediata da Lei Ficha Limpa, inevitavelmente vão ter uma nova batalha pela frente, da mesma forma que os demais, que podem se dividir entre duas interpretações. Ou a irretroatividade absoluta, ou a vigência a partir de 2012, mas com efeito retroativo a delitos praticados antes de sua entrada em vigor. Difícil o debate, mais difícil ainda a questão. Pois a iniciativa popular poderá desabar diante do pensamento jurídico predominante. Impossível prever o resultado definitivo.

Como um exercício de futurologia estimar o que vai acontecer nas representações políticas na Câmara, Senado, nas Assembleias Legislativas a partir do texto consolidado do STF. Os que foram impedidos de concorrer vão se basear no voto de Luis Fux, os que devem desocupar as cadeiras para que a elas tenham assento os beneficiados pelo julgamento vão apresentar suas razões para não sair do túnel do tempo, a passagem entre uma e outra casa do Congresso Nacional.

Além disso, o TSE terá que recalcular as votações das legendas para que seja fixada a nova representação proporcional. Mas quanto ao Senado? Como ficará, por exemplo, o caso Jader Barbalho?

Alega o ministro Ricardo Levandowsky que o julgamento não poderá se estender aos que não entraram com recurso junto ao STF e assim foram derrotados pelo TSE. O que vai prevalecer? Não se pode responder, hoje, com uma dose suficiente de certeza. A confusão jurídica está formada. E, em matéria de Direito, já se disse ao longo da história, que a razão é uma xícara com duas asas. Mas a que se encontra sobre a mesa aveludada da Corte Suprema apresenta três. Quais prevalecem?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Seu filho é um bully? - Ensino - Gazeta do Povo

Seu filho é um bully? - Ensino - Gazeta do Povo: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Do Fundo da Memória (6): Usurpadores em profusão

Carlos Chagas

Neste registro ligeiro do movimento militar iniciado há quarenta e sete anos, que durou 21, importa ir completando a crônica daqueles idos.

Impossibilitado de governar em função de uma trombose cerebral, o segundo general-presidente, Costa e Silva, não foi substituído pelo vice-presidente Pedro Aleixo. Uma Junta usurpou o poder, constituída pelos ministros do Exército, Lyra Tavares, da Marinha, Augusto Rademaker, e da Aeronáutica, Marcio Mello. Foi o patamar institucional mais baixo que vivemos. Começaram prendendo o vice-presidente, para que não assumisse. Desvirtuaram o objetivo maior de Costa e Silva, que era revogar o Ato Institucional número 5, que ainda iria durar dez anos.

Cada general indagava “por que eles e não eu?” Estabeleceu-se o caos. Para completar, as esquerdas radicais fizeram o que ninguém fazia desde 1648, quando da assinatura do Tratado de Vestfália: sequestraram um embaixador, e logo dos Estados Unidos. Ninguém sabia o que fazer, nem mesmo o governo de Washington, que sem know-how de sequestros de embaixadores, pressionou a Junta Militar para cumprir todas as exigências dos sequestradores e salvar a vida de mr. Charles Burke Elbrick.

Presos políticos foram tirados das masmorras e mandados para o México. Entre eles o líder estudantil José Dirceu. Caminhões do Exército distribuíram gêneros alimentícios pelas favelas cariocas. E o Jornal Nacional divulgou na íntegra manifesto onde os militares eram chamados de ditadores, torturadores, subservientes aos interesses americanos e vendidos ao capital internacional.

A crise gerou mais repressão, censura e congêneres, mas teve sua solução na imediata eleição de um novo general-presidente. Eleição direta, por sinal, mas com uma peculiaridade: só votaram os generais, almirantes e brigadeiros do serviço ativo. Para evitar a escolha do general Afonso Albuquerque Lima, de linha nacionalista, o processo foi garfado e, no final, surgiu o nome do general Garrastazú Médici, o mais apagado de todos.

Na posse, em cadeia nacional de rádio e televisão, ele prometeu que ao final de seu mandato deixaria a democracia definitivamente restabelecida no Brasil. Não deixou, porque apenas havia lido um discurso que não escrevera. O autor foi o então coronel Octávio Costa.

Em termos institucionais, o governo Médici não avançou, mas retroagiu, registrando-se que pelo menos não cassou um só mandato parlamentar. Não precisava. O Congresso vivia tempos de completo sabujismo e acomodação, apesar de o único partido de oposição, o MDB, começar a dar sinais de reação.

