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terça-feira, outubro 05, 2021
Pandora Papers: o que megavazamento revela sobre riqueza e negócios secretos de líderes mundiais
Relatório dos bolsonaristas da CPI garante que Jair Bolsonaro sempre apoiou a vacinação
Vicente Limongi Neto
Já está pronto o aguardado relatório paralelo da CPI da Covid. Peça científica e política que entrará para os anais da saúde pública brasileira, segundo seus orgulhosos autores, e destinada a destroçar completamente as acusações do relatório do senador Renan Calheiros, no qual, Bolsonaro, no mínimo, será acusado de prevaricação.
Mentores do documento bolsonarista garantem que esse relatório paralelo será lido e aplaudido por todos os brasileiros. Sobretudo pelos familiares dos até então 600 mil brasileiros mortos pela Covid e pelos milhões de desempregados e despejados.
CARACTERÍSTICAS – Dizem que a lucidez de raciocínio e a isenção probatória são as características marcantes do conteúdo do relatório paralelo, elaborado pelas mentes brilhantes dos senadores da febril e serviçal tropa de Bolsonaro.
Para aprimorar e garantir o sucesso do documento, destinado a entrar na História, os senadores negacionistas pediram ajuda aos qualificado ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, autor do rastejante “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Também estão colaborando os inacreditáveis deputados Ricardo Barros e Osmar Terra.
O primeiro foi manchete na mídia, depois da declaração irritante de Bolsonaro, “deve ser mais um rolo do Ricardo Barros”, diante das denúncias que ouviu, com provas, do deputado Luís Miranda, sobre compra superfaturada de vacinas. Osmar Terra, por sua vez, foi quem cantou de galo, afirmando que mortes pela covid, no Brasil, não passariam de mil vítimas.
PARA GANHAR O MUNDO – O irretocável e edificante relatório paralelo será enviado para Anvisa, ONU, Organização Mundial da Saúde( OMS) e embaixadas do Afeganistão, Síria e Paquistão.
O singelo documento homenageia Bolsonaro com dezenas de páginas. Define o chefe da nação como “gestor maravilhoso” e “notável e educado homem público”. Também trata Bolsonaro como “impecável respeitador das normas sanitárias”, recomendadas pela ciência.
Nessa linha, o relatório lembra que Bolsonaro foi o primeiro presidente mundial a prever a chegada da pandemia, mandando comprar imediatamente milhões de vacinas. Diz que Bolsonaro sempre incentivou o uso da máscara e combateu aglomerações. Jamais debochou da ciência e das vacinas. Tudo intrigas e notícias falsas, salientará o histórico documento.
HANG E FAKHOURY -O vistoso relatório paralelo destaca, por fim, em capítulo especial, depoimentos de empresários negacionistas, como Luciano Hank e Otávio Fakhoury, ambos jurando, com a mão na Bíblia, que a cloroquina é eficaz no combate ao virus da covid. Tanto que o Ministério da Saúde comprou milhões de cápsulas do badalado remédio, indicado para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide.
Quanto ao atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não foi ouvido nem cheirado para opinar, depois que engessou o dedo grosseiro que deu aos manifestantes, em Nova Iorque, quando vaiavam Bolsonaro.
POLARIZAÇÃO – Bolsonaro e Lula trocam farpas e passeiam na rinha sem dar a mínima para outros possíveis candidatos. Embora falte um ano para as eleições presidenciais, dão a entender que, além deles, não existem mais adversários. A polarização entre os dois prossegue intacta e enfadonha. Por enquanto, sem perspectivas de acabar com ela.
Lula, por exemplo, vai engordando, promovendo encontros e jantares, com políticos de diversos partidos. Joga a isca em busca de peixes graúdos. Bolsonaro, por sua vez, sem máscara, viaja e inaugura obras.
O tempo passa e os caciques de partidos contrários a Lula e Bolsonaro parecem ainda distantes da sabedoria política. Preferem seguir enfadonhos devaneios pessoais. Não evoluem coletivamente.
RECORDAR É VIVER – Nesse sentido, escrevi nas redes e na Tribuna da Internet, dia 15 de julho. Parece que postei ontem:
“Candidatos a granel perdem tempo em costuras que passam longe dos interesses coletivos. São políticos rodados e experientes. Eternamente fascinados pelo poder. Sem grandeza e desprendimento para trabalhar e exortar união em torno de um candidato que sensibilize e atraia o eleitorado, na disputa contra Lula e Bolsonaro”.
Brasil sofre um tipo de intolerância bipolar, que radicaliza adeptos de Lula e Bolsonaro
Publicado em 5 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet
Deu no Estadão
Mesmo depois dos danos causados ao Brasil, Lula prega a irresponsabilidade fiscal e a cizânia, como se vê pelo comportamento de seus apoiadores. O bolsonarismo não respeita quem pensa de forma diferente. Quando era deputado federal, Jair Bolsonaro defendeu o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso.
