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sexta-feira, novembro 08, 2024

Seja bem-vindo à era de Trump, com sua estranha ordem mundial

Publicado em 7 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

What could possibly go wrong? | Nov 2nd 2024 | The EconomistThe Economist

Se Trump destruiu a velha ordem, o que tomará seu lugar? Enquanto a velha América defendia o livre comércio, Trump acelerará o retorno ao mercantilismo pré-guerra. Ele é um firme defensor das tarifas. Déficits comerciais, ele afirma, são prova de que os estrangeiros estão tratando os americanos como tolos e perdedores.

Sob sua supervisão, os EUA provavelmente serão perdulários, enquanto ele e seu partido pressionam por cortes de impostos, o que aumentará ainda mais o déficit orçamentário.

Trump prometeu desregulamentação massiva. Isso pode muito bem trazer benefícios, mas o próximo presidente anseia por bajulação. Há um risco de que ele consiga acordos especiais para seus apoiadores, como Elon Musk, o homem mais rico do mundo.

PODE CONSEGUIR – Nossa esperança é que Trump consiga evitar essas armadilhas, e reconhecemos que em seu primeiro mandato ele conseguiu. Nosso medo é que durante esta presidência ele esteja no seu momento mais radical e desenfreado, especialmente se, como o presidente mais velho dos EUA, suas faculdades mentais começarem a falhar.

Tendo aprendido com Trump 1, sua equipe se empenhará para garantir que ninguém que provavelmente o conteria seja nomeado para o governo. Trump, portanto, poderá usar ao máximo seu controle do Congresso e seu mandato popular.

GANHAR DINHEIRO – Nas décadas após Franklin Delano Roosevelt, a política externa americana funcionou por meio de alianças de longa data. Em contraste, os instintos de Trump são tratar cada encontro como um acordo onde se pode ganhar dinheiro.

Ele gosta de dizer que é tão imprevisível que os adversários dos EUA ficarão intimidados demais para tentar qualquer coisa. Ele pode realmente conseguir fechar um acordo com Vladimir Putin em relação à Ucrânia que não acabe com tanques russos em Kiev.

Ele também pode conseguir pressionar o Irã e impedir a China de usar o poder militar para dominar a Ásia. Mas, se mandar quem pode, as dúvidas em relação à confiabilidade de Trump podem igualmente incitar a agressão chinesa e russa.

CUSTOS AOS ALIADOS – O que é certo é que sua imprevisibilidade imporá custos aos aliados dos EUA, especialmente na Europa. Se temerem que não poderão depender de Trump para apoiá-los se forem ameaçados, eles tomarão medidas para se proteger.

No mínimo, os aliados dos EUA precisarão gastar mais em sua própria defesa. Se eles não conseguirem reunir armas convencionais suficientes para deter o agressor local, mais deles, além do Reino Unido e da França, podem obter armas nucleares.

Parte da liderança global dos Estados Unidos se deu pelo poder do exemplo. Em sua própria política e em sua conduta internacional, eles estavam atentos aos precedentes que estavam estabelecendo. O que era notável não era que os presidentes americanos às vezes quebravam as regras, mas o quanto eles as seguiam. Com Trump, o inverso será verdadeiro. Sua vitória terá um efeito de demonstração em outros lugares.

EXEMPLO PERIGOSO – No Brasil, Jair Bolsonaro foi eleito dois anos depois que Trump venceu em 2016. Na França, Marine Le Pen agora parece uma presidente mais provável em 2027.

O movimento internacional de populistas nacionalistas que parecia estar diminuindo após 2020 será revivido, e Trump inspirará novos imitadores. Se ele usar o sistema de justiça contra seus oponentes, como prometeu, isso dará um exemplo perigoso.

A vitória de Trump mudou os Estados Unidos, e o mundo precisará entender o que isso significa. Os EUA continuam sendo o poder preeminente.

PODER ECONÔMICO – Apesar da degradação de sua política, sua economia continua a superar o mundo — pelo menos por enquanto. O país domina a inteligência artificial. É rico, e suas forças armadas são inigualáveis, mesmo que o Exército de Libertação Popular tente alcança-as.

No entanto, sem o interesse próprio esclarecido americano como princípio organizador, a temporada de caça estará aberta para os valentões. Os países serão mais capazes de intimidar seus vizinhos, econômica e militarmente, sem medo das consequências. Suas vítimas, incapazes de recorrer aos EUA em busca de alívio, estarão mais propensas a fazer concessões ou capitular. Iniciativas globais, desde o combate às mudanças climáticas até o controle de armas, acabaram de ficar mais difíceis.