Nunca a censura foi tão abjeta quanto naqueles quatro anos de mandato do antigo chefe do SNI. Tudo era proibido, do surto de meningite que matou muita gente a críticas à política econômica e a referências à próxima sucessão presidencial. Avolumaram-se os sequestros, os assaltos a bancos e os atentados a quartéis, promovida que estava a guerrilha urbana pela esquerda irresponsável e burra, pois apenas dava pretexto á direita para manter a pata sobre a nação. Mais prisões, torturas e violência institucionalizada. Foi quando se ampliou a concepção de que vivíamos uma guerra interna, a guerra revolucionária.

No plano material, no entanto, era um sucesso. O Brasil chegou a crescer 11% em cada um daqueles anos, com desemprego zero. O presidente Nixon, dos Estados Unidos, chegou a declarar que para onde o Brasil se virasse, iria toda a América Latina.

O ministro da Fazenda, Delfim Neto, viu-se chamado de “o mago das finanças”. Quem se dedicasse a qualquer atividade produtiva ganhava dinheiro e aumentava a riqueza nacional. Era o período do “milagre brasileiro”, meio falso mas muito bem marqueteado. A maciça propaganda governamental chegava a cobrir o país com outdoors onde se lia “Brasil, ame-o ou deixe-o”, referência aos montes de adversários que ganhavam o exterior para não ser presos, torturados ou mortos. Sempre havia um gaiato para escrever a carvão, em baixo: “o último a sair apague a luz do aeroporto…”

Por ironia, no ano de 1970 o selecionado nacional de futebol tornou-se tricampeão do mundo. Para amargura de quantos se multiplicavam na oposição ao regime, o presidente Médici acertou, na véspera, o resultado da partida final com a Itália: 4 x 1. Foi a consagração do ditador, que passou a ter seu nome anunciado quando chegava aos estádios para assistir jogos de campeonato. Durante alguns meses, cem mil pessoas o aplaudiram de pé, sempre que entrava no Maracanã, no Morumbi e no Beira Rio.

Depois, as coisas voltaram ao leito natural, já que a repressão só aumentava. Faça-se justiça, o terceiro general-presidente também recusou a proposta dos áulicos, de reeleição.

O general Ernesto Geisel, então presidente da Petrobrás, ex-chefe do Gabinete Militar de Castelo Branco, dispôs de diversos fatores para tornar-se o sucessor. Seu irmão, Orlando Geisel, era o ministro do Exército. Costurando sua candidatura estava o general Golbery do Couto e Silva. Tinha fama de bom administrador e apoio no Alto Comando do Exército, conhecido como duro e inflexível, tanto que jamais concedera um único habeas-corpus para presos políticos, enquanto ministro do Superior Tribunal Militar. E contava com a indiferença de Garrastazú Médici.

Os tempos, porém, começavam a ser outros. A crise econômica já dava sinais inequívocos, pelo vultoso aumento dos preços do barril de petróleo exportado pelos árabes. Nossa dívida externa crescera vertiginosamente. As cobranças começavam e era necessário trazer a população para a realidade. Como permanecer transmitindo a impressão de que tudo ia bem quando a inflação crescia, o desemprego aparecia e as falências se multiplicavam?

Por isso, o presidente Ernesto Geisel começou a retirar os censores das redações. Mas sempre sob a ameaça de voltarem, caso a imprensa não se comportasse. Quanto ao rádio e à televisão, nem pensar. Num país de analfabetos, dava dividendos conceder liberdade vigiada à imprensa escrita, mas tornava-se necessidade continuar arrochando vídeos e microfones. (continua amanhã)

Fonte: Tribuna da Imprensa

Hipertensão atinge 23,3% dos brasileiros, diz ministério

Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)

26/04/2011 | 14:47 | Agência Estado

A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. Em relação a 2009, houve recuo de 1,1 ponto porcentual. Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). No ano passado foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no Distrito Federal.

De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Nas mulheres, os mais elevados porcentuais foram observados no Rio de Janeiro (33 9%), Porto Alegre (29,5%) e em João Pessoa (28,7%). Entre os homens, os maiores porcentuais foram constatados no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%) e Recife (23,6%).

A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento sobrecarrega órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Quem não trata a hipertensão pode ter entupimento de artérias, acidente vascular cerebral (AVC) e enfarte.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente os medicamentos necessários para o controle da hipertensão arterial. Além disso, os serviços de saúde e as equipes do programa Saúde da Família estão orientados e capacitados para atuar na prevenção da hipertensão.

