Maternidade em Crise: Entre Falsas Acusações e a Dura Realidade do Parto na Recepção
Um parto que jamais deveria ter acontecido.
A história que se desenrola no Hospital Geral de Jeremoabo choca e entristece. Uma mulher em trabalho de parto, privada da assistência digna que merece, dá à luz na recepção da unidade, em meio ao descaso e à negligência. Imagens e relatos que circulam nas redes sociais comprovam a veracidade do fato, mas, em um ato inacreditável, a direção do hospital tenta silenciar a verdade e rotular tudo como "fake news".
Uma tentativa desesperada de esconder a falha.
É compreensível a frustração e a indignação da população. Como se pode negar o que está evidente? Fotos, vídeos e áudios documentam o momento crucial do parto, expondo a fragilidade do sistema de saúde local e a falha grave no atendimento à gestante. Acusar quem divulgou a informação de "fake news" é uma atitude covarde e ineficaz. A verdade sempre encontra um caminho para emergir, e a tentativa de abafá-la só serve para aumentar a desconfiança e a indignação.
Buscando a verdade: depoimentos e documentos revelam a negligência.
Para trazer clareza aos fatos, o Blogdedemontalvaoontalvao buscou o depoimento do Diretor de Gestão do Hospital e de um médico obstetra. Através de seus relatos e da análise da documentação disponibilizada, é possível traçar um panorama mais completo da situação.
Reconhecendo o heroísmo dos profissionais.
É importante ressaltar a bravura dos médicos e paramédicos que, mesmo diante das precárias condições, fizeram o possível para auxiliar a parturiente e garantir o bem-estar dela e do bebê. Sua dedicação e profissionalismo merecem ser reconhecidos e aplaudidos.
Um alerta para as autoridades e um chamado à ação.
A situação do Hospital de Jeremoabo serve como um alerta para as autoridades competentes. É necessário investigar a fundo o ocorrido e tomar as medidas cabíveis para que tais falhas no sistema de saúde não se repitam. A negligência e a falta de recursos não podem ser toleradas quando se trata da vida de uma mulher e de seu bebê.
Exigindo mudanças: o direito à saúde digna e de qualidade.
A comunidade de Jeremoabo, e toda a sociedade brasileira, tem o direito de exigir um sistema de saúde que funcione de forma eficiente e humana. É inadmissível que mulheres grávidas sejam submetidas a situações tão precárias e desumanas. É preciso lutar por um futuro onde o parto seja um momento de alegria e acolhimento, e não de dor e sofrimento.
Juntos, podemos construir um futuro melhor para a saúde materna e infantil. A luta por um sistema de saúde digno e de qualidade é um compromisso de todos nós.
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A seguir o parecer de um Gestor de Hospital e de um Médico Obstreta
" Boa tarde meu lorde.
É prática rotineira em qualquer hospital maternidade que preze pelos princípios da ética e boa prática obstétrica jamais permitir que uma paciente em Trabalho de Parto se dirija ao banheiro antes de ser examinada, pois estando a gestante com atividade uterina que é demonstrada através das contrações uterinas como um sinal e as dores como um sintoma de que a paciente se encontra realmente em TP e para sabermos em qual fase do TP a gestante se encontra necessário faz-se um exame acurado da paciente onde se identifica frequência e intensidade das contrações, dilatação do colo uterino, condições das membranas ovulares se integras ou rotas, altura da apresentação, posição fetal, etc, com essas informações o profissional a seu julgamento poderá orientar a gestante sobre o que a mesma pode ou não fazer.
Difícil responder ao questionamento do nobre jornalista, pois não tenho conhecimento de como transcorria o plantão,se com muitos pacientes necessitando de cuidados especiais da equipe plantonista, ou não, entretanto já vi nas redes sociais notícias de que existem enfermeiros obstetras no HGJ, se esses profissionais existirem nas equipes plantonistas somente para atender às grávidas não há justificativa para haverem permitido está parturiente dirigir-se ao banheiro sem antes ser examinada pelo profissional habilitado para tal.
Lendo a “NOTA DE ESCLARECIMENTO” da PMJ, vejo nesta algumas inconsistências para que justifiquem o injustificável:
1 - Se a paciente chegou com fortes dores deveria ter preferência no atendimento, pois como foi um PERÍODO EXPULSIVO, também poderia ser um Descolamento Placentário com sangramento oculto, que é uma EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA de previsões catastróficas.
2 - Como exposto acima uma parturiente com “fortes dores”, jamais deveria ir ao banheiro, sem antes ter sido examinada, pois uma das características do período expulsivo do TP são os “puxos”, é a vontade de defecar apresentada pela parturiente.
3 - A justificativa de que a equipe de plantão “prestou todo atendimento dando total amparo a paciente”, não cola, porque o “time” do atendimento, não foi o devido, o atendimento deveria ser prestado quando da chegada da paciente ao hospital e não depois de acontecido o incidente.
ET: Somente emiti minha opinião sobre o fato por ver e ouvir muita propaganda e pouco esforço do poder público para que o Jeremoabense tenha uma saúde pública de qualidade e não como crítica a quem lá trabalha, porém para alertar sobre a necessidade de melhoria das condições de trabalho dos abnegados profissionais do HGJ, profissionais estes capacitados e devotados aquilo que fazem com muito amor.
Quero crer que este lamentável fato ocorreu por sobrecarga de trabalho da equipe plantonista, portanto o poder público deveria dar uma atenção maior ao hospital, aos postos de saúde, para depois PROPAGANDEAR A SAÚDE QUE NÃO NOS OFERECE." (ipsis litteres-- tal como está escrito.)