Trump sem dúvida retrucaria que esse é um problema do mundo, não dos EUA. Sob ele, os americanos podem seguir com suas vidas livres do peso das responsabilidades estrangeiras. No entanto, duas guerras mundiais e o colapso ruinoso do comércio na década de 1930 dizem que os EUA não podem se dar esse luxo. Por um tempo — possivelmente por anos — os EUA podem se sair bem. Em algum momento, o mundo vai alcançá-los

O que atrapalhará Bolsonaro a ter aval do STF para ir à posse de Trump

Publicado em 7 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Bolsonaro nega à CGU que pediu ação da PRF nas Eleições 2022 | Metrópoles

Jair Bolsonaro tem de se explicar bastante perante o Supremo

Guilherme Amado e Eduardo Barretto
Metrópoles

Ministros do STF avaliam que o fato de Jair Bolsonaro ter passado duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro, na mesma semana em que teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF), é um precedente negativo para autorizar a saída do ex-presidente do país. Bolsonaro pretende ir à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.

A apreensão do passaporte de Bolsonaro foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes e mantida pela Primeira Turma do STF em outubro.

ISOLADO – O ex-presidente também está proibido de fazer contato com outros investigados sobre as supostas tentativas de golpe de Estado e venda irregular de joias recebidas pelo Estado brasileiro.

Em fevereiro, Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF. Além do passaporte retido, o ex-presidente teve ex-assessores presos. Quatro dias depois dessa operação, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília.

PLANO DE FUGA – Em tese, ele não poderia ser alvo de uma ordem de prisão sem o aval da Hungria, por estar em um prédio com imunidade diplomática.

Segundo Bolsonaro, ele recebeu um “convite” da embaixada para “manter contato com autoridades” da Hungria, governada por Viktor Orbán, aliado de Bolsonaro e Trump.

A estada na embaixada não foi um crime, como avaliou o STF na época. Foi, contudo, um indicativo ruim de que o ex-presidente pode ter plano de fuga das autoridades brasileiras. É esse fator o principal a impedir que o STF autorize Bolsonaro a deixar o país em janeiro.


Afinal, por que Lula e Bolsonaro apoiam Alcolumbre para presidência do Senado?

Publicado em 7 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Cursos 'facilitam' mau uso de diárias

Charge do Benett (Folha)

Vicente Limongi Netto

Em março, o presidente Lula da Silva fez questão de se antecipar e anunciou apoio do PT a Davi Alcolumbre para a presidência do Senado. Agora, Jair Bolsonaro e Rodrigo Pacheco embarcam na mesma canoa furada. É a importância constitucional do Senado indo para o ralo da insensatez.  É a qualificação pessoal e profissional do bom político indo para a lata do lixo. É o apoio velado entre cretinos e dissimulados.

Rodrigo Pacheco, com a cara manjada de bebê chorão no carnaval dos Bonecos de Olinda, não engana ninguém.  É um esmerado demagogo, num trio de vestais grávidas. A grandeza política da cadeira outrora ocupada por eminentes figuras como Nelson Carneiro, José Sarney, Humberto Lucena, Jarbas Passarinho, Antônio Carlos Magalhães, Mauro Benevides, tudo indica que novamente será ultrajada pelo torpe, medonho e desqualificado senador pelo Amapá. É o fim da picada.

BATORÉ DE NOVO – O balofo Alcolumbre, vulgo “senador Batoré”, como é conhecido no Amapá, voltará a deslustrar a presidência do Senado e do Congresso. Alcolumbre é inoperante, farsante, incapacitado. Sujeito ruim. Incapaz de gestos de grandeza. A Câmara Alta será vilipendiada. O busto de Rui Barbosa, no plenário, fechou os olhos, envergonhado.

Custo a crer, é inacreditável, que entre 81 senadores não existam nomes melhores para presidir a Casa.  Bolsonaro, por sua vez, deixa claro que o apoio velado ao roliço Davi, objetiva cargos na futura Mesa Diretora da Câmara Alta, para senadores apaniguados do ex-presidente inelegível.

É o fim da picada. Bolsonaro, Pacheco e Alcolumbre seguem a cretina cartilha que depõe contra a saudável e boa política, a descarada e desprezível barganha por cargos e vantagens.

Republicanos que querem barrar ministros do Supremo foram reeleitos


O ministro totalitário

Deputada Maria Salazar perguntou: “É um socialista ou um tolo?”

Sérgio Lima
Poder360

Os cinco congressistas do Partido Republicano dos Estados Unidos que haviam pedido a revogação do visto dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em setembro deste ano foram reeleitos para um novo mandato no legislativo no legislativo norte-americano.

No pedido, endereçado ao secretário de Estado Antony Blinken, Alexandre de Moraes e os demais ministros do STF foram mencionados como “cúmplices de práticas antidemocráticas”.

SEM VISTOS – O projeto de lei apresentado pela deputada norte-americana Maria Salazar tem como proposta barrar a emissão de vistos para os EUA de autoridades que tenham “censurado” norte-americanos.

