Fábio Góis
Virou motivo de chacota o ataque de nervos do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que ontem (segundo, 25) tomou à força o gravador de um repórter da Rádio Bandeirantes – e, não satisfeito, deletou o conteúdo do cartão de memória, devolvendo-o vazio ao jornalista. Antes de dar entrevista coletiva sobre a votação do novo Código Florestal Brasileiro (não mais será no dia 3 de maio, como estava previsto), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), “ameaçou” subtrair o equipamento de trabalho dos jornalistas que o rodeavam. Mas, antes da “ameaça”, perguntou:
“Alguém mais tomou um microfone, não? Ou eu vou ter de tomar um microfone?”, gracejou o deputado, equivocando-se em relação ao tipo de captador de sons. De fato rodeado por gravadores e microfones, no tipo de entrevista que os jornalistas chamam de “quebra-queixo”, o petista literalmente abraçou os aparelhos enquanto falava. Os profissionais da notícia riram fartamente da cena.
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“Agora, eu quero pegar um gravador digital daqueles modernos! I-phone não tem aí? Se tiver I-phone, é melhor...”, acrescentou Marco Maia, arrancando risadas gerais – situação diferente daquela protagonizada por Requião, que hoje (terça, 26) subiu à tribuna do plenário para dizer que a imprensa brasileira tem feito “bullying público” ao direcionar perguntas indesejadas a autoridades, no que ele chamou de “estilo CQC” de reportagem.
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Fonte: Congressoemfoco