Fonte: Gazeta do Povo

Homem tatua William e Kate nos dentes

reprodução/SWN5.com

Britânico paga R$ 2.500 para tatuar faces do princípe e da princesa nos dentes

UOL

Um encanador britânico gastou cerca de R$ 2.570 no dentista fazendo uma tatuagem em seus dois dentes da frente em homenagem ao casal real.

De acordo com o site britânico SWNS Reporter, Barmy Baz Franks, 29 anos, passou seis horas na cadeira do dentista para fazer os retratos.

O dentista Neil Gerrard criou os projetos das imagens num papel antes de tatuá-las nos dentes de Barmy, usando pincéis.

Já John Loughrey, 56 anos, se destacou por ser o primeiro a acampar do lado de fora da abadia de Westminster para assistir ao casamento. Ele está equipado com um saco de dormir e duas mochilas com a bandeira da Inglaterra.

Fonte: Agora

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Médica indica surra como 'tratamento'

Fabiana Cambricoli
do Agora

A vendedora Elida Rosangela da Silva, 39 anos, afirma que uma pediatra de um pronto-atendimento municipal de Rio Claro (173 km de SP) a aconselhou a dar uma surra em seu filho de nove anos quando ele, com falta de ar e dor no peito, buscou atendimento na unidade na última sexta-feira.

A médica, diz Elida, o examinou rapidamente e disse que o garoto "estava precisando de uma sova".

"Ele me perguntou o que era sova e ela respondeu que era uma surra, que ele estava precisando, pois não tinha nada", afirma Elida.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta

INSS decide pagamento de revisão pelo teto na 6ª

Luciana Lazarini
do Agora

O INSS deve dar uma resposta ao Ministério Público Federal em São Paulo sobre o pagamento da revisão pelo teto nas agências previdenciárias na próxima sexta-feira. O prazo para o órgão apresentar uma definição sobre a correção ao Ministério Público acabou ontem. Porém, como o INSS disse que irá apresentar uma proposta formal até sexta-feira e que a tendência é garantir o pagamento no posto, o procurador Jefferson Aparecido Dias decidiu esticar o prazo.

Segundo Dias, o representante do INSS adiantou que a tendência é cumprir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), pagando a revisão nos postos para evitar uma avalanche de ações. Eles também deverão publicar uma norma para que a AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que defende o INSS na Justiça, deixe de recorrer das ações que estão no Judiciário.

O direito à revisão do teto foi garantido pelo STF em setembro do ano passado.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta

Como declarar troca de veículo financiado?

do Agora

1 - No ano passado, tinha um veículo que estava sendo financiado em 60 meses. Em março, comprei um outro carro dando o que eu tinha de entrada e refinanciando o restante. Ou seja, o valor do carro que eu tinha era de R$ 18.500. A loja quitou o saldo devedor (de R$ 10 mil) e eu dei de entrada os R$ 8.500 no novo carro. Como devo declarar essa transação no IR? D.C.

Na ficha "Bens e Direitos", coluna "Situação em 31/12/2010", deixe zerado o valor do carro que foi dado como parte do pagamento do veículo adquirido e, em discriminação, coloque os dados da operação. Inclua o novo bem em uma nova ficha, deixando o campo "Situação em 31/12/2009" em branco. Na coluna "Situação em 31/12/2010", informe o valor pago até essa data, incluindo o valor do carro que foi dado como parte do pagamento. Na discriminação, informe os dados da operação de financiamento.

2 - Dívidas de compras com cartões de crédito e cartões de loja, que foram parceladas em várias vezes, entram na declaração do IR? Onde? M.G.

Não há previsão legal para esse lançamento.

3 - Sou dependente da minha mulher no IR. Contribuo pelo teto para a Previdência Social. Gostaria de saber se podemos usar o valor das contribuições à Previdência como dedução, na qualidade de dependente. J.E.O.

Em relação à previdência oficial, somente podem ser deduzidas as contribuições pagas em nome do dependente que tem rendimentos próprios tributados em conjunto com os do declarante.

4 - Sou servidor do Estado de São Paulo. Posso deduzir o valor do Iamspe do IR? O gasto deve ser lançado como despesa médica ou como previdência oficial? M.N.S.

O Iamspe deve ser informado na ficha "Pagamentos e Doações Efetuados", como despesa médica.

Fontes: Aristeu Tolentino, da Prolink Contábil, e Vanessa Miranda e Vânia Miki, da Fiscosoft.

Fonte: Agora

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