Os cinco congressistas republicanos que assinaram o pedido de veto do visto dos 11 ministros do STF são: senador Rick Scott (Flórida); deputada Maria Salazar (Flórida); deputado Carlos Giménez (Flórida); deputado Rich McCormick (Georgia); deputado Chris Smith (Nova Jersey).

Os republicanos expressam, no pedido direcionado a Blinken, uma “profunda preocupação quanto à supressão alarmante da liberdade de expressão orquestrada pela Suprema Corte brasileira sob a liderança do ministro Alexandre de Moraes”. Todos os 5 congressistas tiveram reeleição confirmada na eleição de 3ª feira (5.nov.2024).

SEGURANÇA NACIONAL – “É do interesse da segurança nacional dos EUA garantir que qualquer visitante no nosso país não busque ativamente erodir processos ou instituições democráticas. Moraes e seus pares do Supremo Tribunal Federal estão fazendo exatamente isso”, argumentaram os congressistas no projeto.

“Nós, respeitosamente, apelamos para que o senhor [Blinken] negue qualquer aplicação para vistos dos Estados Unidos ou admissão [entrada] nos EUA, incluindo a revogação de qualquer visto existente, no nome do ministro Alexandre de Moraes e de outros integrantes da Suprema Corte do Brasil cúmplices destas práticas antidemocráticas”, diz um trecho do pedido.

O projeto de lei, que leva o nome de “Sem censuradores nas nossas praias”, determina que qualquer estrangeiro que atue como agente de algum governo e que seja considerado responsável por ações que violem a 1ª Emenda da Constituição dos EUA, que estipula a liberdade de expressão, terá a permissão para entrar no país vetada.

SOCIALISTA OU TOLO – Em maio deste ano, a deputada Maria Salazar havia mencionado Alexandre de Moraes durante uma sessão da subcomissão de assuntos exteriores, referenciando-se ao ministro como “tolo“. Ela disse:

“Nós não sabemos se o ministro é um socialista, ou se ele é um tolo, ou se ele é um tolo útil para os socialistas. Mas sabemos que ele está cerceando um dos direitos fundamentais de uma democracia que é a liberdade de expressão”.

Na ocasião, a deputada exibiu aos jornalistas uma foto ampliada de Alexandre de Moraes.


quinta-feira, novembro 07, 2024

Trump reanima plano de um regime pós-liberal, com Partido Trabalhista


Trump tem ideias inebriantes, mas terá coragem de mudar?

Marcos Augusto Gonçalves
Folha

A categórica vitória de Donald Trump sobre sua rival democrata, Kamala Harris, poderá abrir as portas para uma mudança mais profunda nos EUA? Ou será que essa mudança, na verdade, já está inapelavelmente em curso?

Não se trata apenas do sempre citado impulso autocrático do eleito ou do sinistro Projeto 2025, com o qual Trump afirma ter divergências e não se sabe ao certo se e como será adotado.

POPULISMO – O que vale perguntar também é se não se projeta, das redefinições da sociedade e do eleitorado, alguma movimentação mais profunda com vistas a novos arranjos políticos e institucionais.

A segunda onda de Trump tem a oportunidade de abalar a configuração tradicional do establishment liberal democrático com repercussões na própria representação partidária, dando contornos mais definidos ao que pareceu a alguns ser um surto populista episódico, espontâneo e anárquico na vitória de 2016.

Vai nesse sentido a conhecida proposta de um “regime pós-liberal”, exposta em recente livro por Patrick Deneen (“Mudança de Regime – Rumo a um Futuro Pós-Liberal”), um influente interlocutor intelectual do senador JD Vance, agora vice-presidente eleito dos EUA e forte candidato a herdeiro do trono.

ENGENHARIA IMPROVÁVEL – Tal regime, que nasceria da inescapável crise do liberalismo, há pouco parecia não mais que uma engenharia política improvável, a reunir no mesmo edifício propostas que poderiam soar de esquerda e de direita.

Deneen é entusiasta, por exemplo, da formação de um partido de perfil trabalhista que atue para representar os interesses da classe trabalhadora –abandonada tanto pelas elites da direita clássica republicana quanto pelas progressistas, ligadas aos democratas, com suas variantes identitárias pós-modernas. Em contraste com o laissez-faire globalizante e a lógica do individualismo vencedor ou perdedor, uma dose de intervencionismo na economia faz parte da receita.

Ao mesmo tempo, o professor da Universidade Notre Dame prega um embasamento da vida social em círculos comunitários e entidades religiosas, dando ânimo a um sistema de apoios e solidariedade de pessoas e classes. É o que ele classifica como “conservadorismo do bem comum”.