Na Presidência da República, continua na mesma rota de intolerância e violência. Não apenas utiliza o aparato estatal para perseguir adversários políticos, como suas milícias digitais promovem campanhas difamatórias na internet contra os que resistem aos intentos bolsonaristas.
INTOLERÂNCIA GENERALIZADA – Mas a violência e a agressividade na política não são exclusividade do bolsonarismo. As ameaças sofridas pela deputada Tabata Amaral, por ocasião de sua filiação ao PSB, recordam como parte da esquerda também é intolerante, desrespeitosa e agressiva.
O ator José de Abreu, conhecido apoiador do PT, reproduziu em sua conta no Twitter mensagem que dizia: “Se eu encontro (a Tabata) na rua, soco até ser preso”.
A publicação gerou imediata repercussão, com inúmeras manifestações de solidariedade à deputada. No entanto, houve também por parte de alguns simpatizantes da esquerda a tentativa de relativizar a agressividade contra Tabata Amaral, mencionando como contraponto suas opções políticas. Ou seja, o princípio da dignidade humana, pedra basilar dos direitos humanos, não valeria sempre.
VIOLÊNCIA “ACEITÁVEL” – A depender das escolhas políticas da vítima, nem toda violência ou intolerância seria abominável.
Além disso, a ignorância também está presente em setores da esquerda. Se é vergonhoso que Jair Bolsonaro fale, na Assembleia-Geral da ONU, que “estávamos à beira do socialismo”, várias manifestações de militantes de esquerda reproduzem obtusidades e preconceitos igualmente constrangedores.
“Não nos esqueçamos (de) que Tabata do Amaral estudou nos USA, apoiada por um bilhardário (sic) brasileiro. Ela se embebeu da ideologia destas duas fontes. Seria bom se voltasse às origens humildes de onde veio e aprender (sic) com o povo. Os olhos suplicantes das crianças pedindo comida a converteriam”, escreveu Leonardo Boff em sua conta no Twitter.
O post do conhecido teólogo, valendo-se do preconceito como arma política, também não é um caso isolado. Seu conteúdo remete ao constante discurso do PT, sempre carregado de imprecisões, simplismos e, não raro, do mais cabal negacionismo.
DOIS POLOS IGUAIS – A esquerda mostra-se muito arredia a qualquer comparação entre bolsonarismo e lulopetismo. Em sua ótica, haveria uma diferença radical quanto ao compromisso das duas forças políticas com a democracia, o que inviabilizaria, por princípio, qualquer possibilidade de cotejo entre elas.
A realidade é um pouco mais embaraçosa, no entanto. O apoio de Lula a regimes não democráticos, como o da Venezuela ou de Cuba, campeões de violações de direitos humanos em nome do “socialismo”, revela que sua defesa da democracia depende da plateia. Não se trata de uma convicção firme. Outros interesses podem condicioná-la, sem maiores rubores.
A defesa lulopetista da “regulação da mídia”, sob o argumento de que a imprensa persegue Lula, também contraria os fundamentos do Estado Democrático de Direito, sendo, portanto, tão constrangedora quanto a hostilidade bolsonarista à imprensa. Não cabe ao Estado determinar o que os cidadãos podem ou não saber.
NEGACIONISMO MÚTUO – Por fim, o lulopetismo e o bolsonarismo se equivalem no negacionismo. Bolsonaro, por exemplo, não reconhece que errou ao dificultar a aquisição de vacinas e continua pregando o uso da cloroquina no tratamento contra a covid, custando milhares de vidas de brasileiros, apenas para satisfazer os interesses eleitorais do bolsonarismo.
Incapaz de enfrentar com responsabilidade a pandemia, Bolsonaro optou por negar sua gravidade, instaurando uma revoltante política de descaso com a vida da população.
Igualmente negacionista e repleta de interesses políticos é a recusa do PT em admitir seus erros na seara econômica, na conivência com a corrupção e com o mau uso do dinheiro público e na disseminação do ódio no País. Mesmo depois de todos os danos causados ao Brasil, Lula continua pregando a irresponsabilidade fiscal e a cizânia, como se vê pelo comportamento de seus apoiadores. A esquerda pode ser democrática e responsável – tudo o que o lulopetismo não é.