FUTURO INCERTO – É claro que o regime pós-liberal de Deneen é uma abstração fácil de se colocar em pé num livro e difícil de se materializar na prática. Esse tipo de discussão, porém, não deixa de revelar que há algum método e formulação estratégica no mundo de Trump —que já controla, por exemplo, o Partido Republicano, hoje uma estrutura a seu serviço, com o consequente desalojamento de lideranças tradicionais da direita, muitas das quais se viram na circunstância de apoiar a candidata democrata. Para onde irão? O que esperar do futuro da velha sigla?

É verdade também que tudo isso pode terminar, por hipótese, num grande fiasco econômico e até mesmo em algum grave tropeço que motive um processo de impeachment – por ora fora de qualquer cogitação, dado o enorme capital político acumulado e a sólida maioria parlamentar conquistada. Ou mesmo numa retomada de terreno por parte dos democratas, caso reajam à altura do que está acontecendo.

Neste momento são especulações, mas o retorno triunfal de Trump, que captura a revolta contra as elites, não é um fato trivial na história americana.

Ilusão marca primeiras reações de Brasília ao triunfo de Trump

Publicado em 7 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Trump no poder: Por que a vitória do republicano impacta o Bitcoin e as criptomoedas?

Por que a vitória de Trump impacta Bitcoin e criptomoedas?

Josias de Souza
do UOL

A vitória graúda de Donald Trump na sucessão presidencial dos Estados Unidos deixou o governo Lula zonzo. As primeiras manifestações de autoridades graduadas de Brasília destoaram da realidade. Foram tisnadas pela marca da ilusão.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) avaliou que “o dia amanheceu mais tenso”, pois Trump disse na campanha “coisas que causam apreensão no mundo inteiro.” Enxergou, porém, motivos para otimismo na primeira manifestação formal do eleito. “Já é um discurso mais moderado do que a campanha”, declarou.

Celso Amorim, o assessor internacional do Planalto, também soou otimista ao afirmar numa entrevista ao Valor que acha possível que Lula mantenha com Trump “uma relação normal”. Lembrou o pragmatismo que embalou o relacionamento de Lula nos seus dois primeiros mandatos com o então presidente americano George W. Bush.

PAPAI NOEL – A moderação que Haddad detectou no discurso inaugural do presidente eleito tem muita semelhança com Papai Noel.

Assim como o bom velhinho, um Trump moderado é ficção. Retornou à Casa Branca um criminoso condenado, já indiciado por tentar melar a eleição anterior e às voltas com inéditas pendências judicias.

O novo Trump é idêntico ao velho. Haddad talvez não tenha prestado atenção ao trecho do discurso em que o personagem disse coisas assim: “Os Estados Unidos nos deram um mandato poderoso e sem precedentes”. Ou assim: “Vou governar com um lema simples: promessas feitas, promessas mantidas.”

MAIS VINGANÇAS – No palanque, Trump prometeu vingar-se de opositores, livrar-se de servidores públicos incômodos, deportar milhões de imigrantes e fechar a economia dos Estados Unidos. Deixou claro que usará sua segunda Presidência como um meio para a realização dos seus fins autocráticos.

Submetido a essa plataforma distópica, o eleitor americano disse “sim”. Supor que Trump vai descumprir o que prometeu é um flerte com o ilusório. Sobretudo quando são levados em conta os flashbacks alucinantes da administração anterior, a maioria conquistada no Congresso e o salvo conduto já concedido em julho por uma Suprema Corte de viés conservador que deu ampla imunidade às ações de Trump na Presidência.

É verdade que Lula relacionou-se muito bem com Washington em seus mandatos anteriores. Mas Celso Amorim esqueceu de lembrar —ou lembrou de esquecer—que a diferença da conjuntura é abissal. George W. Bush era um presidente conservador que tinha apreço pela democracia. Trump é um político arcaico e antidemocrático.

FOI PULVERIZADO – Aquele Partido Republicano da era Bush não existe mais. Foi pulverizado por Trump.

Considerando-se o protocolo, Haddad e Amorim talvez não pudessem declarar em público nada além do que disseram. O próprio Lula, que na véspera tornara pública sua torcida por Kamala Harris, foi compelido pelas circunstâncias a parabenizar o eleito numa postagem nas redes sociais.

Lula anotou no seu post que o mundo precisa de “diálogo e trabalho conjunto”. Certo, muito certo, certíssimo. Mas ninguém ignora que a reviravolta americana jogou água no chope das duas principais ações do governo brasileiro na política externa.

COP30 E G20 – O negacionismo ambiental de Trump esvazia a COP30, que ocorrerá em Belem, no final do ano que vem.

Acertos da cúpula do G20, marcada para meados deste mês de novembro, tendem a ser solenemente desprezados por Trump.

Ignorar os fatos infelizmente não fará com que a nova realidade desapareça.

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