(Artigo enviado por José Carlos Werneck)
A terceira via é superviável, basta estabelecer regras mínimas para a futura coalizão
Carlos Newton
O Brasil está precisando de um novo governo tipo Itamar Franco. Quando foi assumir a Presidência diante da crise terrível causada pelo afastamento de Fernando Collor, o vice Itamar demonstrou surpreendentes qualidades, como forte personalidade, liderança inconteste e desapego ao cargo de presidente, de tal forma que exigiu ser formado um governo de união nacional, com a participação do máximo de partidos. Caso isso não acontecesse, simplesmente renunciaria ao cargo e iria cuidar da vida.
A reação foi espantosa, com a proposta aceita de forma praticamente consensual, pois apenas o intransigente PT de Lula se recusou a integrar o melhor governo que o país teve depois de Juscelino Kubtscheck.
NO MESMO CASO – Trinta anos se passaram e voltamos à mesma situação, com o Brasil arrasado, ansiando por um governo sério, que recoloque o país no rumo do desenvolvimento sustentável. Mas esta meta somente será alcançada por uma candidatura de terceira via, tipo Itamar Franco, porque a maioria dos brasileiros é contra a polarização Lula-Bolsonaro.
A terceira via é um sonho, sem dúvida, mas absolutamente possível de ser realizado. Basta que se unam as forças políticas que rejeitam a possibilidade de reeleição de um presidente inconsequente como Jair Bolsonaro, capaz de boicotar o combate a uma pandemia, entre outras bizarrices, ou como Lula da Silva, capaz de montar o maior esquema de corrupção do mundo e criar um cargo público para satisfazer a amante, vejam a que ponto caiu a política brasileira.
À primeira vista parece impossível, mas há muita viabilidade em uma articulação alternativa, que possa unir esforços em prol do desenvolvimento e da redução das desigualdades sociais.
UMA PROPOSTA SIMPLES – O fato a ser considerado é que todos os pré-candidatos da terceira via são melhores do que Lula ou Bolsonaro. Estamos falando em Ciro Gomes (PDT), João Doria ou Eduardo Leite (PSDB), Henrique Mandetta (DEM), Sérgio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania) e Rodrigo Pacheco (PSD).
Qualquer um desses candidatos é preferível à polarização Lula-Bolsonaro, e este fato concreto precisa ser assumido por todos os partidos, que indicarão também o vice-presidente e estarão representados no Ministério e no governo como um todo, tal como fez Itamar Franco.
Ou seja, esses partidos se comprometeriam a apoiar o candidato que estiver em melhor situação nas pesquisas do mês de março, antes da desincompatibilização. É esse o acordo de coalizão que precisa ser celebrado, para formar um governo com maioria no Congresso e que tenha todas as condições para levar o Brasil adiante. Apenas isso.
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P.S. – Na função de Editor-chefe da Tribuna da Internet, quero deixar claro que apoio essa coligação, incondicionalmente, estando disposto a fazer campanha e votar na terceira via, seja qual for o candidato que estiver na frente em março, na certeza que de todos os demais pré-candidatos também estarão juntos durante toda a campanha eleitoral, para o bem deste país. (C.N.)
segunda-feira, outubro 04, 2021
Senador protocola notícia-crime no STF contra Paulo Guedes por conta offshore
Publicado em 4 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet
Raphael Felice
Correio Braziliense
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte solicite à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de uma investigação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Neste domingo (3/10), a Pandora Papers, que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), revelou que Guedes e Neto manteriam empresas no exterior em paraísos fiscais.
CRIMES E IRREGULARIDADES – O líder da oposição no Senado Federal entende que a manutenção de offshore por membros da política econômica do governo pode apontar uma série de crimes e irregularidades.
Pelo Twitter, o senador Randolfe Rodrigues, que é vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ,afirmou que, além da notícia-crime, vai solicitar a presença de Guedes e de Campos Neto à Casa Legislativa para prestar esclarecimentos.
Randolfe afirmou, ainda, que, enquanto o povo sofre com as consequências do dólar alto, Guedes e Campos Neto acumulam “lucros milionários”.
FOME E MISÉRIA – Em outro tuíte, o senador afirma que o ministro da Economia lucrou com a fome e a miséria do povo brasileiro, citando também os aumentos abusivos dos preços dos combustíveis, do gás de cozinha e da carne.
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, deve oficiar Paulo Guedes para obter mais informações sobre a empresa nas Ilhas Virgens, país considerado um ‘paraíso fiscal’, por possuir condições fiscais atrativas para investidores estrangeiros, baixos impostos e total sigilo bancário.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Parece haver uma distinção entre Paulo Guedes e Roberto Campos Neto. O dinheiro depositado pelo presidente do Banco Central no exterior parece ter sido ganho no mercado, enquanto a fortuna de Guedes foi feita mediante fraude na aplicação de recursos de fundos de pensão, conforme denúncia feita contra ele pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), cujo inquérito não anda porque Guedes se recusa a depor e nada acontece. Brasil, país da impunidade. (C.N.)
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